quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Manoel e o drama de seu amigo músico

Frederico Mendonça de Oliveira

Manoel se espanta diante do que seu amigo músico enfrenta. É um verdadeiro calvário, um enredo de vida capaz de inspirar um filme pungente e inesquecível. O mais inacreditável nisso é a completa indiferença do amigo para com a adversidade, as traições e perseguições que ele sofre, o completo descaso com que é tratado no arraial, o ódio que certos arraialeiros deformados e invejosos lhe devotam religiosamente, sem contar o vexame a que é submetido pelos filhos da ex-mulher, uma criatura viciada na deformidade de caráter, aliás traço de toda a família dessa infeliz. Sabendo o que vai no coração do amigo - a bondade, o amor ao trabalho e à pesquisa ininterrupta nas áreas da arte e da cultura, o aprofundamento no estudo da política, a devoção para com a lucidez e a ética, a paixão pela música em todos os sentidos, a intransigência para com a putrefação imposta às instituições em geral - tudo faz deste homem um verdadeiro herói da resistência, e um espírito realmente heróico não se preocupa com reconhecimento: apenas cumpre com seu dever de não vacilar na vigilância dos cânones sagrados da vida para não se deixar entorpecer jamais sob a enxurrada de merda a que todos somos submetidos diuturnamente. Enter.
Defecando e deambulando para esse inferno que o cerca e tenta submetê-lo ininterruptamente, o amigo de Manoel mostra uma fibra de titã e não se preocupa senão com tocar suas tarefas. E ultimamente estourou um escândalo envolvendo um inimigo desse amigo-irmão: um músico de meia tigela – que “se consagrou” neste país desgraçado através de astúcias e penetrações frutos de manipulações em meios corrompidos e cooptação de imbecis aboletados na máquina na música e do poder –, colega (do tipo daqueles que temos de tapar o nariz quando lidando com o tipo) de 40 anos atrás, na verdade um baita capadócio que mais se assemelha a um verdureiro ou a um vendedor de quinquilharias, deformou fatos envolvendo o nome do amigo. Já falamos disso aqui. Mas o importante são os desdobramentos aparentemente insignificantes disso, mas que revelam na verdade o grau de imundície desse arraial e dessa família que parece mais um bando de sicários e malfeitores disfarçados em seres comuns. E que desdobramentos seriam esses? Enter.
“O pior deles é o fato de os filhos de meu amigo IGNORAREM SOLENEMENTE o que fazem de perversidade explícita contra o pai. E vale revelar que sou testemunha das violências e perseguição cruel e odiosa que o pai sofreu nestes 25 anos de Arraial das Bagas, enquanto se sacrificou duramente pelos mesmos filhos que hoje continuam a lhe cuspir na cara!”, vocifera indignado Manoel, vendo esse espetáculo de desumanidade movido contra um homem "que é uma lenda dentro e fora do Brasil e cujo nome acende felicidade e encantamento em todos os rostos dos que sabem o que é música de verdade!!" Pois em conversa com o amigo dia desses Manoel ouviu dele uma colocação que lhe causou espanto e uma curiosa alegria: “Querido, se sou reconhecido na Holanda, hoje foco do mais importante jazz no planeta; se sou reconhecido nos mais brabos meios musicais norte-americanos e europeus; se meu disco é procurado no mundo inteiro como algo absolutamente ímpar realizado no campo da música instrumental brasileira; se o ‘maestro do século XX’, Gil Evans, me considerou ‘padrão de composição contemporânea brasileira’, como é que você vai querer que eu seja tratado aqui nestas montanhas? E se sou reconhecido em locais onde reina a lucidez e o culto à beleza, como posso vir a ser reconhecido aqui nestas montanhas bárbaras?”, e Manoel parou para pensar na curiosa dialética enfrentada por este amigo interessado apenas em prosseguir estudando e estudando, fazendo de sua vida uma busca quase febril de aperfeiçoamento, e contando para isso unicamente com o amor e o reconhecimento de sua linda mulher e de alguns raros amigos locais e de muitos amigos Brasil e mundo afora. Enter final.
