sexta-feira, 11 de julho de 2008

O gosto e o som da nova população brasileira

Frederico Mendonça de Oliveira

Moro num bairro de classe média de uma cidade remota no Sul das Gerais. Na verdade, moro nas montanhas, portanto, entre montanheses. E a maioria deles, óbvio, falam “vô vim”, “vai vim”, “vou arrumar tudo pra você vim”, “ônti”, “antis de ônti”, por aí. Não é burrice, não: é bem mais do que isso. É falta de higiene em diversos aspectos, ressaltando-se que a condição de boiada imposta a esses seres parece que lhes agrada muito. É o que Louis Marchalko revela em seu “Os Conquistadores do Mundo – Os Verdadeiros Criminosos de Guerra”, livro estarrecedor que disseca a ação dos globalizadores desde bem mais de dois mil anos. Ele fala no projeto de uma minoria racial fanática visando transformar a humanidade em imensa boiada, para que funcione um único poder central e para tanto impondo um despotismo implacável. Só animais aturam isso, mesmo que alguns até se rebelem como bestas feras, e sejam, claro, exterminados. Enter.
Não é estranho, então, que essa massa de desmiolados sob efeito da mídia e de um poder o mais corrompido possível tenha hábitos dignos das cavalgaduras. Um dos mais eloqüentes sintomas dessa deformação coletiva é ver a absoluta dependência desses humanóides ao aparelho de TV. Os globalizadores operam livre, aberta e descaradamente entre nós, por saberem que os bovinizáveis são a quase totalidade nessa comunidade tupiniquim, e que são servis e completamente dúcteis, dóceis, ovinos. Os que entendem o que se passa nada podem senão pregar no deserto de almas cujos corpos contêm, em termos de massa encefálica, o quociente de intelectualidade de frangos de granja. Outra característica desses humanóides globais maleáveis à imposição do mais perverso e escroto subdimensionamento é ter ouvidos de latrina: só ouvem titica grossa, que é o que a mídia lhes fornece como dieta para emburrecer, e ainda agravam isso com o som abissal dos latidos de cachorros, que costumam ombrear com – senão superar em número – seus “donos”. No lindo bairro onde moro, chamado Jardim Aeroporto, costumo fazer tudo ao som de latidos dos incontáveis cães dos “vizinhos”: durmo, acordo, cozinho, como, lavo louça, discurso escatologicamente no vaso hoje assemelhado a uma tribuna do nosso Congresso, pratico o ato do amor, escrevo, pinto, esculpo, tudo sob o som de latidos de cães da vizinhança. Os “vizinhos” ou serão surdos mentalmente ou devem gostar dessa tão deletéria manifestação sonora, poluição que só dói em ouvidos não petrificados pela incessante matéria excrementícia despejada pelos meios de “comunicação”. Durante o “horário nobre” – tão nobre quanto um acasalamento de cães de rua –, a cachorrada entra em cadeia, e o tal Jardim Aeroporto vira, em espetáculo verdadeiramente pirotécnico, aquilo que já sabemos ser ele há muito tempo: o Canil Aeroporto. Isso é que é vida! Enter.
Então, se você quiser fazer parte dessa forma tão evoluída de civilização, pode “VIM” pro Jardim Canil Aeroporto, no Sul das Gerais. Você vai gostar, pode crer! É estupidez pra Leonardo ou Netinho nenhum botar defeito! Afinal, pra que se dar ao trabalho de aprender verbos e falar corretamente? Os animais nem mesmo falam, mas vivem aí, como nós, só que, à exceção das aves – que os brasileiros de hoje imitam no que tange a matéria cerebral, especialmente se aves de granja produzidas em série –, andam sobre quatro membros, para o que, aliás, as calçadas da cidade são bem mais apropriadas. Mas é fato que muitos seres que deambulam pelas ruas do arraial parece que tendem a se curvar para a frente de tal maneira que parece quererem voltar a pisar o chão também com os quartos superiores, para fazê-los de novo “dianteiros”. Aliás – de novo! –, quadrúpedes já estão quase todos, por efeito da mídia dos globalizadores, e parece que esta condição faz o gosto dos submetidos a ela. E tome Chitãozinho e Xororó mais Bruno & Marrone, aliás – de novo!! – preferências do indivíduo que ocupa a cadeira da “mais alta magistratura do País”. País?? Isso é país?? Isso é um curral de infelizes bovinizados! Tanto é que os globalizadores fazem aqui o que bem entendem. Só não sabemos como não mandamos soldados pra combater junto com os EUA para varrer o islã da face do planeta... Enter final.
E pensar que o Cristo morreu crucificado por nós!... Muito bem: a revolta dos elementos vai pôr fim a tudo isso, e o que sobrar aqui agirá em nome do amor. E, para encerrar, vale lembrar que, no idioma dos globalizadores, não existe a palavra amor. Sim! Não é maneira de dizer, não! A palavra amor não existe mesmo no idioma deles, podem conferir – se alguém souber que idioma é esse... E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!