sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Estaremos perto do Armagedon, de Sodoma e Gomorra???

Os costumes vão entrando em queda livre. As primeiras páginas dos jornalões, as TVs e as revistinhas do Sistema não param de mostrar a despencada geral dos hábitos do que ainda chamam de seres humanos, e a coisa vai ficando cada vez pior, em progressão geométrica e aceleração exponencial. Nesta semana, todas as primeiras páginas da grande imprensa mostraram uma mulher tomando banho de mar nua na praia do Flamengo, no Rio, e as reportagens ainda encartavam várias notícias de trepadas a céu aberto nas areias do litoral carioca. O que você acha? Isso é avanço ou retrocesso? A pergunta é: e se essa moda pega, e os banhistas resolvem partir pra sexo aberto em praias e se generalizar a suruba geral? Já pensou numa suruba envolvendo toda a orla do Rio? Pode? Bem, existem leis sobre atentado ao pudor... mas o que seria pudor nesses dias de podridão generalizada tomando simplesmente tudo em nossas vidas? Você acha que ainda existe alguma reserva moral num “país” governado pela Rede Globo? A macacada brasilis quer mesmo é Avenida Brasil, todos jogando suas vidas no lixo naquele estilo de rabo na poltrona e fuças na TV. Afinal, Nina e Carminha – não escapei de saber esses nomes de merda – são mais importantes que o futuro dos seres e do Brasil, lupanar miserável e depravado. Então é a hora de generalizar a suruba. Vamos tirar a roupa na praia, animais! Isso já tinha começado desde a invenção do biquini... que na verdade só esconde hoje pelinhos pubianos raros e, claro, os bicos dos mamilos, porque é fundamental estar todo o resto exposto, como a bunda, toda de fora desde a invenção genial do fio dental... e é o caso de pensar em nossas mães, em como ficariam elas expondo suas belezas e patrimônios em público, f*-se o decoro. Enter. Não sou moralista, porque não sou otário, mas tenho minha mãe como referência. Putaria não é antônimo de moralismo, é antônimo de adequação. O que vale é dizer que amor é pra quatro paredes. Isso de trepar em público é pra cachorro, esse bicho escroto que agora, junto com o carro, simboliza o fim da civilização. Se você é pai, pense em sua filha transando no meio da rua, como se fosse uma cadela. Acha bonito? O que tem educação a ver com isso? Seria como dizia a Gal naquele disco de 1970, “A cultura, a civilização, elas que se danem!”? Pois é. Vamos despencando irremediavelmente no tempo da dissolução de costumes, e isso parece inevitável, porque faz parte de um esquema minuciosamente planejado. Os que promovem e provocam cientificamente essa degenerescência estão em completa oposição a ela, sabem que assim serão alçados ao poder mundial em curto prazo: degenerando “os outros”, Sacou? Só existe uma saída: Deus chegar primeiro... Enter. E vai uma nova pra você: “O clima no Paddy Murphy's Irish Pub & Restaurant, em Orlando (Flórida, EUA), esquentou entre Jeremie Calo e Tiffani Lynn Barganier. De carícias comportadas, a coisa evoluiu rapidamente, e os dois logo estavam fazendo sexo sobre uma mesa do restaurante, que estava lotado – incluindo crianças. A polícia foi chamada, mas, como nenhum cliente quis prestar queixa formal, os dois não puderam ser indiciados por atentado ao pudor, de acordo com o site Click Orlando. Jeremie só se complicou porque brigou com o gerente e se recusou a pagar a conta de 101 dólares (205 reais). O exibido foi levado para uma delegacia e, depois, liberado. Ele e Tiffani estão proibidos de aparecer no restaurante por um ano”. Poderia ser por um século, você não acha? Ou você ficaria, como disse um vizinho simiesco aqui do arraial, “com vontade”, ao vê-los trepando? Volto a perguntar: já pensou se essa moda pega e os restaurantes passarem a propiciar