quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Ei, Aldo! Cadê você? E o Brasil?

Frederico Mendonça de Oliveira, Fredera

Pois é. O Aldo Rebelo era líder do "governo" na Câmara, coisa assim, todos os dias mostrava o bigodão e o nariz torto na telinha, sempre se pronunciava e tal. Desde a eclosão do escândalo do mensalão foi saindo de fininho, entrou o tal do Chinaglia (diz-se Quinálhia, mas as capivaras vestidas preferem a pronúncia estúpida que é ler como está escrito) com aquela cara de raposa véia e, de repente,... que fim levou o Aldo? A impressão que dá é que ele saiu fora pra não sobrar titica pra cima dele, ou terá saído porque sacou que isso aí não tem mais jeito de forma nenhuma. Talvez tenha saído de fininho ou de grossinho porque percebeu que a língua portuguesa, pela preservação da qual andou se batendo, aliás dando a impressão de pregador no deserto, porque a contrapelo da Globo, está de há muito no brejo. Deve ter considerado que nada mais detém a marcha dos conquistadores do planeta, e que o Brasil não vai mais se manter país mesmo que bata uma consciência geral vinda do cosmo: estamos literalmente desarmados e com nossa consistência social cancerificada, sem contar que o esquema invisível – para as mentes obtusas, maioria esmagadora – de dominação é pra lá de eficiente, o que nos torna um organismo e um corpo social em estado terminal, um Estado agonizante, desenganado. Enter.
A corrupção deslavada e desenfreada não se deve, certamente, senão à "consciência" -- não seria melhor "convicção", menos ético? – generalizada entre os "parlamentares" de que não temos qualquer perspectiva de conserto, qualquer alternativa para o câncer que nos envolve quase que totalmente. Em Cuba, em 1974, a Clarice Blomquist me dizia: "Seu país está perdido: é o salve-se quem puder!". Então vemos os engravatados chafurdando na orgia miserável da locupletação e na suruba do poder e admitimos que o fazem porque já não existe para eles senão o "farinha pouca, meu pirão primeiro", agravado pelo "lei de murici, cada um trata de si". É o "salve-se quem puder", vaticínio de Clarice Blomquist e voz geral entre a cubanada. Que nos resta senão contemplar o desmoronamento, como no samba de Adoniran: "Pegamos todas' nossas coisas/ e fumos pro meio da rua/ apreciar a demolição"? Enter.
Então é isso. 'Tá. 'Tá mesmo? Será mesmo isso? Não tem remédio? E, voltando: o Aldo, cadê? Tirou o time? Virou as costas pro puteiro de que falou Cazuza? Ou botou o rabo entre as pernas e saiu de cena atemorizado com essa podridão que se explicita mas que não gera atitudes ou medidas saneadoras? Será que se mudou para os cantos do palco ou se refugiou nos bastidores, temeroso com o que explode no proscênio? Será que ele considerou que já amealhou o bastante e que o melhor é montar uma empresa de consultoria pra viver numa boa e a salvo de "merdas no ventilador" a torto e a direito? Possível. Vejam bem que um homem que teve a relevância que ele teve na primeira gestão petista e que vivia nas primeiras páginas da imprensa torpe dos jornalões e na telinha quase todo dia não pode