sexta-feira, 6 de maio de 2011

Realengo e o (fu) réquiem para o Brasil

Frederico Mendonça de Oliveira

Engraçado: de país do futuro que dizíamos ser há meio século viramos uma furreca suja e despedaçada que não sabemos como não se desmantela de vez. O Brasil furreca é digno somente de um réquiem – um furréquiem. Temos um governo completamente desacreditado em TODOS OS NÍVEIS, porque o poder constituído virou sinônimo de corrupção e de absoluto descompromisso e mesmo desprezo para com a população que colocou os “representantes” em suas cadeiras milionárias. O escândalo é o tom do dia a dia nos três poderes há décadas, e a imprensa virou um instrumento de apoio ao desgoverno e ao statu quo vigente. Para piorar, toda a estrutura de suporte do poder, leia-se TODAS AS INSTITUIÇÕES, padece de cancerificação, sucateamento, corrupção desenfreada, ou seja: não pode haver qualquer sentido no quadro que enfrentamos e que é a realidade atual. Pior: não há esperanças. O que está aí só tende a piorar progressivamente. A realidade é a lei da selva e o salve-se quem puder. Mas o que mais assusta é o cinismo, a desfaçatez, a canalhice, e isso não está só nos podres poderes e adjacências, mas EM QUASE TUDO! EM QUASE TUDO!! Enter.
Frei Beto escreveu sobre violência a partir do episódio da chacina de Realengo. Li o artigo no jornal O Pergaminho, edição de 23/4 passada. Bem, Frei Beto é um nome de grande respeito entre nós, mas abraçar a causa criminosa de restrição a armas o alinha aos vendilhões mais reles de nossa história. Afinal, OS REVÓLVERES USADOS PELO MALUCO WELLINGTON NÃO SÃO OS CRIMINOSOS. O embaralhamento de categorias é ideal para os intervencionistas, e os abjetos lacaios destes, infiltrados em todas as instâncias de poder, não perdem oportunidade para acionar a otarice geral pacificóide e reacender a paranóia sobre armas de fogo. Na verdade, tentam transformar todos em psicopatas fazendo o gênero de virgens temerosas do estupro, já que revólver e bala, no ver do psicopata Freud, são símbolos fálicos. Quanta canalhice!!! Então os cães intervencionistas e seus vassalos querem que as armas sejam o sujeito do crime, quando são instrumentos, ferramentas. A tutela do Estado é inaceitável nesse caso, porque é inibidora de direitos, inclusive o mais sagrado entre todos – o de se defender de criminosos –, e trata o cidadão honesto como se fora um estúpido capaz de matar a esmo e restringe a ação da população ao infantilizá-la através de criminalizar um instrumento. Estúpidos boçais, os que impuseram isso? Não, babes: são canalhas traidores, são lacaios dos agentes e donos do Império. Que pode um cidadão se lhe tiram o acesso ao mesmo meio usado pelo criminoso profissional que pode lesá-lo? E TODOS OS PODERES estão envolvidos nessa traição ao povo e ao País. Enter.
E a imprensa prostituída agora se agarra em “bullying” como causador dessa desgraça trazida pelo doente Wellington, e qualifica o matador de Realengo de “atirador”. Ora, hienas! Além de esse doente não ser atirador merda nenhuma, essa história de ele ser desmerecido ou perseguido por colegas não é novidade NENHUMA no planeta! Isso existe desde sempre, vide Faetonte, na mitologia grega, e no que deu o “bullying” sofrido pelo filho de uma das peripécias amorosas de Apolo. Isso sempre deu zebras homéricas volta e meia, é tão velho quanto andar pra frente! Aqueles garotos que mataram 13 em Columbine em 1999 e suicidaram em seguida são fruto de quê? Bem, os dois eram feios pra danar, e pode ser que fossem sacaneados direto, como sempre rolou aqui e alhures. Apelidos como Geléia, Balofo ou Gordo (para obesos), Bochecha (para os numerosos caras de bunda que pululam por aí), Queixada, Chove Dentro e Boca de Gaveta (para os prognatas) e tantos outros que conhecemos vida afora hoje estão caindo em desuso – não por advento de humanismo, mas por temor de perseguições do tipo racismo –, mas terão levado pro beleléu ao longo de séculos muitos inocentes circunstantes. O sul-coreano Seung Hi Cho, que em Virginia matou 32 e suicidou depois, poderia ser sacaneado como o China ou o Chim, e um dia resolveu revidar. E Mateus da Costa Meira, que matou três no cinema de um shopping em Sampa? Enter.
Pois bem: especialistas em todo o mundo alertam para o perigo de restrições e medidas preventivas como ineficazes e mais arriscadas ainda. Essas idéias são fruto de emoção pós-tragédia, e tudo volta ao horror normal passado o vagalhão. A desgraça é estrutural, os loucos são parte desse tecido canceroso em que os poderosos apóiam sua vida de nababos. Os que aparecem – fora os pais – protestando, chorando e botando flores e pedidno “paz” são feitos do mesmo tecido de miséria e crime do que habitam os Wellington da vida. Deus é que sabe o que difere quem de quem. Mas viver como lombrigas na merda e se curvar à ditadura da estupidez e prosseguir de rabo na cadeira e cornos na TV não assusta nem afronta esses objetos vestidos, que apenas relincham, mugem e balem quando a lama em que chafurdam é sacudida por um evento como o de Realengo. Depois sossegam. E os patifes de plantão exploram ISSO! Enriquecem DISSO! E de pancada em pancada vai se levando a população à condição de gado, todos passando suas “mensagis”, todos depredando o idioma enquanto se deixam destruir como quadrúpedes sob o tacão e o relho do poder e da TV. Enter final.
Frei Beto viajou na Hellmann’s, babes. Mistura o u com as alças no que fala em armas não legalizadas e bobagens – ou bobágis, diria o estúpido Lula – que tais. E fala em “à queima-roupa”; não tem crase não, frei. Mas a verdade é crua e dura: nada irá deter o horror já instalado entre nós. Impedir o comércio de armas e criminalizar posse e porte delas é jogar álcool em fogueira. Os Conquistadores sabem o que significa tudo isso, e essa é a tarefa: levar os povos ao desespero total, para no momento conveniente dar o golpe de Estado mundial. A globalização já pavimentou a avenida para isso. Eles marcharão por ela, e ai de nós! Eviva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
Ah! Vale lembrar: estamos sob censura desde 11/04/08, aliás mantida por Gilmar Mendes, e a restrição vai totalizando 1088 dias. Abraço pra turma do Estadão, há 640 dias também sob mordaça.