Homofobia e desarmamento
Frederico Mendonça de Oliveira
Você até poderá ter assistido ao vídeo em que o “senador” Magno Malta, em inflamado discurso parlamentar, diante de um plenário repleto de hienas sonolentas, soltou os cachorros contra o kit gay distribuído pelo “ministério da educação” para alunos do curso fundamental no país inteiro. Parece que, depois de cometerem esse ato de teor no mínimo questionável, voltaram atrás. E parece que até o momento do discurso desse parlamentar não teria havido a recueta do “governo”. Essa recueta ocorreu talvez depois de algum consenso entre os engravatados e os adeptos da onda de morder a fronha. Claro, eles enfiaram pra ver o bicho que dava. Veio uma grita do cacete, eles se encolheram e mandaram recolher a nojeira. Vamos descer a esses meandros. Enter.
Bem, o “senador” – confesso que não sei de onde surgem esses tipos que vivem em outra dimensão que não a nossa, e o mais importante é que nós é que os elegemos – abriu uma séria diatribe condenando a distribuição nas escolas do tal “kit gay”, entrando, a partir de interpelar a atitude do “governo”, na essência da questão da homofobia. Disse Magno Malta que “a distribuição do kit nas escolas fará delas verdadeiras academias de homossexuais”. Você deve ter ouvido que o kit ensina inclusive como praticar sexo anal. Nas escolas, como parte da educação. Mas o que deveria conter o tal kit? Talvez camisinha, vaselina, um consolo, um manual ilustrado de como queimar a rosca ou roçar aranha de forma satisfatória, sem doer, coisa assim. Disse o “senador” que “Deus fez macho e fêmea, e essa casa (o “Senado”) não fará um terceiro sexo com uma lei”. A todo momento o cara se dirige ao que seria o presidente da mesa, um vaguíssimo “senador” que atende por Blairo Maggi. Que, claro, também não sabemos de onde vem. E prosseguiu o tal Magno: “E uma minoria barulhenta jamais se sobreporá a uma grande maioria que é a família neste país”. Resta lembrar que o cara é pastor evangélico. E medíocre no manejo do idioma, revelando uma origem de formação intelectual pobre. Enter.
Bem, não vou ficar expondo o que você pode encontrar no You Tube – basta pedir “Magno Malta kit” – ou no Google – basta pedir “kit gay” – e tudo aparecerá. Com filminhos, uma cena de dois meninos entre oito e dez anos se beijando apaixonadamente na boca... e uma verdadeira APOLOGIA ao homossexualismo em diversas categorias, revelando um feixe de opções para... você. Também para seus filhos. Especialmente para crianças entre sete e dez anos, público alvo do kit. Pois o kit gay conteria “um DVD com uma história de um menino que vai ao banheiro e, quando entra um colega, ele se diz apaixonado pelo mesmo e assume sua homossexualidade, se dizendo Bianca”. Você há de convir comigo: tem carne debaixo desse angu. Que aconteça isso, é admissível. Que homem tenha atração por homem, isso é universal e vem de tempos imemoriais. Mas resta lembrar que o demonizado deputado Jair Bolsonaro (RJ) reage de forma veemente, em plenário, “a essa vergonha que foi firmada em um convênio entre o Ministério da Educação (MEC), com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e a ONG Comunicação em Sexualidade (Ecos)”. Ou seja: a campanha é paga com dinheiro público. O tal senador Malta denuncia isso também. E você? O que acha? É contra ou a favor? Enter.
E caímos na essência da questão, que é uma trapaça. Sob o pretexto de prevenir a violência contra a turma do bafo no cangote, estão promovendo o homossexualismo até entre crianças de sete a dez anos. E o termo que define a campanha, homofobia, puxa uma campanha de duplo sentido: homofobia é a violência contra gays & cia. ou simplesmente você se manter fora disso e não querer conversa? Você gosta de ver a turma da coluna do meio? Essa visão agrada? Pois ninguém é obrigado a curtir isso. A graaaaaaaaaaande maioria sente mal-estar, por considerar – ou apenas sentir – tratar-se de desvio de natureza. E a graaaaaaaaaande maioria também sente asco ao ver aqueles seres se bolinando e beijando na boca. Você não é bobo, enxerga as coisas... Enter.
A filha pergunta: “Papai, se uma menina quiser me beijar na boca eu devo deixar?”, e o pai fica em apuros. Porque, se essa menina for heterossexual, ela estará querendo que o pai diga: “Nunca!”; mas... e se essa menina estiver esperando uma resposta positiva, pelo fato de já estar trocando uns beijinhos furtivos ou públicos com alguma (s) colega (s)? Neste caso, seguramente o pai será também homo, embora viva com mulher e tenha a filha. Vale estudar isso, você vai gostar de saber como funciona. Mas isso tudo é sinal do fim dos tempos. Essa confusão generalizada sobre tudo aponta um processo de fechamento de era, e todas as eras chegaram a limites para entrada de outras em estado de caos. É o que vivemos hoje: uma completa mistura de significados temperada por uma violenta inversão de valores. O Armagedon vem aí, gente. Tá chegando a hora... Enter final.
Pior do que isso é o desarmamento e a criminalização de posse e porte de arma. Toda essa baboseira usando o monstro da Dinamarca, o massacre de Realengo e Columbine não passa de canalhice pura, ação de pulhas e safardanas. Episódios não são generalizáveis. Os ditadores de armário vão impondo as coisas e a macacada vai engolindo fácil. Você já pensou se criminalizarem a faca de cozinha porque um louco usou uma para matar e esquartejar um gay que namorava? Ou se criminalizarem a motosserra porque o Hildebrando – que os macacos vestidos chamam de “HiDELbrando” – esquartejou meia dúzia de desafetos usando uma? A propósito, por que não criminalizar a motosserra pela desgraça que causa no ambiente? Bem, os autores do “desarmamento” devem temer é a turba enfurecida partindo pra cima deles no dia em que Deus descer aqui... E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
Ah! Lembramos que estamos sob censura desde 11/04/08. A restrição vai totalizando 2120 dias. O advogado Gerardo Xavier Santiago, RJ, lembra que o artigo 5 da Constituição Federal garante a liberdade de expressão e de manifestação em local público! Abaixo a censura!