Frederico Mendonça de Oliveira
Você há de convir comigo: alguém com um mínimo de lucidez acreditará num país em que José Sarney, “honorável bandido”, seja um cacique e que mande no Senado depois de anos e anos indigitado como corrupto notório e assumido? Ou, por outra: que a corrupção seja, como diz o advogado Antenor Batista, o quinto poder sobre nossas carcaças doídas de tanta bordoada? Se você responde: “Nãããão, claro que nãããão”, dá pra tocar o bonde. Mas o fato é que vivemos engolindo esses e tantos outros sapos amazônicos, daqueles dendrobatas peçonhentos que mandaram pro beleléu em 1986 o ambientalista Augusto Ruschi. Lembra dele? Andou até com o rosto em notas de quinhentos cruzeiros. Ambientalista rigoroso, Ruschi peitou o governador Élcio Álvares quando este tentou criar uma plantação de palmito devastando parte da Reserva Biológica de Santa Lúcia para favorecer amigos. Ruschi, responsável pela instituição, ameaçou o governador de morte. Isso ocorria nos anos Geisel, em 1977. Em plena ditadura militar um ambientalista trava um político do colarinho branco e ainda ganha efígie em nota de 500. Hoje estamos sem força e sem homens. Estamos no começo do inferno. E desçamos aos subterrâneos escusos do poder que nos esmaga e que se jacta de sua força e chafurda na corrupção. Enter.
Bem, você sabe que Lula começa a lutar contra o câncer de laringe. Muito já se falou sobre isso, inclusive que ele deveria se tratar pelo SUS. Você acha que um cara que chora num programa de TV por causa dos pobres e que depois vai para um restaurante beber vinhos de R$150 a garrafa, como foi noticiado na imprensa, vai agir diferente na hora de se valer de seus direitos de homem da mais alta elite neste “puteiro” de que falou Cazuza? E isso mostra apenas nossas grosseiras e gritantes contradições. Se é verdade o papo de o governo estar dando o tal auxílio-prisão, coisa de R$750 pra cada filho de presidiário, enquanto o ensino, do fundamental ao universitário, despenca sob perda de qualidade e com salários míseros, somos, como disse um leitor da Folha, um Titanic navegando em mar de lama e prestes a naufragar. É claro: a corrupção, hoje aceita por todos como o quinto poder, vai corroendo nossas instituições e valores – tanto materiais como sociais e morais – e não seleciona mais onde atacar. É estarrecedor verificar que o Judiciário esteja hoje na mira da imprensa combativa por causa dos escândalos envolvendo juízes em todos os níveis, desde enriquecimento ilícito através de venda de sentenças até ladroagem louca, vide o juiz Lalau, e conduta inaceitável incluindo abuso de autoridade, aplicação de censura a quem denuncia juízes de conduta inadmissível. Sem contar o maluquete do Rio que dá ordem de prisão a integrante de blitz que o parou e constatou estar ele sem documentação e estar o carro sem placa. Esse mesmo tipo mandou abrir o comércio de um navio atracado em Santos porque queria fazer compras. O comandante pisou na trouxa e não obedeceu a Sua Excelência. É isso: agora o Judiciário entra na dança da corrupção. Quer ver? Então enter.
Saiu na Folha: “Órgão do Conselho Nacional de Justiça amplia alcance de investigações contra acusados de vender sentenças. Corregedores têm apoio de órgãos federais para examinar declarações de bens e informações de contas bancárias. O principal órgão encarregado de fiscalizar o Poder Judiciário decidiu examinar com mais atenção o patrimônio pessoal de juízes acusados de vender sentenças e enriquecer ilicitamente.
A Corregedoria Nacional de Justiça, órgão ligado ao Conselho Nacional de Justiça, está fazendo um levantamento sigiloso sobre o patrimônio de 62 juízes atualmente sob investigação”. E aí entra o jogo de empurra, porque suas excelências são intocáveis a partir do próprio sistema político, e estão carregados de poderes especiais, que os tornam seres intangíveis pelas próprias leis que aplicam. Mas tem mais! “‘O aprofundamento das investigações pela corregedoria na esfera administrativa começou a gerar uma nova onda de inconformismo com a atuação do Conselho’, afirmou Eliana Calmon. Esse trabalho é feito com a colaboração da Polícia Federal, da Receita Federal, do Banco Central e do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), que monitora movimentações financeiras atípicas. Os levantamentos têm sido conduzidos em sigilo e envolvem também parentes dos juízes e pessoas que podem ter atuado como laranjas para disfarçar a real extensão do patrimônio dos magistrados sob suspeita. Todo juiz é obrigado por lei a apresentar anualmente sua declaração de bens ao tribunal a que pertence, e os corregedores do CNJ solicitam cópias das declarações antes de realizar inspeções nos tribunais estaduais.” Mas... o melhor é não botar fé em qualquer consequência. O poder hoje está de tal forma corrompido em todas as suas instâncias e departamentos que o único vislumbre de mudança no horizonte é a ocorrência do colapso, pra ver no que dá. Assim os donos do mundo querem, assim o Império quer, assim será, você sabe. Enter final.
