sexta-feira, 27 de maio de 2011

Galisteu, Palocci, Pimenta Neves: tudo nu!

Frederico Mendonça de Oliveira

Quando menino, eu achava graça na representação gráfica de sons nas revistinhas a que minha geração foi submetida. Isso valeu in my life até 1995, quando parei de ler Asterix, porque a mulher de então reclamava de eu ter verdadeiras crises de riso na madruga depois de ela já adormecida. E como Asterix já começou a decair feio desde o episódio dos Belgas, uma chanchada paupérrima de roteiro, e isso era lá pra 1980, esqueci quadrinhos, mesmo que desde os meus 30 já os lesse investigando a questão do entretenimento como ferramenta para devastar a cultura como edifício. E assumi a maturidade em plenitude. E foi feia a minha surpresa: com isso eu me ejetava para cima de forma balística, e deixava pra baixo quase todo o restante. Aliás, subindo a meu lado só vi mesmo os meus discípulos de música e raras adjacências e minha caríssima metade, que comigo galga sem senões a coisa da evolução. Bem, não tem ninguém nu até agora nessa história, mas já vai começar a baixação de peças pernas abaixo. Enter.
Em 1995, a brasileirada estúpida babava perante um ensaio fotográfico do bamba JR Duran tendo Adriane Galisteu diante de suas Nikon. Onã foi muito cultuado por conta disso, e a gente só via as Playboy dependuradas nas bancas com aquela criatura cheia de dentes e vácuo mostrando seus contornos na revista dos abestalhados. Lembrei dos quadrinhos de minha infância, com aqueles sock, bang, pow, e pensei em que sonoridade se poderia anexar às fotos de AG. Talvez um pum... ou um finíssimo piiiiiiiiii, um punzeco bem fininho, resultado da lagosta com vinho branco da noite anterior à sessão de clicadas duranianas. Foi na Grécia, isso. E a macacada brasilis depois enforcando o ganso diante daquilo e, pior, vivendo o que vivemos... Enter.
Adriane Galisteu é a prova cabal da miséria intelectual do povo brasileiro. Se é bela, e isso é relativo, não importa: quantas mais belas em todos os sentidos estão penando na batalha da vida e nem aí para primeiras páginas de revistas para onanistas em todas as dimensões. E batalhando não exatamente por um futuro ou por colher frutos disso aqui: batalhando em direção à outra dimensão, com o aperfeiçoamento guiando seus passos. E essa pobre modelo mais que “bem de vida” resolve agora posar nua de novo, aos 38, para a mesma Playboy, talvez para mostrar a eficiência de botoxes, de Pitanguis, de spas e de uma vida fútil e estúpida. Se jamais me interessou a nudez dessa mulher, criatura digna de pena – e talvez por isso, por piedade dos donos da mídia, tenha sido alçada a tal visibilidade para o gado não pensante –, muito menos perderei hoje meu tempo senão para usar do direito do deboche diante de tanta merda. E o que mais chapa é ver o destaque dado ao ensaio pela “grande imprensa” – que de grande só tem a boçalidade e a grana investida, tanto quanto a dimensão dos anúncios grotescos e agressivos. Vá ler o Evangelho de João, pobre criatura! Ou o Tao te King! Faça algo por si acima! Enter.
E lá está o borrachudo e sardônico Palocci na mídia de novo, aquele semblante de pastel assado reforçando a visão de podridão do “poder constituído”. Dá pra imaginar o cara sem calça, e logo mudamos de pensamento para evitar essa mal vinda visão de intimidade. Nádegas flácidas, caídas, sem vigor... rimando com uma fisionomia entre fria e cortante. Não parece ser um bom garfo, mas deve gostar muito de um salmão, de uma sessão de frutos do mar... de bons vinhos e de outras degustações... como as que teria realizado gerando o escândalo da “república de Ribeirão Preto”, em que o caseiro Francenildo virou herói por 15 minutos. Se for dado a flatulências, Palocci deve usar aquele dispositivo que transforma emissões sonoras em chamadas de celular. Aliás, todos nesse “governo” devem usar isso. Imagine-se a sinfonia de toques de celulares que deve rolar em uma “sessão” da Câmara... pois certamente todos ali traqueiam direto, sentados ou enxameados como ficam naquele conluio de sudras e cafres amontoados estupidamente em busca de seus privilégios. “Birds of a feather/ flock together”: os semelhantes se atraem. E a semelhança ali é a corrupção. Seria interessante podermos dispor de uma câmera especial que desnudasse aqueles sudras todos de suas vestes, para ver de forma real a suruba que é a função naquele antro. E seria melhor ainda dispor daquele aparelho mostrado no Casseta & Planeta, que revela a existência de gases sulfídricos nos buchos dos seus geradores e ver a emissão deles em colorido. Seria o maior espetáculo possível para o “povo brasileiro”. Enter final.
