Frederico Mendonça de Oliveira
“Não entendo por que o Fidel não dá um chega pra lá no histrião Lula, que não se sabe o que foi fazer em Cuba”. Boneco assumido e homem/político sem palavra, Lula é um embuste vergonhoso, e Fidel deve saber muito bem que esse tipo, depois de 25 anos prometendo peitar o sistema concentrador e a corrupção, cuspiu na cara de todo o seu eleitorado na maior cara dura e continua aí, por força de ingerências que o povo realmente desconhece, com aprovação quase total. “É muito provável que a Dilma, mesmo que desajeitada por não saber sorrir em estilo global e impopular por parecer que pensa e que tem pulso forte, fatores hoje negativos para imagem de políticos, acabe eleita presidente, porque o esquema petista de poder é transnacional e fortíssimo!”, comenta Manoel com sua atenta e amada Maria, que fareja o ar buscando avaliar os “teores femininos” da candidata petista enquanto ouve os comentários de nosso herói. Enter.
O jornalista Ivo Patarra disponibilizou na internet seu livro O Chefe, em que aborda a farra do mensalão, tido como o mais espantoso escândalo da história do país. Se você quiser ler, que seja ludicamente para se aprofundar na maracutaia, baixe em PDF, grátis: www.escandalodomensalao.com.br, mas garantimos que você não conseguirá aumentar seu asco, apenas vai fortalecer sua convicção quanto a que estamos vivendo uma palhaçada irremediável e irreversível, e isso não é só em âmbito nacional (including as dimensões federal, estadual e municipal, com especial menção a Brasília, a capital, que teve seu governador preso por corrupção, aliás hábito dele), isso vara as fronteiras dos países do e sob o Império. E estamos levando mais pau ainda: depois de tudo ter acontecido envolvendo a quadrilha que reunia Dirceu, Genoíno, Valério, Silvinho Land Rover, Dantas, Lurian e toda a camarilha petista, sem esquecer o primeiro dos degenerados que entrou em foco, Waldomiro Diniz, e tudo dar em quase nada – realmente não conseguiram salvar esses salafrários todos, mas eles prosseguem aí lampeiros, quando deveriam estar em trabalhos forçados, a ferros! –, eis que puseram pra circular na internet uma denúncia de uma certa “bolsa bandido”, o que foi denominado tecnicamente de “auxílio reclusão”, maravilha talvez engendrada para ser mais um elemento de corrupção neste governo tão cheio de expedientes inacreditáveis. Quer ver? Abra o link mostrado no fim deste artigo. Enter.
E Manoel encontra o amigo músico e os dois vão andando e trocando idéias até a porta da casa deste. Chegando lá, aquele espetáculo: um monte de crianças histéricas berrando e correndo, mulheres trocando conversas aboletadas nos bancos infames, outras figuras patibulares compondo o surrealismo de um ponto de encontro em que não se dá encontro que não o da aproximação sem qualquer troca, não esquecendo que volta e meia surge não se sabe de onde gente que arma piquenique na grama, sem contar casais que trepam ao ar livre, e chega cachorro, e tem meninos burros jogando bola... E, mais pra baixo, uma turma fumando tchoras e tramando o roubo de uma moto. Esses a mulher do amigo filmou, pra qualquer eventualidade. O que mais espanta Manoel através do relato do amigo e de suas próprias observações é que o que antes era um pacato espaço de preservação ambiental virou um espaço em que religiosamente se reúnem TODOS OS DIAS gente sem atividade cerebral criativa. Ali se agregam, como bando de quaisquer animais – “Birds of a feather flock together” –, os classemédia sem ação mental além de atividades primárias: falam talvez para unicamente ouvirem os sons das próprias vozes, nada têm a dizer a não ser trivialidades e, claro, seguramente poderão rolar fofocas e tititis, tanto quanto manifestar seu ódio esverdinhado e sádico por quem brandiu essa palhaçada de lei em relação à existência desse paradoxo. E TODOS OS DIAS vêm em romaria, religiosamente, com meninos e carrinhos e até cachorrinhos, para um lugar sem qualquer atrativo qual não seja servir para praticar um tipo de ócio que eles pensam ser lazer, ou se ajuntarem e agruparem pensando estarem praticando congraçamento. E Manoel mais se abestalha ainda ao perceber que tudo não passa de uma pantomima rigorosamente fútil em que objetos do sistema descobriram um espaço alternativo, agora para compartilhar em público seu doloroso vazio, que parece que dói mais dentro das paredes do “lar”... Enter.
“É o que podemos chamar de periferização de classe média: talvez eles estejam é voltando a suas origens! Como em periferias e favelas, a turma brinca e relaxa na rua, porque o espaço em seus domicílios é exíguo e asfixiante, tanto quanto denunciador de uma condição social rebaixada. Então esses classemédias retornam a seus hábitos de berço ou origem, porque contraditoriamente odeiam os barracos com que se identificam no fundo, e que aparecem como feios quadros nas paredes da memória – mas não perdem o hábito de fugir deles indo pra rua. Seguramente nenhuma dessas criaturas tem o hábito da leitura...se é que sabem ler de verdade. Como disse Mário Quintana, “É um crime aprender a ler e não ler!”, discursa já resignado e superiorizado o amigo de Manoel, que ouve estas palavras finais: “Perdoai-os, Pai – eles não sabem o que fazem!”. E Manoel considera: “Será que não sabem mesmo? Não seria aquilo de “video meliora, proboque deteriora sequor”, “eu vejo o melhor, aprovo e sigo o pior”? Afinal, aquilo hoje chamado ainda de ser humano é uma contradição viva: “Ganham a vida ao nascer e a entregam toda à TV, a noticiários furados, a programas estúpidos e degeneradores, a novelas e BBB! Quem faz isso prova que tem por si simplesmente ódio e desprezo! E agora têm espaço pra compartilhar isso”. Enter final.
E aqui ficamos. Com Manoel e o amigo pensando seriamente em ganhar o mundo e deixar pra trás esse quadro patético e asqueroso. Arte e talento não faltam aos dois. E Manoel fica emocionado quando vê que Maria fica mais linda quando essa possibilidade é aventada em conversas... E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=22