sexta-feira, 26 de junho de 2009

Manoel, a morte do Michael e a perversão instituída

Frederico Mendonça de Oliveira

Manoel recebeu uma mensagem de um amigo comentando a morte de Michael Jackson. O amigo dizia que era para comemorar a morte de um pervertido em vários sentidos, mas especialmente pelo fato de ele ser um traidor da raça. Maneira de dizer desse amigo: coração de ouro que é, na verdade está é consternado com tanta feiúra que cercou o pobre ídolo do capitalismo selvagem. Tirando essa histeria de fazer cavalo de batalha por causa de “racismo” e “homofobia”, coisas que andam fazendo a Humanidade se ressentir da própria história, e que na verdade não vai mudar o rumo da sempre independente evolução cósmica, queiram os homens o que quiserem, Manoel se penaliza em considerar quão infeliz foi esse garoto, que morre aos 50 triste, deformado em quase todos os sentidos, cheio de rombos em sua aura – sabe-se lá o que rolou ainda além do que pudemos saber – e agora produzindo lucros astronômicos com sua morte sabe-se lá por quê. Enter.
Jackson foi o paradigma da trapaça capitalista em termos do universo pop – excetuando-se o fato de que dançava como poucos e cantava como um diabo. Era artista de verdade, mas operou no território da ilusão, materializando esse desvio no que se desfez de sua pigmentação pra ficar corderrosa, mais parecendo um ser de borracha. O nariz afilado por plástica destoava da boca, e ele parecia um pinóquio rosé. Também se via desde cedo o desvio de personalidade: ridiculamente ostentando ainda criança um pelame brequipau e cantando com inflexão piegas mais parecendo uma menina manhosa e chata, já dava sinais de ser uma criatura defasada de si. Compensou isso com a magnífica dança que Thriller sintetizou como patrimônio do artista e com cantar de forma eletrizante, com domínio de voz típico de prodígios da raça. Enter.
Mas... que raça? Esse papo de raça é um saco. Primeiro, a discussão sobre superioridade racial, que vem dos primórdios dessa maluquice chamada Humanidade. Uns se dizem escolhidos de Deus – o que faria de Deus um insensato, o que é impensável e oposto ao que Seu filho pregou: “O Pai ama a todos igualmente, todos são iguais perante Deus”, o que Lhe valeu uma crucificação –, outros vivem neste éon aturando discriminação até através da mitologia grega, em que a imperícia de Faetonte comandando a carruagem de Apolo o fez, descontrolado, dar um rasante sobre a África e queimar a pele de seus habitantes. Pelo visto, vamos ter que processar a mitologia por prática de racismo, essa babaquice irreal e histérica. Também teremos de processar Lamartine Babo por sua marchinha “O Teu Cabelo não Nega”, que todos de todos os matizes epidérmicos cantaram emocionados e felizes; vamos ter de processar Ary Barroso por sua “Nega do cabelo duro”, delícia de samba que jamais depreciou ninguém. E essa fantasia neurótica de tentar mudar o conteúdo real e espontâneo em relação a raças e condições de tendência sexual não passa de expediente promovido por uma minoria carregada de ódio nas células para deformar os fatos e dar passagem a outra fantasia, esta genocida, que vem embutida nessa farsa pra lá de safada. “Se não ficassem falando toda hora nisso, enchendo o saco de todos, chamando a atenção do mundo para assuntos que sempre foram irrelevantes para a maioria, estaria tudo do mesmo jeito, talvez até muito melhor!”, considera Manoel, estressado por tanta jeremiada e tanta bateção em ferro frio. Enter.
Pois lá se foi Michael Jackson para o imaterial, e a gentuça obtusa, legião de centenas de milhões nesse mundo estupidificado, vai lá reverenciar um “deus”, um ídolo, um ícone, um... embuste! Uma “instituição” da fantasia obscurantista do materialismo viciógeno, uma hipertrofia em tudo nociva para os valores reais que a Humanidade deveria cultuar. Morto, Michael Jackson voltará ao pó como corpo e enfrentará o limbo como espírito, e do lado de lá não haverá Neverland nenhuma, haverá é a verdade pura. Seguramente ele terá de passar bom tempo se desfazendo dessa desgraceira toda por lá, para, depois de despojado dessa coiseira, desse lixo que o matou, voltar como um jazzista que não será reconhecido em toda a sua vida, mesmo que genial e até inigualável em sua tarefa. Talvez volte para ser enfermeiro ou lixeiro, mesmo tendo dentro de si uma gigantesca riqueza. Talvez volte como mendigo, para compensar, pela Lei, o fato de ter vivido tamanha hipertrofia nesta vida. A compensação é necessária, para equilíbrio do Universo. “Então é isso”, conjetura Manoel: “Tanta grandeza aqui obriga a um retorno em pequenez. É como disse Madame Blavatsky: ‘Não te enojes de tocar a capa de um mendigo, pois na próxima existência ela poderá estar sobre seus ombros’”. Enter final.
