Frederico Mendonça de Oliveira
“O Brasil se transforma vertiginosamente em fábrica de delinquentes!”, considera Manoel ao contemplar melancolicamente os pequenos infelizes levados à torpeza por quem os gera, pare e depois deforma desencaminhando perversamente almas ainda inocentes de seu próprio destino. Dizer que eles (elas) parem é maneira elegante de nos referirmos ao momento em que os infelizes são jogados nesse inferno que vivemos. Poderíamos dizer “lançam”, “expelem”, coisa assim, ficaria mais de acordo. Mas o que importa é que a reprodução através do acasalamento desses seres irresponsáveis e verdadeiramente irracionais é o ato de dar continuidade à degenerescência que assola este país e este mundo que já foram de Deus. Mas ainda há quem enxerga isso e denuncia: são os poucos que mantêm a consciência crítica e gritam contra o câncer instalado nesses dias sem salvação e sem volta: Vale até outro parágrafo para destacar a reflexão de um carioca sensível sobre a violência instalada em nosso dia a dia e que no Rio virou paroxismo habitual. Enter.
“Nas boates e micaretas, garotas são beijadas à (discordo da crase: mantive para possibilitar aos leitores ver a escorregada do colunista; “a força”, “a bala”, “a tapa”, “a rodo”, nada disso tem crase) força por pitboys, aos quais arranjar briga parece mais excitante do que dedicar-se ao flerte. O combustível químico para a insensibilidade, vendido livremente a menores nas boas casas do ramo, pode ser bebida destilada com energético. A consumação da turma do rapaz morto no ano passado ao tentar tirar a arma das mãos do segurança do filho de uma juíza na porta da boate Baronneti assusta até velhos junkies da geração Mandrix-Optalidom: nove latas de energético, duas garrafas de vodka e uma de uísque”. Quem terá agido sobre esses jovens em sua infância? Pois o mesmo autor dessa consideração acima, Marcelo Migliaccio, revela: “Os jovens cresceram entregues a uma babá eletrônica muito relapsa chamada televisão, que lhes exibiu as maiores atrocidades a qualquer hora do dia a troco de audiência. No cinema, os heróis foram se embrutecendo desde Rambo até chegarem ao atual 007, um matador frio que nem de longe lembra o glamour dos tempos de Sean Connery e Roger Moore”. E vale considerar que Sean Connery e Roger Moore eram o comecinho dessa orgia de sangue e fogo exibida hoje pela TV em tempo praticamente integral. Na verdade, era o começo da hegemonia do entretenimento sobre a cultura, instituição que perdemos para sempre. E ainda vale considerar que o colunista é gentil quando vê a TV como babá eletrônica “muito relapsa”; não é relapsa, é teratológica e letal. E pensar que simplesmente TODOS entregaram suas mentes e mesmo suas vidas a esse aparelho funesto, e não se vive mais sem ele, não se perdem as malditas novelas, seguidas como sendo a função religiosa mais importante dessa era de lixo. Enter.
Os infelizes boçalizados de hoje palram como papagaios repetindo a tachação de “xiita” ao se referir à disciplina religiosa do mundo árabe, mas todos obedecem rigorosa e até fanaticamente à TV, como sendo seu guia espiritual mais caro e mais respeitável – ou, na verdade, venerável. O que se pode esperar desses objetos vestidos? O que eles têm para dar a seus pobres filhos, já infelizes só de terem nascido de quem nasceram?!... e ainda enfrentado um país desgraçado, despedaçado, governado por uma quadrilha de ladrões e de corruptos, incluindo assassinatos, rombos, escândalos inacreditáveis, e as figuras patibulares dos suídeos engravatados aí, sorrindo, mamando, abocanhando e estraçalhando a pátria que os pariu! Que se pode esperar de crianças que vêm compor um cenário de horror como esse, uma verdadeira tragédia social, um inferno??? Enter.
Então, as pobres crianças desta cloaca em que transformaram o Brasil vão se transformando em réplicas desses seres degenerados, e raro é o pai ou a mãe que eduque: os macacos vestidos entregam os pobres infantes à TV, e vão se criando boçais em massa, e a cada geração a boçalidade aumenta, a estupidez se materializa como virtude, a cegueira social se consolida como credo, e ver crianças dando espetáculos de grosseria, estupidez, violência e patologia mental, sem contar o triste espetáculo da insanidade afetiva, verdadeiro flagelo que vai deformando crianças e adolescentes, é de dar medo. Manoel se vê abestalhado, abismado diante de crianças que hoje são um monte de maluquinhos correndo como seres atormentados em lojas, nas ruas, em restaurantes, em supermercados, em bancos, onde quer que se vá... “Esses infelizes fedelhos desgraçados rimam com a televisão: onde estejam, são invasivos e inconvenientes, causam até um temor estranho, parecem mensageiros vivos da degenerescência! Ó Deus, que destino horrendo é esse que se manifesta na coisificação e na deformação atroz das crianças???”, pergunta-se Manoel confrangido, especialmente se pensando que ISSO vai ser a nova geração no comando deste lugar degenerado, desfigurado, completamente devastado por uma conjuntura sem reversão, uma bacanal de horror e monstruosidade!... Enter final.
E os babacas todos transformados em batatas de sofá, com o toba preso na poltrona e os olhos cegos na televisão, ainda “acham” que são gente, que devem ser acatados como tal, só porque OBEDECEM criminosamente ao invasor globalizante... e ainda babam de estupidez insana vendo o “presidente negro” dos EUA, um fantoche dos globalizadores, e o Migliaccio até cita o “pensamento” desses macacos sem rabo: “E nós, míopes diante do espelho, continuamos a esperar a redenção da Humanidade pelas mãos do pobre Barack Obama”. “Sim, um belo de um merda. Nem dá mais para acreditar que isso possa ter algum remédio... O diabo venceu essa”, pensa Manoel aflito com tanto horror, e vai para a geladeira. “Fazer o quê??” E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
ATENÇÃO - ESTAMOS SOB CENSURA DESDE O DIA 11/4/2008, POR TERMOS DENUNCIADO PODEROSO QUE PRATICOU ABUSO DE AUTORIDADE. SÃO EXATOS 539 DIAS!