sexta-feira, 31 de outubro de 2008

As desventuras de um lusitano imigrado

Frederico Mendonça de Oliveira

Ainda traumatizado pela disfunção erétil na última queca tentada com sua gentilíssima, alvíssima e rechonchuda Maria naquela tarde invernal em Lisboa, Manuel chegou a sua casita no arraialito entre as montanhas sul-mineiras e encontrou mais problemas ainda que os que deixara ao partir para sua viagem de avaliação urbanística consultando gênios de ultramar na especialidade. Ele, que voltou bastante confuso, agora realmente não podia entender o que pretendem os montanheses no arraial, especialmente por se negar a admitir que se meteu numa região onde crescentemente vai se instalando uma burrice e uma falta de honestidade sesquipedais... e que a grande maioria dos cidadãos adere ao que possa haver de pior em se tratando de coisas que compõem a vida em comunidade. Enter.
Começou a estranheza quando viu que o espaço passou a ser usado, pelas manhãs, como ponto de reunião de amas com fedelhos d'outros ventres, e mesmo com putinhos (meninitos, em Portugal) e as que os pariram de verdade. As criaturas se instalavam nos bancos a conversar e seguramente falar da vida alheia, especialmente das vidas nas casas das patroas – no caso das amas – ou dos problemas das amigas – no caso das mães de verdade. Os fedelhitos, por sua vez, se esparramam pela grama e por entre as árvores a gritaire como loucos, como se estivessem sob a ameaça de tomar uma pica (injeção) no cu (não é chulo, mas lusitanismo para bunda) ou levar pontos sem anestesia em algum talho feio. “Por que diabos estes putinhos gritam como que enlouquecidos de horroire?”, pergunta-se o Manuel com dor de cabeça gerada pela gritaria infantil. Chegou-se ao jardim e perguntou às criaturas adultas se não podiam conter a gritaria infernal dos putos, ao que foi recebido com desdém pelas recalcitrantes, como se fosse um louco inconveniente que estivesse incomodando a alegria alheia. Enter.
Mais impressionado ficou quando uma tarde verificou que chegava um maluquete de baixa estatura – todo baixinho é f*– comandando um bando de adolescentes e trazendo uma montoeira de balões amarelos que foram pendurados nas árvores para dar clima de festa. Demoraram-se por lá horas, fazendo um esporro dos diabos, especialmente porque algumas das raparigas subiam e desciam a passarela de patins, e gritavam besteiras umas para as outras, e aquilo estava virando um inferno. Acabou que se foram, os imbecis sem local para farra, e a calma voltou ao espaço. Dias depois, o mesmo baixinho meio abestalhado chegou com petrechos para brincadeiras, e reuniram-se dezena e pouco de crianças, e o sujeitinho conduziu brincadeiras como corridas de sacos, pique-cola e outras atrações – só que promovendo uma gritaria infernal entre os fedelhos estupidificados pela excitação. Esta sessão de gritarias começou às duas da tarde. Manoel saiu de casa às 18h30 e a coisa ainda estava ocorrendo. Pois Manoel ligou sua guitarra portuguesa eletrificada e tocou fados altíssimo, para fazer frente à algazarra infernal. Quando saiu, foi alvo de troças e acusações. Ignorou e seguiu seu caminho. Enter.
Numa terceira ocasião, eis que numa sexta-feira, chegava ele a sua casa quando verificou que chegava também o baixinho e outro bando de fedelhos todos fantasiados. Manoel gelou, mas ocorreu-lhe de ligar para um advogado amigo a quem tinha já relatado os fatos, e este advogado sugeriu que nosso herói fotografasse a reunião, para possíveis posteriores iniciativas. No que Manuel despistadamente tentou tirar fotos por entre a folhagem de seu jardim, viu-se alvo de vitupérios, insultos, vaias, o que o fez sair à rua e fotografar abertamente o baixote e os fedelhos todos fantasiados. O baixote até lhe dirigiu insultos diretamente, quando Manuel, subindo-lhe o sangue ao quengo, reagiu, perguntando ao baixote, às mães, e a quem pudesse ouvir, se eles não tinham o que fazer, se não tinham casas e se não tinham percebido que o carnaval acabara na quarta-feira de cinzas, que fora dois dias antes. Pois o baixinho e as cabeludas se reuniram num bolo de conluio, houve até quem perguntasse a respeito de o Manuel poder fotografá-los assim. E dissolveu-se a baderna. Enter final.
Semana que vem, mais um episódio de “As desventuras de um lusitano imigrado”, que deve ser lido, para maior desfrute de legitimidade, em sotaque lusitano. E viva Santo Expedito! Oremos, pois. Adeuzinho, gajos e saloias!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Urbanismo à brasileira*