desaparecer assim, sumir, azular, depois de tanto vender a imagem de bom mocismo e de alma limpa no meio daquele inferno... E pode ser que fosse mesmo intocável, impoluto, lídimo, ilibado, mesmo que misturado àquela vara e sujeito a comer do mesmo farelo dos que em torno dele se regalam fossando no dinheiro público e roncando e grunhindo, os bunodontes engravatados que assolam o Congresso desde Sarney, a partir do fatídico 1985. Na verdade, para observadores eventuais, desde Severino Cavalcante, paradigma do amoralismo e do primarismo político pragmático brasileiro contemporâneo, Aldo começou a se desmaterializar. Enter.
Já participei com ele de dois importantes encontros, lado a lado em mesas de debatedores e de palestrantes. A primeira vez em 1983, quando se reuniu em São Paulo toda a classe de instrumentistas para peitar o gângster Wilson Sândoli, que presidia a Ordem dos Músicos de São Paulo e o Sindicato dos Músicos também de São Paulo. Esse homem era e ainda é da máfia, e permanece ocupando os dois cargos lá. Eu e Aldo, mais o Almir Pazianotto, o Dalmo Dallari e outros dois esperamos em vão: o mafioso não compareceu. Óbvio. De outra, em 1997, estivemos lado a lado na mesa de palestra de encerramento da Semana Internacional de Direitos Humanos em Países Lusófonos – que falam o idioma de Camões. Depois da sessão, conversamos por uns minutos e cada um foi pro seu canto, mas ele me passou todos os seus endereços e pediu que o procurasse, coisa que não fiz até hoje, por estar em outras missões. Mas vou caçar o cara só pra saber que que houve, cadê ele. Não tenho nada a solicitar nem a propor, mas de repente fico a par de alguma... até porque sou blogueiro e preciso de material. E tem outra: o que ele faz eu entendo muito bem; ele, ao contrário, não pesca nada do que eu faço. De qualquer forma, me parece um cara bom e sério. Saberemos o que aconteceu com ele, pelo menos. Enter final.
A saída de cena do Aldo é mau sinal. Não é rato abandonando navio, é mais um dos bons que tira o time porque vai ficando tudo obsceno demais!... Quanto ao Brasil, navio que faz água em grande escala, só nos resta tentar sobreviver ao naufrágio. Não há o que inverta o que nos acomete. Destino dantesco esse nosso, submetidos a irresponsáveis álacres e a pulhas sem vergonha nas fuças, e vendo tudo o que sonhamos acabar nesse fracasso histórico simplesmente deprimente e irreversível. E viva Santo Expedito! Oremos. ’Té a próxima, babes!
Pickles
Inauguramos aqui esta seção em homenagem ao pessoal do antigo jornal O Pasquim. É uma seção de curtas sobre os fatos chocantes dos míseros dias que vivemos.
& - A CEMIG arrota ser a “melhor energia do país. Mentira criminosa: no sul de Minas tem picos e desligadas de energia simplesmente todo dia. Quedas de fase é a toda hora, queimando computadores a torto e a direito. Entra-se na justiça – rararará! – e já existe uma jurisprudência preparada: perdem-se as máquinas, tempo, dinheiro com advogado, e nada. Na próxima descemos o pau com toda a força! Bye!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Além da queda... coice!

