sexta-feira, 19 de junho de 2009

Manoel, o Senado e a zoeira no Irã

Frederico Mendonça de Oliveira

Como sempre bancando o engraçadinho espirituoso mas na verdade explicitando sua completa falta de decoro e espírito de conveniência em todos os sentidos, o histriônico “presidente” Lula costuma combinar o inusitado com o ridículo de maneira insuperável. Zanzando aí pelo mundo, enquanto que no Brasil a bandalheira ganhou categoria de instituição ampla e irrevogável, o “presidente” que o boneco Obama classificou de “o cara” (“Este é o cara”, disse o figuróide de plantão e boneco africanóide dos globalizadores aboletado na Casa Branca) apareceu nesta semana vestido que nem fantasia de carnaval em bailes do Municipal do Rio nos anos 50, como sempre com aquele riso oligóide e, aproveitando a fanfarronice, defendeu o arquicorrupto Sarney, que mais uma vez ganha as páginas de escândalos em âmbito nacional. O sempre bizarro Lula disse que “Sarney tem uma história, não é um ser comum, e que essa onda de denuncismo só vai fazer atrapalhar a vida nacional”, coisa por aí, desprezível como sempre em se tratando de fala de quem ocupa a mais alta magistratura nesse bordel em que o Brasil foi transformado. Falar em “alta magistratura” hoje, referindo-se à presidência da República (melhor seria “repúbrica”, e, como sempre, das bananas) é tão cabível como o pianista do PT, paladino da negação da ética, ser considerado intelectual, como aliás vem acontecendo, para provar que por aqui, e nestes dias de trevas, nariz de porco é tomada e que não existe mais diferença entre um pouquinho de macarrão e um porrão de macaquinhos. Pois não estamos de todo desprovidos, ainda, de gente digna neste país baldio e tão escrachado e esculhambado, além de depredado e saqueado. Enter.
O senador Cristovam Buarque, do PDT, rebateu a afirmação irresponsável e cúmplice que nossa “autoridade máxima” não se pejou de cometer, ou eructar, como quiserem (só que arroto é infinitamente menos desagradável do que as falas de nosso dirigente máximo), e disparou uma correção no teor safado apresentado pelo gaiato mor da nação, sem contar que com isso ainda lhe impingiu a pecha de apedeuta, revelando a todos tamanha obtusidade associada a não menos estarrecedora ignorância. Seguem as palavras do senador, contestando a fala cínica: "Eu creio que o presidente Sarney tem uma biografia, mas, ao ocupar um cargo, ele guardou a biografia e ocupou um cargo político. Nesse ponto, o presidente Lula talvez não tenha entendido bem. A biografia do presidente Sarney estaria absolutamente segura se, no dia em que ele entregou o cargo de presidente da República ao presidente Collor, ele tivesse ido para casa e virasse estadista aposentado. Mas ele não quis isso. Ele preferiu guardar a biografia para os historiadores e ocupar um cargo político" Bem, Lula, o bufo, não tem alcance intelectual nem moral pra tal consideração, muito menos para entendê-la, já que defende a corrupção de forma explícita e desassombrada. Ainda cuspindo maribondos em cima de toda essa empulhação e troca de blandícias entre os que chafurdam no poder e mamam vorazmente nas tetas do erário não escondendo a conduta que mais se enquadraria na orgia típica de uma deslavada súcia, Cristovam explica de forma clara que “o peemedebista deve ser penalizado se ficar comprovado que ele tem envolvimento no escândalo dos atos secretos editados nos últimos 14 anos na instituição”, segundo relatou – não se sabe como – a Folha. Cristovam sustenta que o pilantraço deve responder a processo no Conselho de Ética. Enter.
Manoel tem memória de elefante, muito treinada, e viveu com muita atenção e muita reflexão o período ditatorial no Brasil. Vivenciou Portugal sob Salazar, e tem sua experiência sobre ditaduras, nas quais correu sério perigo e das quais escapou mesmo não sendo militante. Então ele relembra o cínico Sarney, sardônico, debochando do povo brasileiro quando era líder do “governo” ditatorial naqueles tempos sórdidos, dizendo, toda noite, quando entrevistado pela reportagem da Globo sobre questões de Estado, que “nada tinha a declarar”, como se o povo brasileiro fosse merda sob as botas daqueles gorilas a serviço de forças de alhures. Pois eis aí o sujeito agora envolvido com corrupção escandalosa, deitando e rolando em benesses ocultadas ao contribuinte-pagante, e o “presidente” ainda vem defender isso, que explode como escândalo maior, que vem se desenrolando há 14 anos, fazendo de palhaços todos os brasileiros honestos! E eis aí um ex-presidente que ocupou indevida e inexplicavelmente a cadeira que seria de Tancredo, e que depois se tornou senador pelo Amapá, sendo ele coronel do Maranhão, envolvido com corrupção grossa, e prossegue sorrindo sardonicamente para as câmaras com aquele bigode entre ridículo e obsceno, e o povo que se arrebente. Enter.
É isso. “O Brasil está fadado ao abismo de há muito, aliás desde sempre”, chora intimamente Manoel, “e isso desde que Cabral aqui aportou, trazendo sem saber, em sua caravela, por determinação inadvertida de Dom Manoel, um representante dos globalizadores. E pensar que fomos nós que trouxemos a desgraça para o Brasil! Poucos historiadores sabem que a heróica travessia e a descoberta foram o de menos! O diabo foi aquela azeitona que veio dentro do empadão!!!” E hoje Manoel considera que está no Brasil para pagar o carma de ser um lusitano vivendo no país que Portugal, sem saber e sem querer, desgraçou! É isso aí, presidente Lula! Desestimule a denúncia de irregularidades! Pense no seu filho, que todos sabemos que está muuuuuuuuito bem de vida, ele que era um joão-ninguém que ralava como qualquer brasileiro trabalhador que carrega país e os parasitas dele nas costas! Defenda aquele que você tanto criticou em seus tempos de líder de oposição, ó marajá dos marajás! Enter final.
E a coisa vai fedendo no Irã, sob a intervenção internacional que faz com que uma eleição.marcada pela normalidade seja transformada, pela ação da mídia internacional dos globalizadores, numa farsa que não ocorreu. O que vale aí é que o presidente reeleito andou dizendo verdades indesejáveis para os donos do mundo, e a cachorrada foi levada às ruas para manchar a imagem de um país que se nega a beijar as botas de Obamas, Bushes, Clintons et caterva. A hora do confronto se aproxima, será inevitável. A Coréia já se ouriça. A Venezuela está de olho. E o Brasil chafurda na lama da corrupção e da miséria. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye , babes!