Frederico Mendonça de Oliveira

Um certo bom português de nome Manoel, vindo lá das bandas de Trás-os-Montes, de onde os lisboetas dizem provir a tão decantada suposta burrice lusitana que os brasileiros gozam há séculos, estando aqui nas montanhas do sul de Minas tentando viveire feliz mesmo que sem o seu bacalhau, suas batatas, seu azeite e seu vinho degustados no clima em que os degustava por lá, deparou com uma certa praça pública que julgou ser algo de outra categoria urbanística que aquela que seus bons e velhos olhos de homem viajado conhecera até estes dias de balas perdidas, outra inovação brasileira que lhe causa certa estupefação. Enter.
Vendo que a tal praça causava uma razoável pendenga na cidade e mais especialmente entre os moradores que a cercam, resolveu dar um pulo a Portugal, mais especialmente a Trás-os-Montes, sua terrinha natal, para investigar se por lá poderia haver algo parecido com a inovadora pracinha daquele arraialito espetado nas montanhas sul-mineiras, especialmente porque o deixou muito intrigado a discórdia que cercava o inusitado logradouro em questão. Afinal, se agora estava envolvido com a terra para a qual emigrara, seria de bom alvitre que nada nesta sua nova condição de cidadão ficasse sem explicação razoável, e uma pesquisa pela Santa Terrinha de Portugal poderia pôr fim a este tão estranho enigma encontrado nas montanhas alterosas em que agora vivia. Enter.
Nada encontrou parecido por lá, nem na linda e velha Lisboa de outras eras nem nos diversos povoados que percorreu em busca de dar com os olhos em algo naquele estilo sul-mineiro. Pois ocorreu-lhe realizar uma pesquisa do tipo que os brasileiros chamam de ibope. Passou a indagar a seus amigos ibéricos a respeito da curiosa obra urbanística, e logo o admirou que falar da pracinha, descrevendo-a de início apenas por suas características, provocava reação semelhante com quem quer que ele falasse: primeiro, uma estupefação associada a incredulidade; logo em seguida, uma explosão de gargalhadas muito parecida com as que sucedem as piadas que contam no Brasil sobre seus patrícios. Pois deu-se que, no percurso de sua pesquisa, a questão se alastrou entre seus congêneres lusitanos como uma nova e impagável anedota, coisa que mais e mais muito o admirava – ele não entendia a razão de tanta hilaridade, pois apenas pesquisava uma característica urbanística sul-mineira, não uma excentricidade tal que levava os conterrâneos portugueses a tal reação. Enter.
Pois já começando a arrumar as malas de volta para o arraialito em que agora residia nas montanhas sul-mineiras, resolveu, para ver se entendia de forma clara e eficiente o enigma de falar sobre a questão causar tamanha espécie e tanta explosão de risos, buscar aconselhamento íntimo com a sua velha namorada Maria, com quem promoveu na mesma alcova de outros tempos uma sessão flash-back sobre alvos lençóis de linho perfumados de alecrim, e, claro, ambos em trajes de Adão e Eva... Enter.
A primeira foi ótima, e eles fumavam entre arrulhos com saudades do passado e já se iam excitando para a segunda quando nosso Manoel lembrou de abrir a questão antes de partirem pra nova queca (em Portugal, assim eles se referem ao ato de fusão de corpos). Pois eis que a Maria o olhou espantada e pediu que ele explicasse melhor que diabo era aquilo. Ele então falou, a contragosto e já meio que bufando de desejo, que “fizeram uma pracinha, no arraialito onde ele agora residia, que não tinha ruas em volta dela, uma pracinha que estava diretamente ligada às residências que a cercavam, e que os moradores se dividiram, uns contra e outros a favoire, e que por causa da pracinha saíram processos na Justiça e debates encarniçados no jornalito local que fez reportagem sobre a inovação, que quase saía porrada e que deu até censura a um certo moradoire tido como o encrenqueiro por não aderir ao cordão dos puxa-sacos” e tal. Enter final.
Maria explodiu em gargalhadas, e nada a fazia parar, e mais ria ainda ao ver o Manoel e seu bigodão enfeitando a cara chapada de estupefação, e mais ainda ao constatar que fora-se a excitação do parceiro, cujo membro caíra em disfunção erétil, encolhidito, e assim se encerrou a pesquisa do tipo ibope brasileiro que nosso Manoel foi fazer em Portugal. Voltou pro arraialito, e lá estavam a praça e a pendenga, e ele soube que o tal moradoire encrenqueiro jogou em protesto óleo queimado nos bancos da praça, e que nova polêmica acirrada rolava no jornalito local. Manoel ainda se perguntava por que seus patrícios riam tanto e por que o assunto tinha virado, na Santa Terrinha de Portugal, uma nova e palpitante... piada de brasileiro. E viva Santo Expedito! Oremos. ’Bye, babes!
* - Leia em sotaque lusitano, para melhor compreensão e efeito

