sexta-feira, 15 de maio de 2009

Manoel e a loucura da imprensa mundial

Frederico Mendonça de Oliveira

Um tanto abestalhado em relação a tudo relacionado com notícia e imprensa, com a mídia em geral, conjunto de forças que, sabemos, é rigorosamente controlado por uma intangível minoria que controla a Humanidade desde tempos imemoriais, Manoel procura se inteirar dessa história que hoje circula num jeito “vai ou fica”, naquele estilo que Gonzaguinha (alguém lembra dele?) classificava como “Pra não ser, é; pra ser, não é”. Então a gripe suína tem sido notícia, mas assim: aparece aqui e ali, inicialmente com destaque, às vezes num canto de página, às vezes trazendo estudos e análises, depoimentos e enquetes. Às vezes aparece meio que ameaçando, mais pra alertando, no que informa óbitos alhures, além-fronteiras (Manoel justifica: “Uso este hífen porque existe ‘além-mundo’, a vida para outra dimensão, além da morte, e a situação gramatical é similar). “Mas, na verdade, se as estatísticas informam que a gripe H1N1, essa porcaria que todo mundo pega, mata de 250 a 500 mil por ano, que diferença pode fazer essa porcaria suína, que nos brinda com um adjunto adnominal que remete a porcos, e que vem matando tão pouco e tão menos que a influenza comum?”, questiona nosso herói. Enter.
Folheando a Folha on-line – perdoem o humor surrealista de nosso cultíssimo Manoel –, eis que ele topa com um questionário abordando a questão da gripe suína e recheado de saídas que não são saídas, mas enigmas, coisas do tipo: “Que posso fazer se aparecerem sintomas da gripe suína?”, e a resposta é: “Aja como se fosse gripe comum e comunique seu médico”. Porra, então essa titica não tem periculosidade nenhuma! E aí a coisa evolui para o quesito mais essencial, e dele saímos jumento, depois de nele entrarmos burro: “O que é a gripe suína?”, pergunta o boneco, e a Folha responde: “É uma doença respiratória causada pelo vírus da influenza A, chamado de H1N1. Ele é diferente do H1N1 totalmente humano que circula nos últimos anos, por conter material genético dos vírus humanos, de aves e suínos, incluindo elementos de vírus suínos da Europa e da Ásia.”. Ótimo, diz Manoel. E prossegue lendo: “A gripe tem cura?”, pergunta o boneco, ao que a Folha responde lindamente: “Tem tratamento.” Enter.
“Tem cura ou não tem, cacete?”, pergunta-se Manoel, e prossegue futucando: “Esse tratamento leva a alguma possibilidade de cura? Ou o paciente fica gripado suinamente pra sempre, como um aidético sob controle? Qual doença, aliás, não tem tratamento, levando ou não a uma cura? E os sintomas, quais são? Incluem uma tendência irrefreável e mesmo irresistível de emitir coinchos ou grunhidos na passagem da fase de incubação para o afloramento? Ou começa a querer emitir ‘óinks’ sempre que alguma pessoa assoma à porta de seu aposento?”, conjetura Manoel contemplando sua Maria toda curvas, toda graça lusitana, toda eficiência, e que lhe traz um delicioso capuccino enquanto ele se aprofunda nessa indagação. Ele não tem o impulso de grunhir, embora envolvido com estudar essa pinóia suína: apenas passa-lhe um frisson pelo vaso da concepção (o meridiano que começa entre os primeiros incisivos da mandíbula e desce pelo centro do tórax até a genitália) e sua mão se dirige automaticamente para os volumosos e formosos glúteos que o abateram à primeira vista. “Love at first sight!”, relembra Manoel aquele momento em que divisou atarantado as redondezas esculturais e abundantes de Maria, diante do que ele capitulou para sempre. Enter.
“Imprensa é uma merda em qualquer sentido ou padrão!”, fala para si Manoel, despertando do rápido devaneio que Maria lhe impôs com sua dela beleza de deusa. “Até porque, em qualquer parte do mundo, é proibido falar sobre determinado assunto, um tabu imposto por certo povo à Humanidade, o que põe em cheque a credibilidade de qualquer publicação. E, por se ver ludibriado pela reportagem da Folha sobre essa gripe fajuta, e depois de sacar que o Tamiflu, remédio específico para a gripe suína fornecido pelos EUA, já está sendo adquirido em grande escala no mundo inteiro, abarrotando de dólares, bilhões e mais bilhões, a trilionária indústria farmacêutica (em que se insere aquele sinistro Donald Humsfeld com seu lobby e sua sociedade na indústria que produz esse mesmo Tamiflu) que explora o mundo e especialmente os povos deficientes economicamente, Manoel desvia o olhar desse assunto estúpido. E dá de cara com outra notícia em que se manifesta a patológica parcialidade da imprensa, no Brasil muito bem exemplificada na Folha dos Frias, no Estadão dos Mesquita e, claro, no O Globo dos Marinho, além da Veja dos Civita etc. Em destaque, Hugo Chávez, o líder venezuelano. E, adivinha Manoel, “vem merda!”. Claro... Enter final.
Os ratos e/ou invertebrados da imprensa brasileira, seguidos de seus lacaios e bonecos, têm orientação das editorias para meter o pau no líder Chávez, e fica definido que ninguém pode se opor à orientação editorial monolitizada. Manoel observa que NENHUM JORNAL BRASILEIRO fala bem de nada que Chávez faça. Só se vê o líder sendo tachado de ditador, criticado de todas as formas, ridicularizado por ser sério e comprometido com o ideal bolivariano. Se fechou a Globo de lá, é condenado aqui sob a pecha de antidemocrático por ter “tolhido a liberdade de imprensa”. Ora, moluscos! A que liberdade de imprensa vocês aludem, hipócritas cínicos? Por acaso é possível emitir algum tipo de manifestação fora do que está RIGOROSAMENTE definido como sendo o permitido pelas editorias e pelos patrocinadores?? Por acaso alguém pode transgredir os rigidíssimos códigos que amordaçam a “imprensa” brasileira, impostores?? Pois ficamos assim: na próxima renovação do blog, Manoel vai abordar a Venezuela e o que fazem contra ela aqui, e todos os riscos que se avolumam a partir da sórdida política brasileira no cenário latino. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!!