Frederico Mendonça de Oliveira
Manoel prossegue em recesso neste fim de 2010, ano que para alguns encerra uma década e que trouxe curiosas mudanças no Brasil e no Mundo – para outros, a década acabou no fim de 2009, faça as contas. Uma das mudanças foi a eleição da primeira presidenta brasileira, o que mostra que brasileiros não consideram a testosterona dominante um ingrediente fundamental pra a ascensão ao Palácio do Planalto como autoridade mor nesta Pindorama desvairada. Tida como a última façanha do esparolado Lula da Çilva, a eleição de Dilma revela outras nuances, mas o trêfego “desocupante” da primeira cadeira quer porque quer para si os louros da novidade depois de 121 anos de República protagonizados por bofes. Outra mudança curiosa: os donos do Mundo elegerem – sim, sim!, são eles que “elegem”! – um negro, ops!, afroamericano para a Casa Branca, deixando racistas na bronca e integracionistas boquiabertos. A mudança que não ocorreu com Obama na Casa Branca é que anda confundindo as cucas dos zumbis humanos, andróides e humanóides – sem contar milhões mais assemelhados a antropóides, basta ver o que fazem de suas vidas. Esses seres esperavam que Obama inaugurasse uma nova era comandando – qual!... – os EUA, os otários babosos. E outra mudança que chapou geral foi o ataque aviônico e posterior implosão das Torres Gêmeas, ícones arquitetônicos maiores do capitalismo selvagem, evento até hoje absolutamente sem explicação, muito embora a mídia do Império tenha criado a fantasia demente de que foram aqueles árabes estampados na mídia do Império os responsáveis, valendo como prova rota disso um carro abandonado e tendo em seu interior um manual de pilotagem em árabe... no aeroporto de que teria supostamente saído um dos vôos E nessa loucura se insere um avião que não existiu atingindo o Pentágono – na verdade atingido por míssil terra-terra –, um avião que não foi abatido lá não sei onde e um prédio, o nº 5 do complexo WT, que caiu sem qualquer motivo. Ó Manoel!, help! Enter.
Bem, o que também valeu como novidade foi o pícnico retirante filho de mãe que nasceu analfabeta inverter radicalmente seu discurso tão logo subiu a malfadada rampa. A fala “curta e grossa” dos tempos de metalúrgico fajuto querendo ser chefe “defe paíf” e o tom de denúncia e de radicalidade vociferado por 25 anos contra a corrupção e o lobby tirânico burguês deram lugar a uma postura beirando o histriônico e recheada de falas inconseqüentes – quase sempre sob efeito de etanol – e a uma aceitação vil para com desmandos, tendo as duas gestões de PT no Planalto revelado uma tendência a cair na farra da corrupção como jamais se vira antes “nefte paíf”. Uma dessas falas-pérolas de “desradicalização” ocorreu quando o cara falou para um grupo de atletas paraolímpicos, fala histórica de pinguço, inspiração etílica vazia e escrota: "Estou vendo aqui companheiros portadores de deficiência física. Estou vendo o Arnaldo Godoy sentado, tentando me olhar, mas ele não pode me olhar porque ele é cego. Estou aqui à tua esquerda, viu, Arnaldo? Agora, você está olhando pra mim... ". A descerimonialização/coloquialização das falas em público substituiu o discurso do metalúrgico “de esquerda” fingindo ira santa, aquele grosseirão que parecia estar no extremo oposto de seus antecessores, especialmente o asqueroso e degenerador – eca! – FHC. Pois assistimos a uma inversão radical, e a era Lula nos tomou o que poderíamos considerar como um décimo de nossas vidas. E isso, somado a outro décimo consumido pelo tucano Gallochmouth e a mais duas décadas e tal de ditadura, nos deixa diante de um saldo desanimador. Quase meia vida sob estupidez e descalabro instituídos. São essas as Suas linhas tortas, ó Pai?? Enter.
Bem, se ficou o episódio das torres gêmeas sem explicação, por aqui tivemos uma década de várias merdas feias sem explicação também: a explosão da P36, até hoje sem qualquer conclusão pericial mínima; Alcântara, episódio horrendo até hoje envolto em mistério e silêncio E JÁ AMPLAMENTE DENUNCIADO COMO SABOTAGEM COMPROVADA pelo relatório Schlechting; a tragédia do vôo 1907 (29 de setembro de 2006, um Boeing 737-800 SFP da Gol Transportes Aéreos, prefixo PR-GTD, 154 pessoas a bordo, sumiu dos radares aéreos às 16h48min – UTC-3 – indo de Manaus para Brasília. Teria colidido com um Legacy que ia em sentido oposto para os EUA, e o Legacy saiu inteiro de uma colisão que é física e tecnicamente IMPOSSÍVEL. Foi divulgado posteriormente que não houve colisão: o Boeing foi explodido. Por isso o Legacy desligou o transponder e saiu da aerovia quase meia hora antes: para não receber estilhaços da explosão planejada. O Legacy era o laranja na história. O nome disso é SABOTAGEM); a tragédia do vôo 3054, em que TODOS os comandos do Airbus A 320-233 simplesmente desobedeceram aos pilotos, fato inédito na história da aviação mundial e inexplicável pela pluralidade da pane – o que aponta GRITANTEMENTE PARA SABOTAGEM. Decadazinha danada, hem??? Enter.
E agora entra Dilma no corredor da História, e prosseguimos com cara de cow watching the train passing by, muito embora nos tenham feito votar, e tenhamos votado contra a tucanagem, pois seria simplesmente pura desgraça termos mandando neste lugar um tipo como José Serra, cacete, puta merda!!! Então tiramos essa coisa de nossas vidas pisoteadas apostando em algo digno depois de uma história pífia e degenerada iniciada em 1500. Dilma será digna? Teremos esperança de uma atuação séria que nos traga perspectivas maiores de ganho de soberania? Teremos algo mais que bolsa isso e aquilo, que acobertamento monstruosamente criminoso de corrupção, que falas estúpidas sobre tudo que acontece? Teremos Dilma envergando bonés, pegando guitarras, subindo em skates, fazendo embaixadas com bolas, envergando camisas de times, ou o decoro e a compostura virão AFINAL, e virá uma estrutura de poder mais séria e digna? Enter final.
Saímos da ditadura militar e entramos na ditadura da corrupção. Os poderes estão cancerificados, totalmente carentes de conteúdo moral. O Executivo se estraçalhou com o mensalão e outros cocôs feios, só restando agora a frágil esperança na seriedade de Dona Dilma; o Legislativo está mergulhado em farra e orgia e totalmente dissociado do que representaria, e não há esperanças de regeneração daquilo; o Judiciário está em crise de conteúdo, máquina emperrada e beirando um colapso e, o que é pior, desacreditado de todos. Até dos próprios membros, pois, como disse Edson Vidigal, presidente do STJ, em declaração à rede Globo, “a Justiça brasileira é tarda e falha”. E chega por 2010. Que Deus nos olhe. E viva Santo Expedito! Oremos. Té pro ano, babes!
Ah! Vale lembrar: estamos sob censura desde 11/04/08, aliás mantida por Gilmar Mendes, e a restrição vai totalizando 967 dias. Abraço pra turma do Estadão, há 518 dias também sob mordaça...
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Poucas e boas na Pindorama e alhures
Frederico Mendonça de Oliveira
Manoel prossegue assoberbado com pesquisas que logo serão reveladas aqui, e a nós cabe assumir a coluna até que volte nosso herói de seu mergulho a profundezas científicas. Pois a nós não falta o que detonar, e já começamos estas “mal traçadas” (bem traçadinhas, cá pra nós, que ninguém nos ouça: mal traçadas são as porcarias que se publicam na imprensa do Império e nos jornalões da Pindorama...) trazendo à luz uma sujeira bem ao estilo da política degenerada deste lugar que ainda chamamos de Brasil. Pois é: nem subiu Dilma Roussef a famigerada rampa do Planalto e já se publica na imprensa amestrada escândalo envolvendo um futuro ministro, convidado para titular da pasta do Turismo, de nome desconhecido de todos nós, mas muito conhecido do monarca maranhense José Sarney. Seguramente terá vindo daí a indicação... A notícia saiu no Estadão, tradicional jornal brazuca paulistano censurado há 511 dias justamente por denunciar maracutaias da família que explora o estado de Gonçalves Dias: “O peemedebista Pedro Novais (MA), que integrará o governo Dilma, gastou R$ 2.156,00 no Motel Caribe, em São Luís; a nota fiscal foi anexada à prestação de contas de junho para justificar o uso de verbas destinadas à atividade parlamentar”. Bem, eles dizem que festa em motel é atividade parlamentar... e durma-se com um barulho desses... Enter.