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A barafunda é o estado normal das coisas

Frederico Mendonça de Oliveira

Semana de festejos de aniversário de um arraial do sul de Minas, e lá vêm os ícones da mídia de merda, indústria de bugres aos milhares por dia, “animar as festa”. No cardápio, pagode, breganojo e pop asinino. Em suma: imbecilidade em dose pra elefante nenhum ficar por perto. Assim querem os globalizadores: que sejamos o país – país?? Porra nenhuma! Isso aqui é apenas hoje um lugar, aliás quinto dos infernos!! – da imbecilidade generalizada, a barafunda onde os boçais sejam o padrão médio da população; sob eles, os mais boçais ainda; sobre eles, os menos boçais um pouco. E assim se estabeleceu a semana de festejos do arraial das Bagas, o município onde a corrupção é legalizada e festejada. Enter.
A população pobre simplesmente entupiu a praça central, onde os boçais cantantes, simples cavalgaduras canoras, apresentaram sua titica musical para semblantes abestalhados de tamanha estupefação midiática a que foram condenados. Um motoqueiro que fez entrega em minha casa disse que a praça estava tão cheia que não passava nem papel entre os presentes, de tão duro de gente. Falou isso com estupefação, como a questionar tamanha acorrência, e fiquei eu pensando com meus parcos botões sobre se isso tem reversibilidade algum dia. Enter.
Não, queridos incertos leitores: NÃO TEM MAIS. Para que tivesse, deveria ou descer dos céus um Cristo que não se deixasse mais crucificar e mandasse todos os cães globalizadores para um campo de concentração no inferno... ou que o tal planeta Xis viesse mesmo, não ficando só na profecias de Nostradamus e citações no Evangelho, até da letra cantada (??) pela patética e sesquipedal Cássia Eller. Porque depois que os seres são abestalhados, reduzidos a intelijumentos ou a macacos sem rabo, não há como desabestalhá-los. Enter.
Será essa aí a humanidade do Cristo? Deus nos livre! Adoradores de maratimbas e cajetilhas estúpidos (que por sua vez crêem mesmo que MERECEM o que lhes pagam e dirigem de idolatria) não podem mais, pelo menos nesta vida, retomar a consciência, porque já foram drogados por esse ópio maligno ao âmbito da irreversibilidade do estrago em alcance físico, mental e espiritual. Auscultei a abissal voz do povo, que hoje é a voz do diabo em todas as suas manifestações: Babalon, Belphegor, Baphomet, Mefistófeles, formas do mal em abomináveis entidades, e o que ouvi foi a sonoridade deletéria dessas manifestações infernais. Dizer que os que deambulam pelas ruas hoje são pessoas é no mínimo exibir doença mental: pelas ruas hoje circulam macacos sem rabo – que por terem perdido o apêndice caudal não conseguem mais voltar às árvores –, objetos vestidos do Sistema, bonecos palradores repetindo fórmulas verbais de que não conhecem o sentido. Como disse Lima Barreto lá pra 1915, “Se nós tivéssemos sempre a opinião da maioria, estaríamos ainda no Cro-Magnon e não teríamos saído das cavernas”. Pois voltamos a elas, sim senhores. A abjeção e a degradação chegaram a tal profundidade que andar pelas ruas hoje dá medo, mesmo em pacatos arraiais sem balas perdidas como este, que trouxe para seu aniversário de mais de cem anos três manifestações da mais refinada boçalidade que a história da canção brasileira registra. È pra sentar no meio-fio e chorar de... de... INDIGNAÇÃO DIANTE DE NOSSA IRREVERSÍVEL IMPOTÊNCIA DIANTE DE TAMANHA CANALHICE E DEPRAVAÇÃO INSTITUÍDAS EM TODOS OS SENTIDOS POSSÍVEIS E IMAGINÁVEIS!! Enter final.
Pois é aqui mesmo que se rasgam as leis, se defeca no direito dos cidadãos, se cospe na cara de pessoas dignas. Essa história já andou publicada, mas deixa isso pra lá, porque, embora Xenofonte defendesse que “as bestas se amansam com delicadeza”, me dou o direito de discordar disso, porque ele viveu tempo de bestas de quatro patas; hoje elas têm só duas, mas não há delicadeza ou violência que as detenha... porque tomaram o gosto da deformidade, do diabólico, do imundo, de tudo quanto possa haver de degradante e de porco! Em suas veias torpes corre pus, e só podemos pedir a Deus por essas monstruosidades vestidas que habitam a superfície do planeta neste lugar desgraçado e miserável chamado Brasil, “um país de todos”... os que forem patifes, canalhas, degenerados e imundos de alma e espírito. Bom proveito, cães degeneradores e seres amestrados por eles: a lei de ação e reação está em curso. E por mais que nos doa profundamente ver tudo isso, adeus!!! E viva Santo Expedito! Oremos. ’Té mais, babes!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

