Frederico Mendonça de Oliveira
Diretamente de Brasília, o amigo José Ronaldo trouxe novidades quentes. Uma, que anda se sentindo como que dançando com a irmã, porque tem bebido cerveja sem álcool para não descumprir a lei seca para motoristas. Pois quanto a mim, nessa onda, sinto-me como que tocando com outro músico, só que ele sem instrumento. Nosso grau de antanho se perde, a menos que vá eu a sua casa, onde ele pode virar seus imperdíveis copos e mais copos, e depois vai direto pra cama – e eu pro ônibus. Bem, isso não tem nada com as boçalidades do título, é apenas uma leve menção à boçalidade reinante no poder, que de repente resolve “moralizar” isso e aquilo envolvendo o povo enquanto que a classe dirigente deita e rola em tudo e destrói passo a passo uma nação que tem tudo para se emancipar – MAS ISSO NÃO PODE!!! Por que esses vigaristas engravatados não botam uma lei que os atinja no que eles têm de tão miserável e execrável? Querem ver só as gracinhas? Pois lá vai. Enter.
Comecemos pelos jogos da seleção de vôlei. Nossos atletas são verdadeiros mestres, dando banho de qualidade tanto individual como coletivamente. A macacada brasilis até comparece massivamente e se envolve, torce de verdade, mas o futum do peido na festa acaba se revelando: os boçais em coletividade vaiam os contendores na hora de eles sacarem, o que revela uma escrotidão ao rés da miséria. Não se vá querer da mente coletiva brasileira, contudo, qualquer tipo de reação positiva, se somos todos uns cornos em termos de país, governo, lei, poder constituído, meios de comunicação e tudo mais, embora valha mencionar os horrores envolvendo crimes e desastres forjados como aquele da TAM há exatamente um ano. Nossos chifres se entrelaçam volta e meia em episódios de barbárie e de desgraça de fazer tremer um babalon... que é o demônio que carrega na mão a taça de todas as abominações. Vão vaiar os congressistas, boçais! Vão vaiar o Gilmar Mendes e o Nelson Jobim, que soltam bandidos e dão habeas corpus pra eles confessarem crimes e não poderem ser presos! Desliguem a TV Globo, otários! Despertem! Em vez de vaiar jogadores visitantes quando sacam, e olhem que nós sempre os trituramos na quadra, às vezes de barbada, linchem os poderosos, babaquaras! Enter.
Pois é. O amigo já lembrado trouxe também duas putas boçalidades pra gente dar risada, mesmo eu fazendo a cabeça e ele bebendo sucedâneo. Uma, em relação à Justiça brasileira: o bandido Cacciola, preso lá não sei onde, deu entrevista sobre o que lhe pode acontecer aqui. Resposta: “Confio na Justiça brasileira”. Se ele confia, estamos FU! Ele deve ouvir as notícias sobre o Daniel Dantas e sobre a dupla Nelson Jobim/Gilmar Mendes. Pode confiar, ítalo salafrário, o cheiro de pizza já está no ar... Outra boçalidade: o Cacciola já estaria sendo punido, pois veio de classe econômica da TAM. Engraçado como tirada, claro, valendo até pelo absurdo, porque a TAM é glória brasileira, e o que sofreu de sabotagem até hoje não faz senão levantar-lhe a moral e exigir nosso respeito. Portanto, engraçado; mas injusto, se dermos um tratinho de nada à bola. Mas piadas não se perdem, e neste caso o amigo não está em jogo. Enter final.
Boçalidade é o que não vemos na tarefa de nossa admirável seleção de vôlei, em tudo o oposto dos mercenários de “nosso” futebol, aquele bando de mascarados que só serve pra mais e mais alienar a macacada de mais de cem milhões de aflitos sem rumo. Nossos voleibolistas são exemplo do que podemos ser, são a nata real do Brasil, são o Brasil que não nos permitem e que impedem que aconteça. E por hoje é isso: pára com essa vaia boçal, bando de midiotas! E viva Santo Expedito! Oremos. ’Té mais, babes!
sexta-feira, 25 de julho de 2008
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Uma visita ao inferno – e adeus, música!