E Palocci aguarda com cara de paisagem o desfecho da atual investida contra suas novas aquisições milionárias. Ele sabe muito bem o caminho das pedras nessa lagoa imunda. Saberá se defender da ação dos poucos quixotes que ainda trabalham para fazer valerem as instituições, hoje “instituições”. E pode ser que esteja com fermentação maior em seu trajeto cólico, produzindo mais gás sulfídrico agora, quando vê seu castelo cercado de malucos que ainda acham que a lei existe. E nem de longe sonha em ser colega de pavilhão de seu semelhante Pimenta Neves. Semelhante, bem entendido, porque o sonho de verão do povo brasileiro é ver criminosos atrás das grades. E ambos são criminosos. Pimenta é um monstro raro: matou aquela infeliz de uma forma emblemática. Pelas costas, ela fugindo dele, a pobre levou o primeiro tiro. Depois veio outro perto do ouvido, quando já estava prostrada em consequência do primeiro. Qualquer policial enxerga: foi de frieza rara. Acertou de cara um tiro fatal e concluiu o “serviço” cruelmente com o de misericórdia. Trabalho de profissional provecto... e a máquina era um turbinaço, com balas devastadoras. Era máquina para tiro de perto, de defesa pessoal, e ele a usou muito bem. É nojento. Este desgraçado arrogante está nu para sempre e cheirando a enxofre, que é o que lhe corre nas veias. E assim ficamos: com este belo retrato do Brasil. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
Ah! Vale lembrar: estamos sob censura desde 11/04/08, aliás mantida por Gilmar Mendes, e a restrição vai totalizando 2009 dias. Abraço pra turma do Estadão, há 663 dias também sob mordaça.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Inacreditável, tudo isso!

Frederico Mendonça de Oliveira

Uma das maiores dificuldades que enfrento nesta vida, e já se vão mais de 50 anos nisso, é ter de assistir à consagração de nulidades ou de negações e inversão de valores, o que é ainda pior. É difícil entender como uma Ivete Sangalo é consagrada ao plano de uma deusa; ou ver que Maria Betânia reina tão grosseiramente no panteão das cantoras nacionais entre as quais se destaca pela feiúra de timbre e pela completa falta de engenho vocal; é inacreditável que Luciano Hulk e Adriane Galisteu ocupem o imenso espaço que ocupam sendo os vazios falantes e deambulantes que são, desprovidos de qualquer atrativo ou valor. É inacreditável! E, ainda por cima, é chocante o fato de vivermos, sempre, sempre!, uma farsa durante quase 24 horas por dia! Além da legião de centenas de milhões se apatetando diante de TVs, jogando suas vidas no lixo, todos nos vemos vestidos, trabalhando, andando pelas ruas, todos falamos apenas o que é considerado “lícito” – mas que somos nós mesmos, na verdade, quando saímos desse teatro do absurdo, do surrealismo. Como disse Carlos Heitor Cony: “Quando passo pelas ruas e vejo homens, mulheres, velhos e crianças caminhando, indo às compras, aos escritórios e aos lares, imagino toda a sacanagem subjacente de que são capazes e só assim consigo amar o meu próximo. Como a mim mesmo”. Pois é: existe o teatro da normalidade na superfície da vida, a encenação de uma realidade em que nossos instintos mais decisivos – ou não é decisivo o instinto sexual, que trouxe nós todos a esta vida? – estão reprimidos, adormecidos, desativados... mas tudo não passa de intervalo entre os poucos mas indispensáveis momentos essenciais: aqueles em que todos estarão nus, praticando o diabólico e pecaminoso prazer da bolinação, da amassação, da fornicação, do desvendamento das carnes, do consumo paroxístico do prazer. Até seria possível dizer que fingimos 99 % do tempo e somos verdadeiros no unzinho que dedicamos a sermos nós em plenitude, sem máscaras. Enter.
