sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A barafunda é o estado normal das coisas

Frederico Mendonça de Oliveira

Semana de festejos de aniversário de um arraial do sul de Minas, e lá vêm os ícones da mídia de merda, indústria de bugres aos milhares por dia, “animar as festa”. No cardápio, pagode, breganojo e pop asinino. Em suma: imbecilidade em dose pra elefante nenhum ficar por perto. Assim querem os globalizadores: que sejamos o país – país?? Porra nenhuma! Isso aqui é apenas hoje um lugar, aliás quinto dos infernos!! – da imbecilidade generalizada, a barafunda onde os boçais sejam o padrão médio da população; sob eles, os mais boçais ainda; sobre eles, os menos boçais um pouco. E assim se estabeleceu a semana de festejos do arraial das Bagas, o município onde a corrupção é legalizada e festejada. Enter.
A população pobre simplesmente entupiu a praça central, onde os boçais cantantes, simples cavalgaduras canoras, apresentaram sua titica musical para semblantes abestalhados de tamanha estupefação midiática a que foram condenados. Um motoqueiro que fez entrega em minha casa disse que a praça estava tão cheia que não passava nem papel entre os presentes, de tão duro de gente. Falou isso com estupefação, como a questionar tamanha acorrência, e fiquei eu pensando com meus parcos botões sobre se isso tem reversibilidade algum dia. Enter.
Não, queridos incertos leitores: NÃO TEM MAIS. Para que tivesse, deveria ou descer dos céus um Cristo que não se deixasse mais crucificar e mandasse todos os cães globalizadores para um campo de concentração no inferno... ou que o tal planeta Xis viesse mesmo, não ficando só na profecias de Nostradamus e citações no Evangelho, até da letra cantada (??) pela patética e sesquipedal Cássia Eller. Porque depois que os seres são abestalhados, reduzidos a intelijumentos ou a macacos sem rabo, não há como desabestalhá-los. Enter.
Será essa aí a humanidade do Cristo? Deus nos livre! Adoradores de maratimbas e cajetilhas estúpidos (que por sua vez crêem mesmo que MERECEM o que lhes pagam e dirigem de idolatria) não podem mais, pelo menos nesta vida, retomar a consciência, porque já foram drogados por esse ópio maligno ao âmbito da irreversibilidade do estrago em alcance físico, mental e espiritual. Auscultei a abissal voz do povo, que hoje é a voz do diabo em todas as suas manifestações: Babalon, Belphegor, Baphomet, Mefistófeles, formas do mal em abomináveis entidades, e o que ouvi foi a sonoridade deletéria dessas manifestações infernais. Dizer que os que deambulam pelas ruas hoje são pessoas é no mínimo exibir doença mental: pelas ruas hoje circulam macacos sem rabo – que por terem perdido o apêndice caudal não conseguem mais voltar às árvores –, objetos vestidos do Sistema, bonecos palradores repetindo fórmulas verbais de que não conhecem o sentido. Como disse Lima Barreto lá pra 1915, “Se nós tivéssemos sempre a opinião da maioria, estaríamos ainda no Cro-Magnon e não teríamos saído das cavernas”. Pois voltamos a elas, sim senhores. A abjeção e a degradação chegaram a tal profundidade que andar pelas ruas hoje dá medo, mesmo em pacatos arraiais sem balas perdidas como este, que trouxe para seu aniversário de mais de cem anos três manifestações da mais refinada boçalidade que a história da canção brasileira registra. È pra sentar no meio-fio e chorar de... de... INDIGNAÇÃO DIANTE DE NOSSA IRREVERSÍVEL IMPOTÊNCIA DIANTE DE TAMANHA CANALHICE E DEPRAVAÇÃO INSTITUÍDAS EM TODOS OS SENTIDOS POSSÍVEIS E IMAGINÁVEIS!! Enter final.
Pois é aqui mesmo que se rasgam as leis, se defeca no direito dos cidadãos, se cospe na cara de pessoas dignas. Essa história já andou publicada, mas deixa isso pra lá, porque, embora Xenofonte defendesse que “as bestas se amansam com delicadeza”, me dou o direito de discordar disso, porque ele viveu tempo de bestas de quatro patas; hoje elas têm só duas, mas não há delicadeza ou violência que as detenha... porque tomaram o gosto da deformidade, do diabólico, do imundo, de tudo quanto possa haver de degradante e de porco! Em suas veias torpes corre pus, e só podemos pedir a Deus por essas monstruosidades vestidas que habitam a superfície do planeta neste lugar desgraçado e miserável chamado Brasil, “um país de todos”... os que forem patifes, canalhas, degenerados e imundos de alma e espírito. Bom proveito, cães degeneradores e seres amestrados por eles: a lei de ação e reação está em curso. E por mais que nos doa profundamente ver tudo isso, adeus!!! E viva Santo Expedito! Oremos. ’Té mais, babes!