E a patuscada já se consolida como tira-gosto do que virá sob Madame Dilma, ai de nós e do país-lugar em que nos vemos atolados. Vejam só a gracinha: “O futuro ministro do Turismo no governo de Dilma Rousseff pediu à Câmara dos Deputados o ressarcimento por despesas em um motel de São Luís (MA). Indicado pelo comando do PMDB e aliado de José Sarney, o deputado Pedro Novais (PMDB-MA) apresentou uma nota fiscal de R$ 2.156,00 do Motel Caribe na prestação de contas da verba indenizatória de junho”. O distinto parlamentar agora ministro orça pelos 80 anos. Puta merda, haja viagra, ou prótese! Ou que diabo de festa é essa que parece ter durado um tempão, talvez dias? Se a suíte mais cara, batizada de “Bahamas” – com piscina, ducha, sauna etc –, foi o cenário da esbórnia, como ficou sabido na reportagem do Estado, e se seu custo por 24 horas é de aproximadamente R$ 392, e se a despesa a ser ressarcida com – nosso – dinheiro público foi de R$ 2156, a festa teria durado cinco dias e meio!... a menos que nosso garanhão – ou seria apenas um generoso anfitrião sexual chegado a voyeurismo? – turístico incluísse também na frascarice os gastos de praxe, champanhe, uísque e tal (e o e tal seria o mais caro). E, segundo já apurado pela imprensa e por este blog, a festa reunia 15 casais... o que levou um tuiteiro a comentar que seria servido cardápio tendo surubim como pièce de résistence, hehehe... Enter.
Na coluna do Cláudio Humberto saiu esta perolita: “Ministro assustado: o futuro ministro Pedro Novais (Turismo) saía ontem de seu gabinete no anexo 4 da Câmara, e jornalistas o interpelaram sobre uma festa. Reagiu assustado: ‘Festa? Que festa?’ e sumiu no elevador privativo”. Eis aí nossa pátria amada idolatrada salve salve. O distinto mensalmente ganha, como “verba de apoio”, fora o salário, simplesmente R$ 32 mil, LIVREZINHOS DE DENTES E GARRAS DO LEÃO!!! E ele quer ressarcimento de uma festa de arromba num motel??? Ou seja, quer que paguemos a suruba, ops!, a confraternização??? Ora, ministro, está muito certo o comentário em uma notícia no Estadão, em que sua atividade terá um acréscimo descritivo: ministro do Turismo Sexual!... Haja libido e potência, hem, Sua Excelência!!!..., porque libido e potência monetária não lhe faltam, e essa força toda é tirada do suor dos brasileiros que batalham pra comer e pagar as próprias contas e mais as festanças do nobre ministro!!!... E lá vem a desculpa esfarrapada: “Depois de confirmar a festa, na reportagem do Estadão, e admitir que errou ao cobrar a despesa da Câmara, Novais vai divulgar nota, na tarde desta quarta-feira, negando tudo, e culpando um assessor”. Assessor, aliás, que deve ganhar – muito bem, muito bem, claro! – pra isso: pra segurar as consequências de qualquer rabo de foguete... Enter.
A foto que aparece do fuzarqueiro é eloquente, fala mais que dez mil palavras: olhando assustado, olhos arregalados, as pelancas do pescoço bem visíveis, cara de cachorro caído de mudança ou que quebrou o prato... mas as “imunidades” estão aí para justamente defender Sua Excelência da sanha justiceira desses invejosos que não fazem outra coisa que tentar alimentar escândalos de coisas tão triviais como festinhas de autoridades... E essa carantonha de picareta flagrado com a boca na botija deve estar entrando em cadeia nacional por esse país-lugar, porque os parlamentares congêneres de nosso herói sexual, ops!, turístico, sevandijas que votaram seu aumento de salários para outro patamar ainda mais astronômico se comparado com o dinheirão que já ganhavam, devem sentir algum tipo de frisson na coluna quando consideram que um dia o ódio de classe dos impiedosamente explorados/excluídos possa vir a se materializar em linchamento mesmo, não linchamento moral – porque esses sudras nada sabem a respeito de moral... Cá pra nós (one more time), não é possível que esses pelintras não tenham algum medo, porque, não resta dúvida, têm o chamado orifício anal, e reza o ditado: “Quem tem c(X) tem medo!”... Enter final.
Bem, mudando de assunto, lá está o Vaticano às voltas com as vítimas do Holocausto. E Pio XII, morto em 1958, está de novo na berlinda por ter sido ministro do Vaticano em Berlim antes da II Guerra. Acusam-no de não ter denunciado o holocausto judeu. Será que esse assunto vai varar o terceiro milênio? Cacete, é duro viver topando com essa discussão amplificada por uma jeremiada que não acaba! O fato é que o Vaticano teria, segundo os integrantes de uma associação, a Força Tarefa para Cooperação Internacional na Educação, Lembrança e Pesquisa do Holocausto (ITF), desistido de assinar um acordo para passar a integrar essa coisa, sustentam diplomatas americanos conforme documento vazado pelo WikiLeaks. “De acordo com reportagem do jornal britânico "Guardian", a número dois da embaixada dos EUA no Vaticano, Julieta Valls Noyes, afirmou que a Santa Sé voltou atrás em relação a um acordo prévio, por escrito, que o tornaria observador na organização”. E nós vemos que não haverá jamais qualquer possibilidade de paz no planeta enquanto não acabar a Segunda Guerra, que é mantida viva por outros meios que não o combate aberto. Hitler terá morrido em 1945, Stálin, Churchill e Roosevelt, sem contar Truman, já comem capim pela raiz há décadas, Mussolini foi pendurado com sua Clara Petacci de cabeça pra baixo, todo o alto comando alemão foi enforcado, e a Segunda Guerra não acaba nunca??? Pô, gente, muda o disco!!! E viva Santo Expedito! Oremus. Bye, babes.
Ah! Vale lembrar: estamos sob censura desde 11/04/08, aliás mantida por Gilmar Mendes, e a restrição vai totalizando 960 dias. Abraço pra turma do Estadão, há 511 dias também sob mordaça...
Manoel prossegue assoberbado com pesquisas que logo serão reveladas aqui, e a nós cabe assumir a coluna até que volte nosso herói de seu mergulho a profundezas científicas. Pois a nós não falta o que detonar, e já começamos estas “mal traçadas” (bem traçadinhas, cá pra nós, que ninguém nos ouça: mal traçadas são as porcarias que se publicam na imprensa do Império e nos jornalões da Pindorama...) trazendo à luz uma sujeira bem ao estilo da política degenerada deste lugar que ainda chamamos de Brasil. Pois é: nem subiu Dilma Roussef a famigerada rampa do Planalto e já se publica na imprensa amestrada escândalo envolvendo um futuro ministro, convidado para titular da pasta do Turismo, de nome desconhecido de todos nós, mas muito conhecido do monarca maranhense José Sarney. Seguramente terá vindo daí a indicação... A notícia saiu no Estadão, tradicional jornal brazuca paulistano censurado há 511 dias justamente por denunciar maracutaias da família que explora o estado de Gonçalves Dias: “O peemedebista Pedro Novais (MA), que integrará o governo Dilma, gastou R$ 2.156,00 no Motel Caribe, em São Luís; a nota fiscal foi anexada à prestação de contas de junho para justificar o uso de verbas destinadas à atividade parlamentar”. Bem, eles dizem que festa em motel é atividade parlamentar... e durma-se com um barulho desses... Enter.