Frederico Mendonça de Oliveira
É digamos lancinante a visão dos contrastes humanos e sociais enfrentada na grande cidade paulistana. Muito “bonito” mas na verdade amedrontador o fluxo dos veículos, uma torrente avassaladora e já verificadamente irreversível, o que por si só nos faz começar a dar adeus a nós mesmos e a qualquer possibilidade de ver sarar essa coisa em que estamos metidos. Ou em que nos meteram. São Paulo continua a mesma, sim, mas algo instila em tudo um futunzinho de carniça. E o ar está visivelmente tendendo ao opaco, como se ele nos questionasse sobre se é isso mesmo o que nós queremos, se é isso mesmo que continuaremos a engendrar, a praticar ou a admitir. Enter.
Uma impressão nítida colhida nas ruas é a bovinidade – passividade seria gentil demais, até injusto – com que os seres suportam e na verdade até apóiam o massacre a eles imposto. A ruína é visível nos rostos, nos corpos, nas roupas, nas calçadas, nas paredes, na quinquilharia que entope as calçadas: a horrenda exclusão teima em ombrear com o patamar do que seria a normalidade social, a paisagem urbana real é no mínimo obscena, realmente tétrica, atroz. Pensando bem, é claramente infernal. E tudo parece tomado, tisnado de uma imundície irreversível. O mundo está ali, aquilo é o mundo, ou uma clivagem dele, e parece que nada mais poderemos fazer: basta-nos ter forças para prosseguir. Não sabemos é para onde isso nos leva, embora saibamos que não será para qualquer tipo de éden. É Deus o autor disso? Zola já sabia de tudo... Enter.
Mas falemos de algo concreto. O pianista Osmar Barutti, que todos conhecem – ele integra o sexteto de acompanhamento do Jô –, me revelou uma nova expressão para denotar a condição de párias a que os músicos foram rebaixados. No passado, ganhávamos cachês, naqueles tempos anteriores aos 20 anos em que a ditadura e a emepebê nos atingiram as vidas e as profissões ou carreiras. Depois, veio o tempo do “couvert artísitico”, isso desde o início dos anos 80. Esse couvert dava boa paga ao músico, mas os demônios ávidos e sem entranhas logo abocanharam o dinheiro de nosso suor, e esmagaram a paga, passando as garras imundas em grande parte dessa arrecadação. Hoje, segundo revelou Osmar, não recebemos mais couvert, mas “o que houver”, e os bandidos que exploram a noite são absolutos, e nós que nos fodamos e enfiemos nosso instrumento no rabo, se não gostarmos da “realidade”. E o pior é que ninguém toca flautim na noite, porque doeria bem menos que um saxofone ou uma guitarra, que dirá um piano... Mas prosseguiremos tocando, lembrando o calvário do Cristo, e que Deus cuide dos salteadores do dinheiro alheio. É de vomitar... Enter final.
Liguei para a companhia de ônibus para saber de horários, e a criatura que me atendeu exigiu saber meu nome. Pra quê? Respondi que era João Guimarães Rosa, ao que ela falou: “Pois não, senhor Rosa, aguarde” e me passou para outra alimária, e fiquei mal informado e mal resolvido. E elas? Pois no balcão de atendimento de um puteiro capitalista cinco estrelas (hotel) onde fui encontrar minha caríssima eis que consegui ser atendido por uma sirigaita solerte, que me ordenou identificar-me para passar a ligação. Disse-lhe que era “Euclides da Cunha”. Feita a ligação para a suíte, simplesmente me passou o fone. Não aceitei: se ela me exigiu o nome, que o passasse. Atônita, ela transmitiu ser o “senhor Euclides”. Minha caríssima entendeu, e logo saiu do elevador com um largo sorriso prenhe. Ìamos encontrar o Osmar, e sugeri que esperássemos na rua imunda, bem mais aprazível que aquela espelunca burguesa sórdida e cínica. Logo estávamos entre miseráveis camelõs. Bem mais respirável... e a noite nos tragou para um encontro com o querido Osmar, que também não é deste mundo. E viva Santo Expedito! Oremos. Té mais, babes.