Frederico Mendonça de Oliveira


Sim, sim, isso vem de outros tempos, quando ainda, como classificou Cazuza, o filósofo do caos já neoliberal, nesse puteiro em que transformaram o País, se amarravam cachorros com lingüiça. Coisas de gente que nasceu antes do século XX. Era aquilo: a vida ainda incluía o cavalo no cotidiano do povo carioca imiscuído no qual estavam muitos portugueses, e a educação no lar era, em considerável dimensão, em muito recheada com ditados trazidos da "santa terrinha". Mas vamos direto à vulva: a queda a que nos referimos é aquela do vôo 1907, provocada por algum fator que não o winglet daquele Legacy na cínica e estupidamente fantasiosa versão dos chacais que nos impõem a miséria da globalização. Foram massacrados centena e meia de seres, entre passageiros e tripulação, e ainda nos vêm impingir uma versão criminosamente falsa e onírica, perfeitamente encaixável na centena e meio de milhão de mentes estupidificadas por Leonardos, Sangalos, dupras de debilóides ganibundos, pagodeiros calhordas, axezeiros boçais e depravados e tantos outros horrores que devastam diuturna e incansavelmente a população brasileira. Isso aí já se nos apresenta como queda e coice. Mas se observarmos como somente queda, o coice viria onze meses depois, quando da tentativa de pouso de um Airbus 350 da TAM em Congonhas. Apertem os cintos, babes. Enter.
Impensável tudo o que aconteceu naquele começo de noite em São Paulo: seria um bom filme de terror, aliás, porque não passa de fantasia pura admitir que um aparelho magnífico e sofisticado como aquele Airbus pudesse apresentar uma falência múltipla de controles e entrasse em colapso tão logo encostou – perfeitamente, por sinal – na pista de Congonhas. É óbvio que os monstros que transformam o Brasil nesse inferno teriam de estender um manto de obscurecimento sobre o fato, aliás, inadmissível, considerando-se que o touchdown (toque do aparelho no chão) não só foi perfeito como exatamente dentro do limite de 300 pés. Mas... por que os pilotos não conseguiram frear o avião? Primeiro, o reversor direito estava “pinado” (travado, porque inoperante), mas isso não traz problema nenhum em pousos normais: abre-se o outro e pronto, fica de perfeito tamanho. Mas o diabo é que a manete direita do throttle (console dos aceleradores manuais) travou (?) em near idle (aceleração média, acima do ponto morto), o que não tem qualquer explicação plausível e é considerado tecnicamente impossível – a menos que encartada a opção de sabotagem, o que tornaria o fato perfeitamente aceitável. Pra piorar, não funcionou o freio aerodinâmico (??), os chamados spoilers, que pressionam o aparelho para baixo por pressão do ar contra anteparos. Diante disso, um dos pilotos falou: “Spoilers, nada”, ao que o outro suspirou: “Aaaaiii!”. Correndo pela pista sem conseguir reduzir a velocidade – em torno de 180 km/h – eles tentaram o freio hidráulico a pedal, que também não funcionou (???). Daí, virou horror: um dos pilotos gritava “Vira! Vira! Vira!”, ao que o outro respondia: “Não dá! Não dá! Não dá!”. É o comando da bequilha, situada ao lado esquerdo do comandante, também não respondia (????). O resto, todos sabemos: o aparelho se chocou contra o próprio prédio da companhia, depois de passar sobre a avenida, e foi aquilo. Enter.
Interessantíssimo foi o fato de um link da Record chegar ao local em poucos minutos e encontrar, contemplando o espetáculo trágico, um comando israelense anti terror (?????), e ainda mostrar isso no ar como se fosse algo muito relevante. Não é do conhecimento da população brasileira que comandos israelenses – ou de qualquer outra nacionalidade – operem em território nacional, já que temos a nossa Inteligência, as nossas Forças Armadas, a nossa polícia e tudo o mais. Tanto quanto seria impensável comandos brasileiros anti terror funcionando em Israel ou em outros países quaisquer, não se justifica esse comando estrangeiro interferindo em nossos assuntos. Além de suspeitíssimo – por que estariam eles ali, por qual motivo e por que tão estranha coincidência? –, o fato deveria gerar uma grave questão diplomática: operação indevida de grupos estrangeiros em território nacional. Mais: com ou sem o conhecimento de nossas autoridades? Se com, estaria completamente fora de nossas leis; se sem, pior ainda: seria invasão de território nacional. Mas o que mais intriga é o fato de eles estarem ali no exato momento da queda do aparelho, depois de uma seqüência absolutamente absurda de panes conjugadas. Isso lembra um fato anterior: o agente que estava ao lado do motorista no carro policial em que era conduzido preso Paulo Maluf tinha um boné com os dizeres “Israel Army”, ou seja, Exército de Israel. O que é isso? Um boné de outro exército na cabeça de agente nacional em missão?? Ou o Exército de Israel opera em nosso território e participa de nossos assuntos políticos e jurídicos, aparecendo até em fotos de primeira página da Folha?? Ué!... Enter final.
E assim morreram mais de duzentas pessoas na maior tragédia da história da aviação comercial brasileira, e os objetos vestidos continuam vendo novelas de TV e pulando e balançando a bunda no carnaval definitivo a que estamos condenados pela ação dos meios de comunicação. É uma verdadeira maravilha. O que se pode ouvir dito por essa legião de midiotas ignorantizados pela mídia – e com o total consentimento de sucessivos “governos” desde 1964 – é o clássico: “Morreu? Antes ele do que eu!”. Assim se comportam nossos compatriotas, seres transformados em cavalgaduras insensíveis, amputadas de sensibilidade social e nacional, deambulando sem rumo como bestialidades vivas vestidas e palradoras. Que tal, amigos? Não é uma belezinha? Não é um luxo, tudo isso? Pois é. Vamos cruzar os braços e esperar pelo próximo “acidente”, que vai ser admirável, seguramente. Depois do vôo 402, do acidente da P36, de Alcântara, do vôo 1907 e dessa maravilha em Congonhas, algo muito espetacular nos espera. Voltaremos ao assunto na próxima semana. E viva Santo Expedito! Oremos. ’Té a próxima, babes...