E a patuscada já se consolida como tira-gosto do que virá sob Madame Dilma, ai de nós e do país-lugar em que nos vemos atolados. Vejam só a gracinha: “O futuro ministro do Turismo no governo de Dilma Rousseff pediu à Câmara dos Deputados o ressarcimento por despesas em um motel de São Luís (MA). Indicado pelo comando do PMDB e aliado de José Sarney, o deputado Pedro Novais (PMDB-MA) apresentou uma nota fiscal de R$ 2.156,00 do Motel Caribe na prestação de contas da verba indenizatória de junho”. O distinto parlamentar agora ministro orça pelos 80 anos. Puta merda, haja viagra, ou prótese! Ou que diabo de festa é essa que parece ter durado um tempão, talvez dias? Se a suíte mais cara, batizada de “Bahamas” – com piscina, ducha, sauna etc –, foi o cenário da esbórnia, como ficou sabido na reportagem do Estado, e se seu custo por 24 horas é de aproximadamente R$ 392, e se a despesa a ser ressarcida com – nosso – dinheiro público foi de R$ 2156, a festa teria durado cinco dias e meio!... a menos que nosso garanhão – ou seria apenas um generoso anfitrião sexual chegado a voyeurismo? – turístico incluísse também na frascarice os gastos de praxe, champanhe, uísque e tal (e o e tal seria o mais caro). E, segundo já apurado pela imprensa e por este blog, a festa reunia 15 casais... o que levou um tuiteiro a comentar que seria servido cardápio tendo surubim como pièce de résistence, hehehe... Enter.
Na coluna do Cláudio Humberto saiu esta perolita: “Ministro assustado: o futuro ministro Pedro Novais (Turismo) saía ontem de seu gabinete no anexo 4 da Câmara, e jornalistas o interpelaram sobre uma festa. Reagiu assustado: ‘Festa? Que festa?’ e sumiu no elevador privativo”. Eis aí nossa pátria amada idolatrada salve salve. O distinto mensalmente ganha, como “verba de apoio”, fora o salário, simplesmente R$ 32 mil, LIVREZINHOS DE DENTES E GARRAS DO LEÃO!!! E ele quer ressarcimento de uma festa de arromba num motel??? Ou seja, quer que paguemos a suruba, ops!, a confraternização??? Ora, ministro, está muito certo o comentário em uma notícia no Estadão, em que sua atividade terá um acréscimo descritivo: ministro do Turismo Sexual!... Haja libido e potência, hem, Sua Excelência!!!..., porque libido e potência monetária não lhe faltam, e essa força toda é tirada do suor dos brasileiros que batalham pra comer e pagar as próprias contas e mais as festanças do nobre ministro!!!... E lá vem a desculpa esfarrapada: “Depois de confirmar a festa, na reportagem do Estadão, e admitir que errou ao cobrar a despesa da Câmara, Novais vai divulgar nota, na tarde desta quarta-feira, negando tudo, e culpando um assessor”. Assessor, aliás, que deve ganhar – muito bem, muito bem, claro! – pra isso: pra segurar as consequências de qualquer rabo de foguete... Enter.
A foto que aparece do fuzarqueiro é eloquente, fala mais que dez mil palavras: olhando assustado, olhos arregalados, as pelancas do pescoço bem visíveis, cara de cachorro caído de mudança ou que quebrou o prato... mas as “imunidades” estão aí para justamente defender Sua Excelência da sanha justiceira desses invejosos que não fazem outra coisa que tentar alimentar escândalos de coisas tão triviais como festinhas de autoridades... E essa carantonha de picareta flagrado com a boca na botija deve estar entrando em cadeia nacional por esse país-lugar, porque os parlamentares congêneres de nosso herói sexual, ops!, turístico, sevandijas que votaram seu aumento de salários para outro patamar ainda mais astronômico se comparado com o dinheirão que já ganhavam, devem sentir algum tipo de frisson na coluna quando consideram que um dia o ódio de classe dos impiedosamente explorados/excluídos possa vir a se materializar em linchamento mesmo, não linchamento moral – porque esses sudras nada sabem a respeito de moral... Cá pra nós (one more time), não é possível que esses pelintras não tenham algum medo, porque, não resta dúvida, têm o chamado orifício anal, e reza o ditado: “Quem tem c(X) tem medo!”... Enter final.
Bem, mudando de assunto, lá está o Vaticano às voltas com as vítimas do Holocausto. E Pio XII, morto em 1958, está de novo na berlinda por ter sido ministro do Vaticano em Berlim antes da II Guerra. Acusam-no de não ter denunciado o holocausto judeu. Será que esse assunto vai varar o terceiro milênio? Cacete, é duro viver topando com essa discussão amplificada por uma jeremiada que não acaba! O fato é que o Vaticano teria, segundo os integrantes de uma associação, a Força Tarefa para Cooperação Internacional na Educação, Lembrança e Pesquisa do Holocausto (ITF), desistido de assinar um acordo para passar a integrar essa coisa, sustentam diplomatas americanos conforme documento vazado pelo WikiLeaks. “De acordo com reportagem do jornal britânico "Guardian", a número dois da embaixada dos EUA no Vaticano, Julieta Valls Noyes, afirmou que a Santa Sé voltou atrás em relação a um acordo prévio, por escrito, que o tornaria observador na organização”. E nós vemos que não haverá jamais qualquer possibilidade de paz no planeta enquanto não acabar a Segunda Guerra, que é mantida viva por outros meios que não o combate aberto. Hitler terá morrido em 1945, Stálin, Churchill e Roosevelt, sem contar Truman, já comem capim pela raiz há décadas, Mussolini foi pendurado com sua Clara Petacci de cabeça pra baixo, todo o alto comando alemão foi enforcado, e a Segunda Guerra não acaba nunca??? Pô, gente, muda o disco!!! E viva Santo Expedito! Oremus. Bye, babes.
Ah! Vale lembrar: estamos sob censura desde 11/04/08, aliás mantida por Gilmar Mendes, e a restrição vai totalizando 960 dias. Abraço pra turma do Estadão, há 511 dias também sob mordaça...
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Hienas, papagaios e mixórdia na mídia
Frederico Mendonça de Oliveira
Manoel continua atolado de pesquisas, e cumprimos nossa tarefa de cobrir com artigos-tampão essa pedida de tempo solicitada por nosso herói. E para tanto fazemos o de sempre: uma varredura nas primeiras páginas dos jornalões em busca de algo que mereça nossa atenção e empenho.
Confessamos que anda difícil. Desde o fim da Tribuna da Imprensa e o fim de publicações ainda um pouco sérias na área dos jornalões, ler coisa válida e artigos de gente lúcida vem sendo praticamente impossível. E como não vivemos atrás de blogs, embora esta vá se impor como única saída dentro de pouco tempo, ainda varremos as boçais e/ou escrotas primeiras páginas das folhas da vida, boletins descarados dos que mantêm sob torniquete este planetinha em convulsão. Este intróito pode até feder a nariz-de-cera, mas fede é mais ainda: já vem logo mostrando as carantonhas ensebadas e catinguentas de maquiagem – à la Berlusconi – dos Civita, dos Bloch, dos Marinho, desses que fazem da imprensa um meio de enriquecer às custas de bestializar e boçalizar a macacada o mais que puderem. E o assunto que escapou hoje da triagem do Império é a nova lei que Chávez submete hoje ao Congresso venezuelano, e isso aparece, claro, sob o dedo invisível do Império, dedo que aponta autoritariamente para a necessária senão imperiosa tarefa macabra de demonização do líder bolivariano. Isto para que Tio Sam, aquele monstro abjeto, reine sossegado sobre todos nós, especialmente mantendo aquela cartola sinistra, aquele dedo voltado para nossos narizes e aquele sorriso infernal. “We want you!”, diz aquele depravado yankee, sob quem toda a Humanidade hoje padece, e gente como Chávez deve ser eliminada do mapa, simplesmente porque, como Ahmadinejad, Kadhafi e outros seres refratários a submissão, o líder venezuelano se nega a se curvar ao Império e com isso mostrar a bunda aos seus patrícios. Enter.
“O departamento de Estado americano criticou na quarta-feira, 15, a tentativa do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de aprovar uma lei que lhe permite governar por decreto por 12 meses. O venezuelano respondeu com críticas à ‘arrogância do Império’. A Lei Habilitante será votada hoje em segundo turno pela Assembleia Nacional, de ampla maioria chavista”, diz a cabeça da notícia no Estadão. Bem, que o departamento de Estado americano critique o que lhe desagrada, problema deles. Quem é o departamento de Estado naquela pocilga de país onde impera o materialismo desenfreado e onde os ícones culturais são a Coca-Cola, o Jeans, o automóvel e o hambúrguer? Que vá à merda esse departamento com seus babaquaras engravatados obedientes a poderes ocultos que eles mal sonham existir - ou de que são agentes na caradura! Bem, Chávez não hesita em mandá-los à merda de barquinho, respondendo na lata dos gringos com um belo desaforo sem cerimônia. É como aquilo de a Carla Bruni, que dizem ter sido garota de programa antes se deitar com o presidente francês e que já apareceu nua na coluna social da Folha tapando com os braços e a mão os mamilos e o pelame – será que tem? – pubiano, atacar de militante em defesa da iraniana condenada pela lei e pela tradição religiosa do Irã. A resposta de Ahmadinejad foi clara: “Não damos ouvidos a prostitutas”, coisa assim. O que gente como la Bruni e outros estropícios a quem ela se curva querem é que a mulherada árabe vire esse tipo de coisa que pulula no Ocidente: uma legião de mulheres coisificadas, desfrutáveis, sem parâmetros morais, objetos assumidos de prazer, objetos vestidos – mal ou sumariamente, quase sempre – se entregando sem pestanejar para qualquer bunda-suja que lhe fizer qualquer corte (ô) “pra ver que bicho dá”, e, se vier a gravidez, bem, tem bolsa disso e daquilo e ainda a possibilidade de meter um advogado no idiota para quem ela deu para saciar o cio de ignorante sem miolos dentro da cachola. Enter.
