Frederico Mendonça de Oliveira
Você está com essa porcaria de texto nas mãos ou diante dos olhos, portanto deve saber ler. E deverá estar pensando que sou o velho maluco já conhecido de todos os que palram “vai vim” ou “compania” ou “traz pra eu”. Considero até que sou maluco mesmo, porque me nego a degenerar como os que me cercam. Atualmente anda dando até medo estar entre estes que parece já terem voltado às árvores, só que a preguiça os mantém no solo. E assim vamos avançando, só que eu pra frente. O resto, pra trás. Mas esse texto desse maluco véio vai alugar você um pouco, você que talvez ainda lute por não cair em tentação, e só por isso é que ainda se obrigue a ler algo fora da crônica dos famosos. Veja nestas bem traçadas o que o espera e que vai pegá-lo desprevenido se não se dedicar a esticar suas antenas daqui para frente. Olhe só o que estão preparando no Oriente Médio. Enter.
“Os estados membros na OTAN e do CCG preparam um golpe de Estado e um genocídio sectário na Síria. Caso pretendam opor-se a estes crimes, ajam o quanto antes; façam circular estes artigos na net e alertem os vossos conhecidos. Dentro de poucos dias, talvez a partir de sexta-feira 15 de junho, ao meio-dia, os sírios que pretenderem ver as cadeias de televisão nacionais terão estas substituídas nas telas por televisões criadas pela CIA. Imagens realizadas em estúdio mostrarão cadáveres imputados ao governo, manifestações populares, ministros e generais apresentarão a sua demissão, o presidente el-Assad tratando de fugir, os rebeldes reunindo-se no coração das grandes cidades e um novo governo instalando-se no palácio presidencial”. E nada disso estará acontecendo. Você gostou? Pois é: eles vão gerar um golpe de Estado virtual, para contaminar as mentes dos sírios com imagens que formam uma “realidade” da qual a população síria, especialmente a de Damasco e das mais importantes metrópoles, não poderá se livrar. Que tal? Você deve estar dizendo “Que legal!” ou “Que horror!”: sei lá como anda seu bestunto diante da porcariada que os jornalões cospem sobre a “primavera árabe”, e é quase garantido que você esteja mais por fora que asa de penico sobre isso. O que você não sabe é que tal intervenção viola todas as regras das comunicações no mundo inteiro, considerado similar a invasão militar com mísseis, bombardeios e o cacete. Enter.
E você acha que regras vão valer agora? Vão é pô nenhuma! Estamos ingressando na era da barbárie escancarada, torpeza posta em prática na “modernidade” política internacional desde a invasão da Palestina por Israel. Essa “modernidade” começou quando das bombas de Hiroshima e Nagasaki e com o enforcamento do alto escalão alemão em Nürnberg – e você não sabia que é proibido por lei internacional execução de alto escalão de qualquer país, mesmo paizeco. Vemos massacres diariamente atingindo o povo palestino, tão diariamente como falam de Hitler e do holocausto na mídia, e a coisa fica sendo levada nesse “equilíbrio de teores”. Não é uma gracinha? Pois é: parece que minha sina é estragar o fim de semana alienado que todos pretendem pra si, mas me consola saber que ninguém é obrigado a ler estas bem traçadas (por que negar? Mal traçadas são as que escrevem por aí, não as minhas!), podendo simplesmente ir bater umazinha pensando na Sandy, na Xuxa ou na Galisteu, e haja ganso que mantenha o pescoço rígido numa dessas... mas tem a Libertadores, tem o Curíntians, tem o Faustão, tem muita opção para se livrar de minhas palavras nada confortáveis. Enter.
Quem toca esse ataque virtual à Síria é a OTAN e a CIA, dois endereços do demônio. E tem um gringo, Ben Rhodes, de procedência duvidosa – como sempre: teve Henry Kissinger, que na verdade é Abraham bem Elazar, e Zbigniev Brejinsky como secretários de Estado; depois, Condoleeza Rice, que na verdade é Yana Kolmer; entendeu o meu recado? –, no comando dessa treta monstruosa. Alá: “Esta operação, diretamente monitorizada a partir de Washington por Ben Rhodes, conselheiro adjunto da segurança nacional dos Estados Unidos, visa desmoralizar os sírios e preparar um golpe de Estado. A OTAN, que esbarrou no duplo veto da Rússia e da China, conseguiria assim conquistar a Síria sem ter de atacá-la ilegalmente. Qualquer que seja o julgamento sobre os atuais acontecimentos na Síria, um golpe de Estado poria fim a toda a esperança de democratização”. Você vê, tá tudo arrumadinho pra explicitar a terceira guerra mundial, que já vem desde mais ou menos 540 A.C., como você pode constatar no livro de Esther, do Antigo Testamento. Nessa data ocorreu o primeiro genocídio no mundo, uma terrível matança que começou na Pérsia de Assuero e foi terminar na Etiópia. Foram massacrados 75 mil em TRÊS DIAS, e não havia nem trem de ferro naqueles tempos. Morô? E a Pérsia de Assuero é hoje o Irã de Ahmadinejad, e a Síria apóia o Irã. Assim, você saca: a Síria não é forte como o Irã, e tomá-la significa deixar Ahmadinejad cara a cara com os algozes do mundo. Que ele, macho real, não para de denunciar como sendo o que são. Enter final.
Mais uma gracinha pra você. Alá: “Doravante, a midia já não se contenta em apoiar a guerra, ela a pratica diretamente. Este dispositivo viola os princípios básicos do direito internacional, a começar pelo artigo 19 de Declaração Universal dos Direitos do Homem relativo ao fato de ‘receber e difundir, sem consideração de fronteiras, as informações e as idéias por qualquer meio de informação’”. E, pra melar o fim de semana dos incautos, alá: “No direito, a propaganda da guerra é um crime contra a paz, o mais grave dos crimes, dado que ele torna possíveis os crimes de guerra e os genocídios”. Tá aí, bem. O negócio é tomar uma cerva e have a sexy weekend! E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!