E lá está a procissão de “fiéis” ao ídolo dos bobocas, ao boneco rosado, ao infeliz que se drogava com fármacos, gostava de coisas condenáveis pela mesma sociedade que o ejetou ao triunfo desmesurado e que fez de seus reais talentos, cantar e dançar, a atividade menos vivida por ele. Daí talvez ele chamar sua mansão de “terra do nunca”, porque seus reais talentos foram impedidos pelo mito que ele virou. “Mito de merda!”, comenta consigo Manoel: “A grande maioria que o cultuou não sabia exatamente por que cultuava, e os verdadeiros talentos do cara eram o que realmente menos se consumia. Prova de que havia uma grande defasagem, uma grande assintonia, ou arritmia, ou descompasso, ou desarmonia na vida desse cara, um infeliz!”. Agora é aturar mídia faturando em cima da morte do ídolo, depois virão revelações bombásticas, depois o esquecimento. “Mas que o cara cantava e dançava como um semideus, isso até lá em Portugal, que curte mais é um fado, se sabia. O mais importante é que parece que o mundo ficou mais leve...”, cogita Manoel, cofiando bigodes imaginários, reflexos de ancestrais lusos movidos a vinho e bacalhau. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Manoel, o Senado e a zoeira no Irã

Frederico Mendonça de Oliveira

Como sempre bancando o engraçadinho espirituoso mas na verdade explicitando sua completa falta de decoro e espírito de conveniência em todos os sentidos, o histriônico “presidente” Lula costuma combinar o inusitado com o ridículo de maneira insuperável. Zanzando aí pelo mundo, enquanto que no Brasil a bandalheira ganhou categoria de instituição ampla e irrevogável, o “presidente” que o boneco Obama classificou de “o cara” (“Este é o cara”, disse o figuróide de plantão e boneco africanóide dos globalizadores aboletado na Casa Branca) apareceu nesta semana vestido que nem fantasia de carnaval em bailes do Municipal do Rio nos anos 50, como sempre com aquele riso oligóide e, aproveitando a fanfarronice, defendeu o arquicorrupto Sarney, que mais uma vez ganha as páginas de escândalos em âmbito nacional. O sempre bizarro Lula disse que “Sarney tem uma história, não é um ser comum, e que essa onda de denuncismo só vai fazer atrapalhar a vida nacional”, coisa por aí, desprezível como sempre em se tratando de fala de quem ocupa a mais alta magistratura nesse bordel em que o Brasil foi transformado. Falar em “alta magistratura” hoje, referindo-se à presidência da República (melhor seria “repúbrica”, e, como sempre, das bananas) é tão cabível como o pianista do PT, paladino da negação da ética, ser considerado intelectual, como aliás vem acontecendo, para provar que por aqui, e nestes dias de trevas, nariz de porco é tomada e que não existe mais diferença entre um pouquinho de macarrão e um porrão de macaquinhos. Pois não estamos de todo desprovidos, ainda, de gente digna neste país baldio e tão escrachado e esculhambado, além de depredado e saqueado. Enter.