É digamos lancinante a visão dos contrastes humanos e sociais enfrentada na grande cidade paulistana. Muito “bonito” mas na verdade amedrontador o fluxo dos veículos, uma torrente avassaladora e já verificadamente irreversível, o que por si só nos faz começar a dar adeus a nós mesmos e a qualquer possibilidade de ver sarar essa coisa em que estamos metidos. Ou em que nos meteram. São Paulo continua a mesma, sim, mas algo instila em tudo um futunzinho de carniça. E o ar está visivelmente tendendo ao opaco, como se ele nos questionasse sobre se é isso mesmo o que nós queremos, se é isso mesmo que continuaremos a engendrar, a praticar ou a admitir. Enter.
Uma impressão nítida colhida nas ruas é a bovinidade – passividade seria gentil demais, até injusto – com que os seres suportam e na verdade até apóiam o massacre a eles imposto. A ruína é visível nos rostos, nos corpos, nas roupas, nas calçadas, nas paredes, na quinquilharia que entope as calçadas: a horrenda exclusão teima em ombrear com o patamar do que seria a normalidade social, a paisagem urbana real é no mínimo obscena, realmente tétrica, atroz. Pensando bem, é claramente infernal. E tudo parece tomado, tisnado de uma imundície irreversível. O mundo está ali, aquilo é o mundo, ou uma clivagem dele, e parece que nada mais poderemos fazer: basta-nos ter forças para prosseguir. Não sabemos é para onde isso nos leva, embora saibamos que não será para qualquer tipo de éden. É Deus o autor disso? Zola já sabia de tudo... Enter.
Mas falemos de algo concreto. O pianista Osmar Barutti, que todos conhecem – ele integra o sexteto de acompanhamento do Jô –, me revelou uma nova expressão para denotar a condição de párias a que os músicos foram rebaixados. No passado, ganhávamos cachês, naqueles tempos anteriores aos 20 anos em que a ditadura e a emepebê nos atingiram as vidas e as profissões ou carreiras. Depois, veio o tempo do “couvert artísitico”, isso desde o início dos anos 80. Esse couvert dava boa paga ao músico, mas os demônios ávidos e sem entranhas logo abocanharam o dinheiro de nosso suor, e esmagaram a paga, passando as garras imundas em grande parte dessa arrecadação. Hoje, segundo revelou Osmar, não recebemos mais couvert, mas “o que houver”, e os bandidos que exploram a noite são absolutos, e nós que nos fodamos e enfiemos nosso instrumento no rabo, se não gostarmos da “realidade”. E o pior é que ninguém toca flautim na noite, porque doeria bem menos que um saxofone ou uma guitarra, que dirá um piano... Mas prosseguiremos tocando, lembrando o calvário do Cristo, e que Deus cuide dos salteadores do dinheiro alheio. É de vomitar... Enter final.
Liguei para a companhia de ônibus para saber de horários, e a criatura que me atendeu exigiu saber meu nome. Pra quê? Respondi que era João Guimarães Rosa, ao que ela falou: “Pois não, senhor Rosa, aguarde” e me passou para outra alimária, e fiquei mal informado e mal resolvido. E elas? Pois no balcão de atendimento de um puteiro capitalista cinco estrelas (hotel) onde fui encontrar minha caríssima eis que consegui ser atendido por uma sirigaita solerte, que me ordenou identificar-me para passar a ligação. Disse-lhe que era “Euclides da Cunha”. Feita a ligação para a suíte, simplesmente me passou o fone. Não aceitei: se ela me exigiu o nome, que o passasse. Atônita, ela transmitiu ser o “senhor Euclides”. Minha caríssima entendeu, e logo saiu do elevador com um largo sorriso prenhe. Ìamos encontrar o Osmar, e sugeri que esperássemos na rua imunda, bem mais aprazível que aquela espelunca burguesa sórdida e cínica. Logo estávamos entre miseráveis camelõs. Bem mais respirável... e a noite nos tragou para um encontro com o querido Osmar, que também não é deste mundo. E viva Santo Expedito! Oremos. Té mais, babes.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
O gosto e o som da nova população brasileira
Frederico Mendonça de Oliveira
Moro num bairro de classe média de uma cidade remota no Sul das Gerais. Na verdade, moro nas montanhas, portanto, entre montanheses. E a maioria deles, óbvio, falam “vô vim”, “vai vim”, “vou arrumar tudo pra você vim”, “ônti”, “antis de ônti”, por aí. Não é burrice, não: é bem mais do que isso. É falta de higiene em diversos aspectos, ressaltando-se que a condição de boiada imposta a esses seres parece que lhes agrada muito. É o que Louis Marchalko revela em seu “Os Conquistadores do Mundo – Os Verdadeiros Criminosos de Guerra”, livro estarrecedor que disseca a ação dos globalizadores desde bem mais de dois mil anos. Ele fala no projeto de uma minoria racial fanática visando transformar a humanidade em imensa boiada, para que funcione um único poder central e para tanto impondo um despotismo implacável. Só animais aturam isso, mesmo que alguns até se rebelem como bestas feras, e sejam, claro, exterminados. Enter.
