sexta-feira, 25 de julho de 2008

Boçalidades do Brasil

Frederico Mendonça de Oliveira

Diretamente de Brasília, o amigo José Ronaldo trouxe novidades quentes. Uma, que anda se sentindo como que dançando com a irmã, porque tem bebido cerveja sem álcool para não descumprir a lei seca para motoristas. Pois quanto a mim, nessa onda, sinto-me como que tocando com outro músico, só que ele sem instrumento. Nosso grau de antanho se perde, a menos que vá eu a sua casa, onde ele pode virar seus imperdíveis copos e mais copos, e depois vai direto pra cama – e eu pro ônibus. Bem, isso não tem nada com as boçalidades do título, é apenas uma leve menção à boçalidade reinante no poder, que de repente resolve “moralizar” isso e aquilo envolvendo o povo enquanto que a classe dirigente deita e rola em tudo e destrói passo a passo uma nação que tem tudo para se emancipar – MAS ISSO NÃO PODE!!! Por que esses vigaristas engravatados não botam uma lei que os atinja no que eles têm de tão miserável e execrável? Querem ver só as gracinhas? Pois lá vai. Enter.
Comecemos pelos jogos da seleção de vôlei. Nossos atletas são verdadeiros mestres, dando banho de qualidade tanto individual como coletivamente. A macacada brasilis até comparece massivamente e se envolve, torce de verdade, mas o futum do peido na festa acaba se revelando: os boçais em coletividade vaiam os contendores na hora de eles sacarem, o que revela uma escrotidão ao rés da miséria. Não se vá querer da mente coletiva brasileira, contudo, qualquer tipo de reação positiva, se somos todos uns cornos em termos de país, governo, lei, poder constituído, meios de comunicação e tudo mais, embora valha mencionar os horrores envolvendo crimes e desastres forjados como aquele da TAM há exatamente um ano. Nossos chifres se entrelaçam volta e meia em episódios de barbárie e de desgraça de fazer tremer um babalon... que é o demônio que carrega na mão a taça de todas as abominações. Vão vaiar os congressistas, boçais! Vão vaiar o Gilmar Mendes e o Nelson Jobim, que soltam bandidos e dão habeas corpus pra eles confessarem crimes e não poderem ser presos! Desliguem a TV Globo, otários! Despertem! Em vez de vaiar jogadores visitantes quando sacam, e olhem que nós sempre os trituramos na quadra, às vezes de barbada, linchem os poderosos, babaquaras! Enter.
Pois é. O amigo já lembrado trouxe também duas putas boçalidades pra gente dar risada, mesmo eu fazendo a cabeça e ele bebendo sucedâneo. Uma, em relação à Justiça brasileira: o bandido Cacciola, preso lá não sei onde, deu entrevista sobre o que lhe pode acontecer aqui. Resposta: “Confio na Justiça brasileira”. Se ele confia, estamos FU! Ele deve ouvir as notícias sobre o Daniel Dantas e sobre a dupla Nelson Jobim/Gilmar Mendes. Pode confiar, ítalo salafrário, o cheiro de pizza já está no ar... Outra boçalidade: o Cacciola já estaria sendo punido, pois veio de classe econômica da TAM. Engraçado como tirada, claro, valendo até pelo absurdo, porque a TAM é glória brasileira, e o que sofreu de sabotagem até hoje não faz senão levantar-lhe a moral e exigir nosso respeito. Portanto, engraçado; mas injusto, se dermos um tratinho de nada à bola. Mas piadas não se perdem, e neste caso o amigo não está em jogo. Enter final.
Boçalidade é o que não vemos na tarefa de nossa admirável seleção de vôlei, em tudo o oposto dos mercenários de “nosso” futebol, aquele bando de mascarados que só serve pra mais e mais alienar a macacada de mais de cem milhões de aflitos sem rumo. Nossos voleibolistas são exemplo do que podemos ser, são a nata real do Brasil, são o Brasil que não nos permitem e que impedem que aconteça. E por hoje é isso: pára com essa vaia boçal, bando de midiotas! E viva Santo Expedito! Oremos. ’Té mais, babes!