E Manoel, encantado com a resistência lúcida do amigo, discursa animado para sua linda Maria: “Mefistófeles, Baphomet e Belfegor mais Belzebu e Babalon lutam para desviar os caminhos de meu amigo e destruí-lo, mas o amor dele pelo Cristo é de tal forma sólido e transparente que, mesmo sendo os demônios o que sabemos que são, não ganham uma dele, somente lhe dão um trabalho do cacete! E ele usa isso para crescer mais e mais, firme no leme de sua embarcação que singra mares revoltos a caminho de uma real conquista nesta existência. E, se os filhos a quem ele devotou 25 anos de devoção profunda renunciando a si próprio para viver a crueza torpe desse arraial hoje estão a serviço do ‘outro lado’ (e Manoel se benze discretamente), o amigo entrega tudo a Deus lembrando, em conversa comigo e com Maria, Mateus 13, a parábola do semeador e seu significado oculto para os infiéis. Puta merda, que cara mais gentil, Maria querida!!!” E o que mais espanta Manoel é que quando gente como Sá e Guarabyra, Marcinho Borges, Lô Borges, Nelsinho Angelo, Belchior, Gilberto Gil e outros vêm ao arraial fazer show, sempre têm palavras sinceras e ardentes de elogio e homenagens para o amigo, que fica lá quieto no seu canto e ainda permite que um filho que o desrespeita há anos esteja a seu lado para que recaiam também sobre ele as honras concedidas ao pai... E viva Santo Expedito! Oremos. Até pra semana, babes!
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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Manoel, Lula e a aliança entre Jesus e Judas

Frederico Mendonça de Oliveira

“Se Jesus tivesse que governar o Brasil, teria de fazer coalizão com Judas”, dejetou verbalmente o indivíduo que ocupa, sob os auspícios dos globalizadores, a cadeira presidencial no Brasil, que de há muito parece mais é um vaso sanitário. Típico de uma refinada besta, o comentário. O secretário da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, replicou, com sonora bofetada, que “Jesus não faz aliança com fariseus”, dando um chegapralá nesse ridículo histrião que só abre o bico pra ingerir birita caríssima ou para estrumar os diálogos com falas excrementícias. Isso diz respeito à aliança PT/PMDB, com isso ficando explicada a blindagem fornecida pelo governo federal a outro ser abjeto que deveria estar a ferros de longa data, José Sarney, sarna mortífera para o Brasil. E, porque esse Lula abissal e farisaico faz aliança com gente de sua laia, ele acha que o Brasil levaria, para ser governável, Jesus a fazer aliança com Judas. Comparação de maluquete e/ou etilizado. Enter.
Segundo Dom Dimas, “fariseu é quem aparenta ser uma coisa por fora mas é o oposto por dentro”. Pois aí está o fariseu Lula diante de todos os brasileiros decentes: durante 25 anos esse gaiato bancou o político sério e empunhou a bandeira da legalidade e da decência na política, mas só até alcançar a presidência. Envergada a tão vilipendiada faixa, mostrou ser tão desprezível, traidor e corrupto como os seus antecessores, especialmente o verminoso FHC, maior desgraça em nossa tristíssima história. E acabou que isso lembrou outro episódio podre de nossa história recente: aquele em que três tetéias petistas da mídia tupiniquim expressaram suas “opiniões”, deixando o maluquete, então candidato à reeleição, numa saia justa – coisa que nem de longe o preocupa: abandonou o compromisso com a decência e a moralidade (os globalizadores dizem ser isso um vício negativo em política) desde que subiu a rampa do planalto. E isso merece ser resenhado, porque mostrou a bunda dessa macacada a todos os seres que não se vendem, nem mesmo se estiverem comendo merda grossa. Enter.