Bueno, agora sai essa: “A escolha de um novo ministro para o STJ (Superior Tribunal de Justiça) deflagrou uma guerra de lobbies de partidários dos integrantes da lista tríplice levada à presidente Dilma Rousseff. O mais aberto parte do presidente do tribunal, ministro Ari Pargendler, que é cunhado de uma das candidatas, a desembargadora Suzana Camargo, al Regional Federal) da 3ª Região, com sede em São Paulo. A Folha procurou Pargendler e Suzana para se manifestarem sobre evidências de lobby do ministro em favor de sua cunhada, mas nenhum dos dois respondeu às perguntas até a publicação da notícia”. Eis aí. O câncer pegou Lula e todos os poderes da “República”. Só que para o câncer nos “quatro poderes” não há remédio... E viva Santo Expedito! Oremos. Té a próxima, babes!
Ah!, você sabe: estamos censurados desde 11/04/08. São 2190 dias sob abjeta mordaça. E repetimos as palavras do ministro Carlos Aires de Brito: “NÃO HÁ NO BRASIL NORMA OU LEI QUE CHANCELE PODER DE CENSURA À MAGISTRATURA”.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Rocinha, Brasília, o que invadir?
Frederico Mendonça de Oliveira
Você terá visto que tanques das Forças Armadas e o cacete invadiram a favela da Rocinha. Não sei como você reagiu, se com entusiasmo, descrédito, se com esperança de ser isso um passo rumo a peitar o banditismo e socorrer a legião de miseráveis pendurada nas encostas dos morros cariocas – e do desmantelamento do tráfico no Rio, se isso é pensável nesses dias incertos. Se você fez até um churra com os amigos pra festejar, não convém a leitura destas linhas. Se, ao contrário, você pensa como aquela mulher entrevistada pela “Grobo” e que criticou com palavras incisivas e serenas a invasão como coisa prejudicial, já que o poder instalado nos morros fornece suporte social – grana, benefícios, ajuda em tratamentos de saúde e até educação para a criançada – aos favelados, aí temos um dedo de prosa a bater. Você já viveu em morro ou em comunidade ligada a favela qualquer? Bem, eu já; e posso dizer que a realidade por lá é completamente diversa da que você poderia imaginar. E já podemos denunciar: essa invasão é patacoada: visa outros objetivos. E à população do asfalto se impõe mais essa empulhação, pra manter o poder inamovível dos Sarney e dos cartolas e barões de todos os estamentos de poder. Você deve intuir: a população favelada é cética para com essa pantomima, todos sabem que isso só vai piorar as coisas. Enter.
A sempre abjeta revista Veja – aquela que, ao contrário de Deus, escreve torto por linhas certas – estampou em foto de capa, quando da invasão pirotécnica do Complexo do Alemão, um membro do BOPE ou algo semelhante, sei lá, em trajes de enfrentamento, portando fuzil e com a cara cagada de preto, e tendo à altura da pelve um texto inacreditável: “ O dia em que o Brasil venceu o crime”. Bem, já somos palhaços de longa data, isso é velho. Mas um texto de capa estúpido assim já é um tripúdio sobre nossos sofridos anos acumulados de frustrações intermináveis. Que Brasil venceu que crime, moleques safados?? Todos sabemos que isso é encenação ridícula, que nenhum exército e muito menos o Exército extirparia o cancro em que se converteu a população favelada no Rio! Aquilo é um fato consolidado, uma realidade imutável, e, claro, o crescimento dessa máquina monumental é inevitável! Então vem a Veja com essa molecagem chula aproveitando o vácuo deixado pelo sucesso daquela Tropa de Elite, filme que não passa de degustação de pus, do miasma social que temos de suportar enojados e já de todo descrentes. Favelas não são nem serão algo historicamente aceitável como padrão de saúde social: são uma degenerescência horrenda, um submundo atroz, algo entre purgatório e inferno explodindo no tecido social como um horror irregenerável e irregressível. Enter.
Pois os comentários sobre a “invasão da Rocinha”, farsa que só convence os mais trouxas entre os trouxas, são de lucidez contundente. Um adolescente morador nestas montanhas e já atento aos fatos envolvendo esse enfrentamento fajuto lembrou que “não é a favela da Rocinha que o Exército e as forças da tão discutível legalidade têm que cercar: é a Praça dos Três Poderes, o maior antro de bandidos existente no Brasil”. Quem proferiu essa fala orça pelos 15, e ela causou caloroso consenso, reação intensa entre a rapaziada presente. Basta ver o livro Honoráveis Bandidos, “que conta a história do surgimento, enriquecimento e tomada do poder regional pela família Sarney, no Maranhão, e o controle do Senado pelo patriarca que virou presidente da República por acidente e beneficiou amigos e parentes”. E ainda nos envergonhamos de pagar, com o suor de nossa labuta a cada dia mais incerta, 14º e 15º salários para esses sevandijas, cafres assumidos, sudras depravados, enquanto esses mesmos traidores sonham com extinguir o 13º do trabalhador honesto. E o povo, passivo – muito diferente de ser pacífico –, não tem condição real de mobilizar milhões contra a corrupção. Mobilizar é coisa para certa minoria oculta e infiltrada no poder desde os primórdios da História. Vimos, vemos e veremos paradas gays reunindo milhões, o mesmo ocorrendo com os evangélicos. Mas a sociedade civil se manifestar por si é algo que só veremos se as chamadas forças ocultas resolverem tomar para si a tarefa – e aí o galinheiro estará sendo comandado pela raposa... Enter.
