sexta-feira, 27 de julho de 2012

Conteúdos bestificantes na Pindorama e alhures

Frederico Mendonça de Oliveira

Você deve ejacular ou ovular de prazer ao ver a Lady Gaga chegando a restaurante na Califórnia com as mamicas de fora, cobertas por um filó lá. Mamiquinhas, na verdade. Grande maravilha... mas é a Lady Gaga, e a turma até vai se descarregar sob a égide de Onã, que libido é coisa pra endoidar. Na mesma primeira página você dá de cara com o casal 20 Brad Pitt/Angelina Jolie e nem se pergunta por que diabos aquilo aparece ali, como se isso tivesse algum valor senão para os envolvidos naquele meio. O interessante é você pensar que ela, toda charme e perfumes, possa estar, no momento em que os dois assomam em ambientes festivos, emitindo gases com fragrâncias que nada lembram Coco Chanel... e é importante pensar que ali muitas florzinhas ocultas entre glúteos podem estar fazendo o mesmo. Inclusive Mr. Pitt, que tem tripas e come porcarias como todo mundo. E aí reside o mistério: as imagens não emitem fragrâncias nem há como vê-las. Então você é jogado no mundo da fantasia e flana por esses valores como beija-flor ou borboleta entre flores olorosas... e emburrece um pouco mais, que ninguém é de ferro! Enter.
A pergunta é: o que temos nós a ver com famosos de alhures? Na verdade, não interessa a ninguém nem os daqui. Por exemplo, haja saco pra ver a cara do idiotazinho Neymar com aquela crista, imagem que hoje você vê até em bunda de cachorro... embora valha considerar que é menos penoso do que ver as fuças dos imbecis Ronaldos, o Gaúcho e o Peidômeno. Putz!, pior ainda é ver os tipos emitindo suas vozes e “conceitos”... mas você não escapa. Aquele sorriso do Gaúcho doía quando ele estava auge. Em supermercados tinha até imagem do cara em tamanho real, era coisa de amedrontar topar com aquela boca sorridente parecendo um jacaré mal desenhado... mas é assim mesmo. Será que alguma pretendente a um golpe de maria-chuteira ficaria ensopada com ver aquilo? Bem, tem gosto e disponibilidade pra tudo nesse mundo de Telós. Você não há de querer que o mundo pare de retroceder no tempo e nos valores, afinal isso aqui é como esmeril pra amolar a faca ou a lâmina que somos. Mas, porra!, que decadência, que titica!, que miséria!! E a única forma de mais ou menos superar isso é imaginar, por exemplo, a Angelina Jolie fazendo totô e empesteando o recinto solitário com o futum de seus croquetes amorenados e quentinhos, ah!, consola a gente um pouco. Porque tem gente que acha que ela não faz isso ou que, fazendo, o trem não tresanda, mas perfuma o ambiente. Eu, hem! Enter.