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Suspeitas levantadas e não aprofundadas

Frederico Mendonça de Oliveira, Fredera

Engraçado: a Inteligência Militar brasileira soprou mui discretamente para a imprensa e para a população que a "versão oficial" da mídia (??) sobre a tão fantasiosa colisão entre o Boeing da Gol e o Legacy pode não corresponder aos fatos, especialmente porque não cabe à mídia, antes de terminada a tarefa de estudo técnico das causas de um acidente, divulgar sua versão sobre um acontecimento que, para piorar, não teve testemunhas oculares. E o sempre vaselinoso Cláudio Humberto, que entre outras tantas bobagens vive criticando de forma infantil o presidente Hugo Chávez chamando-o de semi ditador - ele não é nem jamais foi tão rigoroso quando estivemos, por exemplo, "governados" por um escroque maligno, um traidor abjeto como FHC -, publicou, e de forma até contundente, essa fala da Inteligência Militar, embora esse assunto já estivesse tão morto e enterrado como as vítimas do Boeing que fazia o fatídico vôo 1907. Eis a granadinha: "Gol: provável reviravolta - Setores de inteligência militar trabalham com uma hipótese que pode provocar reviravolta na investigação do acidente do vôo 1907 da Gol, que matou 154 pessoas. Se confirmada, a versão isenta os controladores e também os pilotos americanos: com sua estrutura comprometida após um pouso de forte impacto em Manaus, o Boeing 737-800 teria se desintegrado em pleno vôo e seus destroços atingido de raspão o Legacy da Embraer”.
Bem, nosso querido Cráudio deve ter tomado algumas a mais para admitir qualquer reviravolta em assuntos dessa natureza: se a mídia afirmou tão enfática e repetitivamente que foi daquele jeito, que bateu um no outro, mesmo que seja impossível a colisão, como todos os seres lúcidos sabem, o assunto está encerrado. Isto porque a mídia é o verdadeiro governo nesta desgraçada Pindorama, hoje mais pra Babaquararama, e, se ela disse, quem há de dizer que não foi? Nem o "presidente da Repúbrica", esse aí que vive de bostejos de efeito e de pinga em pinga até onde o surrealismo político permitir, pode abraçar essa causa. E quem é Lula da Filva para qualquer atitude real? E a boiada aceita o que lhe impuserem, e fica tudo como dantes no quartel de Abrantes. Enter.
Não houve a batida, isso é questão da Física. O Legacy, por sua vez, se passasse a cinco metros do Boeing, rodaria sobre si até se desintegrar. A história do cilindro de voz ter sido a última coisa a ser encontrada, por outro lado, é como dizer que o sol pode brilhar à meia-noite: ele é sempre a primeira coisa a ser encontrada, porque emite um sinal intermitente de rádio. E botarem a culpa nos controladores deu no que deu: eles mostraram a força que têm, e o Brasil sentiu o gosto amargo de penar em aeroportos pelo fato de esse crime hediondo ter sido perpetrado nas fuças de todos, e tentarem fazer a bomba - a outra, não a que explodiu o Boeing - na mão dos controladores. Eis aí o Brasil de Ivete Sangalo, de Bruno e Marrone, de Filhos de José, de Leonardo, de tantas outras cavalgaduras transformadas em ícones para os quase duzentos milhões de ignorantizados. Tragédia nos céus, tragédia na terra, na vida, na música - e em todos os casos trata-se de intervenção: o povo brasileiro, pisoteado por monstros desde tempos imemoriais, não tem direito a viver decentemente. Só mesmo um povo bestializado e desgraçado pode ser submetido a tamanho aviltamento! E o Cráudio Humberto pichando o Chávez!... Ora, Cráudio, preste atenção, cara! De qualquer forma, saiu a nota, que caiu no vazio desse inferno em que transformaram o Brasil. Chegamos ao tempo dos assassinos, dos depravados e da bestialidade instituída. Basta ligar a TV para constatar nossa desgraça. Enter final.
Você ainda assiste ao programa da Hebe, caro possível leitor? Ou ao do Gugu Liberato - que mais deveria ser chamado de Trancafiato? Ou ainda se auto flagela sob a voz abissal do camelô Silvio Santos? Então, no caso de cometer qualquer dessas três loucuras, estas mal traçadas não lhe fazem sentido. Mas se você já venceu o hábito mortífero de assistir à TV, parabéns: você reconquistou sua vida. Vale agora verificar o que realmente acontece em torno de si, e a visão é de horripilar. Mas interessa é constatar que estamos no meio do inferno, mas que SABEMOS disso, ao invés de agir como os desgraçados seres que vagam como bovinos e ovinos nas ruas e quedam bovinizados nos lares tomados pela telinha, a fábrica de ilusões. Mesmo assim, vale reafirmar: não houve colisão alguma entre o Legacy e o Boeing da Gol, e é fundamental para eles que você não saiba nem sonhe com a possibilidade de uma outra versão. E se você estiver satisfeito com essa vida de gado, como dizia Zé Ramalho - "Povo marcado: povo feliz!”, então é com Deus. E viva Santo Expedito! Oremos. 'Té a próxima, queridos!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