“A oposição venezuelana acusa Chávez de tentar aprovar a lei às pressas para se sobrepor à nova legislatura, que toma posse em janeiro, na qual o Partido Socialista Unificado da Venezuela (PSUV) perderá a maioria qualificada de dois terços”. Bem, a nova legislatura é resultado de investimento pesado norte-americano infiltrando insatisfação em setores atrasados da população, sobre os quais se opera um tipo de populismo assistencialista para compra eleitoral - leia-se, em outras palavras, intervenção em assuntos internos venezuelanos. A oscilação de opinião pode ser resultado de muitos fatores, mas um dos mais eficazes é a velha e depravada compra de votos. E a vida econômica na Venezuela não é nenhum paraíso. Então os agentes do Império infiltrados no país podem agir com alguma certeza de sucesso fazendo uso do que aqui, nesta maravilha de cloaca em que nos fazem chafurdar, é tradição de mais de século para eleger os montes de pulhas que vemos ocupar cadeiras no Congresso desde que Deodoro e Floriano foram sucedidos por civis. Até aí, tudo certo, ou erradíssimo, mas não é o que nos interessa. O que vale registro, por exemplo, é a opinião emitida por leitores, em sua maioria uns equinos, que não se vexam de exprimir asneiras como a que se segue: “Gostaria de ver o chavez como mussulini, de ponta cabeça”. Quem assina esse primor de psicopatologia é um certo – ou incertíssimo – Caetano Santos. Primeiro, não é chavez nem mussulini, é Chávez e Mussolini; segundo, esse psicopata não tem a menor idéia do que sua boca bosteja: simplesmente porque ele nem suspeita de quem terá praticado uma das mais horrendas manifestações de monstruosidade como o que foi feito contra um líder nacionalista. E essa besta não fareja um grãozinho que seja da podridão que ele proferiu: Mussolini não é acusado de massacres, a ele não se imputam crimes de guerra, nada. Por que matar e pendurar de cabeça pra baixo um líder que integrou uma aliança nacionalista internacional e só fez mobilizar a Itália para uma ideologia como outra qualquer? Esse suposto Caetano Santos parece um ser doentio com fantasia de genocídio em seu espírito infernizado. Simplesmente porque NÃO SE TRATA DISSO o caso de Chávez nem tem sentido a execução monstruosa de Mussolini – nome que o maluquete nem sabe escrever... Mas é isso que o Império quer: imbecis votando contra Chávez, imbecis defendendo a intervenção internacional anti nacionalista, bocós palrando como papagaios imitadores o que a mídia do Império defeca nas populações destas américas latrinas... Enter final.
Bem, Chávez, que não é um Tiririca nem um Jáder Barbalho, dispara sem contar até dois: “Em resposta às críticas dos EUA, Chávez acusou Washington de tramar um complô para desacreditá-lo. ‘Temos que nos proteger da arrogância imperial’, disse. Eles repetem o discurso da ultradireita e de seus lacaios daqui’”. Ora, encerramos com uma colocação inequívoca: se os que acusam Chávez de ditador são os mesmos que massacram o povo palestino, submetem o Afeganistão e o Iraque, intervêm em qualquer estrutura social que não se dobre a eles, que valor terá o que esses seres opinem a respeito do quê? Vão comer hambúrgueres e beber cocacola, seus loucos sanguissedentos! E saibam que os que pensam não duvidam de que de vocês só pode vir monstruosidade e destruição... E viva Santo Expedito! Oremos. Té pra semana, babes!
Ah! Vale lembrar: estamos sob censura desde 11/04/08, aliás mantida por Gilmar Mendes, e a restrição vai totalizando 953 dias. Abraço pra turma do Estadão, há 504 dias também sob mordaça...
Manoel continua atolado de pesquisas, e cumprimos nossa tarefa de cobrir com artigos-tampão essa pedida de tempo solicitada por nosso herói. E para tanto fazemos o de sempre: uma varredura nas primeiras páginas dos jornalões em busca de algo que mereça nossa atenção e empenho.
Confessamos que anda difícil. Desde o fim da Tribuna da Imprensa e o fim de publicações ainda um pouco sérias na área dos jornalões, ler coisa válida e artigos de gente lúcida vem sendo praticamente impossível. E como não vivemos atrás de blogs, embora esta vá se impor como única saída dentro de pouco tempo, ainda varremos as boçais e/ou escrotas primeiras páginas das folhas da vida, boletins descarados dos que mantêm sob torniquete este planetinha em convulsão. Este intróito pode até feder a nariz-de-cera, mas fede é mais ainda: já vem logo mostrando as carantonhas ensebadas e catinguentas de maquiagem – à la Berlusconi – dos Civita, dos Bloch, dos Marinho, desses que fazem da imprensa um meio de enriquecer às custas de bestializar e boçalizar a macacada o mais que puderem. E o assunto que escapou hoje da triagem do Império é a nova lei que Chávez submete hoje ao Congresso venezuelano, e isso aparece, claro, sob o dedo invisível do Império, dedo que aponta autoritariamente para a necessária senão imperiosa tarefa macabra de demonização do líder bolivariano. Isto para que Tio Sam, aquele monstro abjeto, reine sossegado sobre todos nós, especialmente mantendo aquela cartola sinistra, aquele dedo voltado para nossos narizes e aquele sorriso infernal. “We want you!”, diz aquele depravado yankee, sob quem toda a Humanidade hoje padece, e gente como Chávez deve ser eliminada do mapa, simplesmente porque, como Ahmadinejad, Kadhafi e outros seres refratários a submissão, o líder venezuelano se nega a se curvar ao Império e com isso mostrar a bunda aos seus patrícios. Enter.
“O departamento de Estado americano criticou na quarta-feira, 15, a tentativa do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de aprovar uma lei que lhe permite governar por decreto por 12 meses. O venezuelano respondeu com críticas à ‘arrogância do Império’. A Lei Habilitante será votada hoje em segundo turno pela Assembleia Nacional, de ampla maioria chavista”, diz a cabeça da notícia no Estadão. Bem, que o departamento de Estado americano critique o que lhe desagrada, problema deles. Quem é o departamento de Estado naquela pocilga de país onde impera o materialismo desenfreado e onde os ícones culturais são a Coca-Cola, o Jeans, o automóvel e o hambúrguer? Que vá à merda esse departamento com seus babaquaras engravatados obedientes a poderes ocultos que eles mal sonham existir - ou de que são agentes na caradura! Bem, Chávez não hesita em mandá-los à merda de barquinho, respondendo na lata dos gringos com um belo desaforo sem cerimônia. É como aquilo de a Carla Bruni, que dizem ter sido garota de programa antes se deitar com o presidente francês e que já apareceu nua na coluna social da Folha tapando com os braços e a mão os mamilos e o pelame – será que tem? – pubiano, atacar de militante em defesa da iraniana condenada pela lei e pela tradição religiosa do Irã. A resposta de Ahmadinejad foi clara: “Não damos ouvidos a prostitutas”, coisa assim. O que gente como la Bruni e outros estropícios a quem ela se curva querem é que a mulherada árabe vire esse tipo de coisa que pulula no Ocidente: uma legião de mulheres coisificadas, desfrutáveis, sem parâmetros morais, objetos assumidos de prazer, objetos vestidos – mal ou sumariamente, quase sempre – se entregando sem pestanejar para qualquer bunda-suja que lhe fizer qualquer corte (ô) “pra ver que bicho dá”, e, se vier a gravidez, bem, tem bolsa disso e daquilo e ainda a possibilidade de meter um advogado no idiota para quem ela deu para saciar o cio de ignorante sem miolos dentro da cachola. Enter.