Você está “filiz”, como diz a Bestânia? Eu estou, mas é porque na verdade eu sou. Mas fico bastante mortificado com ver o que estão fazendo com a verdade... então vamos falar de besteiras, porque não quero estragar seu sexy weekend. E já que falamos em Bestânia, vale uma historinha. Você sabe de onde ela vem, né? É de Santo Amaro da Purificação, belo nome de cidade mas que nos enviou esse filhote que, entre outras, canta mal pra cacete, semitonando, dividindo pessimamente, por aí. Um baiano de lá e que estudou no arraial onde me acoito há 28 invernos contou que a Bestânia é chamada lá de “o homem de Santo Amaro da Purificação”. Hohoho. A turma não vacila... mas foi um amigo que esteve em minha casa que revelou essa: quando a diva santoamarense vai visitar Dona Canô, a queapa (riu), ela vai de segurança a tiracolo e na casa da velhinha dorme no quarto que fora seu deixando o boneco armado do lado de fora, de guarda na porta. É mole? Por aí você vê que não só de Lady Gaga vivem os otários... e fiquei muito “filiz” de saber dessa história, porque já conheço a baiana, concebida espiritualmente em certa ilha grega, de outros carnavais, e não tenho coisa boa pra contar. Nenhuma: só ipissilones. De bom, acho que ela tem uma: ser irmã do Cae, um amor de pessoa. E o Cae, então careta, só estando sob efeito de algum bagulho forte pra fazer “Você é Linda”, maravilha de canção, para sua tão estranhíssima irmã. Pê que pê, vá ser diferente lá em Malabo! E agora que a velhice cobra a conta, a diva paratropicalista vai ficando meio pra pilotar caldeirões, credo! Pude vê-la de braços nus alçados, e o que pendia de seus dela braços não era nada sensual nem belo, caramba! Por falar nisso, e os milhões com aqueles vídeos dela declamando poesia? Parece que gorou o projeto, né? Sorte a nossa, bem! De novo: credo!!!! Enter.
E vai uma piada que o Belchior me contou. Quando a diva santamarense começou a aparecer na Bahia, davam-se festas em fins de semana nos apês chiques do Porto da Barra, e a onda era dizer pros convidados que “Maria Betãnia confirmou presença”. Numa dessas, saindo do banheiro, a cantora topou no corredor com um ex-caso, que sumira. E barrou a passagem da garota apoiando o braço na parede, enquanto dava uma dura na pobre. MB sempre usou vestidos longos cavados nos braços. E não depilava seus nada exponíveis sovacos. Pois nisso vem um baixinho bêbado da sala pra pegar mais uísque na cozinha e pede licença e passa por debaixo do braço da figura. No que passou, olhou pra cima, se voltou e agradeceu: “Obrigado, bailarina!”. MB, puta da vida, retrucou; “Eu não sou bailarina, sou cantora! Sou Maria Betânia! Por que você me chamou de bailarina?”, ao que o baixinho respondeu: “Porque só uma bailarina levanta a perna desse jeito...”. E sumiu atrás de mais birita. Já imaginou isso, bro? Bem, tá chegando a hora. Enter final.
Cara, seu weekend está nos trinques. Fique sabendo que Zezé di Camargo, Mirosmar para os amigos, fez festa na casa do Latino. E, claro, a latrina estava lá esperando bundas famosas nesse encontro em que o QI perde pro de frangos de granja. E a Hebe quer terminar seus dias nos braços de Sílvio Santos, Senor Abravanel pra os íntimos. E deu no Yahoo Notícias: “A primeira noite de Lindinalva ofusca Gabriela na novela”. Tirando a cacofonia (ofusCA GAbriela), a notícia é talvez a responsável pela redução de 10% na conta de energia. Você sabia? E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Uma geração vai saindo de cena. E o mal avança...