O enigma da Serra do Cachimbo

Frederico Mendonça de Oliveira

Numa bela tarde de um fim de ano, exatamente de 2006, pousa no campo de aviação possivelmente militar da Serra do Cachimbo, nos cafundós da ex-nossa Amazônia hoje prostituída, um Legacy americano cheio de gringos, entre eles um repórter do NY Times. Acabara de ocorrer uma tragédia matando cento e tantas pessoas, e esse Legacy teria saído ileso da suposta colisão com outro avião, um Boeing 737 da Gol, que caiu na mata amazônica ao norte do Mato Grosso, não deixando sobreviventes. A TV imediatamente jogou no ar versão "oficial" de colisão em todos os noticiários de todos os canais diariamente e diversas vezes por dia. Eram imagens em que se viam dois aparelhos colidindo em sentido contrário e danificando suas asas. Certo? Hem? Certo?? NÃO E NÃO. Analisemos a coisa dentro dos conformes, mantendo a Física da forma que aprendemos, e evitando ser chamados de... babacas. Enter.
Já explicamos isso, mas repetimos: a uma velocidade resultante (mínima) de 1600 km/h, a colisão dos dois aparelhos em sentido contrário é fisicamente impossível, senão impensável. Motivo: ambos vêem deslocando uma poderosa massa de ar que os envolve como redoma rígida, e os dois se expulsariam mutuamente sem conseguir que os corpos tivessem contato. Colisões podem acontecer em operações de pouso ou decolagem, a velocidades em torno de 250 a 300 km/h no máximo. E mesmo assim já é coisa rara. Mas a 1600 km/h?? Bem, qualquer engenheirinho sabe disso perfeitamente, não precisa ser nenhum cientista. Mas a versão foi difundida, e adeus. A mentira virou verdade - e ninguém se atreveu a questionar a mirabolante balela. Para engrossar a loucura, o "repórter" do NY Times (???) que voava no jatinho de volta para os EUA deu sua versão corroborando a versão "oficial", e o Zé Povo engoliu com farinha, pois no Brasil de hoje - com exceções - todos são uns cagões perdidos em meio aos tiroteios vários, não só os do Rio, com balas mesmo, mas também os de Brasília, tiroteios de merda em ventiladores oficiais - e o pior é que quem come a merda somos nós, claro. Enter.
Morreram 154 pessoas - mas não faz mal. Quem foi atingido, que se dane. Quem morreu apenas aumenta a estatística de perdas humanas na aviação comercial brasileira, e voltemos ao normal de rede Globo todo dia depois de as emissoras de TV e a imprensa escrita em geral faturarem grosso com a desgraça alheia. Todos sabemos que sangue dá lucro aos meios de "comunicação". E aí começa outro capítulo da grande farsa. Só foram achar o cilindro de voz do avião - só destrutível sob temperaturas de bomba atômica - depois de concluídas as buscas pelas imediações do ponto da tragédia. Detalhe: o cilindro de voz é SEMPRE a primeira coisa a ser encontrada, por emitir um sinal de rádio intermitente que, na maioria dos casos, até guia os grupos de resgate, em espaços hostis como a mata fechada amazônica, ao local exato do acidente. Pois a versão dos globalizadores é de que ele foi achado por último porque estava enterrado a 20 cm abaixo do solo. Se estivesse a um quilômetro seria achado de primeira, como sempre... Eis aí como nossas caras vão ficando cheias de brancos e vermelhos, como ganhamos uma calva e cabeleiras laterais profusas, além de um belo nariz de bola brilhante bem vermelha... Mas é que nascemos pra isso mesmo, né? Enter.
Mas o show tem de continuar. Desgraça pouca é bobagem, sabemos. Desta horrenda história restaria a certeza: outras viriam. A notícia esfria aos poucos, todo mundo engole, e quem abrir o bico vira profeta biruta gritando no deserto. Se algum repórter investigativo questiona essa história e contesta as versão "oficial " em sua redação e perante o "editor", perde o emprego - no mínimo. Então é isso: bateram um no outro. E PRONTO! E acabou-se! A chamada pauta comum tem de ser obedecida à risca: nada de jornalistas pensando! Jornalistas têm de ser PENSADOS! E as 154 vítimas morreram porque chegou a hora delas, oras! Ninguém morre antes da hora, nem depois! Enter.
Aí sai um peidinho na coluna do Cláudio Humberto: a Aeronáutica informa que estuda a possibilidade de NÃO TER HAVIDO COLISÃO entre o Legacy e o Boeing, e que o que realmente teria acontecido seria o Legacy ter sido atingido por um destroço do Boeing, depois de este ter se desintegrado no ar como conseqüência de uma falha estrutural resultante de um "pouso forçado em Manaus". Pouso forçado em Manaus??? Quando? Como? Se houvesse dano estrutural na aeronave, o sistema de segurança do aparelho acusaria, cacete! Ou essas máquinas seriam como carros de boi, sem qualquer esquema de auto proteção? Tirando o Cláudio Humberto, ninguém abriu o bico a respeito dessa consideração, que mudaria o rumo da coisa toda e mostraria a bunda dessa imprensa imunda e envolvida no projeto de asfixia mundial sob uma só mordaça!... No tópico que trata disso, a ilustração "fecha" a gestalt: vê-se um avião envolto por uma bomba negra e com o pavio aceso. Mas não há mais homens no Brasil, só uma meia dúzia que enxerga as coisas e cala o bico pra não morrer, depois de verificar que a estupidez generalizada é a realidade concreta e o ódio implantado no sistema de dominação nacional é implacável. Enter final.
O que teria realmente acontecido? Bem, se querem mesmo saber, informamos: foi um atentado, esse Legacy cheio de gringos entrou de laranja da história, e o Boeing foi explodido por bomba portada por passageiro especial que não tinha conhecimento de levá-la consigo. Curiosamente, foi introduzido a bordo do avião da Gol um passageiro americano só conhecido nos EUA pela Social Security: um mendigo. Que faria ele no vôo 1907? Estaria fazendo turismo pelo Brasil, desfrutando de uma "bolsa" concedida por George Bush ao mendigo mais comportado dos EUA? E aí fica explicado o desligamento do transponder do Legacy. Certo, bros? Entenderam? Não? Ah!, eu sabia... mas fica assim. Por agora. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes...

