quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Ei! Já que nos assumimos palhaços...




...vamos prestigiar os que nos impuseram essa condição por escolha deles e aquiescência nossa. E basta parar por um minuto e pensar no que nos cerca para constatar que não é preciso mais contratar um novo Bozo para a TV: temos circo e palhaços ao vivo e a cores 24 horas por dia onde quer que estejamos, pois o povo brasileiro se permitiu ser um bando de histriões entre si. E os protagonistas nisso, claro, somos você e eu mais os outros quase duzentos milhões de energúmenos que apinham as ruas em blocos de Carnaval “pura alegria” e pagam milhões à Globo a cada paredão naquele Big Brother infame e depravador. Como disse o Gonzaguinha: “Nós, os milhões de palhaços/ Nós, os milhões de arlequins”. E você não escapa dessa... Vamos a isso, brother, é divertido... Enter
O Supremo Tribunal Federal condenou os bandidos do mensalão, aqueles salafrários cínicos, fuziláveis em qualquer país menos porco e miserável que esta Banânia, e pronto. Vão pagar a pena? Nããããããããão.... Estão todos aí, lampeiros, criticando a Justiça – que para eles foi mais que mãe... – e até agitando suas hordas buscando inverter o conteúdo das sentenças brandíssimas exaradas por suas excelências naquele tribunal complacente. Deveriam já sair daquela sala algemados direto para a Papuda ou para qualquer xilindró, mas qual! Continuam soltinhos da silva por aí. O abjeto Genoíno ainda ousou assumir como suplente de um outro fariseu, que, parece, ganhou eleição por aí. E a cara da turma vai se abundeando, mas é isso: condenado pela lei assume cargo de legislador. Somos burros, palhaços ou suicidas? Por que não se mobilizam internautas como contra o verme Renan para pegar esse patife que inaugura no País a condição “condenado empossado”? Somos mesmo umas lindas gracinhas de estupidez e inépcia social e moral... Enter.
Para o ato público visando trazer às ruas a rejeição ao novo “presidente” do “Senado”, compareceram oito gatos pingados. Pois para os blocos de Carnaval compareceram milhões, multidões jamais vistas nas ruas das capitais. E é justamente isso que mantém o statu quo: nem precisa mais de pão, é só carnavalizar o País e deixar que o povo pule nas ruas, nada mais. Assim se consolidam as discrepâncias que nos ameaçam a identidade como povo e País. Investimento em Educação e Saúde é assunto remoto para qualquer pauta em qualquer setor de poder. Mas trazer a Copa e as Olimpíadas e a partir disso investir bilhões em estádios e infraestrutura é perfeitamente possível, especialmente pelo que isso engendra de lucro e gatunagem para corruptos e continuidade de poder para sudras engravatados. O viaduto chamado de Elevado do Joá apresenta sinais gritantes de fadiga estrutural e infiltrações de aparência assustadora, cara de coisa que já está a ponto de desabar a qualquer momento. Então parece que a turma está esperando que a merda caia na cabeça de infelizes que estiverem passando por lá pra então produzir comoção nacional, tema para noticiários, falação e gritaria. Claro, para que tudo continue exatamente como está indo. Você não acha isso genial? Eu acho simplesmente infernal, coisa de demônios assumidos. Mas é assim que “funcionam as coisas” neste país constituído quase que exclusivamente de boçais. Existe a “boa índole do povo”, existe o “mito do homem cordial” e tal, vemos nossos índios submetidos e mesclados a nós e permanecendo ignorados como etnia e como povo, como cultura e como nossa gente real – e fica desse tamanho. Vemos o negro misturado ao povo hegemonicamente branco, vemos a mestiçagem temperando o poviléu, mas o negro permanece inferiorizado e relativizado, a despeito de iniciativas cretiníssimas de mascarar essa ignomínia histórica. Mas o que importa é estarem todos obedecendo ao modelo político vigente. Nada de marolas, nada de sublevação, apenas aprender a conviver com o novo Exército Brasileiro, o do crime e do tráfico. Bala perdida? Ah!, Deus é grande, isso é pros outros... e assim o Brasil mergulha no abismo da História e ingressamos na era tenebrosa da completa incerteza puxada por iniciativas vendendo o peixe podre de sermos país mesmo. Forjam uma realidade que esconde a verdade: somos
um povo desgraçado. Mascaram-se fatos, acochambra-se o curso real da vida... até que um dia Deus fala grosso. Aí será tarde, irmão! Quando será? Enter final.
Topamos com coisas imundas a todo momento, e aturamos a falsidade deslavada. A Veja, na edição de 17/10/2012, traz anúncio à página 113 com o seguinte cabeçalho: “O futuro do Brasil começa na sala de aula”. Logo abaixo dessa piada escrota e criminosa, seis fotos. Professores jovens com alunos em salas de aula super incrementadas, jovens  reunidos tocando violão em sala, parece Primeiro Mundo. Logo abaixo, pregado à última foto, um botton com os dizeres “orgulho de ser professor”. Texto abaixo das fotos: “Uma homenagem a quem trabalha por esse futuro todos os dias”. Sob isso, em letras vermelhas, “15 de outubro, dia do professor”. Sob isso, o crédito da “realização”: Fundação Vitor Civita, com a marca da Abril, aquela arvorezinha, e, logo abaixo, a logo da Gerdau. No rodapé dessa página escarnecedora, os “parceiros” da “campanha”: Abril Educação; Comunitas; Educar para Crescer; Fundação Itaú Social; Fundação Roberto Marinho... e uma imagem bem petista: uma bandeira brasileira aberta como se fosse um caderno tendo sob a imagem o lema “Todos pela Educação”. E há quem engula isso, o conto de que existe mesmo algo real, mas o que propomos é que você arrume bem seu narizinho de palhaço, meu, porque todos os que figuraram nessa página demoníaca são justa e exatamente os maiores inimigos da Educação nesta pocilga em que nos acotovelamos a cada dia mais enlameados. Brasil, um país de fimícolas. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!

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