Frederico Mendonça de Oliveira

Na segunda passada, dia 16/07, bateu a caçuleta o magnífico músico Ed Lincoln, Eduardo Lincoln Barbosa de Sabóia de pia batismal. Nascido em Fortaleza em 31 de maio de 1932, de família nobre, com 19 anos mudou-se para o Rio, onde se impôs como gênio nos tempos em que se amarravam cachorros com lingüiça, ou seja, nos anos dourados de 1950. O Rio era lindo nesses tempos, e as favelas eram um contraponto sócio-cultural que reunia no máximo vinte por cento da população carioca. O Carnaval era na Rio Branco, saía da Praça Onze, e o morro descia pra mostrar seu valor – leia-se: samba! – no asfalto. Vivíamos a música através do rádio e do disco – a Globo ainda não invadira nossas vidas –, dos bailes e apresentações ao vivo, e o Lincoln estava sempre presente de alguma forma, e vivíamos entre o teatro e o cinema inocentes quanto a estarmos nos traindo, diante dos filmes de Hollywood, como seres incautos engrossando as forças que se opunham politicamente à Roma Católica. Era papa Eugênio Pacelli, o Pio XII, cuja memória hoje é criminosamente enxovalhada pelos mesmos inimigos – não só de Roma e do Catolicismo – que ameaçam o planeta e os povos desde os tempos mais remotos. Mas tínhamos uma vida bem melhor, inclusive baseada na esperança de evolução pessoal e social, e o Lincoln era uma referência no processo de beleza e força criadora que iluminava aqueles tempos. Enter.
Entrevado há talvez mais de ano, seqüela de um acidente que sofreu em 1963, quando de uma estripulia noturna num fusca, naqueles dias de glória do carrinho no Brasil de JK. Bateu num poste, o carro chegou a encostar a capota no próprio, Lincoln caiu no chão lançado do carro e deu de bunda no chão. Foi-se nisso a sua coluna lombar. Ficou sete meses de molho sob os cuidados do afamadíssimo dr. A. Ackermann, cujo nome vivia aparecendo em anúncios em O Globo. Estive na Clínica das Laranjeiras, de repente apareceu o doutor para uma checada no paciente e uma curtida com os artistas que sempre iam lá. Mr. Ackermann tinha verdadeira admiração pelo que acontecia naquele imeeeenso quarto de recuperação, pois até ensaios eles faziam. E a bandinha continuava fazendo os bailes já contratados, só que com pianistas substituindo o mestre. Um desses pianistas foi Tenório Jr., que vi pela primeira vez em palco no baile de formatura de minha garota de então. Quando adentrei o recinto do salão nobre do Fluminense, eles tocavam Nuvens, do Durval e Maurício, era algo majestático. Para suprir a falta do órgão, o Lincoln botou o sax do Paulo Moura em naipe com o trompete do Paulinho, e ficou lindo. Fui a esse baile dopado de remédios, pois enfrentava uma séria gripe complicada com sinusite e outras bostas, mas não perderia aquilo. Estava de cama há uma semana e saí do baile bonzinho da silva. O espírito do Lincoln e aquela música linda me curaram. Enter.