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Voltando à vaca-fria: acidentes aéreos, pura intervenção

Frederico Mendonça de Oliveira

Demos um tempo na tarefa de investigação sobre acidentes aéreos que escandalizam o Brasil e o mundo: as festas de fim de ano pediam considerações a respeito da bovinização dos seres, da estupidificação dos brasileiros, da coisificação dos conteúdos natalinos, da submissão de todos - ou quase todos - às "regras de mercado". Passada a coisa, voltamos com força ao assunto, especialmente porque não só as vítimas fatais e seus parentes e amigos foram atingidos pelos tristes fatos: a aviação está em xeque e beira o colapso sob tais ações; o público usuário de serviços aéreos está em xeque diante de uma desordem jamais vista no setor; o País está em xeque ao permitir que o setor aéreo sofra com tais desgraças inexplicáveis; toda a área ligada a aviação, direta ou indiretamente, está em xeque, diante da agora corriqueira ameaça de apagão no setor aéreo, do qual depende grande parte do chamado setor empresarial produtivo brasileiro e transnacional e toda uma gama de usuários dos serviços aéreos. Enter.
Falamos da rigorosa impossibilidade técnica de abertura de um reversor durante decolagem. Afinal, quando um procedimento envolvendo segurança máxima está em prática, vários componentes estão em completa garantia de travamento e segurança. Por exemplo, não se abrem portas do aparelho, a menos que algum aspecto inesperado atue, algo como sabotagem, e não se tem notícia de outras ocorrências envolvendo aspectos desta ordem. O reversor, para ser acionado, obedece a uma série de quesitos rígidos, e na decolagem sua abertura é terminantemente inadmissível. É, na verdade, impossível. Sendo assim, o massacre do vôo 402, em 1996, remete a ação de sabotagem contra a TAM, atingindo justamente o aparelho Number One, que estava especialmente pintado para festejar o prêmio concedido à empresa pela Air Transport World como melhor companhia aérea regional do mundo. Tudo considerado, só há uma explicação: sabotagem. Não temos como provar isso, mas não há como não encartar a hipótese, pelos gritantes sinais visíveis no levantamento dos fatos. Não temos como entrar com documentos e estudos, mas nos cabe denunciar a completa inconsistência de declarações e conclusões apresentadas pelos "setores competentes", que de competentes têm apenas o nome - e o inaceitável absurdo que é a abertura de um reversor em decolagem. Enter.
Tempos depois, o "acidente" com a plataforma de petróleo P-36. Nada ficou esclarecido, e o assunto, depois de conduzido na imprensa segundo os interesses dos responsáveis diretos pela tragédia, caiu em esquecimento por aparecerem outros assuntos de maior interesse para a grande imprensa. Também Alcântara, em cujas instalações se encontravam, pela primeira e única vez, todos os cientistas do setor aeroespacial brasileiro, sofreu um ato de sabotagem inacreditável: um míssil terra-terra disparado das imediações da base ou uma bomba colocada no stand de lançamento teriam provocado a tragédia que ceifou 22 vidas. A alegação do setor de investigação "concluiu" ter sido uma "ignição intempestiva" a causa da explosão. Pois um relatório de