Não é estranho, então, que essa massa de desmiolados sob efeito da mídia e de um poder o mais corrompido possível tenha hábitos dignos das cavalgaduras. Um dos mais eloqüentes sintomas dessa deformação coletiva é ver a absoluta dependência desses humanóides ao aparelho de TV. Os globalizadores operam livre, aberta e descaradamente entre nós, por saberem que os bovinizáveis são a quase totalidade nessa comunidade tupiniquim, e que são servis e completamente dúcteis, dóceis, ovinos. Os que entendem o que se passa nada podem senão pregar no deserto de almas cujos corpos contêm, em termos de massa encefálica, o quociente de intelectualidade de frangos de granja. Outra característica desses humanóides globais maleáveis à imposição do mais perverso e escroto subdimensionamento é ter ouvidos de latrina: só ouvem titica grossa, que é o que a mídia lhes fornece como dieta para emburrecer, e ainda agravam isso com o som abissal dos latidos de cachorros, que costumam ombrear com – senão superar em número – seus “donos”. No lindo bairro onde moro, chamado Jardim Aeroporto, costumo fazer tudo ao som de latidos dos incontáveis cães dos “vizinhos”: durmo, acordo, cozinho, como, lavo louça, discurso escatologicamente no vaso hoje assemelhado a uma tribuna do nosso Congresso, pratico o ato do amor, escrevo, pinto, esculpo, tudo sob o som de latidos de cães da vizinhança. Os “vizinhos” ou serão surdos mentalmente ou devem gostar dessa tão deletéria manifestação sonora, poluição que só dói em ouvidos não petrificados pela incessante matéria excrementícia despejada pelos meios de “comunicação”. Durante o “horário nobre” – tão nobre quanto um acasalamento de cães de rua –, a cachorrada entra em cadeia, e o tal Jardim Aeroporto vira, em espetáculo verdadeiramente pirotécnico, aquilo que já sabemos ser ele há muito tempo: o Canil Aeroporto. Isso é que é vida! Enter.
Então, se você quiser fazer parte dessa forma tão evoluída de civilização, pode “VIM” pro Jardim Canil Aeroporto, no Sul das Gerais. Você vai gostar, pode crer! É estupidez pra Leonardo ou Netinho nenhum botar defeito! Afinal, pra que se dar ao trabalho de aprender verbos e falar corretamente? Os animais nem mesmo falam, mas vivem aí, como nós, só que, à exceção das aves – que os brasileiros de hoje imitam no que tange a matéria cerebral, especialmente se aves de granja produzidas em série –, andam sobre quatro membros, para o que, aliás, as calçadas da cidade são bem mais apropriadas. Mas é fato que muitos seres que deambulam pelas ruas do arraial parece que tendem a se curvar para a frente de tal maneira que parece quererem voltar a pisar o chão também com os quartos superiores, para fazê-los de novo “dianteiros”. Aliás – de novo! –, quadrúpedes já estão quase todos, por efeito da mídia dos globalizadores, e parece que esta condição faz o gosto dos submetidos a ela. E tome Chitãozinho e Xororó mais Bruno & Marrone, aliás – de novo!! – preferências do indivíduo que ocupa a cadeira da “mais alta magistratura do País”. País?? Isso é país?? Isso é um curral de infelizes bovinizados! Tanto é que os globalizadores fazem aqui o que bem entendem. Só não sabemos como não mandamos soldados pra combater junto com os EUA para varrer o islã da face do planeta... Enter final.