Contemplemos o palco das ruas: as mulheres, em sua maioria, desde que capazes de pegar fogo, vivem mostrando o que podem e até o que não podem. Vivem exibindo suas formas esculturais (ou não), calças compridas atochadas em coxas e nádegas e ainda revelando generosamente contornos das partes; seios que sugerem nádegas pródigas expostas como regos luxuriantes a olhos sedentos; às vezes, as mais descompostas pelo excesso de banhas mostram até o começo ou até metade de imensos regos intergluteanos quando se curvam para pegar algo, para afagar a criança ou o totó. E os homens só de olho, alguns bufando, farejando os materiais em exibição mas ali intocáveis. Curiosa e até muito neurótica pantomima... que, admitamos, excita para no fim das contas dar em nada senão excitar: se tudo isso preparasse resultados concretos e quase imediatos, o mundo viveria dividido entre demonstrações de sensualidade e suas consequências, um tremendo meio a meio. Mas não é assim: toda essa exibição excita muito mais do que prepara ou preliba, ou seja: muito mais frustra do que realiza. Pensando bem, coisa de malucos, de psicopatas... Enter.
As mulheres reclamam, desde que me conheço, dos homens que as “comem com os olhos”. Sempre calei diante dessas falas, porque sempre me pareceu que as mulheres vivem se exibindo como se vivessem para justamente isso: serem comidas com os olhos. Sempre me pareceu que provocam até onde o pudor público limita. Se alguns entendem isso como uma promessa ou proposta velada ou explícita, é natural ou compreensível que respondam manifestando sua ânsia de realizar o que fica acionado no ar, o que elas provocam. É impressionante, até incrível: jogos de excitação que não dão em nada senão em frustração garantida!... Quanta imbecilidade! Ou seria apenas acionamento para masturbações, para descarga fisiológica dos pobres que sofrem de carência de fatos sexuais? Enter.
Bem, esse mundo é uma piada. Nem se realmente mataram o Bin Laden sabemos. Se mataram, que grande titica! Depois de uma mentira monumental como associar a Al Qaeda à derrubada das Torres Gêmeas – está mais do que comprovado que os ataques foram ação do próprio Império , que elas depois foram implodidas e que tudo foi preparado com requintes para convencer o mundo otário de que o terrorismo ganhava proporções de ameaça planetária –, Bin Laden se torna uma figura intangível, lendária e até mística, símbolo ridículo de uma ameaça inexistente... e morre assim? Chega uma meia dúzia de yankees assassinos e elimina o cara nas buchas do mundo inteiro, e fica tudo certo? Quer dizer que um grupo de assassinos invade um país, mata um cara lá dentro, e isso é normal, se não virar algo glorioso??? Ou isso é mais uma farsa ou trata-se de outro esquema para desembocar em outro ainda... E nós, otários, olhando para as animações que a imprensa divulga, as primeiras páginas dos jornalões e os telejornais apresentando profusão de fotos e esquemas de como os assassinos agiram, os rambos que a grande macacada vestida que entope esses dias considera os heróis que livram o mundo do mal, tudo isso em meio a formas exibidas pelas malucas que teimam em pôr à prova a resistência das costuras de suas roupas justíssimas e mostram os regos dos seios talvez por não poderem ainda mostrar as bundas logo de uma vez... Enter final.