Volta e meia alguém fala que era preciso fechar esse Congresso e dar o poder aos militares. De novo? Bem, vá, admitamos considerar e debater. Que seja: mas que subam ao poder outros militares que não os Médicis, Geisels, Figueiredos e Golberis da vida. Que seja: mas que não tomem o poder militares a soldo do capital internacional intervencionista. Que seja: mas que os militares que assumirem o poder tratem de pegar essa cambada do colarinho branco e não hesitem em pôr essa corja a ferros, com penas compatíveis com o estrago que eles causaram. Que seja: mas que façam o que Brizola prometeu fazer caso chegasse à Presidência: “A primeira medida, na primeira manhã de meu governo, será tomar uma atitude contra esse grupo”, referindo-se à Rede Globo. Que seja: mas que todas as reformas urgentes ao País sejam imediatamente implementadas, livrando o trabalhador do inferno de sustentar a matilha dos poderosos e fazendo dele o protagonista do verdadeiro crescimento nacional. Bem, isso parece um sonho, um devaneio, uma “viagi”, como diria o “ex-presidente”, porque não subirão ao poder os nacionalistas autênticos JAMAIS! Os agentes do Império – leia-se: os assassinos econômicos e os chacais, vide “Let’s Make Money no YouTube – estão aí a postos para que isso jamais ocorra. Você duvida? Vamos apostar nossos patrimônios? O meu é uma merreca; e o seu? Apostamos? Enter final.
Então é isso: se é pra pegar bandido, cerque-se Brasília. Todo o Brasil sabe disso e sonha é com isso. Você duvida? Eu, não. E viva Santo Expedito! Oremos. ’Té a próxima, babes!
Ah!, você sabe: estamos censurados desde 11/04/08. São 2183 dias sob abjeta mordaça. E repetimos as palavras do ministro Carlos Aires de Brito: “NÃO HÁ NO BRASIL NORMA OU LEI QUE CHANCELE PODER DE CENSURA À MAGISTRATURA”.
Você terá visto que tanques das Forças Armadas e o cacete invadiram a favela da Rocinha. Não sei como você reagiu, se com entusiasmo, descrédito, se com esperança de ser isso um passo rumo a peitar o banditismo e socorrer a legião de miseráveis pendurada nas encostas dos morros cariocas – e do desmantelamento do tráfico no Rio, se isso é pensável nesses dias incertos. Se você fez até um churra com os amigos pra festejar, não convém a leitura destas linhas. Se, ao contrário, você pensa como aquela mulher entrevistada pela “Grobo” e que criticou com palavras incisivas e serenas a invasão como coisa prejudicial, já que o poder instalado nos morros fornece suporte social – grana, benefícios, ajuda em tratamentos de saúde e até educação para a criançada – aos favelados, aí temos um dedo de prosa a bater. Você já viveu em morro ou em comunidade ligada a favela qualquer? Bem, eu já; e posso dizer que a realidade por lá é completamente diversa da que você poderia imaginar. E já podemos denunciar: essa invasão é patacoada: visa outros objetivos. E à população do asfalto se impõe mais essa empulhação, pra manter o poder inamovível dos Sarney e dos cartolas e barões de todos os estamentos de poder. Você deve intuir: a população favelada é cética para com essa pantomima, todos sabem que isso só vai piorar as coisas. Enter.
A sempre abjeta revista Veja – aquela que, ao contrário de Deus, escreve torto por linhas certas – estampou em foto de capa, quando da invasão pirotécnica do Complexo do Alemão, um membro do BOPE ou algo semelhante, sei lá, em trajes de enfrentamento, portando fuzil e com a cara cagada de preto, e tendo à altura da pelve um texto inacreditável: “ O dia em que o Brasil venceu o crime”. Bem, já somos palhaços de longa data, isso é velho. Mas um texto de capa estúpido assim já é um tripúdio sobre nossos sofridos anos acumulados de frustrações intermináveis. Que Brasil venceu que crime, moleques safados?? Todos sabemos que isso é encenação ridícula, que nenhum exército e muito menos o Exército extirparia o cancro em que se converteu a população favelada no Rio! Aquilo é um fato consolidado, uma realidade imutável, e, claro, o crescimento dessa máquina monumental é inevitável! Então vem a Veja com essa molecagem chula aproveitando o vácuo deixado pelo sucesso daquela Tropa de Elite, filme que não passa de degustação de pus, do miasma social que temos de suportar enojados e já de todo descrentes. Favelas não são nem serão algo historicamente aceitável como padrão de saúde social: são uma degenerescência horrenda, um submundo atroz, algo entre purgatório e inferno explodindo no tecido social como um horror irregenerável e irregressível. Enter.
Pois os comentários sobre a “invasão da Rocinha”, farsa que só convence os mais trouxas entre os trouxas, são de lucidez contundente. Um adolescente morador nestas montanhas e já atento aos fatos envolvendo esse enfrentamento fajuto lembrou que “não é a favela da Rocinha que o Exército e as forças da tão discutível legalidade têm que cercar: é a Praça dos Três Poderes, o maior antro de bandidos existente no Brasil”. Quem proferiu essa fala orça pelos 15, e ela causou caloroso consenso, reação intensa entre a rapaziada presente. Basta ver o livro Honoráveis Bandidos, “que conta a história do surgimento, enriquecimento e tomada do poder regional pela família Sarney, no Maranhão, e o controle do Senado pelo patriarca que virou presidente da República por acidente e beneficiou amigos e parentes”. E ainda nos envergonhamos de pagar, com o suor de nossa labuta a cada dia mais incerta, 14º e 15º salários para esses sevandijas, cafres assumidos, sudras depravados, enquanto esses mesmos traidores sonham com extinguir o 13º do trabalhador honesto. E o povo, passivo – muito diferente de ser pacífico –, não tem condição real de mobilizar milhões contra a corrupção. Mobilizar é coisa para certa minoria oculta e infiltrada no poder desde os primórdios da História. Vimos, vemos e veremos paradas gays reunindo milhões, o mesmo ocorrendo com os evangélicos. Mas a sociedade civil se manifestar por si é algo que só veremos se as chamadas forças ocultas resolverem tomar para si a tarefa – e aí o galinheiro estará sendo comandado pela raposa... Enter.