E pensar que o Cristo morreu crucificado por nós!... Muito bem: a revolta dos elementos vai pôr fim a tudo isso, e o que sobrar aqui agirá em nome do amor. E, para encerrar, vale lembrar que, no idioma dos globalizadores, não existe a palavra amor. Sim! Não é maneira de dizer, não! A palavra amor não existe mesmo no idioma deles, podem conferir – se alguém souber que idioma é esse... E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
Moro num bairro de classe média de uma cidade remota no Sul das Gerais. Na verdade, moro nas montanhas, portanto, entre montanheses. E a maioria deles, óbvio, falam “vô vim”, “vai vim”, “vou arrumar tudo pra você vim”, “ônti”, “antis de ônti”, por aí. Não é burrice, não: é bem mais do que isso. É falta de higiene em diversos aspectos, ressaltando-se que a condição de boiada imposta a esses seres parece que lhes agrada muito. É o que Louis Marchalko revela em seu “Os Conquistadores do Mundo – Os Verdadeiros Criminosos de Guerra”, livro estarrecedor que disseca a ação dos globalizadores desde bem mais de dois mil anos. Ele fala no projeto de uma minoria racial fanática visando transformar a humanidade em imensa boiada, para que funcione um único poder central e para tanto impondo um despotismo implacável. Só animais aturam isso, mesmo que alguns até se rebelem como bestas feras, e sejam, claro, exterminados. Enter.
Não é estranho, então, que essa massa de desmiolados sob efeito da mídia e de um poder o mais corrompido possível tenha hábitos dignos das cavalgaduras. Um dos mais eloqüentes sintomas dessa deformação coletiva é ver a absoluta dependência desses humanóides ao aparelho de TV. Os globalizadores operam livre, aberta e descaradamente entre nós, por saberem que os bovinizáveis são a quase totalidade nessa comunidade tupiniquim, e que são servis e completamente dúcteis, dóceis, ovinos. Os que entendem o que se passa nada podem senão pregar no deserto de almas cujos corpos contêm, em termos de massa encefálica, o quociente de intelectualidade de frangos de granja. Outra característica desses humanóides globais maleáveis à imposição do mais perverso e escroto subdimensionamento é ter ouvidos de latrina: só ouvem titica grossa, que é o que a mídia lhes fornece como dieta para emburrecer, e ainda agravam isso com o som abissal dos latidos de cachorros, que costumam ombrear com – senão superar em número – seus “donos”. No lindo bairro onde moro, chamado Jardim Aeroporto, costumo fazer tudo ao som de latidos dos incontáveis cães dos “vizinhos”: durmo, acordo, cozinho, como, lavo louça, discurso escatologicamente no vaso hoje assemelhado a uma tribuna do nosso Congresso, pratico o ato do amor, escrevo, pinto, esculpo, tudo sob o som de latidos de cães da vizinhança. Os “vizinhos” ou serão surdos mentalmente ou devem gostar dessa tão deletéria manifestação sonora, poluição que só dói em ouvidos não petrificados pela incessante matéria excrementícia despejada pelos meios de “comunicação”. Durante o “horário nobre” – tão nobre quanto um acasalamento de cães de rua –, a cachorrada entra em cadeia, e o tal Jardim Aeroporto vira, em espetáculo verdadeiramente pirotécnico, aquilo que já sabemos ser ele há muito tempo: o Canil Aeroporto. Isso é que é vida! Enter.