Bem, vamos mal. O que se nos apresenta é uma incógnita crescente, um enigma que se agiganta a cada instante, e isso faz de nós uns bonecos titicas, e o mundo gira no sentido de um futuro apavorante – pelo menos para os que sabem distinguir as coisas umas das outras. Madame Du Barry disse que “numa sociedade de lobos é preciso aprender a uivar”. E numa sociedade de corruptos e criminosos? É preciso aprender a roubar e a matar? Tô fora, madame! E o destino dos que se negam a se integrar ao meio é o mesmo que impuseram ao Cristo... E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
Ah! Vale lembrar: estamos sob censura desde 11/04/08, aliás mantida por Gilmar Mendes, e a restrição vai totalizando 2002 dias. Abraço pra turma do Estadão, há 654 dias também sob mordaça.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Desmistificando o flato

Frederico Mendonça de Oliveira

Foi numa festiva reunião de cúpula do Partido Comunista Brasileiro lá pros anos 70 que o pai de um rapaz pretendente a intérprete compositor de emepebê foi crucificado, ou expurgado, usando o termo dos comunas. Ele já vinha causando a ira dos burocratas comandantes da joça estalinista de algum tempo, por se posicionar em padrões digamos cristãos para os valores daquela corja. E estava na mira dos caras, que só esperavam ocasião para queimá-lo. Pois nessa tal festa eis que ele se agachou para pegar algo que caíra da mão de uma senhora – ou coisa que o valha. Ao se curvar para cavalheirescamente pegar o troço e devolvê-lo à dama, eis que emitiu um flato involuntariamente, e a emissão foi ouvida por muitos. Resultado: esse pum foi usado como meio para fazer o cara despencar no ridículo, e ei-lo expurgado para sempre. Diante disso, vale a indagação: por que diabos o flato é motivo de tantas coisas, especialmente de riso? No caso referido, trata-se de uma situação imprevista, e o pum virou o pretexto para uma eliminação de um quadro insubmisso a ditames daquela máfia sinistra. Veio a calhar o cara soltar a ventosidade sonora em situação imprópria, e nem ficou sabido se fedeu. Mas, voltando: por que o flato é tão estrelizado, demonizado, mistificado, condenado, temido, evitado? Enter.
Seria por ser manifestação sonora emitida pelo extremo oposto da boca? Bem, nosso aparelho fonador oficial é a boca, isso é lei. Neste caso, o flato é a inversão e a transgressão da covenção, portanto a manifestação do não aceito ou previsto, porque é som emitido por outro aparelho, escuso. E porque todos escondem tal aparelho, aliás já devidamente oculto por natureza entre nádegas, ouvir manifestação dele é motivo de surpresa. Ou apenas de inversão do sinal tradicional. Se a boca é admitida como tudo – beleza, meio de manifestação de sentimentos ou pensamentos, meio de alimentação, de práticas amorosas consideradas naturais –, o mesmo não acontece com o oposto dela naquilo que Cervantes chamou de “canal mestre”. O nosso tão problematizado esfíncter anal, que já começa causando problemas desde que o neném o faz funcionar e causa a trabalheira de troca de fraldas, começa sua existência entre nós já estigmatizado. E a tendência é tê-lo bem ocultado, e assim vamos vida afora. Andamos em público vendo bocas à vontade – mas os ânus, seus opostos, estão sempre bem ocultados sob panos e mais panos superpostos. E nunca sabemos, a menos sob acidente, se eles estão liberando gases enquanto as pessoas andam entre prateleiras de lojas, de supermercados, pelas ruas, o que seja. A menos que o mefítico odor sulfídrico se faça notar ou que algum esfíncter mais amolecido pela idade não consiga conter uma emissão algo ruidosa, os ânus estão bem ocultos, e os puns, se ocorrem, passam batido para a grande maioria ou para a totalidade dos que deambulam coletivamente. Eis a regra. E imagine-se o que rola nas igrejas, especialmente as que levam os fiéis a arroubos de fé, aos gritos de “viva Jesus!” e tal... é bastante possível que nessas zorras ocorram altos traques voluntários ou não. Aquele senhor que sofre de gases e padece com episódios de flatulência incontida deve encontrar nessas sessões uma bela alternativa para, como disse o Eça em O Mandarim, aliviar seus intestinos com estampido. E isso não deixa de ser louvor a Deus, porque se junta ao coro dos fiéis e sobe para os céus tanto quanto as manifestações fervorosas dos religiosos. Enter.