Depois do advento da Globo, adeus. Veio a MPB, ditadura da canção desde o início da década de 60, e tudo se esmerdeou como pretendiam os que manejam os cordéis do poder mundial. O Brasil se tornou um espaço ideal para a farra das multinacionais do disco, e todos os selos nacionais de gravação foram esmagados, ficando em plena ação as gravadoras envolvidas com o poder do Império: EMI-Odeon (UK), Philips/Polygran (Holanda), CBS, RCA, Warner (USA) e Ariola (Alemanha). O Lincoln tinha, com o Nilo Sérgio, o selo Musidisc, desativado por crescente falta de oxigênio resultante da asfixia imposta pelas gravadoras multinacionais. Chegavam também os Beatles, que você não sabe – nem eles sabiam! – terem sido produzidos pela Inteligência Britânica. Já o “fenômeno” Woodstock, responsável pela explosão do rock puxado pelos Beatles, foi organizado e produzido pela Inteligência Britânica em associação com a CIA, e tinha como um dos principais objetivos promover o lançamento do LSD para a juventude norte-americana justo quando uma parte desta se organizava através do movimento da New Left para peitar o stablishment. Eles não brincam em serviço não, e você já deve ter desconfiado disso... E o Lincoln, figura lapidar no cenário da música do Rio, foi sendo confinado junto com todos nós no gueto que nos restava. A canção ia à estratosfera: as multinacionais citadas fizeram do Brizêu o quarto mercado mundial do disco, enquanto inapelavelmente o samba ia sendo preterido pelo avanço do soul, do pop, gêneros que desde 1970 tiveram em Milton Nascimento o padrinho tupiniquim. Depois, o Gil virou o embaixador do reggae, logo ele, autor de sambas memorabilíssimos... e o Lincoln foi tendo de se contentar com um ostracismo feio, confinado em seu reduto de atuação, que então virou reclusão involuntária. Ninguém ia lá; ele não tinha, por outro lado, onde aparecer dignamente, tal a alteração no cenário. Enter final.
Mas você nem sabia existir esse Ed Lincoln, é fato. “Morreu? Antes ele do que eu”, você deve estar dizendo. O que você não enxerga é o crepúsculo de uma era em que o Brasil ainda era país. Com a morte do Lincoln o país vai um pouco mais para baixo da terra. Já foram Tom Jobim, Gonzaguinha, Luís Eça, Durval Ferreira, Paulinho Nogueira, Baden Powell, estão outros vários prestes a sair desta para a melhor, enquanto vamos vendo triunfar seres apresentando a mais horrenda delinqüência musical já imposta nesta desgraçada Pindorama. Mas não tema: Demóstenes Torres voltou a suas atividades em Goiás e abocanha uns quarentinha por mês (ainda precisa de acento, filólogos petralhas? Logo vai cair, né?), e mais adiante volta ao Senado “nos braços do povo”, hohoho! De nossa parte, resta o espanto e a preparação para a partida para o andar de cima. Aqui nesta merda fica o que há de pior em nossa História. Agora você pode se consolar com o Tchan Tchum, nova grossa titica alçada aos píncaros do sucesso via mídia. Você merece, dizem alguns, mas é hora de nos preocuparmos com a Galisteu não ter engravidado e com a Xuxa estar preocupando a Globo por ter caído geral na audiência. Das bestas, claro. E sossegue: amanhã de manhã o louro josé estará no ar... E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Demóstenes se foi, mas nada muda. E novas frescas...