Pois também entre os engravatados corruptos a fala bateu mal. "A declaração de Lula é uma ofensa grave aos aliados", disse o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). "Quem é Jesus? Ele? Não é demais ele se comparar a Cristo?", eis o que a Folha, o JB Online e o Estadão (há mais de 80 dias sob censura) publicaram sobre mais essa gafe do engraçadinho, que continua muito feliz com mamar a presidência e que faz de governar “efte paíf” apenas boiar sobre a farra da corrupção e dizer lorotas e grosserias pra cima e pra baixo. E mais gente cuspiu marimbondo. Saiu no Estadão que “O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) teceu críticas em seu perfil no Twitter às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista publicada nesta quinta-feira ao jornal 'Folha de S.Paulo'. De acordo com o parlamentar, ‘o presidente disse que, no Brasil, Jesus faria acordo com Judas. Jesus poderia perdoar Judas; fazer acordo, jamais’”. E disse mais: “‘Quando os políticos dizem que na política Jesus faz acordo com Judas, eles acham que os eleitores são todos Pilatos’, ironizou o senador. Ele também ressaltou que ‘quando o presidente da República diz que na política Jesus faz acordo com Judas, ele esta dizendo para os jovens idealistas se afastarem da política’”.E, prosseguindo com suas tiradas boçais e mesmo sujas, o gaiato saiu-se com mais essa: "A manutenção do Sarney era questão de segurança institucional. O Senado está calmo". Pode-se querer cinismo assumido maior que isso? Enter final.
Todos – ou quase todos – devem se lembrar das declarações daqueles três globais, Paulo Betti, José de Abreu e o pianeiro petista Wagner Tiso, que acha que o mundo deve se curvar a seu talento de carregação e a sua beleza de apolo de sirigaitas desmioladas. O Paulo Betti – ou o José de Abreu, não muda nada ser um ou outro – boquejou que “para fazer política tem que meter a mão na merda”. Bonito: mostra que é um peralvilho com carência de compreensão mínima da realidade. Ele esqueceu de um adjunto adverbial de lugar: “no Brasil”; mas isso não muda sua obtusidade, porque ele falou como se isso isentasse os corruptos de seus delitos. O tal de José de Abreu disse algo semelhante, mas isso não se escreve, é outra fala de mico de circo de Rede Globo. Já a fala do galã da música instrumental brasileira fajuta, Wagner Tiso, que o letrista Geraldinho Carneiro associa a “magnetismo” (talvez o dos olhos da cobra verde...), foi agressiva e boçal: ao lhe perguntarem sobre o que acha da crise da ética no PT, ele trombeteou bombástica e estupidamente: “Não estou preocupado com a ética do PT nem com qualquer tipo de ética: o que importa é o jogo do poder”. Brucutu, o troglodita trazido à época moderna pela máquina do tempo do doutor Papanatas, aliás criação do cartunista Vincent T. Hamlin, pasmaria ante esta fala de bugre. Wagner e Brucutu até têm alguma semelhança no aspecto, mas Brucutu era ética em pessoa. Pois Wagner confirma em seu site que ética pra ele é merda: sobre o Som Imaginário, grupo que integrou, declara em tom de auto bajulação que o grupo foi ele, o resto apenas o cercava. Além de mentira deslavada, suja, trata-se de um desrespeito ignóbil para com os outros músicos e demonstração de deformidade total de caráter. Chega até a falsear o nome do amigo de Manoel, alterando-o para descaracterizá-lo. “Este sujeito e a ética realmente são linhas paralelas e distantes uma da outra um ano luz!”, rosna Manoel, depois de passar os olhos enojados pelo site: “Aula cabal de cabotinismo!”. E Manoel prepara mais uma abordagem de tamanha safadeza. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Manoel e o aniversário do Arraial das Bagas

Frederico Mendonça de Oliveira

O Arraial das Bagas, onde reside Manoel há exatos 25 anos e dois dias, fica nas montanhas do Sul de Minas e hoje é exemplo de corrupção institucional em todas as instâncias de poder e degenerescência social e humana. Mas a panguazada vive normal, até festeja aniversário, como em qualquer outro arraial ou como fazem todas as criaturas neste planeta nunca tão ao feitio de planeta dos macacos. Pois mesmo distante dos “festejos” e apenas tendo deles impressões de passagem em horas de intervalo de funções e porque recebendo depoimentos de amigos devidamente acachapado com o que viram, Manoel resolveu dar aqui seu relato sobre essa patacoada mais semelhante a coisas do outros mundos, que só iniciados sacam. Enter.
