A boçalidade vai imperando; nós, retrocedendo
Frederico Mendonça de Oliveira
Você já percebeu que nosso idioma vai se transformando num fubá fedorento e feio? Já percebeu como os que tendem a retornar às árvores andam “falando” e se “vestindo”? Já percebeu o papel da TV nisso? E já percebeu o risco de viver misturado a essa choldra insana que hoje entope as ruas deambulando besta e inutilmente? Pois isso ainda é pouco. Temos verificado, sob crescente constrangimento, a degenerescência social nesta Pindorama, e só nos resta ir adotando a reclusão voluntária como forma de escapar à sanha sociodestrutiva que vigora nestes dias de corrupção generalizada em todos os sentidos. Você vive uma escatologia e talvez esteja participando dela sem saber, agindo de alegre, pensando que carro importado e cruzeiro em navio com show de Roberto Carlos compensam a desgraça social que se abate sobre nossas vidas. Sua casa deve ter cerca elétrica, grades em todas as janelas, seu carrão deve ter vidros à prova de balas, deve haver rotweillers em seu quintal, você deve se borrar de medo de ter arma de fogo não registrada ou de não ter arma em meio à guerra civil, você pode até ser um otário de carteirinha que foi entregar a(s) arma(s) às “autoridades” suas inimigas e que achou que, como disse o Raul, “contribuiu com sua parte para esse belo quadro social”... Em suma: atenção, você! Olhe bem em que você está se metendo, irmão, porque o Sistema o quer bem burro e bem otário. Enter.
Desde algum bom tempo, quando daquelas Olimpíadas por aqui, nem me lembro direito daquela josta, vimos verificando um tipo de manifestação coletiva que coloca os brasileiros como uma legião de estúpidos assumidos e, pior, alegres com ser o que optaram ser. Se é que isso é ser... porque a vida é aperfeiçoamento, e o que essa plévia vai engendrando é justamente o oposto, é retrocesso mental e espiritual e social. O mais interessante é que esse processo parece que não bate com os cânones das seitas sagradas, que são unânimes no que afirmam não haver jamais retrocesso no processo evolutivo. Tá. Mas tem momentos em que nos perguntamos: é evolução termos tido Tom, João, VillaLobos e hoje termos Tiririca, É o Tchan e os breganejos todos? Bem, é confiar a Deus, mas isso cheira a carniça... e voltamos: desde as Olimpíadas de anos atrás, não sei quantos, vimos eclodir uma conduta coletiva nas assistências presentes aos jogos. Quando do desfile de abertura, os “torcedores brasileiros”, esses bobalhões vestidos como palhaços e palrando como maritacas, resolveram manifestar seu "senso patriótico": vaiavam as delegações de outros países e aplaudiam nossa delegação. A coisa vai bem abaixo da estupidez: raia a demência coletiva com vestígios de índole maligna. Isso merece parágrafo. Enter.
Pois hoje, instalada como um câncer escroto, vemos a atitude generalizada de vaiar oponentes esportivos, meros competidores no âmbito da paz! Essas rafaméias estúpidas mostram sua obtusidade malsã no que vaiam os adversários das equipes brasileiras em quadra, dando mostras de mau caráter generalizado, espírito deformado em direção à exclusão e anulação “do outro” só por ser o outro. Que tipo de sentimento pátrio ou nacional é esse? Esses andróides vestidos por acaso sabem o que vem a ser “pátria”, “Estado”, “nação”? Esses pacóvios enxergam algo mais diante dos narizes que suas necessidades fisiológicas misturadas a seus desejos primários? E tanto vaiam adversários em quadras quanto aplaudem aloprada e tresloucadamente os “ídolos” da canção miserável que congregam diante de suas boçalidades afinadas em terças e sextas (intervalos musicais) essas legiões de patetas ensandecidos, inebriados de prazer mórbido. Se você quiser ver esse espetáculo de monstruosidade coletiva assumida e exibida a mil, basta procurar no Youtube qualquer apresentação desses babaquaras vestidos cantando em duplas. Ou ligar sua TV neste fim de semana para ver, às 10h (sim, alimárias: não é 10:00 horas, não!), a seleção brasileira de vôlei disputando a Liga Mundial. Vai passar na Globo, você nem precisa procurar, pois sua TV já deve estar sintonizada na emissora do Armagedon desde tempos incontáveis... Enter.
Então é isso: o sacador adversário pega a bola e vai pro fundo da quadra, buscando concentração para mandar o saque. O que fazem os “torcedores brasileiros”? Vaiam. POR QUÊ??? Deveriam calar respeitosamente, usando de espírito esportivo, característica de povos civilizados, enquanto o sacador se prepara!... Mas, não: os boçais brasileiros, pulando como macacos e com camisas amarelas, perucas verdes, sorrindo estupidamente o sorriso sardônico dos imbecis, vaiam! A pergunta é: o jogador oponente é digno de execração por ser adversário? Ele fez algo digno de condenação, de reprovação, para merecer vaia?? Ora, dementes psicopatas socialmente miserabilizados! Vou dizer a vocês o que vocês merecem, jericos abissais! Cuca de frango de granja é mente de cientista perto do que vocês exibem em termos mentais e espirituais, estultos! A torcida brasileira, vale citar, é a mais asquerosa do mundo: apalhaçada, exibindo uma alegria estúpida, despida de espírito esportivo, cega em seu desejo mórbido de vitória para consolidação de uma supremacia que não podemos exibir de forma nenhuma! Basta olhar para nossos governantes, nossos políticos, nossas ruas, nossos morros, nossa Justiça, nossa Educação, nossa Saúde... Enter final.
Os adversários poderiam escalar um maluco despreocupado com sua carreira e botar o cara pra jogar contra nós. Quando ele fosse para o saque e os “torcedores brasileiros” vaiassem, ele deveria pegar nos colhões e mostrar para toda a “torcida brasileira”. E todo o time adversário deveria imitá-lo. É o que essa gentuça doentia merece. E o mais triste é vermos que os adversários desprezam solenemente essa escrotidão brasileira. E devem pensar consigo: “Macacos!...”, e não poderiam pensar outra coisa. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
Ah! Vale lembrar: estamos sob censura desde 11/04/08, aliás mantida por Gilmar Mendes, e a restrição vai totalizando 2030 dias. Abraço pra turma do Estadão, há 687 dias também sob mordaça! E não custa lembrar: o advogado Gerardo Xavier Santiago, RJ,lembra que o artigo 5 da Constituição Federal garante a liberdade de expressão e de manifestação em local público!