Frederico Mendonça de Oliveira

Você deve estar maravilhado, babando, exoftálmico: Lady Gaga desembarcou em Los Angeles mostrando a bunda em público. Nada má – a bunda, claro: dá pro gasto. Isso foi na segundona. Ontem ela foi comer em restaurante oriental e apareceu mostrando os mamazinhos – mirradinhos, coitada, mas lá estavam bem visíveis os mamilos rosados. A turma do onanismo deve estar exausta de tanto afogar o ganso diante das imagens. E assim, trilhando essa avenida, você fica “por dentro”, participando da vida miserável desse planeta e esfregando titica na cara através da grande mídia. Vidão. O diabo será se um dia você der uma de Proust e se tocar do tempo que jogou fora chafurdando na merda comum que envolve toda a Humanidade. Já pensou? Bem, venhamos à Pindorama. Enter.
Um articulista da Folha debulhou em 12/07 as linhas que se seguem: “Muito mais acintosas e numerosas foram as mentiras de Renan Calheiros e suas vaquinhas milagrosas. Para refutar as evidências de improbidade, até documentos inverdadeiros Renan Calheiros apresentou no Senado, como notas de vendas, proporcionadas por seu pequeno e esquelético rebanho, para comerciantes que negaram as compras. Não há dúvida de que no rol de acusações a Demóstenes Torres há afirmações infundadas, e não por equívoco. Certo fato verdadeiro é, porém, suficiente para comprometer a conduta do então senador. Trata-se da entrega, que lhe fez Carlos Cachoeira, de um telefone pretensamente protegido contra gravações alheias. Neste ato estão implícitos dois reconhecimentos pelo contraventor e pelo senador. Um, o de risco de investigações por grampo telefônico; outro, o da necessidade de segredo das conversas entre eles. Logo, a iniciativa de Carlos Cachoeira e a aceitação por Demóstenes Torres são bastante sugestivas. E, se o contraventor tinha motivos para a providência, um senador não poderia tê-los”. Bem, ganhei um tempinho transcrevendo essa, mas é fato que, saindo Demóstenes e permanecendo no Senado abacaxis mais que podres como Renan Calheiros, Romero Jucá, e se mantendo na presidência da Casa o homem-lepra Sarney, paradigma da desgraça política no Brasil, o careca de óculos e cara de panqueca entra para a história como um boi de piranha ou um artifício para manter a atenção das bestas azumbizadas deambulantes presa nessa patuscada. Enter.
Foi-se o Demóstenes. E daí? Tudo prossegue podre, esculhambado, degenerado e degenerando mais ainda. Não se salvou senão uma cadeira, que deve ser ocupada por bunda tão ou mais venal que o gimnocéfalo goiano. No Executivo só vemos falação sobre tudo, mas o País prossegue se deteriorando em todos os sentidos. Tudo parece artificial, inconsistente, absurdo, até. Num país em que o idioma vai abaixo do esgoto, reunir um festival literário parece brincadeira... É como fazer um congresso sobre liberdade na URSS de Stálin ou na China de Mao. Ou falar de Direitos Humanos em Israel. Afinal, onde vamos parar? Será que Deus prepara um despedaçamento final em que a bestialidade será o grande princípio e os homens honestos terão de brigar por um balde d’água, em combate mortal, com os que desperdiçaram água às toneladas durante suas vidas porcas? Será que, como disse o Galbraith, nos veremos na guerra final combatendo com paus e pedras – afinal, as belezocas brazucas como Márcio Thomaz Bastos nos desarmaram... – e mesmo a unhas e dentes contra monstros abissais a quem foi conferida a aparência de humanos? Enter.
Mas nem tudo se perdeu. A tal de Maria Paula (de que, aliás? Que fez ou faz essa moça?) saiu de minissaia e apareceu sua calcinha preta quando ela se curvou para beijar uma amiga. O fotógrafo clicou no susto e saiu essa merda rala em primeiras páginas. Estavam com ela a filha, de uns dez aninhos e um garoto de uns quatro no carrinho de bebê. E de chupeta na boca, o coitado... O link está disponível no fim destas mal traçadas. Com isso ganhamos a semana, e o Brasil melhorou a mil nos aspectos social, educacional e econômico. Claro, só não melhorou no plano moral: a cara de bolacha e o bigode nojento de José Sarney prosseguem emporcalhando qualquer cena dos poderosos em fotos na mídia. E Dilma nada pode contra essa corja de sevandijas imundos e depravados que pulula assanhada nos três poderes e alhures. Coitada... não sabe o que a espera. Logo em agosto vai rolar uma simulação de convulsão institucional, tipo uma bela paralização rumo a um colapso operacional na estrutura de poder. “Quem com porcos se mete farelo come”, dizia minha avó. A pobre da Dilma, pior do que precisar, depende dessa vara de porcos instalada em Brasília. Prepare pois seu coração, porque você vai ver a “presidenta” rebolar (sem suíngue, claro: eles não sabem sambar...) feio, e vai sobrar pra você, claro. Enter final.
Bem, irmão, prepare lenços de papel. Pode ser até um rolo de papel higiênico aromatizado, imitando pêssego. É que sob a sigla “Saúde” na Folha de hoje veio a notícia: a barbie geriátrica Hebe Camargo, que já deveria estar recolhida a seus aposentos, baixou hospital de novo. Você, só de ler isso, já deve estar de lágrimas enchendo os olhos. Ora, velho: o corpo é falível, passageiro, precisa voltar ao pó para voltar à carne mais adiante, quando chegar a hora de voltar pela senda do aperfeiçoamento. Sei lá se você alcança isso. Mas é: a flatulenta Hebe não quer evoluir; esse patamar de miséira que alcançou é a felicidade total. É o desejo materializado. Então ela não quer Deus, quer satisfazer seu desejo estúpido, quer se manter barbie perante legiões de imbecis babosos. Quer se imortalizar encarnada, quer se impor à Verdade. Pobre infeliz!... Mas não há Pitangui que a livre da feiúra braba que logo virá, e aí talvez ela veja Deus. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
Ah! Temos novidades sobre um enfrentamento nosso com certas togas… Logo você verá!