O senador Cristovam Buarque, do PDT, rebateu a afirmação irresponsável e cúmplice que nossa “autoridade máxima” não se pejou de cometer, ou eructar, como quiserem (só que arroto é infinitamente menos desagradável do que as falas de nosso dirigente máximo), e disparou uma correção no teor safado apresentado pelo gaiato mor da nação, sem contar que com isso ainda lhe impingiu a pecha de apedeuta, revelando a todos tamanha obtusidade associada a não menos estarrecedora ignorância. Seguem as palavras do senador, contestando a fala cínica: "Eu creio que o presidente Sarney tem uma biografia, mas, ao ocupar um cargo, ele guardou a biografia e ocupou um cargo político. Nesse ponto, o presidente Lula talvez não tenha entendido bem. A biografia do presidente Sarney estaria absolutamente segura se, no dia em que ele entregou o cargo de presidente da República ao presidente Collor, ele tivesse ido para casa e virasse estadista aposentado. Mas ele não quis isso. Ele preferiu guardar a biografia para os historiadores e ocupar um cargo político" Bem, Lula, o bufo, não tem alcance intelectual nem moral pra tal consideração, muito menos para entendê-la, já que defende a corrupção de forma explícita e desassombrada. Ainda cuspindo maribondos em cima de toda essa empulhação e troca de blandícias entre os que chafurdam no poder e mamam vorazmente nas tetas do erário não escondendo a conduta que mais se enquadraria na orgia típica de uma deslavada súcia, Cristovam explica de forma clara que “o peemedebista deve ser penalizado se ficar comprovado que ele tem envolvimento no escândalo dos atos secretos editados nos últimos 14 anos na instituição”, segundo relatou – não se sabe como – a Folha. Cristovam sustenta que o pilantraço deve responder a processo no Conselho de Ética. Enter.
Manoel tem memória de elefante, muito treinada, e viveu com muita atenção e muita reflexão o período ditatorial no Brasil. Vivenciou Portugal sob Salazar, e tem sua experiência sobre ditaduras, nas quais correu sério perigo e das quais escapou mesmo não sendo militante. Então ele relembra o cínico Sarney, sardônico, debochando do povo brasileiro quando era líder do “governo” ditatorial naqueles tempos sórdidos, dizendo, toda noite, quando entrevistado pela reportagem da Globo sobre questões de Estado, que “nada tinha a declarar”, como se o povo brasileiro fosse merda sob as botas daqueles gorilas a serviço de forças de alhures. Pois eis aí o sujeito agora envolvido com corrupção escandalosa, deitando e rolando em benesses ocultadas ao contribuinte-pagante, e o “presidente” ainda vem defender isso, que explode como escândalo maior, que vem se desenrolando há 14 anos, fazendo de palhaços todos os brasileiros honestos! E eis aí um ex-presidente que ocupou indevida e inexplicavelmente a cadeira que seria de Tancredo, e que depois se tornou senador pelo Amapá, sendo ele coronel do Maranhão, envolvido com corrupção grossa, e prossegue sorrindo sardonicamente para as câmaras com aquele bigode entre ridículo e obsceno, e o povo que se arrebente. Enter.
É isso. “O Brasil está fadado ao abismo de há muito, aliás desde sempre”, chora intimamente Manoel, “e isso desde que Cabral aqui aportou, trazendo sem saber, em sua caravela, por determinação inadvertida de Dom Manoel, um representante dos globalizadores. E pensar que fomos nós que trouxemos a desgraça para o Brasil! Poucos historiadores sabem que a heróica travessia e a descoberta foram o de menos! O diabo foi aquela azeitona que veio dentro do empadão!!!” E hoje Manoel considera que está no Brasil para pagar o carma de ser um lusitano vivendo no país que Portugal, sem saber e sem querer, desgraçou! É isso aí, presidente Lula! Desestimule a denúncia de irregularidades! Pense no seu filho, que todos sabemos que está muuuuuuuuito bem de vida, ele que era um joão-ninguém que ralava como qualquer brasileiro trabalhador que carrega país e os parasitas dele nas costas! Defenda aquele que você tanto criticou em seus tempos de líder de oposição, ó marajá dos marajás! Enter final.