Passando pela praça da Matriz exatamente às 21h de quarta-feira, portanto minutos antes de se apresentar o galã brega Fábio Júnior, já nos perigalhos e sem nada de verdadeiramente atraente nesses dias de tira-gosto para o começo do Apocalipse, Manoel viu de perto cenas dos abismos. A praça estava lotada de seres que pareciam saídos de cavernas e covis, palrando um idioma dantesco aliás aludindo a caganifâncias quase insondáveis. “Dava medo ver aquelas criaturas!”, disse nosso herói ao amigo músico também exilado nas Bagas. “A impressão que davam é que poderiam atacar-nos por estranhar nossa vibração tão diversa!...”. Pois muito bem. Manoel escafedeu-se cosido às paredes em meio à noite carregada de tragicidade em sua escuridão enigmática e carregada de um negrume ameaçador. Foi tomar um chopete no único endereço que ele de leve frequenta no arraial; um só chopete, e logo tomaria o busa para voltar à companhia de sua amada Maria no aconchego do lar que respira cultura, arte e amor. Enter.
No dia seguinte aconteceria a “parada” pela manhã, e Manoel até ouviu sinais dela vindos lá do centro. Pois eis que lhe ligou um amigo e deu notícias de várias coisas relacionadas aos “festejos”. Esse amigo é um tipo de pessoa meio pra santo, simples, músico – toca viola de sinfônica – e que São Pedro não deve ter pressa de receber lá em cima, pois já o conhece de sobejo. O amigo então relatou o que viu no show do sessentão Fábio Jr. e da “parada” de aniversário. Falou também do que ocorreu no primeiro show de um cantor gospel para o poviléu. O tipo atende por Régis Danese. E a estupefação se manifestou, mesmo que estando nosso herói mais que calejado com a teratologia que assola a aldeia irreversivelmente degenerada. A isso. Enter.
O cantor gospel, que já comprou até fazenda por conta do primeiro sucesso que emplacou em âmbito “nacional” – como nacional, se não somos mação, mas colônia dos EUA e do Império? –, teria produzido um milagre em seu “show”: um tipo em cadeira de rodas se teria levantado e andado, segundo foi “testemunhado” pela gentuça presente. Manoel consigo pensou: “Esse cara deve acompanhar a equipe do show do cantor e ganhar um cachezinho pra que se realize o milagre”. Pois muito bem: o cara cantou rapidinho e se esgueirou fora, com o gordo cachê no bolso. Já quanto a Fábio Jr, o galã brega que abiscoita a rebarba do Robertão (Carlos), soube-se que cantou durante 25 minutos, deu “Boa noite, Bagas!” e azulou como um risco. Na verdade, segundo relatos, nem cantou: ele e seus músicos fizeram mímica apoiados por um BG (fundo musical gravado) e “sartaram” fora, também com a bolada do bolso. Manoel não teve notícias sobre a reação da macacada, que talvez esperasse uma linda performance desse ídolo de fãs com faces enrugadas... Mas o mais chapante ficou por conta do desfile de aniversário do arraial, e isso merece um enter. Pois que seja. Enter.
O amigo de Manoel relatou que o desfile foi um vexame, um espetáculo de mediocridade, sem energia, sem liga, sem nada: um fracasso como evento. Entre outras coisas, desfilou um carro “alegórico” do centro de ensino musical, aliás enxovalhado por ter o nome de uma criatura absolutamente indigna de qualquer merecimento: teria sido, segundo soube Manoel, um tremendo flagelo para quem “estudou” piano com ela, uma criatura de gestos aparentados aos de rinocerontes ou coisa por aí. Pois ocorreu de rolar uma caminhonete com instrumentos, um baterista batucando lá e o diretor posando de não se sabe que significado. Não que isso esteja errado, mas não foi absolutamente entendido do público o que aquilo pretendia, porque a produção do desfile, segundo voz geral, foi de uma pobreza jamais vista no arraial. Enter.
Bem, depois de saber de ter rolado “milagre”, de ter rolado show de 25 minutos de Fábio Jr. e de desfile completamente frio e sem qualquer entusiasmo ou fundamento, já que o populismo do atual governo acaba que não funciona junto à população, cética em relação a política ou poderes públicos em qualquer dimensão, Manoel soube que o prefeito, em discurso longo para um público bovinizado em que se misturavam infiltrados estrategicamente membros do Executivo, citou a pessoa cujo nome foi dado ao centro musical comparando o que ele “entende” por talento musical dela ao gênio de Villa Lobos. A comparação bateu como petardo de canhonaço no meio musical do arraial, e Manoel pôde ouvir as críticas das pessoas ligadas a música, e todos concordavam em que trata-se de estado de demência instalada no Executivo. Enter final.