“A oposição venezuelana acusa Chávez de tentar aprovar a lei às pressas para se sobrepor à nova legislatura, que toma posse em janeiro, na qual o Partido Socialista Unificado da Venezuela (PSUV) perderá a maioria qualificada de dois terços”. Bem, a nova legislatura é resultado de investimento pesado norte-americano infiltrando insatisfação em setores atrasados da população, sobre os quais se opera um tipo de populismo assistencialista para compra eleitoral - leia-se, em outras palavras, intervenção em assuntos internos venezuelanos. A oscilação de opinião pode ser resultado de muitos fatores, mas um dos mais eficazes é a velha e depravada compra de votos. E a vida econômica na Venezuela não é nenhum paraíso. Então os agentes do Império infiltrados no país podem agir com alguma certeza de sucesso fazendo uso do que aqui, nesta maravilha de cloaca em que nos fazem chafurdar, é tradição de mais de século para eleger os montes de pulhas que vemos ocupar cadeiras no Congresso desde que Deodoro e Floriano foram sucedidos por civis. Até aí, tudo certo, ou erradíssimo, mas não é o que nos interessa. O que vale registro, por exemplo, é a opinião emitida por leitores, em sua maioria uns equinos, que não se vexam de exprimir asneiras como a que se segue: “Gostaria de ver o chavez como mussulini, de ponta cabeça”. Quem assina esse primor de psicopatologia é um certo – ou incertíssimo – Caetano Santos. Primeiro, não é chavez nem mussulini, é Chávez e Mussolini; segundo, esse psicopata não tem a menor idéia do que sua boca bosteja: simplesmente porque ele nem suspeita de quem terá praticado uma das mais horrendas manifestações de monstruosidade como o que foi feito contra um líder nacionalista. E essa besta não fareja um grãozinho que seja da podridão que ele proferiu: Mussolini não é acusado de massacres, a ele não se imputam crimes de guerra, nada. Por que matar e pendurar de cabeça pra baixo um líder que integrou uma aliança nacionalista internacional e só fez mobilizar a Itália para uma ideologia como outra qualquer? Esse suposto Caetano Santos parece um ser doentio com fantasia de genocídio em seu espírito infernizado. Simplesmente porque NÃO SE TRATA DISSO o caso de Chávez nem tem sentido a execução monstruosa de Mussolini – nome que o maluquete nem sabe escrever... Mas é isso que o Império quer: imbecis votando contra Chávez, imbecis defendendo a intervenção internacional anti nacionalista, bocós palrando como papagaios imitadores o que a mídia do Império defeca nas populações destas américas latrinas... Enter final.
Bem, Chávez, que não é um Tiririca nem um Jáder Barbalho, dispara sem contar até dois: “Em resposta às críticas dos EUA, Chávez acusou Washington de tramar um complô para desacreditá-lo. ‘Temos que nos proteger da arrogância imperial’, disse. Eles repetem o discurso da ultradireita e de seus lacaios daqui’”. Ora, encerramos com uma colocação inequívoca: se os que acusam Chávez de ditador são os mesmos que massacram o povo palestino, submetem o Afeganistão e o Iraque, intervêm em qualquer estrutura social que não se dobre a eles, que valor terá o que esses seres opinem a respeito do quê? Vão comer hambúrgueres e beber cocacola, seus loucos sanguissedentos! E saibam que os que pensam não duvidam de que de vocês só pode vir monstruosidade e destruição... E viva Santo Expedito! Oremos. Té pra semana, babes!
Ah! Vale lembrar: estamos sob censura desde 11/04/08, aliás mantida por Gilmar Mendes, e a restrição vai totalizando 953 dias. Abraço pra turma do Estadão, há 504 dias também sob mordaça...
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Manoel pede um tempo por uns tempos
Frederico Mendonça de Oliveira
Envolvido com estudos copiosos e de grande dificuldade de incorporação pelo volume e profundidade de conteúdo, Manoel pede um tempo por uns tempos e passa a nós o espaço semanal para troca de idéias e informações. E assumimos o trampo e o tranco de cara, sem pestanejar. Logo abordamos os fatos mais malucos do momento, fatos que não interessam à mídia do Império, ou os que interessam justamente para serem alvejados de alguma forma: tesourados, deformados, desviados, invertidos, manipulados, usados criminosamente, coisas assim. Começa logo com a questão WikiLeaks, essa tremenda confa gerada pela publicação de informações sobre ações criminosas da central de comando do Império, nos EUA. E eis que, indo à luta, logo deparamos com o insondável, com o desequilíbrio, com o vago. É que a imprensa do Império não tem nenhum interesse em esclarecer os fatos que começam a assombrar o mundo. De saída, fomos buscar indícios da encrenca na Folha, e logo aparece uma visão embaralhada e sem norte, protagonizada por Lula da Filva, o Çilva I, colocada a fala do quase ex-presidente como gancho de uma impalpável notícia sobre o assunto. Tudo fica vago, como convém. E sentimos o jeitinho brasileiro sendo posto pra funcionar. Enter.
Lá vem a Folha: “O presidente criticou a busca mundial feita por Assange (??). ‘Ele desnuda a diplomacia, que parecia inatingível e a mais certa do mundo, e começa uma busca. Não sei se colocaram cartaz como no tempo do faroeste, procura-se vivo ou morto, e prenderam o rapaz. Não vi um voto de protesto’, disse. Lula pediu aos assessores que comecem a fazer manifestação no Blog do Planalto. ‘Vamos fazer o primeiro protesto então contra a liberdade de expressão na internet (,) porque o rapaz estava colocando lá apenas o que ele leu. E se ele leu é porque alguém escreveu. O culpado não é quem divulgou, mas quem escreveu a bobagem. Então, que fique aqui meu protesto’, afirmou o presidente”. Estivesse Manoel aqui e logo denunciaria a completa dubiedade dessa matéria e da própria fala do Çilva I, sempre soando a cacarejo, senão a bostejo, como diriam professores do Colégio Militar do Rio nos anos 50. O trêfego petista maior conseguiu impor um estilo histriônico e banalizante em relação a tudo. É um Midas às avessas, que reduz todo assunto em que toca a conteúdo de miserê, de titica. Vejam a fala completamente desalinhada e paradoxal: “Vamos fazer o primeiro protesto então contra a liberdade de expressão na internet porque o rapaz estava colocando lá apenas o que ele leu”. Parece uma outra fala dele, dizendo que foi quem mais lutou contra a ética... Mas acabou que conseguimos ordenar a questão, chegamos a informações mais consistentes, e vai o que interessa a todos os seres do Cristo – não somos evangélicos, pô! – e do bem: “O site WikiLeaks já divulgou documentos sigilosos sobre guerras do Iraque e do Afeganistão e revela agora correspondências diplomáticas dos EUA e afeta, entre outros, o WikiLeaks Brasil. O WikiLeaks é um site que se dedica a revelar documentos secretos de vários países. Neste ano, o site divulgou cerca de 400 mil documentos secretos sobre a guerra do Iraque. Antes disso, o WikiLeaks já havia divulgado 90 mil relatórios confidenciais sobre abusos cometidos no Afeganistão. Divulgou no último domingo cerca de 250 mil documentos diplomáticos secretos dos EUA que revelaram segredos da política externa americana. Os documentos foram publicados pelos jornais The Guardian, New York Times, Le Monde e El País e pela revista alemã Der Spiegel e se referem desde os anos 1960 ao início de 2010”. Enter.
Os Conquistadores do Mundo, isto é, o Império, que envolve os donos do planeta e sua equipe monstruosa espalhada pelos quatro cantos do mundo, querem que tudo seja feito ao gosto e interesse deles, e isso não pode ser sabido pelas vítimas desse esquema. Os monstros dominadores intervencionistas, sempre tomados de ódio e fantasia de vingança, seres sanguissedentos, tacham cinicamente de “adeptos de teorias da conspiração” os que descobrem a armação conspiratória deles, que é tão clara quanto funesta, mas o sigilo que impõem a seu esquema é tal que a Humanidade vive bovinamente sob cabresto e não tem como se organizar. E é justamente para evitar qualquer organização, qualquer mobilização, que existe o descomunal esquema de “comunicação”, justamente para evitar a comunicação entre os seres por eles controlados. E esses seres são simplesmente TODA A HUMANIDADE. Então o papel do WikiLeaks é de suma importância no que desvenda o que os dominadores ávidos e desalmados fazem contra a macacada vestida que deambula bestamente na superfície desta bola malsinada, o planeta Terra. Enter.
