sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Empresas serão, todas elas, quadrilhas?



Você deve ficar emocionado ou abestalhado quando vê uma empresa como a Cemig dizer que fornece “a melhor energia do Brasil”. Primeiro, sob que critério isso pode ser afirmado? As outras fornecedoras concordam? A Light, do Rio, a CESP, todas elas calam diante dessa afirmação que parece puro cabotinismo, propaganda enganosa? Ou o negócio é não dar atenção a essas coisas e ir em frente tomando no rabo como todo mundo – ou quase todo mundo? E pergunto isso porque estava pesquisando mensagens recebidas e já excluídas, para limpar a caixa postal, quando um pico de energia desligou tudo e logo voltou a energia, e o palhaço de merda aqui teve de esperar a reiniciação do bendito computador pra continuar sua atividade. Esperei, claro que putíssimo da vida por dentro, xingando esses bandidos dos nomes que eles merecem realmente ter, e eis que abri tudo de novo, reabri o que estava começando a ver e... nada de internet: fiquei sem. Enter.
Se essa quadrilha de nome Cemig se diz fornecedora da “melhor energia do Brasil”, gostaria de saber por que ela diariamente dá essa de pico, interrompe o fornecimento e volta um segundo depois. É isso a tal melhor energia? Morei 37 anos fora do arraial onde hoje me acoito, e era raro aturar isso. Nem me lembro de coisas desse tipo, lembro de outras, mas não eram constantes, eram “às vezes”. A gente se sentia menos corno. Tinha outros problemas, claro, falta d’água – que os cariocas escolarizados falavam assim mesmo, com essa aspa viva, tanto quanto se pediam copos d’água; hoje, as bestas pedem “um copo de água; ao me pedirem isso, digo que tenho copos de vidro, de barro, de plástico e de alumínio; de água, não... e os animais nem entendem, ou “entendem” com o rabo... –, inflação desenfreada, uma corrupção que, comparada aos dias de hoje, parecia piadinha de Jardim de Infância, e outras coisas mais. Só que você podia reclamar com alguém se sua conta vinha errada; hoje, tudo vai ficando bem diferente... Enter.
Por exemplo: nos bons tempos da Bossa Nova, naqueles dias em que ainda não nos chegara a praga Roberto Carlos/Rede Globo, coquetel de dois flagelos comparável às piores epidemias – porque esses dois aí matam inoculando seus teores mas deixam os zumbis vagando por aí... e às dezenas e dezenas de milhões, podemos até dizer centenas mais algumas dezenas de milhões. Roberto Carlos e a Rede Globo instituíram a era da indústria dos mortos-vivos –, o telefone era um canal de comunicação entre pessoas físicas e jurídicas, e deu até samba surrealista (“eu já estou desconfiando/ que ela deu meu telefone pra mim”), sem contar que embalava romances consistentes, conduzia lindas trocas de palavras cheias de ternura culta – ou, pelo menos, alfabetizada – e não existiam ainda secretárias estúpidas submetendo-nos a interrogatórios puteantes. Pelo contrário, falar com a secretária de uma empresa tinha até um glamour, elas eram um fator atrativo que esquentava as tarefas com um pré-contato magnético. As empresas eram como o futebol daqueles tempos, tinha arte e gente até lida e portadora de “humanidades” no meio da coisa. não tinham as macacas de hoje, que falam artificialmente como bonecos e são “preparadas” para submeter o idiota que se arrisque a tentar falar com os “chefes” ou os merdas que forem. Exceção para um jornal de Formiga, O Pergaminho, que prima pelo bom atendimento por parte de suas secretárias e funcionários em geral. Mas se tento falar com o Nêumane no Estadão ou com o Faro ou o João Marcos Coelho na Folha, ai de mim!, vou aturar seguramente aquilo de “Quem desejaria?”, me obrigando a me identificar, para depois gloriosamente a voz titica do outro lado dizer: “ELE NÃO SE ENCOUNTRA”. Diante do que, claro, parto pra esculachar: “Ele está precisando de ajuda psicológica?”, e se de lá a asininazinha cair do cavalo dizendo desconcertada que não, eu digo: “Se ele não se encontra, posso ajudá-lo a se encontrar, se achar”. É pra Salvador Dali... Enter.
E assim caminha a “Humanidade”, instituição que me nego a integrar se for isso que vagueia por aí. As empresas vão dominando a vida geral, os homens têm de se submeter a elas pra tudo. Claro, quem as comanda – não só as bestas visíveis atrás de mesas de presidentes ou diretores; aliás, essas bestas só fazem cumprir ordens “de cima”, não são patrões nada, são paus mandados também – sabe muito bem que todas elas juntas estão sob um cockpit que dirige o planeta. Vide a Comissão Trilateral: um lobby de empresas instaladas nos EUA, Europa Ocidental e Japão passou a exercer a condição de “governo mundial”, porque todas elas rezam pelo mesmíssimo credo, e por trás delas está o capital intervencionista que se dinamizou posteriormente sob o conceito de “globalização”. Em suma: uma grande empresa funciona como quadrilha ou gangue detentora de parcela do domínio mundial. Você gostou? Bem, vamos com isso. Enter final.
O mundo já era, e não poderia ser de outra forma. A bestialização promovida pelo governo invisível do complô das empresas – que só pensam em vender, mas na verdade o que fazem é estabelecer um domínio sobre os seres e subjugá-los. Isso é coisa de quadrilha. E quem está no comando desse lobby? Ganha um pirulito azul sabor gabiroba (pode ter, também, a opção de sabor sirigüela) quem responder, no espaço dos comentários, quem manda no lobby mundial das empresas. Não é pra qualquer um responder a isso, até porque a maioria dos zumbis deambulantes submissos mentais ao louro josé e ao biguibróder nem sabem do que estou/estamos falando. Olham pra isso como vacas vendo passar um trem bala. Aliás, resultado da ação desse mesmo lobby: a burrificação é um statu quo a ser imposto, para transformar os católicos em consumidores compulsivos. É a ação da quadrilha mundial das empresas. Mas volto à pergunta: quem manda nesse lobby? É um efeito? Então tem uma causa. Pense nisso. E atenção com sua vida. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!  

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