Volta e meia alguém fala que era preciso fechar esse Congresso e dar o poder aos militares. De novo? Bem, vá, admitamos considerar e debater. Que seja: mas que subam ao poder outros militares que não os Médicis, Geisels, Figueiredos e Golberis da vida. Que seja: mas que não tomem o poder militares a soldo do capital internacional intervencionista. Que seja: mas que os militares que assumirem o poder tratem de pegar essa cambada do colarinho branco e não hesitem em pôr essa corja a ferros, com penas compatíveis com o estrago que eles causaram. Que seja: mas que façam o que Brizola prometeu fazer caso chegasse à Presidência: “A primeira medida, na primeira manhã de meu governo, será tomar uma atitude contra esse grupo”, referindo-se à Rede Globo. Que seja: mas que todas as reformas urgentes ao País sejam imediatamente implementadas, livrando o trabalhador do inferno de sustentar a matilha dos poderosos e fazendo dele o protagonista do verdadeiro crescimento nacional. Bem, isso parece um sonho, um devaneio, uma “viagi”, como diria o “ex-presidente”, porque não subirão ao poder os nacionalistas autênticos JAMAIS! Os agentes do Império – leia-se: os assassinos econômicos e os chacais, vide “Let’s Make Money no YouTube – estão aí a postos para que isso jamais ocorra. Você duvida? Vamos apostar nossos patrimônios? O meu é uma merreca; e o seu? Apostamos? Enter final.
Então é isso: se é pra pegar bandido, cerque-se Brasília. Todo o Brasil sabe disso e sonha é com isso. Você duvida? Eu, não. E viva Santo Expedito! Oremos. ’Té a próxima, babes!
Ah!, você sabe: estamos censurados desde 11/04/08. São 2183 dias sob abjeta mordaça. E repetimos as palavras do ministro Carlos Aires de Brito: “NÃO HÁ NO BRASIL NORMA OU LEI QUE CHANCELE PODER DE CENSURA À MAGISTRATURA”.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Até tu, STF???
Frederico Mendonça de Oliveria
Você verá a gracinha dessa notícia que saiu na manhã de domingo último no Estadão e que ao meio-dia já desaparecera (???) da primeira página. Tive a sorte de passá-la para o word tão logo li. Veja a belezoca: “Supremo blinda políticos e protege identidade de 152 investigados”; “O jornal Estado de São Paulo (Estadão) fez levantamento de autoridades públicas citadas em 200 inquéritos e identificou que mesmo nos casos em que não há segredo de Justiça só as iniciais são divulgadas, escondendo os nomes” – dos investigados, claro. O autor da matéria, de 04/11/2011 | 22h 40, é Felipe Recondo, do Estadão. E lá vai o texto: “BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) mantém em sigilo a identidade de 152 autoridades suspeitas de cometer crimes. Um procedimento adotado no ano passado como exceção, que visava a proteger as investigações, acabou tornando-se regra e passou a blindar deputados, senadores e ministros de Estado. Levantamento feito pelo Estadão em aproximadamente 200 inquéritos mostrou que os nomes dos investigados são ocultados. Apenas suas iniciais são expressas, mesmo que o processo não tramite em segredo de Justiça, o que torna praticamente impossível descobrir quem está sendo alvo de investigação. O Estadão já havia revelado, em dezembro do ano passado, a adoção dessa prática no STF. O inquérito aberto contra a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), flagrada recebendo dinheiro do esquema do mensalão do DEM no Distrito Federal, aparece no site do Supremo apenas com as iniciais da parlamentar: JMR (Jaqueline Maria Roriz). Outros seis inquéritos trazem as iniciais L.L.F.F. Só foi possível identificar que o investigado era o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) porque outra investigação com a mesma sigla foi levada ao plenário do tribunal recentemente. Em outros casos, é possível inferir quem é o investigado por meio de uma pesquisa. Sabendo que a investigação foi aberta em um estado específico, é necessário cruzar as iniciais com todos os nomes de deputados e senadores eleitos por esse mesmo estado. Por esse procedimento é possível inferir que um inquérito aberto contra L.H.S. em Santa Catarina envolve o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC). Nesse caso, o estado confirmou que se trata efetivamente do parlamentar e ex-governador catarinense. Mas na maioria das vezes essa pesquisa não é suficiente para saber quem está sob investigação no Supremo”. Enter.