E nosso herói passou o resto do feriado churrasqueando feliz com sua amada, embora de coração doído pelo que andam fazendo, com seus tão queridos gatos, monstros da vizinhança. O último sumiu há uma semana, e dói na casa a ausência daquelas maravilhas que tanto alegram nosso herói e que tanto se identificam com a linda Maria, tão apaixonada e ligada a eles. Agora é tentar outros bichanos, e nosso herói e sua amada poderão pelo menos conviver com novo felino enquanto ele for filhote e puder ser mantido dentro dos muros da casa. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Manoel e a bestialidade da censura

Frederico Mendonça de Oliveira

“Muito significativo isso de censurar quem denuncia crimes imundos praticados por autoridades!”, conjetura Manoel vendo que a censura contra o jornal Estado de São Paulo prossegue cínica e covardemente imposta pelo Judiciário há 70 dias, torpeza injudiciosamente praticada nas fuças dos brasileiros. O “presidente” Lula fica na dele, dizendo que “isso é assunto do Judiciário”, como se tal instância de poder não integrasse o edifício nacional. “Seria uma instituição estanque?”, indaga-se Manoel, para quem a censura poderia até existir no caso de coibir monstruosidades como produção de canções com letras visivelmente perniciosas para a infância ou quaisquer produções visivelmente deseducativas e atentatórias à evolução social. “Se podemos coibir através de nossas glândulas a ação de invasores prejudiciais a nossa saúde, a censura poderia agir do mesmo jeito em se tratando, por exemplo, de coisas como a asquerosa dança da garrafa e de outras teratologias como a pornografia desenfreada na TV aberta e na internet. E tudo leva a crer que a censura ao Estado de São Paulo prossiga, mesmo com a tentativa de intercessão de órgãos internacionais condenando a intervenção: “Sem obter resposta oficial da primeira carta enviada no dia 10 agosto, a Associação Mundial de Jornais (WAN) e o Fórum Mundial de Editores (WEF), entidades máximas da imprensa mundial, pediram novamente 'ação' do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, sobre a censura ao Estado, que completa hoje 69 dias.” E até abrem o bico em condenação: "’Estamos preocupados porque, dois meses após a primeira decisão judicial, a censura se mantém’, anota o texto assinado pelos presidentes da WAN, Gavin O"Reilly, e da WEF, Xavier Vidal-Folch” Enter.
“Estão mesmo preocupados, ó pás? Então vejam o caso de meu amigo aqui no Arraial das Bagas!”, ruge discretamente Manoel, que sofre com uma situação criminosa entalada em sua goela desde fins de 2006. Ele se refere à censura covarde e criminosa imposta a seu amigo, que denunciou crimes praticados por autoridades dos três poderes no arraial. O amigo e sua mulher não aceitaram a realização de uma obra ilegal ao lado da casa deles, e soltaram a denúncia na imprensa. Diante disso, o autor intelectual do crime meteu dois processos imundos, um penal e um cível
contra cada um. Uma brabaridade: os penais eram por calúnia, coisa que não houve, pois só foram denunciados fatos comprovados por farta documentação; os cíveis não passaram de tentativa suja de usurpação, alegando danos morais infligidos ao autor pelo fato de ter havido “calúnia”. Uma verdadeira monstruosidade. E o amigo ainda sofreu censura, estando proibido de mencionar o nome do autor do crime nos meios de comunicação – “mordaça torpe, sórdida, covarde!”, vocifera intimamente Manoel, profundamente enojado com tanta violência escrota, com tanta pústula emporcalhando os poderes do arraial – sob pena de multa de R$ 10 mil/dia e prisão por desobediência à ordem de não falar. “Isso são homens??”, pergunta-se Manoel diante de tanta perversão. Enter.