A morte de um gênio esquecido

Frederico Mendonça de Oliveira

Minha orquestra de violões e guitarras vai trabalhando comigo e
aprendendo coisas que jamais sonharia saber não fosse esse convívio
tão opositivo: eles quase todos teen, eu sessentão. Minhas aulas não
se limitam a fórmulas musicais e técnicas instrumentais e/ou teorias e
teorices: estuda-se a música em seu todo, sua evolução, sua
essência, estuda-se a vibração básica e essencial, a gênese do
som, a nota no espaço - quando passa um carro ou uma moto emitindo
uma nota, paramos para localizar a nota, o mesmo quando a cadeira
arrastada emite um som musical - e tudo que se relacione com música.
E adjacências, claro: a política mortífera imposta à música real e
a grana monumental investida nas formas sonoras miserabilizantes, desgraçantes,
regressivas e patogênicas. E foi numa dessas que lembrei Dorival Caymmi,
que morrera há dias. Enter.
Pois é. NINGUÉM sabia quem era Dorival Caymmi. Bem, dá pra entender:
são jovens perdidos num turbilhão de merda midiática e que só têm
referência de um passado musical recente pelo que pais e avós
mencionam, ou pelo que ouvem de viés, acidentalmente. Pois tratei de
cantar as coisas do velho Dorival para a turma, tudo garotada em torno
e abaixo dos 15, e foi assombroso ver como eles se abriram para a
realidade musical brasileira daquelas canções admiráveis que
trouxeram a Bahia verdadeira para o Sul ainda Maravilha. Impressionado
mesmo fiquei eu ao perceber que houve, por parte de adolescentes
púberes, grande assimilação daquela maravilha. Foi incrível cantar,
envenenando pesado a harmonia no violão e para pares de olhos vidrados
e profundamente atentos, canções como Dora, É Doce Morrer no Mar,
Marina, Suíte dos Pescadores e mais outros detalhes disso e daquilo,
inclusive lembrando Amazon River, do filho mais velho de Dorival, o
gênio Dori Caymmi, que vive coo que exilado em Los Angeles há mais de duas décadas.
E daí deu pra explicar coisas esquisitas como o completo
desconhecimento de um homem de tamanha estatura musical e da absurda
negação, por parte da mídia maligna dos globalizadores, de espaço
para trabalhos geniais e grandiosos como o de Dori Caymmi, o filho
ungido do velho baiano e um dos mais importantes compositores modernos
brasileiros, que figura no topo de nosso cancioneiro desde que este