E a coisa vai fedendo no Irã, sob a intervenção internacional que faz com que uma eleição.marcada pela normalidade seja transformada, pela ação da mídia internacional dos globalizadores, numa farsa que não ocorreu. O que vale aí é que o presidente reeleito andou dizendo verdades indesejáveis para os donos do mundo, e a cachorrada foi levada às ruas para manchar a imagem de um país que se nega a beijar as botas de Obamas, Bushes, Clintons et caterva. A hora do confronto se aproxima, será inevitável. A Coréia já se ouriça. A Venezuela está de olho. E o Brasil chafurda na lama da corrupção e da miséria. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye , babes!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Manoel aprecia os burros e os bobos

Frederico Mendonça de Oliveira

“A rescisão contratual do apresentador Gugu Liberato com o SBT é de R$ 15 milhões, informa nesta sexta-feira a coluna Outro Canal, assinada por Daniel Castro na Folha de S.Paulo”. “Eis aí”, pensa Manoel: “locupletam-se os burros para ficarem felizes os bobos”. E nosso herói ainda pensa no fato de os bobos acharem lindo o sujeito loirinho receber, burro como ele parece ser, uma soma dessas, que daria para fazer algo de positivo para o País, ao invés de pagar tamanha soma, aliás astronômica, para um tipo que se apresenta como imbecil entupir as mentes dos pobres telespectadores indefesos com merda grossa, mostrando quadros oligoferantes – geradores de oligóides – quando não simplesmente indecentes, como aquela infame “Banheira do Gugu”. O que realmente significa esse “apresentador”? Que resultados nos traz o “trabalho” dele? “Acredito que nada!”, rosna Manoel, “porque na verdade ele não passa de um mensageiro da estupidez assumida pela mídia terrorista e pela imensa legião de seres diariamente transformados em imbecis por absoluta falta de opção”. Enter.
E a mesma Folha, que noticia essa estupidez de pagar tamanha fortuna a um difusor de miséria mental e moral – como se isso fosse uma grande notícia –, noticia o nascimento de filhotes de pantera negra, e se sai com esta pérola fecal: “TRATAM-SE de duas fêmeas, que receberam O NOME de Larisa e Sipura. Elas nasceram em 26 de abril.” Bem, começa que a expressão “tratar-se” não vai para o plural, por ser abrangente: “trata-se, ISSO, de...”, esteja o complemento no singular ou no plural. Burrice grossa. Pois, insatisfeita com essa tijolada, a mesma criatura que abre o trecho defecando no idioma prossegue exibindo sua boçalidade, pois refere-se a dois nomes como sendo um só. Comentando sobre a exibição de estupidez com sua amada Maria, Manoel ouviu dela o comentário irônico: “Sim, é isso: o nome de uma é Larisa e Sipura; da outra, Larisa e Sipura também. Só pode ser. E ainda dizem no Brasil que os portugueses é que são burros...”. Enter.
Dois atentados, portanto. Um, ofender as instituições e o povo brasileiro premiando um mensageiro da estupidez com esta soma astronômica, enquanto professores ralam a vida inteira ganhando ninharias insultantes; dois, ofender a população com distribuir uma publicação em que o Português é linchado através de permitir que profissionais não qualificados difundam sua estupidez sem qualquer critério. Repete-se a equação de burros e bobos aos olhos de todos. Outro dia, aliás, lendo o JB Online, Manoel deparou com (agora vai sendo difundida a forma “deparar-se com”, pleonástica) um belo “Daqui dez dias”, expressão muito usada pelos apedeutas entre os quais se insere o presidente desta República de bananas, para quem o ato de falar é mecânico e desprovido de vínculo com a beleza e o prazer da correção. Questão até de caráter... mas isso não tem sido, como temos visto, preocupação qualquer para o “presidente” ou para sua “equipe”, na qual desfilavam inhenhos néscios como José Dirceu (em relação a quem a maior preocupação não foram os erros, mas os erres) e Palloci, gente mais apropriada para integrar parrandas, saparias ou catervas, e ainda se mantêm seres blindados, mesmo depois da limpa obrigatória consumada pela exposição de tamanha espurcícia regendo e compondo o “governo”. Enter.
“Daqui dez dias, no mínimo”, dizia o texto do JB pilotado por um oligoqueta ao teclado. E vale pensar que o Jornal do Brasil já foi modelo de jornalismo quando o Brasil era país, não apenas o lugar baldio que é hoje. Será que a figura do revisor desapareceu do universo do jornalismo? E, vale considerar, trata-se de um universo que seguramente fatura hoje muitíssimo mais, a julgar pelo volume de anúncios, que em tempos outros de respeito a valores do idioma de da verdade teria muito menor arrecadação... Seria o modelo concentrador apertando as tenazes contra a instituição do trabalho do jornalista em todos os sentidos? “Que miséria!!”, eructa Manoel diante da burrice que é desmantelar valores e edifícios, visando atender a interesses inconfessáveis dos globalizadores, esses monstros que criam atalhos que levam o planeta à consumação horrenda que será a grande tribulação! “É “daqui A dez dias”, intelijumência!”, grunhe implosivo Manoel vendo a estupidez estampada nas fuças, e tal exclamação surda o leva a emitir um curto e sonoro flato, e ele agradece a Deus por Maria não estar por perto – tá lá pros quartos, cuidando feminina e carinhosamente de roupas de cama – e poder presenciar o estampido e, pior, captar o odor mefítico inerente à emissão do gás sulfídrico. “Afinal”, pensa nosso herói, “ninguém peida cheiroso!, mas o lindo narizinho de Maria não merece tal experiência, de detectar o teor pestilento proveniente de intestinos de cervejeiro juramentado”. Enter final.