Você está vendo: suas excelências andam se desviando em seus deveres. Se passam a camuflar – por que mesmo?? – alvos de investigações, três a zero pra eles. Veio o primeiro gol quando da anulação pelo STJ de operações da Polícia Federal. Depois, o Estadão, sofreu censura do desembargador Dácio Vieira, por sinal um comensal dos Sarney. O jornal andou denunciando ações ilícitas do Fernando Sarney, cujo pai você deve conhecer. O leitor do Estadão José Carlos Werneck escreveu em 03/08/2011 às 11:12: “Num Estado democrático, todo tipo de censura aos meios de comunicação é injustificável e atenta contra os mais elementares princípios de Direito e é ainda mais grave quando feita pelo Poder Judiciário, que tem entre suas atribuições a de garantir ao jurisdicionado o acesso à informação. Todo tipo de censura é abominável, e a pior de todas é aquela advinda de sentenças judiciais com o intuito único de amordaçar os meios de comunicação e impedir a liberdade de expressão inerente à essência da própria democracia. Vale aqui lembrar as palavras do eminente ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Aires de Brito, quando afirmou em histórico julgamento que ‘NÃO HÁ NO BRASIL NORMA OU LEI QUE CHANCELE PODER DE CENSURA À MAGISTRATURA’”. A Constituição brasileira, você sabe, no artigo 220 é clara ao garantir a liberdade de expressão e proíbe qualquer tipo de censura e de cerceamento ao direito de informação. Enter.
Abra o link http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/o-doutor-em-censura-esqueceu-de-mandar-prender-a-foto/ e veja uma cena bizarra: o desembargador Dácio e José Sarney posam em festa de casamento da filha de Agaciel Maia, este o mais sorridente, radiante. “O autor (da foto), não identificado nos créditos, talvez soubesse que fotografava um desembargador acidental confraternizando com três prontuários. Mas não poderia saber que estava produzindo a prova de um crime que ainda não fora planejado. Consumou-se neste 31 de julho, quando o homem pago pelos contribuintes para fazer justiça se nomeou censor da imprensa brasileira e proibiu o Estadão de divulgar informações sobre bandalheiras promovidas pelo bando de que fazem parte Sarney, Renan e Agaciel”. Que tal? Abra o link acima, lá estão bons ipissilones do Augusto Nunes, em duro sarcasmo contra os desfrutadores de podres poderes. Enter final.
O prof. H Romeu Pinto, missivista do Estadão, mandou essa, comentando a coisa de políticos blindados pelo STF: “7/11/11 | 9h17 - Esse é o país da roubalheira, da pilantragem, da canalhice, da vagabundagem sem fim e institucionalizada. Nunca antes na história deste país se roubou tanto quanto agora. Este é o legado de Lula e do PT”. O pior, você sabe: é por aí. E, curioso: a matéria que sumira ontem do Estadão voltou na seção “+ comentadas”, lá pra baixo na edição eletrônica. Boa recuperada... E o leitor Renato Ferro, agorinha, mandou essa: “O superior tribunal da falcatrua acoberta os ladrões do dinheiro público porque recebe propina para isso. Esses quadrilheiros que estudaram o vida toda para chegar lá se tornam bandidos porque se igualam aos ladrões adotando esses procedimentos. São vagabundos iguais, são marginais que não merecem o respeito do país. MARGINAIS, VAGABUNDOS DO COLARINHO BRANCO”. Uau! Que bronca! E viva Santo Expedito!! Oremos. ’Té a próxima, babes!
Bem, você sabe: estamos censurados desde 11/04/08. São 2176 dias sob abjeta mordaça. E repetimos as palavras de Carlos Aires de Brito: “NÃO HÁ NO BRASIL NORMA OU LEI QUE CHANCELE PODER DE CENSURA À MAGISTRATURA”.
Você verá a gracinha dessa notícia que saiu na manhã de domingo último no Estadão e que ao meio-dia já desaparecera (???) da primeira página. Tive a sorte de passá-la para o word tão logo li. Veja a belezoca: “Supremo blinda políticos e protege identidade de 152 investigados”; “O jornal Estado de São Paulo (Estadão) fez levantamento de autoridades públicas citadas em 200 inquéritos e identificou que mesmo nos casos em que não há segredo de Justiça só as iniciais são divulgadas, escondendo os nomes” – dos investigados, claro. O autor da matéria, de 04/11/2011 | 22h 40, é Felipe Recondo, do Estadão. E lá vai o texto: “BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) mantém em sigilo a identidade de 152 autoridades suspeitas de cometer crimes. Um procedimento adotado no ano passado como exceção, que visava a proteger as investigações, acabou tornando-se regra e passou a blindar deputados, senadores e ministros de Estado. Levantamento feito pelo Estadão em aproximadamente 200 inquéritos mostrou que os nomes dos investigados são ocultados. Apenas suas iniciais são expressas, mesmo que o processo não tramite em segredo de Justiça, o que torna praticamente impossível descobrir quem está sendo alvo de investigação. O Estadão já havia revelado, em dezembro do ano passado, a adoção dessa prática no STF. O inquérito aberto contra a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), flagrada recebendo dinheiro do esquema do mensalão do DEM no Distrito Federal, aparece no site do Supremo apenas com as iniciais da parlamentar: JMR (Jaqueline Maria Roriz). Outros seis inquéritos trazem as iniciais L.L.F.F. Só foi possível identificar que o investigado era o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) porque outra investigação com a mesma sigla foi levada ao plenário do tribunal recentemente. Em outros casos, é possível inferir quem é o investigado por meio de uma pesquisa. Sabendo que a investigação foi aberta em um estado específico, é necessário cruzar as iniciais com todos os nomes de deputados e senadores eleitos por esse mesmo estado. Por esse procedimento é possível inferir que um inquérito aberto contra L.H.S. em Santa Catarina envolve o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC). Nesse caso, o estado confirmou que se trata efetivamente do parlamentar e ex-governador catarinense. Mas na maioria das vezes essa pesquisa não é suficiente para saber quem está sob investigação no Supremo”. Enter.