Pois eis que prenderam semana passada o homem do WikiLeaks alegando prática de crime sexual. Estivesse Manoel na raia e logo viria a estupefação: “Na Suécia?? Crime sexual na Suécia??”, porque trata-se do país em que o sexo não tem fronteiras, segundo o que se diz no mundo inteiro. Preocupados com essa história tão estranha quanto intrigantemente oportuna e conveniente para os reis do Império, flagrados com a boca na botija pelo que o site revelou, fomos atrás de subsídios.
E chegamos a algo concreto, sempre via internet, setor em que a censura – ainda! – não pode incidir: “As acusações contra Assange na Suécia são absurdas e foram consideradas absurdas pela Procuradora-chefe sueca, que já havia encerrado o caso, até que uma figura política importante entrou em cena, e o caso foi reaberto”. E lá vai Pepe Escobar abrindo o jogo em seu Asia Times Online: “Como disse Mark Stephens, advogado londrino de Assange, falando a ATO News no fim-de-semana, os procuradores suecos caçam Assange ‘não por alguma acusação de estupro, como disseram antes’, mas por prática conhecida como ‘sex by surprise’, a qual, disse Stephens, ‘envolve multa de 5.000 kronor, cerca de 715 dólares’. Stephens acrescentou que ‘Nem sabemos o que significa ‘sex by surprise’. 'Ninguém nos falou sobre isso', disse.”. Na calçada, à frente do tribunal de Westminster, o consagrado jornalista John Pilger, que acompanha a maluquice, resumiu tudo: “Os suecos deveriam ter vergonha do que fizeram.” E prossegue Escobar: “Nada confirmado até agora, mas especula-se que a tal ‘figura política importante’ talvez tenha as maneiras sombrias do velho estilo da velha CIA. Mas a parte mais absurda é que a própria ‘Miss A’ (uma das envolvidas no sex by surprise) contou a um tabloide sueco que ‘jamais pensara ou desejara acusar Assange de estupro’. Talvez devesse contar também à nova Procuradora”. Enter final.
Para quem quiser ver as coisas mais de perto vão, abaixo, três links. Um mostra o trêfego Çilva I falando – com delícia, pois adora ter uma platéia diante de si – sobre o fato e misturando bolas, como sempre. Outro é o link da matéria sobre o escândalo, no ATO News. Outro ainda, e brabo, permite entrar na encrenca de cabeça. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
http://www.viomundo.com.br/politica/a-solidariedade-de-lula-ao-wikileaks.html
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/pepe-escobar-imperador-nu-prega-%e2%80%9csex-by-surprise%e2%80%9d.html
http://213.251.145.96/
Ah! Vale lembrar: estamos sob censura desde 11/04/08, aliás, mantida por Gilmar Mendes, e a restrição vai totalizando 946 dias. Abraço pra turma do Estadão, há 497 dias também sob mordaça...
Envolvido com estudos copiosos e de grande dificuldade de incorporação pelo volume e profundidade de conteúdo, Manoel pede um tempo por uns tempos e passa a nós o espaço semanal para troca de idéias e informações. E assumimos o trampo e o tranco de cara, sem pestanejar. Logo abordamos os fatos mais malucos do momento, fatos que não interessam à mídia do Império, ou os que interessam justamente para serem alvejados de alguma forma: tesourados, deformados, desviados, invertidos, manipulados, usados criminosamente, coisas assim. Começa logo com a questão WikiLeaks, essa tremenda confa gerada pela publicação de informações sobre ações criminosas da central de comando do Império, nos EUA. E eis que, indo à luta, logo deparamos com o insondável, com o desequilíbrio, com o vago. É que a imprensa do Império não tem nenhum interesse em esclarecer os fatos que começam a assombrar o mundo. De saída, fomos buscar indícios da encrenca na Folha, e logo aparece uma visão embaralhada e sem norte, protagonizada por Lula da Filva, o Çilva I, colocada a fala do quase ex-presidente como gancho de uma impalpável notícia sobre o assunto. Tudo fica vago, como convém. E sentimos o jeitinho brasileiro sendo posto pra funcionar. Enter.
Lá vem a Folha: “O presidente criticou a busca mundial feita por Assange (??). ‘Ele desnuda a diplomacia, que parecia inatingível e a mais certa do mundo, e começa uma busca. Não sei se colocaram cartaz como no tempo do faroeste, procura-se vivo ou morto, e prenderam o rapaz. Não vi um voto de protesto’, disse. Lula pediu aos assessores que comecem a fazer manifestação no Blog do Planalto. ‘Vamos fazer o primeiro protesto então contra a liberdade de expressão na internet (,) porque o rapaz estava colocando lá apenas o que ele leu. E se ele leu é porque alguém escreveu. O culpado não é quem divulgou, mas quem escreveu a bobagem. Então, que fique aqui meu protesto’, afirmou o presidente”. Estivesse Manoel aqui e logo denunciaria a completa dubiedade dessa matéria e da própria fala do Çilva I, sempre soando a cacarejo, senão a bostejo, como diriam professores do Colégio Militar do Rio nos anos 50. O trêfego petista maior conseguiu impor um estilo histriônico e banalizante em relação a tudo. É um Midas às avessas, que reduz todo assunto em que toca a conteúdo de miserê, de titica. Vejam a fala completamente desalinhada e paradoxal: “Vamos fazer o primeiro protesto então contra a liberdade de expressão na internet porque o rapaz estava colocando lá apenas o que ele leu”. Parece uma outra fala dele, dizendo que foi quem mais lutou contra a ética... Mas acabou que conseguimos ordenar a questão, chegamos a informações mais consistentes, e vai o que interessa a todos os seres do Cristo – não somos evangélicos, pô! – e do bem: “O site WikiLeaks já divulgou documentos sigilosos sobre guerras do Iraque e do Afeganistão e revela agora correspondências diplomáticas dos EUA e afeta, entre outros, o WikiLeaks Brasil. O WikiLeaks é um site que se dedica a revelar documentos secretos de vários países. Neste ano, o site divulgou cerca de 400 mil documentos secretos sobre a guerra do Iraque. Antes disso, o WikiLeaks já havia divulgado 90 mil relatórios confidenciais sobre abusos cometidos no Afeganistão. Divulgou no último domingo cerca de 250 mil documentos diplomáticos secretos dos EUA que revelaram segredos da política externa americana. Os documentos foram publicados pelos jornais The Guardian, New York Times, Le Monde e El País e pela revista alemã Der Spiegel e se referem desde os anos 1960 ao início de 2010”. Enter.
Os Conquistadores do Mundo, isto é, o Império, que envolve os donos do planeta e sua equipe monstruosa espalhada pelos quatro cantos do mundo, querem que tudo seja feito ao gosto e interesse deles, e isso não pode ser sabido pelas vítimas desse esquema. Os monstros dominadores intervencionistas, sempre tomados de ódio e fantasia de vingança, seres sanguissedentos, tacham cinicamente de “adeptos de teorias da conspiração” os que descobrem a armação conspiratória deles, que é tão clara quanto funesta, mas o sigilo que impõem a seu esquema é tal que a Humanidade vive bovinamente sob cabresto e não tem como se organizar. E é justamente para evitar qualquer organização, qualquer mobilização, que existe o descomunal esquema de “comunicação”, justamente para evitar a comunicação entre os seres por eles controlados. E esses seres são simplesmente TODA A HUMANIDADE. Então o papel do WikiLeaks é de suma importância no que desvenda o que os dominadores ávidos e desalmados fazem contra a macacada vestida que deambula bestamente na superfície desta bola malsinada, o planeta Terra. Enter.
Pois eis que prenderam semana passada o homem do WikiLeaks alegando prática de crime sexual. Estivesse Manoel na raia e logo viria a estupefação: “Na Suécia?? Crime sexual na Suécia??”, porque trata-se do país em que o sexo não tem fronteiras, segundo o que se diz no mundo inteiro. Preocupados com essa história tão estranha quanto intrigantemente oportuna e conveniente para os reis do Império, flagrados com a boca na botija pelo que o site revelou, fomos atrás de subsídios.