existe como tal. Enter.
Pois é: o velho foi-se com quase 100 nas costas. Declinou
biologicamente, desfez-se deste corpo material com o qual viveu muito
bem tantos anos, e deixou este puteiro, de que falou Cazuza, com sereno
distanciamento, mas levou consigo toda a magia da Bahia que ele soube
ensinar aos brasileiros. Levou com ele as ondas verdes do mar, os
coqueiros e areias de Itapoã, a água negra do Abaeté, o vatapá, o
caruru, o munguzá, as moças do Jaguaribe que choravam de fazer dó,
porque a jangada que saiu com Chico, Ferreira e Bento voltou só... E
saiu sob uma incelença para entrar no paraíso, dando adeus aos
irmãos "'té o dia do Juízo". Enter.
O Brasil até foi cortado pela notícia, deu até durante um jogo de
vôlei da seleção do Bernardinho, com Giba e tudo, mas soou como um
pé de vento num deserto. O Brasil está desgraçadamente esquecido de
si, vitimado por uma alienação maligna, aquilo que era nosso povo é
hoje uma legião de quase duzentos milhões de zumbis... É que vigora
hoje a noção de que amar a pátria ou tê-la como valor é grave
perversão. "A burguesia fede", letrou o pobre Cazuza, mas falou
certo: a burguesia responde pelo estraçalhamento de nosso país e de
nossas vidas, porque ela é a classe dominante completamente curvada e
servil aos interesses dos globalizadores genocidas. Quanta
abjeção, quanta podridão, quanto excremento lançado sobre um povo
indefeso! Enter final.
O corpo do velho Dorival foi velado e enterrado no Rio, mas deveria ser
mandado para sua querida terra, teria de ser velado e enterrado na
Bahia, claro, como seu conterrâneo e contemporâneo Jorge Amado.
Estiveram ao lado de seu corpo uma meia dúzia de palermas da canção
brasileira, enfeiando a saída do grande ícone. Dori, que veio de Los
Angeles para enterrar o pai, soltou os cachorros nessa podridão toda
que vivemos. E não poderia ser diferente: deve ter doído em seu
coração de gênio ouvir os políticos falando de seu pai, desde a voz
roufenha e asquerosamente cínica de Lula até os César Maia da vida
bostejando asnices sobre algo que definitivamente não alcançam, mas
que até desprezaram sempre. Dori falou tudo - mas a mídia dos cães
deletou. É que a fala dele é pra gente, não pra zumbis. E viva Santo
Expedito! Oremos. ?Té a próxima, babes!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A música foi pro saco, e sem volta