Você está vendo: suas excelências andam se desviando em seus deveres. Se passam a camuflar – por que mesmo?? – alvos de investigações, três a zero pra eles. Veio o primeiro gol quando da anulação pelo STJ de operações da Polícia Federal. Depois, o Estadão, sofreu censura do desembargador Dácio Vieira, por sinal um comensal dos Sarney. O jornal andou denunciando ações ilícitas do Fernando Sarney, cujo pai você deve conhecer. O leitor do Estadão José Carlos Werneck escreveu em 03/08/2011 às 11:12: “Num Estado democrático, todo tipo de censura aos meios de comunicação é injustificável e atenta contra os mais elementares princípios de Direito e é ainda mais grave quando feita pelo Poder Judiciário, que tem entre suas atribuições a de garantir ao jurisdicionado o acesso à informação. Todo tipo de censura é abominável, e a pior de todas é aquela advinda de sentenças judiciais com o intuito único de amordaçar os meios de comunicação e impedir a liberdade de expressão inerente à essência da própria democracia. Vale aqui lembrar as palavras do eminente ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Aires de Brito, quando afirmou em histórico julgamento que ‘NÃO HÁ NO BRASIL NORMA OU LEI QUE CHANCELE PODER DE CENSURA À MAGISTRATURA’”. A Constituição brasileira, você sabe, no artigo 220 é clara ao garantir a liberdade de expressão e proíbe qualquer tipo de censura e de cerceamento ao direito de informação. Enter.
Abra o link http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/o-doutor-em-censura-esqueceu-de-mandar-prender-a-foto/ e veja uma cena bizarra: o desembargador Dácio e José Sarney posam em festa de casamento da filha de Agaciel Maia, este o mais sorridente, radiante. “O autor (da foto), não identificado nos créditos, talvez soubesse que fotografava um desembargador acidental confraternizando com três prontuários. Mas não poderia saber que estava produzindo a prova de um crime que ainda não fora planejado. Consumou-se neste 31 de julho, quando o homem pago pelos contribuintes para fazer justiça se nomeou censor da imprensa brasileira e proibiu o Estadão de divulgar informações sobre bandalheiras promovidas pelo bando de que fazem parte Sarney, Renan e Agaciel”. Que tal? Abra o link acima, lá estão bons ipissilones do Augusto Nunes, em duro sarcasmo contra os desfrutadores de podres poderes. Enter final.
O prof. H Romeu Pinto, missivista do Estadão, mandou essa, comentando a coisa de políticos blindados pelo STF: “7/11/11 | 9h17 - Esse é o país da roubalheira, da pilantragem, da canalhice, da vagabundagem sem fim e institucionalizada. Nunca antes na história deste país se roubou tanto quanto agora. Este é o legado de Lula e do PT”. O pior, você sabe: é por aí. E, curioso: a matéria que sumira ontem do Estadão voltou na seção “+ comentadas”, lá pra baixo na edição eletrônica. Boa recuperada... E o leitor Renato Ferro, agorinha, mandou essa: “O superior tribunal da falcatrua acoberta os ladrões do dinheiro público porque recebe propina para isso. Esses quadrilheiros que estudaram o vida toda para chegar lá se tornam bandidos porque se igualam aos ladrões adotando esses procedimentos. São vagabundos iguais, são marginais que não merecem o respeito do país. MARGINAIS, VAGABUNDOS DO COLARINHO BRANCO”. Uau! Que bronca! E viva Santo Expedito!! Oremos. ’Té a próxima, babes!
Bem, você sabe: estamos censurados desde 11/04/08. São 2176 dias sob abjeta mordaça. E repetimos as palavras de Carlos Aires de Brito: “NÃO HÁ NO BRASIL NORMA OU LEI QUE CHANCELE PODER DE CENSURA À MAGISTRATURA”.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Lula e Luciano: Brasil é isso aí
Frederico Mendonça de Oliveira
Você não dormiria na semana passada enquanto não fosse esclarecido o que realmente rolou entre dois ídolos deste lugar chamado Brasil: afinal, Luciano se separar de Zezé di Camargo é uma tragédia nacional, concorda? O que fará o “povo brasileiro” se for privado de ouvir os guais dessa “dupra”? Que será do Brisêu se os filhos de Francisco dissolverem a união que mantém o “país” tão coeso, trazendo benefícios como redução de pobreza, aumento de oferta de emprego, aperfeiçoamento de setores como Educação, Saúde, Segurança Pública? Os sons assemelhados a ganidos emitidos por essas duas preciosidades culturais não têm contribuído enormemente para o “pogréssio” de nossas instituições mais valiosas? Então: você constata quão caro é para nosso povo e nosso país que os irmãos sertanojos se reconciliem, para que a normalidade institucional se reinstale entre nós. Enter.
