sexta-feira, 13 de julho de 2012

Demóstenes se foi, mas nada muda. E novas frescas...

Frederico Mendonça de Oliveira

Você deve estar maravilhado, babando, exoftálmico: Lady Gaga desembarcou em Los Angeles mostrando a bunda em público. Nada má – a bunda, claro: dá pro gasto. Isso foi na segundona. Ontem ela foi comer em restaurante oriental e apareceu mostrando os mamazinhos – mirradinhos, coitada, mas lá estavam bem visíveis os mamilos rosados. A turma do onanismo deve estar exausta de tanto afogar o ganso diante das imagens. E assim, trilhando essa avenida, você fica “por dentro”, participando da vida miserável desse planeta e esfregando titica na cara através da grande mídia. Vidão. O diabo será se um dia você der uma de Proust e se tocar do tempo que jogou fora chafurdando na merda comum que envolve toda a Humanidade. Já pensou? Bem, venhamos à Pindorama. Enter.
Um articulista da Folha debulhou em 12/07 as linhas que se seguem: “Muito mais acintosas e numerosas foram as mentiras de Renan Calheiros e suas vaquinhas milagrosas. Para refutar as evidências de improbidade, até documentos inverdadeiros Renan Calheiros apresentou no Senado, como notas de vendas, proporcionadas por seu pequeno e esquelético rebanho, para comerciantes que negaram as compras. Não há dúvida de que no rol de acusações a Demóstenes Torres há afirmações infundadas, e não por equívoco. Certo fato verdadeiro é, porém, suficiente para comprometer a conduta do então senador. Trata-se da entrega, que lhe fez Carlos Cachoeira, de um telefone pretensamente protegido contra gravações alheias. Neste ato estão implícitos dois reconhecimentos pelo contraventor e pelo senador. Um, o de risco de investigações por grampo telefônico; outro, o da necessidade de segredo das conversas entre eles. Logo, a iniciativa de Carlos Cachoeira e a aceitação por Demóstenes Torres são bastante sugestivas. E, se o contraventor tinha motivos para a providência, um senador não poderia tê-los”. Bem, ganhei um tempinho transcrevendo essa, mas é fato que, saindo Demóstenes e permanecendo no Senado abacaxis mais que podres como Renan Calheiros, Romero Jucá, e se mantendo na presidência da Casa o homem-lepra Sarney, paradigma da desgraça política no Brasil, o careca de óculos e cara de panqueca entra para a história como um boi de piranha ou um artifício para manter a atenção das bestas azumbizadas deambulantes presa nessa patuscada. Enter.
Foi-se o Demóstenes. E daí? Tudo prossegue podre, esculhambado, degenerado e degenerando mais ainda. Não se salvou senão uma cadeira, que deve ser ocupada por bunda tão ou mais venal que o gimnocéfalo goiano. No Executivo só vemos falação sobre tudo, mas o País prossegue se deteriorando em todos os sentidos. Tudo parece artificial, inconsistente, absurdo, até. Num país em que o idioma vai abaixo do esgoto, reunir um festival literário parece brincadeira... É como fazer um congresso sobre liberdade na URSS de Stálin ou na China de Mao. Ou falar de Direitos Humanos em Israel. Afinal, onde vamos parar? Será que Deus prepara um despedaçamento final em que a bestialidade será o grande princípio e os homens honestos terão de brigar por um balde d’água, em combate mortal, com os que desperdiçaram água às toneladas durante suas vidas porcas? Será que, como disse o Galbraith, nos veremos na guerra final combatendo com paus e pedras – afinal, as belezocas brazucas como Márcio Thomaz Bastos nos desarmaram... – e mesmo a unhas e dentes contra monstros abissais a quem foi conferida a aparência de humanos? Enter.
Mas nem tudo se perdeu. A tal de Maria Paula (de que, aliás? Que fez ou faz essa moça?) saiu de minissaia e apareceu sua calcinha preta quando ela se curvou para beijar uma amiga. O fotógrafo clicou no susto e saiu essa merda rala em primeiras páginas. Estavam com ela a filha, de uns dez aninhos e um garoto de uns quatro no carrinho de bebê. E de chupeta na boca, o coitado... O link está disponível no fim destas mal traçadas. Com isso ganhamos a semana, e o Brasil melhorou a mil nos aspectos social, educacional e econômico. Claro, só não melhorou no plano moral: a cara de bolacha e o bigode nojento de José Sarney prosseguem emporcalhando qualquer cena dos poderosos em fotos na mídia. E Dilma nada pode contra essa corja de sevandijas imundos e depravados que pulula assanhada nos três poderes e alhures. Coitada... não sabe o que a espera. Logo em agosto vai rolar uma simulação de convulsão institucional, tipo uma bela paralização rumo a um colapso operacional na estrutura de poder. “Quem com porcos se mete farelo come”, dizia minha avó. A pobre da Dilma, pior do que precisar, depende dessa vara de porcos instalada em Brasília. Prepare pois seu coração, porque você vai ver a “presidenta” rebolar (sem suíngue, claro: eles não sabem sambar...) feio, e vai sobrar pra você, claro. Enter final.
Bem, irmão, prepare lenços de papel. Pode ser até um rolo de papel higiênico aromatizado, imitando pêssego. É que sob a sigla “Saúde” na Folha de hoje veio a notícia: a barbie geriátrica Hebe Camargo, que já deveria estar recolhida a seus aposentos, baixou hospital de novo. Você, só de ler isso, já deve estar de lágrimas enchendo os olhos. Ora, velho: o corpo é falível, passageiro, precisa voltar ao pó para voltar à carne mais adiante, quando chegar a hora de voltar pela senda do aperfeiçoamento. Sei lá se você alcança isso. Mas é: a flatulenta Hebe não quer evoluir; esse patamar de miséira que alcançou é a felicidade total. É o desejo materializado. Então ela não quer Deus, quer satisfazer seu desejo estúpido, quer se manter barbie perante legiões de imbecis babosos. Quer se imortalizar encarnada, quer se impor à Verdade. Pobre infeliz!... Mas não há Pitangui que a livre da feiúra braba que logo virá, e aí talvez ela veja Deus. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
Ah! Temos novidades sobre um enfrentamento nosso com certas togas… Logo você verá!

http://f5.folha.uol.com.br/celebridades/1119095-de-vestido-curto-maria-paula-se-abaixa-e-deixa-calcinha-a-mostra.shtml