Então, se você quiser fazer parte dessa forma tão evoluída de civilização, pode “VIM” pro Jardim Canil Aeroporto, no Sul das Gerais. Você vai gostar, pode crer! É estupidez pra Leonardo ou Netinho nenhum botar defeito! Afinal, pra que se dar ao trabalho de aprender verbos e falar corretamente? Os animais nem mesmo falam, mas vivem aí, como nós, só que, à exceção das aves – que os brasileiros de hoje imitam no que tange a matéria cerebral, especialmente se aves de granja produzidas em série –, andam sobre quatro membros, para o que, aliás, as calçadas da cidade são bem mais apropriadas. Mas é fato que muitos seres que deambulam pelas ruas do arraial parece que tendem a se curvar para a frente de tal maneira que parece quererem voltar a pisar o chão também com os quartos superiores, para fazê-los de novo “dianteiros”. Aliás – de novo! –, quadrúpedes já estão quase todos, por efeito da mídia dos globalizadores, e parece que esta condição faz o gosto dos submetidos a ela. E tome Chitãozinho e Xororó mais Bruno & Marrone, aliás – de novo!! – preferências do indivíduo que ocupa a cadeira da “mais alta magistratura do País”. País?? Isso é país?? Isso é um curral de infelizes bovinizados! Tanto é que os globalizadores fazem aqui o que bem entendem. Só não sabemos como não mandamos soldados pra combater junto com os EUA para varrer o islã da face do planeta... Enter final.
E pensar que o Cristo morreu crucificado por nós!... Muito bem: a revolta dos elementos vai pôr fim a tudo isso, e o que sobrar aqui agirá em nome do amor. E, para encerrar, vale lembrar que, no idioma dos globalizadores, não existe a palavra amor. Sim! Não é maneira de dizer, não! A palavra amor não existe mesmo no idioma deles, podem conferir – se alguém souber que idioma é esse... E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Afinal, existimos ou não?
Frederico Mendonça de Oliveira
Tenho convivido com tanta maluquice nisso a que chamam de sociedade, e em todas as suas acepções e concepções, que sinceramente começo a me perguntar se estou fora do penico geral. Por exemplo: estou proibido por liminar de falar em meu blog ou em público sobre um determinado assunto. Então não falo, porque não quero aturar as penas decorrentes disso. Calo o bico, portanto. Quem perde e quem ganha? Sei lá! Mas a pergunta é a seguinte: a Consitiuição Federal não postergou a censura prévia a meios de comunicação e não estabeleceu o livre direito à expressão do pensamento? Sim e sim. E aí é que a coisa piora mais ainda: é democracia, com direito a todos se expressarem, ou é ditadura, com cerceamento à livre manifestação de pensamentos e idéias? Pra constar, vivemos na primeira hipótese, ou seja, no que está na Constituição; mas pra valer estamos vivendo, especialmente no que venho enfrentando, na segunda. Bem, convenhamos que fica mais “rico” vivermos um jogo em vez de uma realidade simples e objetiva, o que seria chato e monótono. Então o negócio é “relaxar e aproveitar, se a curra for inevitável”. Por isso é que o Brasil é o país do futebol: porque tudo depende da cuca do árbitro... Enter.
Pois abro uma mensagem sobre um fórum de imprensa, e o entrevistado declara que “temos que usar a imprensa para construir o Brasil”. Porra! O Brasil tem 508 anos de vida completos e ainda tem de ser construído? Cacete! Temos tudo que os países ditos avançados ou civilizados têm, e ainda temos que construir o Brasil?? Que diaabo! Então estamos há 508 anos fazendo o quê? Temos universidades, hospitais, aeroportos, portos, navios, aviões, casas, arranha-céus, sistema de transportes transcontinentais nos conectando com o mundo todo santo dia e temos de construir o país? Então que merda é essa que está aí? A existência de Ouro Preto e Olinda como patrimônios da Humanidade, a existência da Brasília arquitetonicamente sem paralelo no planeta, a torcida do Flamengo, o Cristo Redentor, um Congresso de sudras, essas coisas são o quê? Falácias? Fantasias? Imagens? Enfim: existimos ou não? Somos o quê? Um bando de peidados fingindo que existimos pra dar consistência a um país ilusório ou abstrato ou imaterial? Chegamos a um ponto em que duvidamos de nós mesmos – isto no caso de sermos os que ainda usam a titica posta por Deus em nossas cavidades cranianas, aquilo a que a ciência chama de cérebro e que foi inventado para ser usado, mas que é hoje substituído pela programação da Grobo. Enter.