Bem, um amigo me alertou para ser isso um golpe de marketing pra reaquecer o prestígio da “dupra”, possivelmente abalado pelo crescimento e aceitação crescente do “sertanejo universitário” (???) e da diversificação de mercado que isso vem produzindo de tempos pra cá. Pode, sim. Pois quão importante foi para todos ver a foto daquele tão adorado estafermo Luciano, envolto em panos de péssimo gosto e um boné ridículo e mais óculos escuros, fazendo gesto de vitória – ou de paz e amor? – com os dedos indicador e médio da mão direita ao sair do hospital! Está salva a pátria, ó Deus! Todos respiraram aliviados, todos dormiram tranquilizados, alguns até fizeram festinhas; outros, festões. E o Brisêu voltou aos seus tão firmes trilhos de antes, com a “dupra” agora reconciliada depois de uma estranha rusga de irmãos. E a legião de fãs, aquilo que Nestor de Holanda, nos tempos do Brisêu inteligente, chamou de “macacas de auditório”, poderá voltar a realizar suas sessões de ganidos conjuntos, coros de guais em êxtase de decadência coletivizada. Hoje o Nestor estaria enquadrado em crime de racismo, embora nossos admiráveis governantes e seus amos – que criaram essa lei repressiva estúpida e geradora de hipocrisia generalizada – façam de nós todos uma legião de macacos sem rabo. Isso pode. Não é uma lindeza? Pois é: temos visto – eu vejo esse horror de passagem, a toda hora – as legiões de meninas desmioladas “cantando” babosas e em transe de estupidez com essas “dupras”, e isso mostra que estamos na contramão da evolução, que o abismo se abre à frente dessa “pátria amada idolatrada”, especialmente se considerarmos o número de duplas de difusão da miséria sonora, vocal, cancionística, da estupidez assumida e do atentado irreprimível ao que seria nosso processo evolutivo. Enter.
Bem, você leu o Tutti Vasquez, aquele gozador do Estadão. Ele disse que, pior do que a separação da “dupra”, seria o surgimento de duas carreiras solo. Pobres de nós, claro, embora valha lembrar que Daniel e Leonardo estão aí emitindo seus sons vocais deletérios sozinhos porque seus parceiros foram fazer carreira subsolo... e assim você fica bem servido de assunto para reflexão fecunda. Vão alguns tópicos para suas elucubrações: um, considerar a irreversibilidade ou não dessa desgraça instalada pela mídia democida em nosso dia a dia; dois, conjeturar sobre a relação entre essas “dupras” e possíveis tsunamis que atinjam nosso litoral; três, indagar sobre que poder oculto transformou com mão implacável o país de Tom Jobim no país dos Filhos de Francisco. Enter.
E aí você fica sabendo que Lula está com câncer na laringe. Cacilda! Coitado!, dizem todos. Ou quase todos. E a imprensa trata isso na tremenda defensiva, evitando agudizar a situação, temendo gerar uma conflagração de ira santa no poviléu anestesiado e mantido passivo sob ação intervencionista fatal. E vem – você terá lido – o maçante e de hábito inconsistente Dimenstein na Folha condenando os que, sabendo da doença, se valem da internet pra liberar sua indignação represada no coração e na alma, especialmente os que sabem que o governo petista está se lixando para com a Saúde. O Lula de fala bostejante ter posado por 25 anos de salvador da pátria e inverter isso de forma radical tão logo envergou essa tão desclassificada faixa presidencial, isso pode. Na verdade, não interessa a ninguém o Dimenstein “se envergonhar” por causa de a macacada emputecida com a depravação constatada nessas duas gestões pegar o gancho desse câncer e liberar broncas entaladas há anos. Acontece é que o senhor impostor Lula, homem de duas caras e de cinismo assumido, ser tratado na estratosfera da medicina brasileira e por especialistas já podres de ricos gera revolta em setores desassistidos, claro. O palrador presidente não disse que o SUS é o mais avançado sistema de Saúde já visto no mundo e o que, em seu governo, chegou à condição de qualidade jamais alcançada “nefte paíf”? Procurasse então o SUS pra tratar a bosta! A macacada agora pergunta justamente isso, claro... e lava um pouco a alma tão aviltada por anos de corrupção explícita e ainda lança outra pergunta: por que este pelintra não respondeu pelos crimes praticados por seus auxiliares diretos? E outros dizem que esse câncer na garganta é castigo por ter mentido para o povo por 25 anos e ter invertido o jogo quando, empossado, se curva aos poderosos e frustra a expectativa dos que o elegeram esperando ocorrer a virada que ele tanto pregou. A turma tá puta da vida, meu!. Enter final.
Você pode sossegar: a crase está liberada. Saiu no O Globo: “Acusados de matar jovem grávida de 9 meses vão à júri popular”; e, na Folha: “Tripulantes deixam simulação de missão à Marte depois de 520 dias”. Marte e júri agora são muié! Vivaaaaaaaaaa!!! Abaixo o Portuguêis! E viva Santo Expedito! Oremos. Té a próxima, babes!
E continuamos sob censura, amordaçados desde 11/04/08. A vergonha vai totalizando 2169 dias. O advogado Gerardo Xavier Santiago, RJ, lembra que o artigo 5 da Constituição Federal garante a liberdade de expressão e de manifestação em local público! Abaixo a censura! E viva Eliana Calmon, brasileira de coração!
Você não dormiria na semana passada enquanto não fosse esclarecido o que realmente rolou entre dois ídolos deste lugar chamado Brasil: afinal, Luciano se separar de Zezé di Camargo é uma tragédia nacional, concorda? O que fará o “povo brasileiro” se for privado de ouvir os guais dessa “dupra”? Que será do Brisêu se os filhos de Francisco dissolverem a união que mantém o “país” tão coeso, trazendo benefícios como redução de pobreza, aumento de oferta de emprego, aperfeiçoamento de setores como Educação, Saúde, Segurança Pública? Os sons assemelhados a ganidos emitidos por essas duas preciosidades culturais não têm contribuído enormemente para o “pogréssio” de nossas instituições mais valiosas? Então: você constata quão caro é para nosso povo e nosso país que os irmãos sertanojos se reconciliem, para que a normalidade institucional se reinstale entre nós. Enter.