E já lá se vão mais de 546 dias desde que um juizeco do arraial baixou a liminar covarde e cabalmente demonstrativa da miséria do caráter de humanóides que hoje infestam o Judiciário em TODAS AS INSTÂNCIAS DESSE PODER!, desde a mais alta até o mais insignificante forunzinho de aldeota. A opinião pública é ciente de tudo, mas impotente diante dessa ditadura monstruosa, em que o “juiz entende assim ou assado”, estabelecendo um subjetivismo inaceitável na prática da magistratura. De há muito Manoel ouve falar da intocabilidade e da deformidade de caráter de muitos juízes, hoje agindo como opressores cruéis, ávidos, irresponsáveis e arrogantes. Sem contar serem regiamente pagos pelos impostos que esmagam os cidadãos... Podem dar voz de prisão a qualquer cidadão, seja um pobre mortal, seja um ministro de Estado, e ninguém lhes pode fazer o mesmo, estabelecendo uma distorção de valores inaceitável, pois privilegia imoralmente uma casta de seres que têm, como todos, merda dentro das tripas! Mas hoje está inaceitável a intangibilidade desses seres. Dostoyevski comenta isso: “O melhor dos homens pode, com o hábito, transformar-se num animal feroz. O sangue e o poder embriagam, engendram a brutalidade e a perversão”, disse o gênio eslavo. Enter.
E Manoel ainda pensa no escritor russo quando se recorda de outra fala dele na tristíssima obra A Casa dos Mortos: “Daí o perigo de um idêntico despotismo contagiar a sociedade. Uma sociedade que se afaz a tais conjunturas já está corroída até o âmago”. E assim se dá com o amigo de Manoel, monstruosamente perseguido também por uma vizinhança porca, quase toda ela curvada aos poderosos safados, glamurosos por serem detentores de poder no arraial, principalmente o deformado e repulsivo autor intelectual do crime denunciado pelo amigo. Enter final.
“É o fim!”, considera Manoel contemplando enojado tão horrenda paisagem. “Agora só tsunamis, terremotos e outras desgraças salvarão este planeta corrompido pelo ódio dos globalizadores, que aliás estão por trás de toda essa tragédia que enfrentamos. O diabo detém o cetro do poder sobre o mundo: Baphomet comanda o despedaçamento final. Que Deus livre os bem aventurados desse horror que já é uma realidade irreversível”. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Manoel e as crianças desencaminhadas

Frederico Mendonça de Oliveira

“O Brasil se transforma vertiginosamente em fábrica de delinquentes!”, considera Manoel ao contemplar melancolicamente os pequenos infelizes levados à torpeza por quem os gera, pare e depois deforma desencaminhando perversamente almas ainda inocentes de seu próprio destino. Dizer que eles (elas) parem é maneira elegante de nos referirmos ao momento em que os infelizes são jogados nesse inferno que vivemos. Poderíamos dizer “lançam”, “expelem”, coisa assim, ficaria mais de acordo. Mas o que importa é que a reprodução através do acasalamento desses seres irresponsáveis e verdadeiramente irracionais é o ato de dar continuidade à degenerescência que assola este país e este mundo que já foram de Deus. Mas ainda há quem enxerga isso e denuncia: são os poucos que mantêm a consciência crítica e gritam contra o câncer instalado nesses dias sem salvação e sem volta: Vale até outro parágrafo para destacar a reflexão de um carioca sensível sobre a violência instalada em nosso dia a dia e que no Rio virou paroxismo habitual. Enter.