E o elevador? Bem, isso é crítico. Os burocratas mais problemáticos são normalmente os bancários, até tidos como eméritos cultivadores de hemorróidas, talvez pela associação de sedentarismo com tensão envolvendo o lidar com aqueles valores em tão desencontradas direções. Mas para estes o pum no elevador é relativo, porque normalmente bancos são em térreos. Mas nas caixas e nos cofres a turma peida, sim! E a concentração de espigões nos centros empresariais e administrativos nas cidades obriga a macacada a se valer de elevadores, claro, e burocratas, além de sedentários, são normalmente, como disse Trotsky, “uns pilantras de primeira”. São aquela gente que se nega em sua própria tarefa, vivem uma vida sem perspectiva, até porque perspectiva dá trabalho aos miolos, e o negócio deles é manter o cérebro em ponto morto. Sendo isso contradição existencial grave, a fermentação intestinal é obrigatória, inclusive porque eles ingerem porcarias como regra e comem como vivem: estupidamente. O resultado é flatulência na batata, quando não prisão de ventre, má digestão crônica, e os elevadores recebem aos montes esses tipos. E daí sai aquele hit da Sandra de Sá, adaptado para o Casseta e Planeta: “Não solte pum no elevador!”. Na sequência de episódios do C & P sobre o pum, cenas que vi por acaso, aparecem momentos dentro dos elevadores em que alguém empesteia o espaço com uma ventosidade fétida e o circunstante manifesta sofrimento sob a pestilência adversa. Em outra cena, está colocado numa das paredes do elevador um grande nariz de plástico, que acende quando é liberado gás sulfídrico na área. Bem, tudo isso na verdade comporta um tratado, mas é fundamental sabermos da história de Monsieur Pujol, “Le petomane” – o peidão. O link adiante é uma biografia do cara: http://video.google.com/videoplay?docid=-1642327781082382380#. Confere com o que pesquisei. Para quem anda enfadado com a miséria careta e “politicamente correta” desses dias boçais, nada melhor que recuar no tempo e curtir a loucura da Paris na Belle Époque, em que Pujol sacudia platéias durante anos até executando a Marselhesa com seu prodigioso toba. Enter final.
E tem um genial anúncio de Luftal sobre o pum. Você pode vê-lo: http://www.youtube.com/watch?v=wXuTy_zCx7s , e rir bastante, claro. E uma coisa é fatal: vivendo como vivemos, não pense você que a mais séria das criaturas não viva também, como todo mundo, às voltas com driblar traques, puns, peidos, flatos. Há até quem pense que “peido” é onomatopéia, mas não é: vem do latim peditum, ventosidade. E assim, sem mais a dizer, fico por aqui, certo de ter tentado desmistificar um tabu que todos (ou quase) guardam com empenho. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
Ah! Vale lembrar: estamos sob censura desde 11/04/08, aliás mantida por Gilmar Mendes, e a restrição vai totalizando 1095 dias. Abraço pra turma do Estadão, há 647 dias também sob mordaça.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Realengo e o (fu) réquiem para o Brasil

Frederico Mendonça de Oliveira

Engraçado: de país do futuro que dizíamos ser há meio século viramos uma furreca suja e despedaçada que não sabemos como não se desmantela de vez. O Brasil furreca é digno somente de um réquiem – um furréquiem. Temos um governo completamente desacreditado em TODOS OS NÍVEIS, porque o poder constituído virou sinônimo de corrupção e de absoluto descompromisso e mesmo desprezo para com a população que colocou os “representantes” em suas cadeiras milionárias. O escândalo é o tom do dia a dia nos três poderes há décadas, e a imprensa virou um instrumento de apoio ao desgoverno e ao statu quo vigente. Para piorar, toda a estrutura de suporte do poder, leia-se TODAS AS INSTITUIÇÕES, padece de cancerificação, sucateamento, corrupção desenfreada, ou seja: não pode haver qualquer sentido no quadro que enfrentamos e que é a realidade atual. Pior: não há esperanças. O que está aí só tende a piorar progressivamente. A realidade é a lei da selva e o salve-se quem puder. Mas o que mais assusta é o cinismo, a desfaçatez, a canalhice, e isso não está só nos podres poderes e adjacências, mas EM QUASE TUDO! EM QUASE TUDO!! Enter.
Frei Beto escreveu sobre violência a partir do episódio da chacina de Realengo. Li o artigo no jornal O Pergaminho, edição de 23/4 passada. Bem, Frei Beto é um nome de grande respeito entre nós, mas abraçar a causa criminosa de restrição a armas o alinha aos vendilhões mais reles de nossa história. Afinal, OS REVÓLVERES USADOS PELO MALUCO WELLINGTON NÃO SÃO OS CRIMINOSOS. O embaralhamento de categorias é ideal para os intervencionistas, e os abjetos lacaios destes, infiltrados em todas as instâncias de poder, não perdem oportunidade para acionar a otarice geral pacificóide e reacender a paranóia sobre armas de fogo. Na verdade, tentam transformar todos em psicopatas fazendo o gênero de virgens temerosas do estupro, já que revólver e bala, no ver do psicopata Freud, são símbolos fálicos. Quanta canalhice!!! Então os cães intervencionistas e seus vassalos querem que as armas sejam o sujeito do crime, quando são instrumentos, ferramentas. A tutela do Estado é inaceitável nesse caso, porque é inibidora de direitos, inclusive o mais sagrado entre todos – o de se defender de criminosos –, e trata o cidadão honesto como se fora um estúpido capaz de matar a esmo e restringe a ação da população ao infantilizá-la através de criminalizar um instrumento. Estúpidos boçais, os que impuseram isso? Não, babes: são canalhas traidores, são lacaios dos agentes e donos do Império. Que pode um cidadão se lhe tiram o acesso ao mesmo meio usado pelo criminoso profissional que pode lesá-lo? E TODOS OS PODERES estão envolvidos nessa traição ao povo e ao País. Enter.