pesquisa encaminhada por Ronaldo Schlichting e pelo coronel reformado EB Roberto Monteiro de Oliveira prova por A mais B que o que ocorreu foi sabotagem, não havendo, contudo, qualquer posicionamento dos órgãos chamados "competentes" nem muito menos da chamada grande imprensa em relação às gravíssimas denúncias contidas no documento. Passado isso, e devidamente esquecido o infausto evento, aliás com a irrestrita colaboração do governo Lula, passou-se um tempo sem novidades desta ordem, até que o desastre envolvendo o vôo 1907 abalou o Brasil e o mundo. E este fato inconcebível ganhou especial tratamento da imprensa brasileira aliada ao poder constituído, sendo transformado em verdadeira história da carochinha. A respeito da indescritível tragédia de Alcântara, o sempre inconseqüente e inconveniente "presidente" Lula comentou: "Há males que vêm pra bem". Não sabemos quantos ml de 51 ele tinha nas veias quando obrou essa asneira, mas sabemos que não diria isso caso a mãe dele, que já nasceu analfabeta, tivesse virado pó na tragédia. Enter.
Então viramos uma página de grande valor na História: desde a tragédia do vôo 1907, torna-se absolutamente desnecessária a existência da Física no conhecimento humano. A partir daquela data fatídica, a imprensa e a mídia é que determinam se existem ou não leis como a da gravidade, ou como aquela segundo a qual dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo e besteiras que tais; Agora vale o que os que mandam nos editores querem que vire verdade. Assim, a colisão impossível entre duas aeronaves em sentido contrário a uma velocidade resultante de 1600 km/h e o fato de a menor derrubar a maior e pousar toda lampeira na Serra do Cachimbo inaugura uma nova era no conhecimento humano. Física é coisa do passado, valendo até o século XX. Agora, no Terceiro Milênio, tudo mudou. O que vale é a palavra dos que dão as ordens para os editores da grande imprensa. O resto é merda. Enter final.
Vamos retomar o vôo 1907 com uma pequena resenha, para no próximo artigo aprofundar a análise. A coisa teria sido assim: decola de Manaus para Brasília um Boeing 737-300 da Gol; de São José dos Campos para os EUA decola um Legacy da Embraer levando gringos, entre os quais um repórter do NYTimes. Já sobre a Amazônia, o Legacy desliga o transponder - aparelho para que aeronaves se localizem, evitando colisões - e supostamente os dois aparelhos, voando na mesma aerovia, se chocam, tendo o winglet do Legacy cortado, como uma faca, parte da asa do Boeing, que perde o controle e desaba sobre a floresta. Quanto ao Legacy, permanece no ar e pousa normalmente na pista do aeródromo militar da Serra do Cachimbo. A imprensa se apressa em difundir, em incontáveis edições passando a todo momento em todas as emissoras, uma animação em que "se vê" a colisão dos dois aparelhos. A opinião pública, sempre indefesa, engole a isca, e fica assim consolidada a maior farsa da história da aviação civil mundial. Na próxima edição do blog, na sexta-feira 11/01/08, aprofundaremos o assunto, revelando aspectos escabrosos desse abominável atentado - seguramente a bomba - contra nossa soberania. Aguardem: non dolet. E viva Santo Expedito! Oremos. Stick in the machine, babes!