...vamos prestigiar os que nos impuseram essa condição por
escolha deles e aquiescência nossa. E basta parar por um minuto e pensar no que
nos cerca para constatar que não é preciso mais contratar um novo Bozo para a
TV: temos circo e palhaços ao vivo e a cores 24 horas por dia onde quer que
estejamos, pois o povo brasileiro se permitiu ser um bando de histriões entre
si. E os protagonistas nisso, claro, somos você e eu mais os outros quase duzentos
milhões de energúmenos que apinham as ruas em blocos de Carnaval “pura alegria”
e pagam milhões à Globo a cada paredão naquele Big Brother infame e depravador.
Como disse o Gonzaguinha: “Nós, os milhões de palhaços/ Nós, os milhões de
arlequins”. E você não escapa dessa... Vamos a isso, brother, é divertido...
Enter
O Supremo Tribunal Federal condenou os bandidos do mensalão,
aqueles salafrários cínicos, fuziláveis em qualquer país menos porco e
miserável que esta Banânia, e pronto. Vão pagar a pena? Nããããããããão.... Estão
todos aí, lampeiros, criticando a Justiça – que para eles foi mais que mãe... –
e até agitando suas hordas buscando inverter o conteúdo das sentenças
brandíssimas exaradas por suas excelências naquele tribunal complacente. Deveriam
já sair daquela sala algemados direto para a Papuda ou para qualquer xilindró,
mas qual! Continuam soltinhos da silva por aí. O abjeto Genoíno ainda ousou
assumir como suplente de um outro fariseu, que, parece, ganhou eleição por aí.
E a cara da turma vai se abundeando, mas é isso: condenado pela lei assume
cargo de legislador. Somos burros, palhaços ou suicidas? Por que não se
mobilizam internautas como contra o verme Renan para pegar esse patife que
inaugura no País a condição “condenado empossado”? Somos mesmo umas lindas
gracinhas de estupidez e inépcia social e moral... Enter.
Para o ato público visando trazer às ruas a rejeição ao novo
“presidente” do “Senado”, compareceram oito gatos pingados. Pois para os blocos
de Carnaval compareceram milhões, multidões jamais vistas nas ruas das
capitais. E é justamente isso que mantém o statu quo: nem precisa mais de pão,
é só carnavalizar o País e deixar que o povo pule nas ruas, nada mais. Assim se
consolidam as discrepâncias que nos ameaçam a identidade como povo e País.
Investimento em Educação e Saúde é assunto remoto para qualquer pauta em
qualquer setor de poder. Mas trazer a Copa e as Olimpíadas e a partir disso
investir bilhões em estádios e infraestrutura é perfeitamente possível,
especialmente pelo que isso engendra de lucro e gatunagem para corruptos e
continuidade de poder para sudras engravatados. O viaduto chamado de Elevado do
Joá apresenta sinais gritantes de fadiga estrutural e infiltrações de aparência
assustadora, cara de coisa que já está a ponto de desabar a qualquer momento.
Então parece que a turma está esperando que a merda caia na cabeça de infelizes
que estiverem passando por lá pra então produzir comoção nacional, tema para
noticiários, falação e gritaria. Claro, para que tudo continue exatamente como
está indo. Você não acha isso genial? Eu acho simplesmente infernal, coisa de
demônios assumidos. Mas é assim que “funcionam as coisas” neste país constituído
quase que exclusivamente de boçais. Existe a “boa índole do povo”, existe o
“mito do homem cordial” e tal, vemos nossos índios submetidos e mesclados a nós
e permanecendo ignorados como etnia e como povo, como cultura e como nossa
gente real – e fica desse tamanho. Vemos o negro misturado ao povo
hegemonicamente branco, vemos a mestiçagem temperando o poviléu, mas o negro
permanece inferiorizado e relativizado, a despeito de iniciativas cretiníssimas
de mascarar essa ignomínia histórica. Mas o que importa é estarem todos obedecendo
ao modelo político vigente. Nada de marolas, nada de sublevação, apenas
aprender a conviver com o novo Exército Brasileiro, o do crime e do tráfico.
Bala perdida? Ah!, Deus é grande, isso é pros outros... e assim o Brasil
mergulha no abismo da História e ingressamos na era tenebrosa da completa
incerteza puxada por iniciativas vendendo o peixe podre de sermos país mesmo. Forjam
uma realidade que esconde a verdade: somos
um povo desgraçado. Mascaram-se fatos, acochambra-se o curso
real da vida... até que um dia Deus fala grosso. Aí será tarde, irmão! Quando
será? Enter final.
Topamos com coisas imundas a todo momento, e aturamos a falsidade
deslavada. A Veja, na edição de 17/10/2012, traz anúncio à página 113 com o
seguinte cabeçalho: “O futuro do Brasil começa na sala de aula”. Logo abaixo
dessa piada escrota e criminosa, seis fotos. Professores jovens com alunos em
salas de aula super incrementadas, jovens
reunidos tocando violão em sala, parece Primeiro Mundo. Logo abaixo,
pregado à última foto, um botton com os dizeres “orgulho de ser professor”.
Texto abaixo das fotos: “Uma homenagem a quem trabalha por esse futuro todos os
dias”. Sob isso, em letras vermelhas, “15 de outubro, dia do professor”. Sob
isso, o crédito da “realização”: Fundação Vitor Civita, com a marca da Abril,
aquela arvorezinha, e, logo abaixo, a logo da Gerdau. No rodapé dessa página
escarnecedora, os “parceiros” da “campanha”: Abril Educação; Comunitas; Educar
para Crescer; Fundação Itaú Social; Fundação Roberto Marinho... e uma imagem bem
petista: uma bandeira brasileira aberta como se fosse um caderno tendo sob a
imagem o lema “Todos pela Educação”. E há quem engula isso, o conto de que
existe mesmo algo real, mas o que propomos é que você arrume bem seu narizinho
de palhaço, meu, porque todos os que figuraram nessa página demoníaca são justa
e exatamente os maiores inimigos da Educação nesta pocilga em que nos
acotovelamos a cada dia mais enlameados. Brasil, um país de fimícolas. E viva
Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!