E a imprensa prostituída agora se agarra em “bullying” como causador dessa desgraça trazida pelo doente Wellington, e qualifica o matador de Realengo de “atirador”. Ora, hienas! Além de esse doente não ser atirador merda nenhuma, essa história de ele ser desmerecido ou perseguido por colegas não é novidade NENHUMA no planeta! Isso existe desde sempre, vide Faetonte, na mitologia grega, e no que deu o “bullying” sofrido pelo filho de uma das peripécias amorosas de Apolo. Isso sempre deu zebras homéricas volta e meia, é tão velho quanto andar pra frente! Aqueles garotos que mataram 13 em Columbine em 1999 e suicidaram em seguida são fruto de quê? Bem, os dois eram feios pra danar, e pode ser que fossem sacaneados direto, como sempre rolou aqui e alhures. Apelidos como Geléia, Balofo ou Gordo (para obesos), Bochecha (para os numerosos caras de bunda que pululam por aí), Queixada, Chove Dentro e Boca de Gaveta (para os prognatas) e tantos outros que conhecemos vida afora hoje estão caindo em desuso – não por advento de humanismo, mas por temor de perseguições do tipo racismo –, mas terão levado pro beleléu ao longo de séculos muitos inocentes circunstantes. O sul-coreano Seung Hi Cho, que em Virginia matou 32 e suicidou depois, poderia ser sacaneado como o China ou o Chim, e um dia resolveu revidar. E Mateus da Costa Meira, que matou três no cinema de um shopping em Sampa? Enter.
Pois bem: especialistas em todo o mundo alertam para o perigo de restrições e medidas preventivas como ineficazes e mais arriscadas ainda. Essas idéias são fruto de emoção pós-tragédia, e tudo volta ao horror normal passado o vagalhão. A desgraça é estrutural, os loucos são parte desse tecido canceroso em que os poderosos apóiam sua vida de nababos. Os que aparecem – fora os pais – protestando, chorando e botando flores e pedidno “paz” são feitos do mesmo tecido de miséria e crime do que habitam os Wellington da vida. Deus é que sabe o que difere quem de quem. Mas viver como lombrigas na merda e se curvar à ditadura da estupidez e prosseguir de rabo na cadeira e cornos na TV não assusta nem afronta esses objetos vestidos, que apenas relincham, mugem e balem quando a lama em que chafurdam é sacudida por um evento como o de Realengo. Depois sossegam. E os patifes de plantão exploram ISSO! Enriquecem DISSO! E de pancada em pancada vai se levando a população à condição de gado, todos passando suas “mensagis”, todos depredando o idioma enquanto se deixam destruir como quadrúpedes sob o tacão e o relho do poder e da TV. Enter final.
Frei Beto viajou na Hellmann’s, babes. Mistura o u com as alças no que fala em armas não legalizadas e bobagens – ou bobágis, diria o estúpido Lula – que tais. E fala em “à queima-roupa”; não tem crase não, frei. Mas a verdade é crua e dura: nada irá deter o horror já instalado entre nós. Impedir o comércio de armas e criminalizar posse e porte delas é jogar álcool em fogueira. Os Conquistadores sabem o que significa tudo isso, e essa é a tarefa: levar os povos ao desespero total, para no momento conveniente dar o golpe de Estado mundial. A globalização já pavimentou a avenida para isso. Eles marcharão por ela, e ai de nós! Eviva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
Ah! Vale lembrar: estamos sob censura desde 11/04/08, aliás mantida por Gilmar Mendes, e a restrição vai totalizando 1088 dias. Abraço pra turma do Estadão, há 640 dias também sob mordaça.