E chegamos a algo concreto, sempre via internet, setor em que a censura – ainda! – não pode incidir: “As acusações contra Assange na Suécia são absurdas e foram consideradas absurdas pela Procuradora-chefe sueca, que já havia encerrado o caso, até que uma figura política importante entrou em cena, e o caso foi reaberto”. E lá vai Pepe Escobar abrindo o jogo em seu Asia Times Online: “Como disse Mark Stephens, advogado londrino de Assange, falando a ATO News no fim-de-semana, os procuradores suecos caçam Assange ‘não por alguma acusação de estupro, como disseram antes’, mas por prática conhecida como ‘sex by surprise’, a qual, disse Stephens, ‘envolve multa de 5.000 kronor, cerca de 715 dólares’. Stephens acrescentou que ‘Nem sabemos o que significa ‘sex by surprise’. 'Ninguém nos falou sobre isso', disse.”. Na calçada, à frente do tribunal de Westminster, o consagrado jornalista John Pilger, que acompanha a maluquice, resumiu tudo: “Os suecos deveriam ter vergonha do que fizeram.” E prossegue Escobar: “Nada confirmado até agora, mas especula-se que a tal ‘figura política importante’ talvez tenha as maneiras sombrias do velho estilo da velha CIA. Mas a parte mais absurda é que a própria ‘Miss A’ (uma das envolvidas no sex by surprise) contou a um tabloide sueco que ‘jamais pensara ou desejara acusar Assange de estupro’. Talvez devesse contar também à nova Procuradora”. Enter final.
Para quem quiser ver as coisas mais de perto vão, abaixo, três links. Um mostra o trêfego Çilva I falando – com delícia, pois adora ter uma platéia diante de si – sobre o fato e misturando bolas, como sempre. Outro é o link da matéria sobre o escândalo, no ATO News. Outro ainda, e brabo, permite entrar na encrenca de cabeça. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
http://www.viomundo.com.br/politica/a-solidariedade-de-lula-ao-wikileaks.html
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/pepe-escobar-imperador-nu-prega-%e2%80%9csex-by-surprise%e2%80%9d.html
http://213.251.145.96/
Ah! Vale lembrar: estamos sob censura desde 11/04/08, aliás, mantida por Gilmar Mendes, e a restrição vai totalizando 946 dias. Abraço pra turma do Estadão, há 497 dias também sob mordaça...
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Manoel e o colapso dos institutos
Frederico Mendonça de Oliveira
“Pois é, pois pois. Fiquei sabendo, ó Maria, que uma funcionária de uma empresa foi despedida por ter aliviado seus gases intestinais não sei se com estampido, se com fetidez sulfídrica, se com os dois. Não sei quem sentiu ou ouviu o malfadado flato, o fato é que isto valeu uma demissão para a pobre emitente do gás liberado em ambiente adverso. Mas parece-me a mim e a muitos outros seres atentos para com tais fatos aberrativos ou naturais – quem não alivia seus intestinos pressionados por gases? – que livrar-se de gases é lícito, desde que não causando lesão ou dano a pessoas ou ambientes. Que te parece, ó linda? Concordas com a demissão da pobre?”, pergunta Manoel, considerando os curvilíneos volumes de sua amada, que se ajeita na cadeira para dar prosseguimento ao diálogo. Enter.
“Tu não acreditas, ó Manoel, mas acabo de dar de cara com uma notícia enviada por uma colega de escola secundária que sempre me envia fatos bizarros para curtição. Trata-se do teor de um despacho judicial tratando justamente desse assunto. Veja aqui no vídeo”. E Maria abre sua caixa postal e exibe o material para seu abestalhado Manoel. A combinação de termos e de ambientes, isto é, o juridiquês empolado usando até latim para se referir a emissões gasosas de intestinos e as imagens que passam por nossas mentes lembrando tribunais e, claro, as partes emitentes dos gases e a sonoridade característica e sempre hilariante deles acaba gerando uma propensão ao divertimento, e Manoel já olha para as palavras do texto com expressão a caminho do riso. E o texto acaba realmente risível, inusitada que é a combinação de tais conteúdos. Segue o texto. Enter.
“RECORRENTE: Coorpu's Com Serv de Produtos Para Estet/ RECORRIDO: Marcia da Silva Conceição/ EMENTA - PENA DISCIPLINAR. FLATULÊNCIA NO LOCAL DE TRABALHO.
Por princípio, a Justiça não deve ocupar-se de miuçalhas (de minimis non curat pretor). Na vida contratual, todavia, pequenas faltas podem acumular-se como precedentes curriculares negativos, pavimentando o caminho para a justa causa, como ocorreu in casu. Daí porque a atenção dispensada à inusitada advertência que precedeu a dispensa da reclamante. Impossível validar a aplicação de punição por flatulência no local de trabalho, vez que se trata de reação orgânica natural à ingestão de alimentos e ar, os quais, combinados com outros elementos presentes no corpo humano, resultam em gases que se acumulam no tubo digestivo, que o organismo necessita expelir, via oral ou anal.
Abusiva a presunção patronal de que tal ocorrência configura conduta social a ser reprimida, por atentatória à disciplina contratual e aos bons costumes. Agride a razoabilidade a pretensão de submeter o organismo humano ao jus variandi, punindo indiscretas manifestações da flora intestinal sobre as quais empregado e empregador não têm pleno domínio. Estrepitosos ou sutis, os flatos nem sempre são indulgentes com as nossas pobres convenções sociais.” Enter.
“Vê, Manoel, como tudo é tão relativo. Todos sabemos das pressões sociais agindo em nossa fisiologia, todos vivemos às voltas com evitar emitir gases em momentos ou locais considerados impróprios, mas punir quem deixa escapar um sonoro e/ou malcheiroso pum me parece algo além dos limites. Se o autor do disparo o faz de forma acintosa contra um superior, aquilo de assestar a via de liberação em direção ao endereço e deliberadamente efetuar o disparo, acredita-se até na procedência de uma justa causa. Mas se foi involuntário, se escapou, malgrado os efeitos da liberação, seja a contrariedade gerada com lidar com gases oriundos de entranhas outras e portanto portadores de conteúdos mefíticos indesejáveis para terceiros, seja pela quebra de uma convenção de compostura no trabalho, é bem vinda a indulgência para com o pobre emissor”, considera Maria diante de um olhar derretido de Manoel. O casal tem por princípio não incluir emissões quando juntos ou apenas próximos. Mas o fato de uma empresa despedir uma pobre peidante cheira a pedantismo. “Tu viste, ó Manoel, aquele vídeo no Youtube em que um funcionário recebe, em sua apertada repartição, seus colegas de trabalho que levam para ele o bolo de aniversário, e eis que o aniversariante, sem saber do séquito que invade seu espaço – ele estava de costas – ali adentrava com o bolo, emite uma bomba sonora em direção aos pobres?”, pergunta Maria. Você pode, querido leitor, assistir às cenas dessa situação que Maria lembrou, basta clicar no link abaixo. E Manoel, vendo as cenas, comenta: “Mas que podemos fazer diante de uma rata dessas senão sair correndo do local para evitar inspirar conteúdos de entranhas outras?? Aliás, foi o que me pareceu que os envolvidos fizeram...”, comenta nosso herói diante do fato inesperado vivido por todos. (http://www.youtube.com/watch?v=NkblnnAF1sE) Enter.
E Maria aponta no texto enviado por sua amiga algo que não vira antes e que corrobora suas palavras de forma inequívoca: “A imposição dolosa, aos circunstantes, dos ardores da flora intestinal, pode configurar, no limite, incontinência de conduta, passível de punição pelo empregador. Já a eliminação involuntária, conquanto possa gerar constrangimentos e, até mesmo, piadas e brincadeiras, não há de ter reflexo para a vida contratual.” E Manoel pensa nos seus longínquos tempos de escola fundamental, em que as brincadeiras com pum eram diárias, sendo verdadeiro sucesso em salas de aula – especialmente quando o risco era grande, no caso de o professor ter maus instintos – e de como isso enriqueceu sua vida com um acervo de lembranças em que a inocência ia se perdendo através de práticas de pequenos desvios, e ainda de como isso trouxe de forma indolor a compreensão da nossa falibilidade humana. Enter final.