Ah!, ah! É que eles falaram errado – pra variar. Eles queriam dizer “reconstruir”!! Puxa, mas não somos obrigados a tecer adivinhações! A coisa é a seguinte: desde que os “colonizadores” puseram os cascos ferrados nesta terra desgraçada, só vimos ser, a própria, detonada, escorchada, pisoteada por crápulas de todos os matizes, e disso não poderia resultar um país, mas uma ruína. Pra todos os efeitos, temos de questionar se o Brasil pode mesmo ser considerado país em algum momento do que dizem ter sido a “nossa história”. Bem que eu sempre desconfiava da autenticidade das matérias do curso primário... Aquela “História do Brasil” nunca me convenceu! Mas, voltando: temos de reconstruir o país... Que piada! Porque, a bem dizer, quem o destruiu? Deus? O diabo? Os árabes? Os palestinos? Os iraquianos? Os iranianos? Os norte-coreanos? Os afegãos? Os venezuelanos? Os bolivianos? Os paraguaios? Os que derrubaram as torres gêmeas? Os japoneses? Os italianos? Os negros? Os índios? Os portugueses? Os nazistas? Os fascistas? Os católicos? Os cristãos? Os evangélicos? Os umbandistas? Os candomblecistas? Os espíritas? Os esoteristas? Os militares? Os civis? Os artistas? Os instrumentistas? Os sambistas? AFINAL, QUEM DESTRUIU ESSA PINÓIA DE PAÍS PARA QUE TENHAMOS DE VIVER NA TAREFA INTERMINÁVEL DE RECONSTRUÍ-LO? Enter final.
Hahahaha! Eu sei, crianças, eu sei! Mas não digo! Não digo, não digo e não digo, e pronto!! Não digo, aliás, porque aprendi isso com censurados como eu, aprendi com grandes brasileiros deletados da história porque disseram verdades. Um deles, por diversas vezes presidente da Academia Brasileira de Letras – que hoje encarta em seu quadro de imortais uma escória de paulocoelhos, robertomarinhos e pitanguis –, está banido de nossos cursos superiores de História, porque disse a verdade sobre o que realmente se passou com a pinóia brasilis desde que pisou aqui com Cabral um certo Gaspar da Gama. Então, em solidariedade a esse mestre dentre mestres, não digo e não digo. E pronto. Para encerrar, dedico essas bem traçadas a todas as mulheres que diariamente águam passeio de botas e bobs ou não; a todos os que cultivam hemorróidas sentados diante da TV desgraçando suas vidas e dando lucro aos globalizadores; aos que perambulam sem rumo ou objetivo pelas ruas fazendo a pantomima patética dos “consumidores” de R$ 1,99. Aos que diariamente se embebedam do veneno midiático achando lindo. E especialmente aos que não só se omitem diante da corrupção generalizda, mas especialmente aos que a apóiam, pobres seres miseráveis que vão à missa e professam catolicismos hipócritas enquanto cospem nas chagas do Cristo Salvador! E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
Tenho convivido com tanta maluquice nisso a que chamam de sociedade, e em todas as suas acepções e concepções, que sinceramente começo a me perguntar se estou fora do penico geral. Por exemplo: estou proibido por liminar de falar em meu blog ou em público sobre um determinado assunto. Então não falo, porque não quero aturar as penas decorrentes disso. Calo o bico, portanto. Quem perde e quem ganha? Sei lá! Mas a pergunta é a seguinte: a Consitiuição Federal não postergou a censura prévia a meios de comunicação e não estabeleceu o livre direito à expressão do pensamento? Sim e sim. E aí é que a coisa piora mais ainda: é democracia, com direito a todos se expressarem, ou é ditadura, com cerceamento à livre manifestação de pensamentos e idéias? Pra constar, vivemos na primeira hipótese, ou seja, no que está na Constituição; mas pra valer estamos vivendo, especialmente no que venho enfrentando, na segunda. Bem, convenhamos que fica mais “rico” vivermos um jogo em vez de uma realidade simples e objetiva, o que seria chato e monótono. Então o negócio é “relaxar e aproveitar, se a curra for inevitável”. Por isso é que o Brasil é o país do futebol: porque tudo depende da cuca do árbitro... Enter.