http://f5.folha.uol.com.br/celebridades/1119095-de-vestido-curto-maria-paula-se-abaixa-e-deixa-calcinha-a-mostra.shtml

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Foi miragem ou Mirages mesmo? Você viu?

Frederico Mendonça de Oliveira

Foi sensacional, e há muito tempo não acontece nada tão significativo em nossa reprimida pátria, aviltada há quase meio século (desde antes de 1964, quando Moscou mobilizava seus bonecos aqui tentando tirar o pirulito da boca de Washington) e a cada dia mais estupidificada e corrompida, ai de nós. Tirando uma bravata envolvendo aquele boçal Aureliano Chaves, que teria mandado dois caças a jato F5F Northrop da FAB ao município sulmineiro de Três Pontas, também reduto da toada pop de Milton Nascimento e seu rebanho de fervorosos devotos, estamos sem fatos relevantes há meio século. Não se sabe exatamente o que foi aquilo, se foi loucura do Aureliano ou o oposto, isto é, os gorilas dando um tranco no estúpido fazendeiro trespontano. Mas o que ocorreu no domingo e vimos na TV na segunda não foi mole: um Mirage deu um rasante sobre o “Supremo Tribunal” e estilhaçou as vidraças do prédio, foi quase tudo pro chão. Outro Mirage deu um rasante sobre o “Congresso”, também estilhaçando boas vidraças. Você não terá visto, porque isso não recebeu espaço devido: a mulher do Tande, a “atriz” Lisandra Souto, disse que “ele não foi bom marido”; teve também a mexeção na merda que foi o fracasso da estréia da burraldinha Fátima Bernardes; tem Shakira, Madonna, isso é o que eles publicam. O ato militar foi devidamente abafado, mas, em meio à densa enxurrada de besteirol nas primeiras páginas dos jornalões, alguém entreviu o grande valor político do fato. Serei bonzinho com você, vou relatar o fato até com detalhes e aprofundarei a questão. Enter.
Primeiro, era um domingão brasiliense, rolava cerimônia de troca de bandeira, a aviltada flâmula maçônica tão lembrada em eventos esportivos. Acontece que aquele 1/7 também marcava os 60 anos da criação da Esquadrilha da Fumaça (a própria, não a da turma do jererê, esta grafada com minúsculas). Muita encenação, como se fôssemos mesmo nação, toda aquela pantomima falseada com fantasias e adereços, marcha, toque de corneta e o cacete. No ar, os Tucanos faziam aquelas coisas, inclusive traçando com fumaça um coração no céu – deviam fazer é a imagem daquele gesto do dedo médio...– e outras evoluções, já manjadas. Brasília, enfim. Pois eis que vinham dois Mirage e também um Lokheed Hércules C130 abastecendo dois F5F. Os Mirage, talvez pra começar a se despedir de uma longa boa vida, décadas de ócio, resolveram também se manifestar naquela manhã. E foi o que vimos: vidraças do “Supremo” vieram abaixo sob a ressonância aerodinâmica emitida pelo caça, enquanto outro cutucava o “Congresso” deitando vidraças de 28 andares daquilo ao chão. Você pode ver isso como vaca vê trem passar, ou seja, não sacando bosta nenhuma. Mas não é por aí, não. Se você não distingue cheiro de bosta de cheiro de rosas, não quer dizer que as duas coisas sejam iguais. Aprofundemos. Enter.
Quem pilota um Mirage? Consta que os pilotos desses caças são majores – oficiais de estado-maior, portanto. E profissionais de admirável preparo em todos os sentidos. Eles não dizem “vai vim”, certamente. E, claro, esses militares sabem perfeitamente que estrago um rasante pode fazer. E não dão rasantes por diversão... Vendo as imagens, comentei que parecia um sério recado aos bandidos que infestam os três poderes, simbolicamente ali reunidos na encenação já rotineira de cerimônia oficial. No “Senado” rola a patuscada envolvendo quase todo o Congresso, a “CPI do Cachoeira”, que desnuda a imundície de nossa “classe política”; no “Supremo”, suas excelências se preparam para o corredor polonês que enfrentarão quando julgarem outros sevandijas, os enrascados no “mensalão” – e o “Supremo” jamais se vira “antes neste país” sob o olhar implacável da população pensante que quer ver rolarem as cabeças desses quadrilheiros. Pois os pilotos dos Mirage quebraram os vidros dessas duas bocas de banditismo e conchavos. Enter.
As Forças Armadas estão sem combustível pra fazer funcionar quase 80% de seus equipamentos; falta comida, os soldados estão indo comer em casa!; o soldo anda mais por baixo que tapete de porão: dizem até que um ascensorista do Senado ganha mais que um piloto de caça ou um comandante de destróier; e as FFAA estão sob o comando de um civil – que não distingue um fuzil de uma cartucheira –, sob humilhação inédita em nossa história. Os rasantes foram, sim, um “presta atenção!”: foi consciente, uma tomada de posição revelando o pensamento e a revolta da maioria esmagadora dos militares. O silêncio deles pressagia uma explosão, e esses majores deram a pista de que a putaria petista está muitíssimo além dos limites do suportável. Enter final.
Você considera a Dilma capacitada pra resolver isso? Veja bem: a coisa já fedeu, agora é mexer na merda – não como falaram José de Abreu e Paulo Betti naquele encontro com Lula na casa do Gil no Rio, em que o charangueiro do PT Wagner Tiso se consagrou revelando sua idéia sobre o que seria ética – pra limpar o País, não para chafurdar nela como fazem os bandidos que dominam o Planalto. O que falta à Dilma é real autoridade: ela pode ter sido eleita, mas... que eleições são essas que ocorrem aqui? Expressam, por acaso, os reais anseios dos eleitores? Pior: Dilma conseguirá – ou tentará – botar ordem na zona viva em que se transformou a vida pública no Brizêu? Não e não: Dilma ocupa uma sinecura, apenas., embora cumpra uma agenda farta. É um boneco. E bonecos não agem, são manipulados. Os Mirage não foram miragem: talvez esteja chegando a hora de expressar por atos a rejeição a essa putaria que explode no poder. Corrupção desenfreada no poder civil e merda pros militares?? Tá bão isso não... e não vemos como esse barco não afundar. Tá chegando a hora, você não acha? E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!