Frederico Mendonça de Oliveira
“A rescisão contratual do apresentador Gugu Liberato com o SBT é de R$ 15 milhões, informa nesta sexta-feira a coluna Outro Canal, assinada por Daniel Castro na Folha de S.Paulo”. “Eis aí”, pensa Manoel: “locupletam-se os burros para ficarem felizes os bobos”. E nosso herói ainda pensa no fato de os bobos acharem lindo o sujeito loirinho receber, burro como ele parece ser, uma soma dessas, que daria para fazer algo de positivo para o País, ao invés de pagar tamanha soma, aliás astronômica, para um tipo que se apresenta como imbecil entupir as mentes dos pobres telespectadores indefesos com merda grossa, mostrando quadros oligoferantes – geradores de oligóides – quando não simplesmente indecentes, como aquela infame “Banheira do Gugu”. O que realmente significa esse “apresentador”? Que resultados nos traz o “trabalho” dele? “Acredito que nada!”, rosna Manoel, “porque na verdade ele não passa de um mensageiro da estupidez assumida pela mídia terrorista e pela imensa legião de seres diariamente transformados em imbecis por absoluta falta de opção”. Enter.
E a mesma Folha, que noticia essa estupidez de pagar tamanha fortuna a um difusor de miséria mental e moral – como se isso fosse uma grande notícia –, noticia o nascimento de filhotes de pantera negra, e se sai com esta pérola fecal: “TRATAM-SE de duas fêmeas, que receberam O NOME de Larisa e Sipura. Elas nasceram em 26 de abril.” Bem, começa que a expressão “tratar-se” não vai para o plural, por ser abrangente: “trata-se, ISSO, de...”, esteja o complemento no singular ou no plural. Burrice grossa. Pois, insatisfeita com essa tijolada, a mesma criatura que abre o trecho defecando no idioma prossegue exibindo sua boçalidade, pois refere-se a dois nomes como sendo um só. Comentando sobre a exibição de estupidez com sua amada Maria, Manoel ouviu dela o comentário irônico: “Sim, é isso: o nome de uma é Larisa e Sipura; da outra, Larisa e Sipura também. Só pode ser. E ainda dizem no Brasil que os portugueses é que são burros...”. Enter.
Dois atentados, portanto. Um, ofender as instituições e o povo brasileiro premiando um mensageiro da estupidez com esta soma astronômica, enquanto professores ralam a vida inteira ganhando ninharias insultantes; dois, ofender a população com distribuir uma publicação em que o Português é linchado através de permitir que profissionais não qualificados difundam sua estupidez sem qualquer critério. Repete-se a equação de burros e bobos aos olhos de todos. Outro dia, aliás, lendo o JB Online, Manoel deparou com (agora vai sendo difundida a forma “deparar-se com”, pleonástica) um belo “Daqui dez dias”, expressão muito usada pelos apedeutas entre os quais se insere o presidente desta República de bananas, para quem o ato de falar é mecânico e desprovido de vínculo com a beleza e o prazer da correção. Questão até de caráter... mas isso não tem sido, como temos visto, preocupação qualquer para o “presidente” ou para sua “equipe”, na qual desfilavam inhenhos néscios como José Dirceu (em relação a quem a maior preocupação não foram os erros, mas os erres) e Palloci, gente mais apropriada para integrar parrandas, saparias ou catervas, e ainda se mantêm seres blindados, mesmo depois da limpa obrigatória consumada pela exposição de tamanha espurcícia regendo e compondo o “governo”. Enter.
“Daqui dez dias, no mínimo”, dizia o texto do JB pilotado por um oligoqueta ao teclado. E vale pensar que o Jornal do Brasil já foi modelo de jornalismo quando o Brasil era país, não apenas o lugar baldio que é hoje. Será que a figura do revisor desapareceu do universo do jornalismo? E, vale considerar, trata-se de um universo que seguramente fatura hoje muitíssimo mais, a julgar pelo volume de anúncios, que em tempos outros de respeito a valores do idioma de da verdade teria muito menor arrecadação... Seria o modelo concentrador apertando as tenazes contra a instituição do trabalho do jornalista em todos os sentidos? “Que miséria!!”, eructa Manoel diante da burrice que é desmantelar valores e edifícios, visando atender a interesses inconfessáveis dos globalizadores, esses monstros que criam atalhos que levam o planeta à consumação horrenda que será a grande tribulação! “É “daqui A dez dias”, intelijumência!”, grunhe implosivo Manoel vendo a estupidez estampada nas fuças, e tal exclamação surda o leva a emitir um curto e sonoro flato, e ele agradece a Deus por Maria não estar por perto – tá lá pros quartos, cuidando feminina e carinhosamente de roupas de cama – e poder presenciar o estampido e, pior, captar o odor mefítico inerente à emissão do gás sulfídrico. “Afinal”, pensa nosso herói, “ninguém peida cheiroso!, mas o lindo narizinho de Maria não merece tal experiência, de detectar o teor pestilento proveniente de intestinos de cervejeiro juramentado”. Enter final.
Pois Manoel recebeu de um amigo um texto de Rubem Alves, que escreve bobagens para bobos que caem na trapaça de ele ser um cara que tem o que acrescentar. O texto fala de passagem sobre ele ter mudado sua posição em relação a gatos, animais de que ele desconfiava. Então o texto abre revelando essa conversão, mas logo muda em direção a cachorros, tema que ocupa a maior parte da fala. De volta aos gatos, cita um fato específico envolvendo os bichanos, faz um comentário bobo e se encerra. “Rubem Alves é o arauto do vazio que passa por cheio”, reflete Manoel com enfado depois de constatar a besteira boba que acabou de ler. Afinal, tendo sido enviada por um amigo do peito, mereceu a leitura. Mas a tolice de Rubem Alves se confirmou. Ele faz o tipo de burro que escreve inteligentemente. Na verdade, é um bobo que exibe uma burrice dúbia e arregimenta bobos aos magotes. Típico exemplar de um país de empulhadores. Vende gato por lebre direto. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
P.S.: Ei, Chávez: fecha logo essa Globo daí! Se não fechar, é capaz de eles fazerem uma oferta ao Gugu, pra emporcalhar a Venezuela que se assumiu soberana!
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