E Manoel conta para Maria sua experiência com o Realismo português, quando, lendo O Crime do Padre Amaro, deparou com aquela abertura falando de o pároco José Miguéis, de Leiria, não ter compostura de sacerdote, chegando a arrotar no confessionário e a desencorajar com maus modos as fiéis carolas que lhe vinham falar de jejuns: “Ora, coma-lhe e beba-lhe, criatura!”. Maria se deliciava ouvindo a fala de Manoel, cheia de deslumbramento, e acabou por falar sobre a falência irremediável de todos os institutos: “Tu vês, ó Manoel, que a estrutura da lei, a considerar o crescimento desordenado das populações Brasil a dentro e mundo afora, chegou a um impasse de pane total. Todos os valores se relativizaram a tal ponto que seria necessário reformular tudo, desde a Constituição até os conteúdos de cargos de comando, e com isso estaríamos diante de tamanha e tão árdua tarefa que a vida passaria a andar para trás. Quanto maior o número de leis, pior a república, diz o adágio latino – mala raepublica plurimae leges –, e vemos o colapso geral quando toda uma estrutura da Justiça é acionada por conta de um simples pum!”. E Manoel: “É, minha linda: a civilização acabou!”, e os dois deixam a adorável copa-cozinha e fica lá o gato dormindo, dando um toque de beleza à cena. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
Ah! Vale lembrar: estamos sob censura desde 11/04/08, aliás, mantida por Gilmar Mendes, e a restrição vai totalizando 939 dias. Abraço pra turma do Estadão, há 490 dias também sob mordaça...
“Pois é, pois pois. Fiquei sabendo, ó Maria, que uma funcionária de uma empresa foi despedida por ter aliviado seus gases intestinais não sei se com estampido, se com fetidez sulfídrica, se com os dois. Não sei quem sentiu ou ouviu o malfadado flato, o fato é que isto valeu uma demissão para a pobre emitente do gás liberado em ambiente adverso. Mas parece-me a mim e a muitos outros seres atentos para com tais fatos aberrativos ou naturais – quem não alivia seus intestinos pressionados por gases? – que livrar-se de gases é lícito, desde que não causando lesão ou dano a pessoas ou ambientes. Que te parece, ó linda? Concordas com a demissão da pobre?”, pergunta Manoel, considerando os curvilíneos volumes de sua amada, que se ajeita na cadeira para dar prosseguimento ao diálogo. Enter.
“Tu não acreditas, ó Manoel, mas acabo de dar de cara com uma notícia enviada por uma colega de escola secundária que sempre me envia fatos bizarros para curtição. Trata-se do teor de um despacho judicial tratando justamente desse assunto. Veja aqui no vídeo”. E Maria abre sua caixa postal e exibe o material para seu abestalhado Manoel. A combinação de termos e de ambientes, isto é, o juridiquês empolado usando até latim para se referir a emissões gasosas de intestinos e as imagens que passam por nossas mentes lembrando tribunais e, claro, as partes emitentes dos gases e a sonoridade característica e sempre hilariante deles acaba gerando uma propensão ao divertimento, e Manoel já olha para as palavras do texto com expressão a caminho do riso. E o texto acaba realmente risível, inusitada que é a combinação de tais conteúdos. Segue o texto. Enter.
“RECORRENTE: Coorpu's Com Serv de Produtos Para Estet/ RECORRIDO: Marcia da Silva Conceição/ EMENTA - PENA DISCIPLINAR. FLATULÊNCIA NO LOCAL DE TRABALHO.
Por princípio, a Justiça não deve ocupar-se de miuçalhas (de minimis non curat pretor). Na vida contratual, todavia, pequenas faltas podem acumular-se como precedentes curriculares negativos, pavimentando o caminho para a justa causa, como ocorreu in casu. Daí porque a atenção dispensada à inusitada advertência que precedeu a dispensa da reclamante. Impossível validar a aplicação de punição por flatulência no local de trabalho, vez que se trata de reação orgânica natural à ingestão de alimentos e ar, os quais, combinados com outros elementos presentes no corpo humano, resultam em gases que se acumulam no tubo digestivo, que o organismo necessita expelir, via oral ou anal.
Abusiva a presunção patronal de que tal ocorrência configura conduta social a ser reprimida, por atentatória à disciplina contratual e aos bons costumes. Agride a razoabilidade a pretensão de submeter o organismo humano ao jus variandi, punindo indiscretas manifestações da flora intestinal sobre as quais empregado e empregador não têm pleno domínio. Estrepitosos ou sutis, os flatos nem sempre são indulgentes com as nossas pobres convenções sociais.” Enter.
“Vê, Manoel, como tudo é tão relativo. Todos sabemos das pressões sociais agindo em nossa fisiologia, todos vivemos às voltas com evitar emitir gases em momentos ou locais considerados impróprios, mas punir quem deixa escapar um sonoro e/ou malcheiroso pum me parece algo além dos limites. Se o autor do disparo o faz de forma acintosa contra um superior, aquilo de assestar a via de liberação em direção ao endereço e deliberadamente efetuar o disparo, acredita-se até na procedência de uma justa causa. Mas se foi involuntário, se escapou, malgrado os efeitos da liberação, seja a contrariedade gerada com lidar com gases oriundos de entranhas outras e portanto portadores de conteúdos mefíticos indesejáveis para terceiros, seja pela quebra de uma convenção de compostura no trabalho, é bem vinda a indulgência para com o pobre emissor”, considera Maria diante de um olhar derretido de Manoel. O casal tem por princípio não incluir emissões quando juntos ou apenas próximos. Mas o fato de uma empresa despedir uma pobre peidante cheira a pedantismo. “Tu viste, ó Manoel, aquele vídeo no Youtube em que um funcionário recebe, em sua apertada repartição, seus colegas de trabalho que levam para ele o bolo de aniversário, e eis que o aniversariante, sem saber do séquito que invade seu espaço – ele estava de costas – ali adentrava com o bolo, emite uma bomba sonora em direção aos pobres?”, pergunta Maria. Você pode, querido leitor, assistir às cenas dessa situação que Maria lembrou, basta clicar no link abaixo. E Manoel, vendo as cenas, comenta: “Mas que podemos fazer diante de uma rata dessas senão sair correndo do local para evitar inspirar conteúdos de entranhas outras?? Aliás, foi o que me pareceu que os envolvidos fizeram...”, comenta nosso herói diante do fato inesperado vivido por todos. (http://www.youtube.com/watch?v=NkblnnAF1sE) Enter.
E Maria aponta no texto enviado por sua amiga algo que não vira antes e que corrobora suas palavras de forma inequívoca: “A imposição dolosa, aos circunstantes, dos ardores da flora intestinal, pode configurar, no limite, incontinência de conduta, passível de punição pelo empregador. Já a eliminação involuntária, conquanto possa gerar constrangimentos e, até mesmo, piadas e brincadeiras, não há de ter reflexo para a vida contratual.” E Manoel pensa nos seus longínquos tempos de escola fundamental, em que as brincadeiras com pum eram diárias, sendo verdadeiro sucesso em salas de aula – especialmente quando o risco era grande, no caso de o professor ter maus instintos – e de como isso enriqueceu sua vida com um acervo de lembranças em que a inocência ia se perdendo através de práticas de pequenos desvios, e ainda de como isso trouxe de forma indolor a compreensão da nossa falibilidade humana. Enter final.
E Manoel conta para Maria sua experiência com o Realismo português, quando, lendo O Crime do Padre Amaro, deparou com aquela abertura falando de o pároco José Miguéis, de Leiria, não ter compostura de sacerdote, chegando a arrotar no confessionário e a desencorajar com maus modos as fiéis carolas que lhe vinham falar de jejuns: “Ora, coma-lhe e beba-lhe, criatura!”. Maria se deliciava ouvindo a fala de Manoel, cheia de deslumbramento, e acabou por falar sobre a falência irremediável de todos os institutos: “Tu vês, ó Manoel, que a estrutura da lei, a considerar o crescimento desordenado das populações Brasil a dentro e mundo afora, chegou a um impasse de pane total. Todos os valores se relativizaram a tal ponto que seria necessário reformular tudo, desde a Constituição até os conteúdos de cargos de comando, e com isso estaríamos diante de tamanha e tão árdua tarefa que a vida passaria a andar para trás. Quanto maior o número de leis, pior a república, diz o adágio latino – mala raepublica plurimae leges –, e vemos o colapso geral quando toda uma estrutura da Justiça é acionada por conta de um simples pum!”. E Manoel: “É, minha linda: a civilização acabou!”, e os dois deixam a adorável copa-cozinha e fica lá o gato dormindo, dando um toque de beleza à cena. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
Ah! Vale lembrar: estamos sob censura desde 11/04/08, aliás, mantida por Gilmar Mendes, e a restrição vai totalizando 939 dias. Abraço pra turma do Estadão, há 490 dias também sob mordaça...
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