surubas e trepadas sobre as mesas? Não é instigante questionar isso? Pois enter. Aqui no Arraial das Bagas os sinais do fim dos tempos são gritantes. Os três poderes deste aglomerado de boçais estão em franca sintonia com o que você leu acima. A putaria come solta, entre uma sentença e um decreto. Você duvida? Pois venha constatar de perto nestas montanhas, você verá que não é preciso ter praia pra trepar e ficar nu. Isso aqui é um arraial remoto, mas em termos de crime, corrupção e putaria nada deve a nenhum grande centro. E segue a política de Brasília, porque os bandidos poderosos daqui estão também a salvo da lei. Em Brasília é o que se segue, leia só: “O comentarista Silvio Miguel Gomes envia matéria do site Consultor Jurídico, revelando que os réus do mensalão não serão presos de imediato e poderão recorrer em liberdade se condenados. As acusações são de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, peculato, evasão de divisas e gestão fraudulenta. Se condenados à prisão pelo Supremo Tribunal Federal, não serão detidos ou algemados logo após o julgamento”. E tem mais: ‘A regra é não ser preso. A culpa só fica formada depois que não cabe mais recurso’, afirma o ministro Marco Aurélio Mello. ‘Depois da publicação do acórdão, a defesa ainda poderá ingressar com Embargo de Declaração, apontando obscuridade, contradição ou omissão’. O recurso a que se refere o ministro, chamado embargo de declaração, é feito ao próprio STF e pode levar anos para ser analisado”. Você apreciou? Saboreou a sua impotência e está contemplando seu diploma de otário pendurado na parede? Enter final. “O caminho do nada”, por Carlos Newton: “Os dirigentes da CPI do Cachoeira anunciaram a intenção mas não conseguiram esta semana, nem vão conseguir, porque não querem, as 171 assinaturas de deputados e 21 de senadores para prorrogar seus trabalhos depois de 4 de novembro. Mesmo que por milagre as assinaturas brotassem no asfalto, o resultado seria o mesmo: a CPI morreu. Falta ser sepultada. Depois de tantos meses reunida chegou onde pretendiam seus inspiradores: ao nada”. E Avenida Brasil hipnotiza a brazucada, o negócio agora é trepar a céu aberto e tirar a roupa na rua ou na praia. Posso dizer sem medo que meu reino não é desse mundo... E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Um país que não é país e, pior: sem notícias

“Tim Blanks (Style.com) lança perfume no restaurante Brasil À Gosto, em SP”. Você deveria saber disso, claro, porque você VIVE a realidade brasileira e não é como eu, um eremita dentro dessa selva abjeta. Eu nunca ouvi falar desse tipo, mas acredito que deve viver às voltas com preferências dessas bestas que deambulam pelo topo do mundo consumindo porcarias pra encher suas vidas sem qualquer sentido. Pois saiu na primeirona do Estadão que ele vai lançar um perfume num restaurante. Perfume todos nós lançamos, com ou sem odor, com ou sem ruído. Ele também. A Gisele Bündchen também lança seus perfumes, até mesmo enquanto desfila. Ou você acha que modelos não fazem pum? Sim, fazem sim, e até nas passarelas. Podem ser até poderosos, podem ser fétidos, podem ser daqueles finiiiiiiiiiinhos que saem compridinhos por entre as douradas preguinhas dessas criaturas que só diferem de cavalos de raça porque têm um neurônio a mais, aquele que as impede de fazer totô na passarela. E falei em lançar perfumes porque o primeiro futum já apareceu no título da matéria no Estadão: aquele A não tem crase, estúpidos! Eis aí o peido que vocês soltam bem na cara do leitor decente e higiênico para com o idioma. E é dos fedidos... Essa titica de jornal não tem revisor, não?? E vocês contratam estúpidos para fazer títulos com erros em nível dos que ocorrem em puteiros? Enter. Boçais! Além de isso valer como