Bem, um amigo me alertou para ser isso um golpe de marketing pra reaquecer o prestígio da “dupra”, possivelmente abalado pelo crescimento e aceitação crescente do “sertanejo universitário” (???) e da diversificação de mercado que isso vem produzindo de tempos pra cá. Pode, sim. Pois quão importante foi para todos ver a foto daquele tão adorado estafermo Luciano, envolto em panos de péssimo gosto e um boné ridículo e mais óculos escuros, fazendo gesto de vitória – ou de paz e amor? – com os dedos indicador e médio da mão direita ao sair do hospital! Está salva a pátria, ó Deus! Todos respiraram aliviados, todos dormiram tranquilizados, alguns até fizeram festinhas; outros, festões. E o Brisêu voltou aos seus tão firmes trilhos de antes, com a “dupra” agora reconciliada depois de uma estranha rusga de irmãos. E a legião de fãs, aquilo que Nestor de Holanda, nos tempos do Brisêu inteligente, chamou de “macacas de auditório”, poderá voltar a realizar suas sessões de ganidos conjuntos, coros de guais em êxtase de decadência coletivizada. Hoje o Nestor estaria enquadrado em crime de racismo, embora nossos admiráveis governantes e seus amos – que criaram essa lei repressiva estúpida e geradora de hipocrisia generalizada – façam de nós todos uma legião de macacos sem rabo. Isso pode. Não é uma lindeza? Pois é: temos visto – eu vejo esse horror de passagem, a toda hora – as legiões de meninas desmioladas “cantando” babosas e em transe de estupidez com essas “dupras”, e isso mostra que estamos na contramão da evolução, que o abismo se abre à frente dessa “pátria amada idolatrada”, especialmente se considerarmos o número de duplas de difusão da miséria sonora, vocal, cancionística, da estupidez assumida e do atentado irreprimível ao que seria nosso processo evolutivo. Enter.
Bem, você leu o Tutti Vasquez, aquele gozador do Estadão. Ele disse que, pior do que a separação da “dupra”, seria o surgimento de duas carreiras solo. Pobres de nós, claro, embora valha lembrar que Daniel e Leonardo estão aí emitindo seus sons vocais deletérios sozinhos porque seus parceiros foram fazer carreira subsolo... e assim você fica bem servido de assunto para reflexão fecunda. Vão alguns tópicos para suas elucubrações: um, considerar a irreversibilidade ou não dessa desgraça instalada pela mídia democida em nosso dia a dia; dois, conjeturar sobre a relação entre essas “dupras” e possíveis tsunamis que atinjam nosso litoral; três, indagar sobre que poder oculto transformou com mão implacável o país de Tom Jobim no país dos Filhos de Francisco. Enter.
E aí você fica sabendo que Lula está com câncer na laringe. Cacilda! Coitado!, dizem todos. Ou quase todos. E a imprensa trata isso na tremenda defensiva, evitando agudizar a situação, temendo gerar uma conflagração de ira santa no poviléu anestesiado e mantido passivo sob ação intervencionista fatal. E vem – você terá lido – o maçante e de hábito inconsistente Dimenstein na Folha condenando os que, sabendo da doença, se valem da internet pra liberar sua indignação represada no coração e na alma, especialmente os que sabem que o governo petista está se lixando para com a Saúde. O Lula de fala bostejante ter posado por 25 anos de salvador da pátria e inverter isso de forma radical tão logo envergou essa tão desclassificada faixa presidencial, isso pode. Na verdade, não interessa a ninguém o Dimenstein “se envergonhar” por causa de a macacada emputecida com a depravação constatada nessas duas gestões pegar o gancho desse câncer e liberar broncas entaladas há anos. Acontece é que o senhor impostor Lula, homem de duas caras e de cinismo assumido, ser tratado na estratosfera da medicina brasileira e por especialistas já podres de ricos gera revolta em setores desassistidos, claro. O palrador presidente não disse que o SUS é o mais avançado sistema de Saúde já visto no mundo e o que, em seu governo, chegou à condição de qualidade jamais alcançada “nefte paíf”? Procurasse então o SUS pra tratar a bosta! A macacada agora pergunta justamente isso, claro... e lava um pouco a alma tão aviltada por anos de corrupção explícita e ainda lança outra pergunta: por que este pelintra não respondeu pelos crimes praticados por seus auxiliares diretos? E outros dizem que esse câncer na garganta é castigo por ter mentido para o povo por 25 anos e ter invertido o jogo quando, empossado, se curva aos poderosos e frustra a expectativa dos que o elegeram esperando ocorrer a virada que ele tanto pregou. A turma tá puta da vida, meu!. Enter final.
Você pode sossegar: a crase está liberada. Saiu no O Globo: “Acusados de matar jovem grávida de 9 meses vão à júri popular”; e, na Folha: “Tripulantes deixam simulação de missão à Marte depois de 520 dias”. Marte e júri agora são muié! Vivaaaaaaaaaa!!! Abaixo o Portuguêis! E viva Santo Expedito! Oremos. Té a próxima, babes!
E continuamos sob censura, amordaçados desde 11/04/08. A vergonha vai totalizando 2169 dias. O advogado Gerardo Xavier Santiago, RJ, lembra que o artigo 5 da Constituição Federal garante a liberdade de expressão e de manifestação em local público! Abaixo a censura! E viva Eliana Calmon, brasileira de coração!
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