“Nas boates e micaretas, garotas são beijadas à (discordo da crase: mantive para possibilitar aos leitores ver a escorregada do colunista; “a força”, “a bala”, “a tapa”, “a rodo”, nada disso tem crase) força por pitboys, aos quais arranjar briga parece mais excitante do que dedicar-se ao flerte. O combustível químico para a insensibilidade, vendido livremente a menores nas boas casas do ramo, pode ser bebida destilada com energético. A consumação da turma do rapaz morto no ano passado ao tentar tirar a arma das mãos do segurança do filho de uma juíza na porta da boate Baronneti assusta até velhos junkies da geração Mandrix-Optalidom: nove latas de energético, duas garrafas de vodka e uma de uísque”. Quem terá agido sobre esses jovens em sua infância? Pois o mesmo autor dessa consideração acima, Marcelo Migliaccio, revela: “Os jovens cresceram entregues a uma babá eletrônica muito relapsa chamada televisão, que lhes exibiu as maiores atrocidades a qualquer hora do dia a troco de audiência. No cinema, os heróis foram se embrutecendo desde Rambo até chegarem ao atual 007, um matador frio que nem de longe lembra o glamour dos tempos de Sean Connery e Roger Moore”. E vale considerar que Sean Connery e Roger Moore eram o comecinho dessa orgia de sangue e fogo exibida hoje pela TV em tempo praticamente integral. Na verdade, era o começo da hegemonia do entretenimento sobre a cultura, instituição que perdemos para sempre. E ainda vale considerar que o colunista é gentil quando vê a TV como babá eletrônica “muito relapsa”; não é relapsa, é teratológica e letal. E pensar que simplesmente TODOS entregaram suas mentes e mesmo suas vidas a esse aparelho funesto, e não se vive mais sem ele, não se perdem as malditas novelas, seguidas como sendo a função religiosa mais importante dessa era de lixo. Enter.
Os infelizes boçalizados de hoje palram como papagaios repetindo a tachação de “xiita” ao se referir à disciplina religiosa do mundo árabe, mas todos obedecem rigorosa e até fanaticamente à TV, como sendo seu guia espiritual mais caro e mais respeitável – ou, na verdade, venerável. O que se pode esperar desses objetos vestidos? O que eles têm para dar a seus pobres filhos, já infelizes só de terem nascido de quem nasceram?!... e ainda enfrentado um país desgraçado, despedaçado, governado por uma quadrilha de ladrões e de corruptos, incluindo assassinatos, rombos, escândalos inacreditáveis, e as figuras patibulares dos suídeos engravatados aí, sorrindo, mamando, abocanhando e estraçalhando a pátria que os pariu! Que se pode esperar de crianças que vêm compor um cenário de horror como esse, uma verdadeira tragédia social, um inferno??? Enter.
Então, as pobres crianças desta cloaca em que transformaram o Brasil vão se transformando em réplicas desses seres degenerados, e raro é o pai ou a mãe que eduque: os macacos vestidos entregam os pobres infantes à TV, e vão se criando boçais em massa, e a cada geração a boçalidade aumenta, a estupidez se materializa como virtude, a cegueira social se consolida como credo, e ver crianças dando espetáculos de grosseria, estupidez, violência e patologia mental, sem contar o triste espetáculo da insanidade afetiva, verdadeiro flagelo que vai deformando crianças e adolescentes, é de dar medo. Manoel se vê abestalhado, abismado diante de crianças que hoje são um monte de maluquinhos correndo como seres atormentados em lojas, nas ruas, em restaurantes, em supermercados, em bancos, onde quer que se vá... “Esses infelizes fedelhos desgraçados rimam com a televisão: onde estejam, são invasivos e inconvenientes, causam até um temor estranho, parecem mensageiros vivos da degenerescência! Ó Deus, que destino horrendo é esse que se manifesta na coisificação e na deformação atroz das crianças???”, pergunta-se Manoel confrangido, especialmente se pensando que ISSO vai ser a nova geração no comando deste lugar degenerado, desfigurado, completamente devastado por uma conjuntura sem reversão, uma bacanal de horror e monstruosidade!... Enter final.
E os babacas todos transformados em batatas de sofá, com o toba preso na poltrona e os olhos cegos na televisão, ainda “acham” que são gente, que devem ser acatados como tal, só porque OBEDECEM criminosamente ao invasor globalizante... e ainda babam de estupidez insana vendo o “presidente negro” dos EUA, um fantoche dos globalizadores, e o Migliaccio até cita o “pensamento” desses macacos sem rabo: “E nós, míopes diante do espelho, continuamos a esperar a redenção da Humanidade pelas mãos do pobre Barack Obama”. “Sim, um belo de um merda. Nem dá mais para acreditar que isso possa ter algum remédio... O diabo venceu essa”, pensa Manoel aflito com tanto horror, e vai para a geladeira. “Fazer o quê??” E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
ATENÇÃO - ESTAMOS SOB CENSURA DESDE O DIA 11/4/2008, POR TERMOS DENUNCIADO PODEROSO QUE PRATICOU ABUSO DE AUTORIDADE. SÃO EXATOS 539 DIAS!