Frederico Mendonça de Oliveira

Além de soterrada por formas sonoras deletérias e desgraçantes para mentes e espíritos, a música vai sendo esquecida e somente resguardada em guetos de onde jamais ressurgirá para desfrute da população em geral. É a instalação do império do Cão, tarefa que já teve como pontos de referência a crucificação do Salvador e a bombas atômicas em Hiroshima e Nagazaki, mais as intervenções no Afeganistão, no Iraque, mais o enigma das Torres Gêmeas (atentado atribuído à Al Qaeda, mas seguramente praticado pelos mesmos seres abissais que difundem o horror desde tempos imemoriais contra o cristianismo e contra as nações soberanas), tanto quanto o lançamento de todas as formas deletérias de prostituição das artes, da filosofia, do mundo cristão, e que hoje ressoam no Brasil através da explosão de Alcântara, dos atentados contra os vôos 402, 1907 e 3054 e outros, sem contar a explosão da P36, lembrando que esses cinco fatos que enlutaram o povo brasileiro FICARAM SEM QUALQUER EXPLICAÇÃO, revelando a sordidez e o sadismo genocida que por trás das cortinas orienta o despedaçamento do nosso agonizante Estado, e com o apoio de nossos “governantes”, lacaios dos globalizadores. Enter.
Isso rima com as letras dos petardos torpes “entoados” – seria mais correto dizer “excretados” – pela fauna do axé e quejandos, de que lembramos trechos calhordas: “E eu aqui, pulando, suando, cantando”, tanto quanto recebe sob medida a trilha sonora do breganejo que fala “Ela só qué coisá, só qué coisá” e tal. Pura matéria excrementícia para embalar a destruição de toda e qualquer instituição saudável dentro do corpo ainda vivo da já massacrada música brasileira – que já esteve, em tempos recentes, entre as mais importantes manifestações artísticas populares de todos os tempos. Basta dizer que Garota de Ipanema é a faixa que obteve o maior número de gravações da história da música popular no mundo. Enter.
Vamo coisá, gente? É o que resta, enfim, para os que ou entregaram seus cérebros e vidas aos ditadores do mundo, ou que tiveram seus cérebros e vidas suprimidos pela ação de intervenções desagregadoras que têm sido lançadas ininterrupta e febrilmente contra todos nós. E o pior é que a música foi transformada em instrumento prostituidor de mentes e espíritos, já que foi prostituída para essa finalidade. As legiões de seres que pulam e emitem sons guinchados diante de dupras e de “bandas” de axé, aliás legiões que somam milhões e milhões, muitas dezenas de milhões, são o mais importante material usado para impedir que a música real volte a circular. Está tudo tomado, senhores. E tudo isso tem um exemplo monstruoso como ilustração para a barbárie que já se manifesta justamente através das formas submusicais. Só quem tem conhecimento específico na área do que resta da música pode confirmar essa ação de bárbaros contra nossos pensadores musicais resistentes, dos mais humildes aos mais provectos guardiães do nosso conhecimento musical. E vale relatar essa ignomínia que todos endossam sem saber que apóiam um massacre fatal que mensageiros dos globalizadores praticam contra nossos remanescentes na área da música. Enter.
Em São Paulo, os donos de casas noturnas onde se reúnem seres em recreação não musical, ou apenas tendo bonecos fazendo “música ao vivo” como pano de fundo para conversas ocas em extremo padrão de alienação, oferecem seus espaços para músicos tentarem exercer sua função: tocar. Ou tem o boneco de violão tocado como a cara dele e “entoando” sucessos da malfadada emepebê ou tem a turma do instrumental tentando desesperadamente tocar, ou seja, executar em público seu conhecimento adquirido através de dedicação a estudos de forma sacerdotal. As cacatuas vestidas, desmusicalizadas até para além das pobres próprias almas, falam pelos cotovelos enquanto rola a função. Mas essa função tem um conteúdo porco, que passo a relatar encerrando esta sessão. Enter final.
Os donos de casas noturnas oferecem seus espaços aos músicos e aos menestréis da titica emepebística e quejandos. Só que cabe aos interessados em tocar e/ou cantar a responsabilidade de mobilizar público para ganhar através dos couverts (as bestas pronunciam “covér). Detalhe canalha: a casa arrecada 20% do total desses couverts. Não demora e estaremos tendo que pagar cachê à casa noturna para tocar. Melhor que isso, gente, só Lula de porre dizendo que “Há males que vêm pra bem” em pronunciamento público sobre a explosão em Alcântara, que matou TODA A NOSSA COMUNIDADE CIENTÍFICA AEROESPACIAL, JAMAIS ANTES REUNIDA NA BASE PARA COISA NENHUMA. Se você gostou, ou se não, o jeito é oceis coisá. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!