sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Mudanças ou paralisia pela frente?

Frederico Mendonça de Oliveira

Manoel prossegue em recesso neste fim de 2010, ano que para alguns encerra uma década e que trouxe curiosas mudanças no Brasil e no Mundo – para outros, a década acabou no fim de 2009, faça as contas. Uma das mudanças foi a eleição da primeira presidenta brasileira, o que mostra que brasileiros não consideram a testosterona dominante um ingrediente fundamental pra a ascensão ao Palácio do Planalto como autoridade mor nesta Pindorama desvairada. Tida como a última façanha do esparolado Lula da Çilva, a eleição de Dilma revela outras nuances, mas o trêfego “desocupante” da primeira cadeira quer porque quer para si os louros da novidade depois de 121 anos de República protagonizados por bofes. Outra mudança curiosa: os donos do Mundo elegerem – sim, sim!, são eles que “elegem”! – um negro, ops!, afroamericano para a Casa Branca, deixando racistas na bronca e integracionistas boquiabertos. A mudança que não ocorreu com Obama na Casa Branca é que anda confundindo as cucas dos zumbis humanos, andróides e humanóides – sem contar milhões mais assemelhados a antropóides, basta ver o que fazem de suas vidas. Esses seres esperavam que Obama inaugurasse uma nova era comandando – qual!... – os EUA, os otários babosos. E outra mudança que chapou geral foi o ataque aviônico e posterior implosão das Torres Gêmeas, ícones arquitetônicos maiores do capitalismo selvagem, evento até hoje absolutamente sem explicação, muito embora a mídia do Império tenha criado a fantasia demente de que foram aqueles árabes estampados na mídia do Império os responsáveis, valendo como prova rota disso um carro abandonado e tendo em seu interior um manual de pilotagem em árabe... no aeroporto de que teria supostamente saído um dos vôos E nessa loucura se insere um avião que não existiu atingindo o Pentágono – na verdade atingido por míssil terra-terra –, um avião que não foi abatido lá não sei onde e um prédio, o nº 5 do complexo WT, que caiu sem qualquer motivo. Ó Manoel!, help! Enter.
Bem, o que também valeu como novidade foi o pícnico retirante filho de mãe que nasceu analfabeta inverter radicalmente seu discurso tão logo subiu a malfadada rampa. A fala “curta e grossa” dos tempos de metalúrgico fajuto querendo ser chefe “defe paíf” e o tom de denúncia e de radicalidade vociferado por 25 anos contra a corrupção e o lobby tirânico burguês deram lugar a uma postura beirando o histriônico e recheada de falas inconseqüentes – quase sempre sob efeito de etanol – e a uma aceitação vil para com desmandos, tendo as duas gestões de PT no Planalto revelado uma tendência a cair na farra da corrupção como jamais se vira antes “nefte paíf”. Uma dessas falas-pérolas de “desradicalização” ocorreu quando o cara falou para um grupo de atletas paraolímpicos, fala histórica de pinguço, inspiração etílica vazia e escrota: "Estou vendo aqui companheiros portadores de deficiência física. Estou vendo o Arnaldo Godoy sentado, tentando me olhar, mas ele não pode me olhar porque ele é cego. Estou aqui à tua esquerda, viu, Arnaldo? Agora, você está olhando pra mim... ". A descerimonialização/coloquialização das falas em público substituiu o discurso do metalúrgico “de esquerda” fingindo ira santa, aquele grosseirão que parecia estar no extremo oposto de seus antecessores, especialmente o asqueroso e degenerador – eca! – FHC. Pois assistimos a uma inversão radical, e a era Lula nos tomou o que poderíamos considerar como um décimo de nossas vidas. E isso, somado a outro décimo consumido pelo tucano Gallochmouth e a mais duas décadas e tal de ditadura, nos deixa diante de um saldo desanimador. Quase meia vida sob estupidez e descalabro instituídos. São essas as Suas linhas tortas, ó Pai?? Enter.
Bem, se ficou o episódio das torres gêmeas sem explicação, por aqui tivemos uma década de várias merdas feias sem explicação também: a explosão da P36, até hoje sem qualquer conclusão pericial mínima; Alcântara, episódio horrendo até hoje envolto em mistério e silêncio E JÁ AMPLAMENTE DENUNCIADO COMO SABOTAGEM COMPROVADA pelo relatório Schlechting; a tragédia do vôo 1907 (29 de setembro de 2006, um Boeing 737-800 SFP da Gol Transportes Aéreos, prefixo PR-GTD, 154 pessoas a bordo, sumiu dos radares aéreos às 16h48min – UTC-3 – indo de Manaus para Brasília. Teria colidido com um Legacy que ia em sentido oposto para os EUA, e o Legacy saiu inteiro de uma colisão que é física e tecnicamente IMPOSSÍVEL. Foi divulgado posteriormente que não houve colisão: o Boeing foi explodido. Por isso o Legacy desligou o transponder e saiu da aerovia quase meia hora antes: para não receber estilhaços da explosão planejada. O Legacy era o laranja na história. O nome disso é SABOTAGEM); a tragédia do vôo 3054, em que TODOS os comandos do Airbus A 320-233 simplesmente desobedeceram aos pilotos, fato inédito na história da aviação mundial e inexplicável pela pluralidade da pane – o que aponta GRITANTEMENTE PARA SABOTAGEM. Decadazinha danada, hem??? Enter.
E agora entra Dilma no corredor da História, e prosseguimos com cara de cow watching the train passing by, muito embora nos tenham feito votar, e tenhamos votado contra a tucanagem, pois seria simplesmente pura desgraça termos mandando neste lugar um tipo como José Serra, cacete, puta merda!!! Então tiramos essa coisa de nossas vidas pisoteadas apostando em algo digno depois de uma história pífia e degenerada iniciada em 1500. Dilma será digna? Teremos esperança de uma atuação séria que nos traga perspectivas maiores de ganho de soberania? Teremos algo mais que bolsa isso e aquilo, que acobertamento monstruosamente criminoso de corrupção, que falas estúpidas sobre tudo que acontece? Teremos Dilma envergando bonés, pegando guitarras, subindo em skates, fazendo embaixadas com bolas, envergando camisas de times, ou o decoro e a compostura virão AFINAL, e virá uma estrutura de poder mais séria e digna? Enter final.
Saímos da ditadura militar e entramos na ditadura da corrupção. Os poderes estão cancerificados, totalmente carentes de conteúdo moral. O Executivo se estraçalhou com o mensalão e outros cocôs feios, só restando agora a frágil esperança na seriedade de Dona Dilma; o Legislativo está mergulhado em farra e orgia e totalmente dissociado do que representaria, e não há esperanças de regeneração daquilo; o Judiciário está em crise de conteúdo, máquina emperrada e beirando um colapso e, o que é pior, desacreditado de todos. Até dos próprios membros, pois, como disse Edson Vidigal, presidente do STJ, em declaração à rede Globo, “a Justiça brasileira é tarda e falha”. E chega por 2010. Que Deus nos olhe. E viva Santo Expedito! Oremos. Té pro ano, babes!
Ah! Vale lembrar: estamos sob censura desde 11/04/08, aliás mantida por Gilmar Mendes, e a restrição vai totalizando 967 dias. Abraço pra turma do Estadão, há 518 dias também sob mordaça...

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