Pois Manoel recebeu de um amigo um texto de Rubem Alves, que escreve bobagens para bobos que caem na trapaça de ele ser um cara que tem o que acrescentar. O texto fala de passagem sobre ele ter mudado sua posição em relação a gatos, animais de que ele desconfiava. Então o texto abre revelando essa conversão, mas logo muda em direção a cachorros, tema que ocupa a maior parte da fala. De volta aos gatos, cita um fato específico envolvendo os bichanos, faz um comentário bobo e se encerra. “Rubem Alves é o arauto do vazio que passa por cheio”, reflete Manoel com enfado depois de constatar a besteira boba que acabou de ler. Afinal, tendo sido enviada por um amigo do peito, mereceu a leitura. Mas a tolice de Rubem Alves se confirmou. Ele faz o tipo de burro que escreve inteligentemente. Na verdade, é um bobo que exibe uma burrice dúbia e arregimenta bobos aos magotes. Típico exemplar de um país de empulhadores. Vende gato por lebre direto. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
P.S.: Ei, Chávez: fecha logo essa Globo daí! Se não fechar, é capaz de eles fazerem uma oferta ao Gugu, pra emporcalhar a Venezuela que se assumiu soberana!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Manoel e a barafunda do voo AF447

Frederico Mendonça de Oliveira

Mais um desastre aéreo cheio de contradições e inverdades até ridículas, se não forem estúpidas e trágicas. Os desastres como a loucura envolvendo o Fokker 100 da TAM em 1996, a absolutamente fantasiosa e criminosa notícia de colisão entre o Legacy com gringos e o Boeing 737 da Gol em 2006, fisicamente impossível, e ainda o tecnicamente inaceitável desastre do Airbus da TAM em 2007, em que o aparelho, depois de pousar normalmente, apresentou pane múltipla e a acabou dentro do próprio edifício da companhia, na avenida Rubem Berta, tudo são absurdos sem pé nem cabeça jogados nas fuças da população e dos envolvidos com as vítimas. A essas desgraças somemos a explosão da base de Alcântara e a explosão da P36, tudo completamente sem explicação lógica ou concreta, e, pior, tudo falseado e manipulado criminosamente para ser imposto ao público. Manoel se horroriza com tanta loucura neste Brasil de Lula, o esparolado. Agora, com esse desastre que nos associa diretamente à França, o que vai acabar dando mais zebra que o que já temos de mal parado com a nação de Asterix, temos um problema binacional, e as cagadas da brasileirada petista aflorarão mais escandalosamente do que quando ocorrem apenas dentro dessas malfadadas fronteiras. Já começaram a vir farpas de lá, e não contra os brasileiros dignos envolvidos com o desastre e o trabalho posterior a ele, mas com as “otoridades”, especialmente o álacre e trêfego “ministro da Defesa”, Nelson Jobim (oh!, Tom, que desdita esse trêfego sem pátria ter sobrenome igual ao seu!), e com a ignóbil imprensa marrom dos jornalões, controlada pelo capital dos globalizadores. E ainda desfila aos olhos sérios de nosso herói o colar de besteiras e ditos e não ditos sobre o acidente e seus desdobramentos, que assustam até um traficante da Rocinha ou do Complexo do Alemão. Enter.