Pois abro uma mensagem sobre um fórum de imprensa, e o entrevistado declara que “temos que usar a imprensa para construir o Brasil”. Porra! O Brasil tem 508 anos de vida completos e ainda tem de ser construído? Cacete! Temos tudo que os países ditos avançados ou civilizados têm, e ainda temos que construir o Brasil?? Que diaabo! Então estamos há 508 anos fazendo o quê? Temos universidades, hospitais, aeroportos, portos, navios, aviões, casas, arranha-céus, sistema de transportes transcontinentais nos conectando com o mundo todo santo dia e temos de construir o país? Então que merda é essa que está aí? A existência de Ouro Preto e Olinda como patrimônios da Humanidade, a existência da Brasília arquitetonicamente sem paralelo no planeta, a torcida do Flamengo, o Cristo Redentor, um Congresso de sudras, essas coisas são o quê? Falácias? Fantasias? Imagens? Enfim: existimos ou não? Somos o quê? Um bando de peidados fingindo que existimos pra dar consistência a um país ilusório ou abstrato ou imaterial? Chegamos a um ponto em que duvidamos de nós mesmos – isto no caso de sermos os que ainda usam a titica posta por Deus em nossas cavidades cranianas, aquilo a que a ciência chama de cérebro e que foi inventado para ser usado, mas que é hoje substituído pela programação da Grobo. Enter.
Ah!, ah! É que eles falaram errado – pra variar. Eles queriam dizer “reconstruir”!! Puxa, mas não somos obrigados a tecer adivinhações! A coisa é a seguinte: desde que os “colonizadores” puseram os cascos ferrados nesta terra desgraçada, só vimos ser, a própria, detonada, escorchada, pisoteada por crápulas de todos os matizes, e disso não poderia resultar um país, mas uma ruína. Pra todos os efeitos, temos de questionar se o Brasil pode mesmo ser considerado país em algum momento do que dizem ter sido a “nossa história”. Bem que eu sempre desconfiava da autenticidade das matérias do curso primário... Aquela “História do Brasil” nunca me convenceu! Mas, voltando: temos de reconstruir o país... Que piada! Porque, a bem dizer, quem o destruiu? Deus? O diabo? Os árabes? Os palestinos? Os iraquianos? Os iranianos? Os norte-coreanos? Os afegãos? Os venezuelanos? Os bolivianos? Os paraguaios? Os que derrubaram as torres gêmeas? Os japoneses? Os italianos? Os negros? Os índios? Os portugueses? Os nazistas? Os fascistas? Os católicos? Os cristãos? Os evangélicos? Os umbandistas? Os candomblecistas? Os espíritas? Os esoteristas? Os militares? Os civis? Os artistas? Os instrumentistas? Os sambistas? AFINAL, QUEM DESTRUIU ESSA PINÓIA DE PAÍS PARA QUE TENHAMOS DE VIVER NA TAREFA INTERMINÁVEL DE RECONSTRUÍ-LO? Enter final.
Hahahaha! Eu sei, crianças, eu sei! Mas não digo! Não digo, não digo e não digo, e pronto!! Não digo, aliás, porque aprendi isso com censurados como eu, aprendi com grandes brasileiros deletados da história porque disseram verdades. Um deles, por diversas vezes presidente da Academia Brasileira de Letras – que hoje encarta em seu quadro de imortais uma escória de paulocoelhos, robertomarinhos e pitanguis –, está banido de nossos cursos superiores de História, porque disse a verdade sobre o que realmente se passou com a pinóia brasilis desde que pisou aqui com Cabral um certo Gaspar da Gama. Então, em solidariedade a esse mestre dentre mestres, não digo e não digo. E pronto. Para encerrar, dedico essas bem traçadas a todas as mulheres que diariamente águam passeio de botas e bobs ou não; a todos os que cultivam hemorróidas sentados diante da TV desgraçando suas vidas e dando lucro aos globalizadores; aos que perambulam sem rumo ou objetivo pelas ruas fazendo a pantomima patética dos “consumidores” de R$ 1,99. Aos que diariamente se embebedam do veneno midiático achando lindo. E especialmente aos que não só se omitem diante da corrupção generalizda, mas especialmente aos que a apóiam, pobres seres miseráveis que vão à missa e professam catolicismos hipócritas enquanto cospem nas chagas do Cristo Salvador! E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
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