Um amigo de Manoel comentou que a Folha Online tinha, na manhã de 5/6/09, a notícia sobre os destroços até agora encontrados no mar na área da tragédia não seriam do Airbus sinistrado. Essa matéria continha, como Manoel constatou ao lê-la, declarações do brigadeiro Ramon Borges Cardoso, que afirmava categoricamente que fora constatado que os destroços encontrados na área não eram do Airbus que fazia o vôo AF447. Abrindo logo após o JB Online, Manoel depara com essa: “O brigadeiro Ramon Cardoso disse há pouco que os destroços avistados na terça-feira por aviões da Força Aérea Brasileira pertencem ao Airbus da Air France que desapareceu na noite de domingo no trajeto entre Rio e Paris. Cardoso garantiu que os mesmos só não foram recolhidos na ocasião porque a prioridade, naquele momento, era encontrar sobreviventes ou corpos”. “Porra!”, exclama nosso herói: “São ou não são, cacete??”, e se abespinha como gato que vê cachorro na rua, considerando o que os brasileiros têm de sofrer sob a irresponsabilidade dessas elites cretinas e sórdidas.
Abestalhado, Manoel volta à Folha Online para confirmar a contradição entre os noticiários, e constata que as declarações do mesmo brigadeiro, que ele lera atentamente, sumiram da primeira página. Mesmo assim, recorre a outro amigo, que ele sabe ser assinante da Folha, e consegue outra declaração parecida, mas não aquela que ele vira na edição eletrônica. Na edição impressa, saiu somente o que se segue: “Peça tirada do mar não era do Airbus/ Aeronáutica e Marinha também descartaram ontem que a mancha de óleo tenha sido provocada pelo avião da Air France. Grupo de resgate não afasta possibilidade de que outros destroços avistados, que ainda não foram recolhidos, possam ser da aeronave”. Enfim, uma barafunda, uma azáfama, que aumenta quando entra em cena, irresponsável e calhorda como sempre, o “ministro” da Defesa, Nelson Jobim, que por sinal nem deve saber manejar um simples FAL: “As declarações do ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, na quarta-feira, descartando as hipóteses de uma explosão e de um incêndio no avião da Air France, devido à presença de uma extensa mancha de óleo no possível local da queda da aeronave foram alvo de críticas entre os franceses. As informações são do jornal O Estado de São Paulo. (...) A emissora TV TF1, a mais importante rede da França, chegou a chamar Jobim de 'bavard', que em francês significa 'indiscreto' ou 'falador'. Na concorrente France 2, uma reportagem afirmou que 'a França é mais prudente antes de falar”. E Manoel considera: “Os franceses já disseram décadas atrás, referindo-se ao Brasil sob ditadura nos anos 60, que ‘Este não é um país sério’, e agora terão muito mais motivos para repetir essa espetada.”, a julgar pela boçalidade que se presencia na imprensa sobre o acidente mais feio dos últimos tempos em todo o planeta. Enter.
“Mas, afinal, o que aconteceu?”, pergunta-se Manoel diante dessa porcariada. Na verdade, ele já se acostumou a multiplicar por menos um qualquer notícia sobre acidentes aéreos no Brasil. A versão de abertura no reversor do Fokker, em 96, é louca. É impossível mecanicamente um reversor de qualquer aeronave se abrir durante decolagem. A menos que uma sabotagem muito especial tenha sido realizada no aparelho – mas a mídia consagrou isso. A “colisão” entre o Legacy recheado de gringos e o Boeing 737 da Gol é mais impensável ainda: se passasse a dez metros do Boeing, o Legacy entraria em tangagem* e viraria farinha... mas a mídia, sem nem ter havido qualquer laudo pericial, “aceitou” a versão dos gringos – os passageiros da Gol só podem falar através de médiuns em centros espíritas – e difundiu esse absurdo, fazendo dos brasileiros um bando de babacas. Já o acidente da TAM em 2007, em que, segundo ficou sabido, os equipamentos do Airbus entraram em inexplicável falência múltipla, fato absolutamente impossível de ocorrer, especialmente em condições normais de operação, só pode ter sido decorrência de ação de sabotagem. Mas a mídia dos globalizadores tem outros planos para todos nós. Enter final.
Pois é: agora já se fala em terrorismo, em explosão em vôo, depois de se falar em raio... e Manoel já está a par dos fatos reais. E manda toda a imprensa brasileira pro diabo. “Vão pro raio que os parta, jornalões!” E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
* Tangagem é termo não dicionarizado, constando apenas do jargão aeronáutico mais privado: significa rotação horizontal sobre o eixo longitudinal, igual a um carro rodopiando na pista molhada.