notícia só para mentecaptos de carteirinha, ainda metem matéria fecal no título! Mas é isso: tem uma atriz aí, e isso foi “notícia” de primeira página não sei em que titica de jornalão, que apareceu numa festa com vestido transparente. Deve ser daquelas que têm quase nada de pelos pubianos. O nome dela: Nanda Costa. Eu nem conhecia a criatura, embora conhecer esse tipo de gente seja tão edificante como tomar uma coca-cola: só resulta em arroto. E como ela nada tem a dizer, basta você ter um pouquinho de criatividade e humor para tirar o ene do prenome da figura e colocá-lo entre o "o" e o esse do sobrenome. Fica bom: “nada consta”. Se você perguntar sobre teores dentro daquela mente, poderei dizer: nada consta. E assim vai “nossa imprensa”, com gente dizendo asneiras o tempo todo, todos errando estupidamente em vírgula, crase, todos repetindo como papagaios o que os donos da mídia mandam, todos acreditando que o que têm na cabeça é algo diferente de merda. Comecei a fazer um glossário de erros de imprensa em primeira página e desisti. Onde iria terminar isso? Nuuuuuuuuuunca, e em lugar nenhum! A profusão de erros estúpidos é tal que não há obra que comporte... Enter. Ah!, mas você deve estar dizendo que agora a coisa mudou, porque a “notícia” do momento é a condenação dos mensaleiros, ora viva. Não seja burro, meu! Em que lugar do mundo prender bandidos que roubam o erário é notícia? Notícia é eles não serem presos! Notícia é Maluf, Sarney, Romero Jucá, Renan Calheiros e outros canalhas juramentados estarem no poder, notícia é esses depravados profissionais não estarem presos! O papo da Papuda não está cheio, e parece que os condenados do Mensalão não vão enchê-lo. Estariam propensos a fazer uma visitinha às dependências da penitenciária, mas por que mantê-los lá se durante tantos anos eles se acostumaram a viver às nossas expensas como nababos e se nunca os admoestamos de forma clara e contundente? Você acha que esses caras vão ser tão duramente mal tratados por nós, logo eles, que até já saíram na revista Caras exibindo suas caras de bunda, até no show daquele pianista que não está nem aí pra ética do PT ou qualquer tipo de ética? Você acha que aqueles moços tão gentis serão humilhados com aturar um xilindró? Por falar nisso, você sabe o que significa xilindró? Bem, os dicionários se escondem sob “origem obscura”, mas eu revelo, porque eu sei: xilindró é uma graciosa e debochada maneira de falar nas grades, que são em formato de cilindros. A burrice e até mesmo a ignorância atingem até os dicionaristas... mas voltemos. Enquanto se derem diariamente nas capas da grande imprensa notícias que não são notícias, essa josta não anda. Viveremos o mundinho do faz de conta e de era uma vez. A Banânia vai ficar nisso ou até piorar se os mensaleiros forem “guardados” no xilindró. E é assim porque, enquanto eles determinam que ocorra o julgamento e façam com que o julgamento se arraste pelo tempo hábil, eles trabalham para minar profundamente outras coisas essenciais. E o que parecia um avanço acaba resultando em tremendo retrocesso. Enter. Já estão na cadeia? Não. Quando vão ter em volta dos pulsos as pulseiras indesejáveis para quem quer que seja? Quando será expedida a ordem de prisão? Será que haverá fuga de algum deles? Pois bem: foram condenados; e agora? Quem leva em cana? Vão entrar no camburão? Vão ser protegidos de algum episódio de fúria popular? Terão regime fechado, semiaberto ou aberto, ou ficarão aí zanzando como o chefe deles, aquele depravado imundo que ainda ousa abrir em público aquela boca realmente merecedora de um projétil de fuzil? É, os juízes do STF cumpriram seu papel. Agora os caras não estão sob algum tipo de poder que os mantenha à disposição do instituto que aplique a pena? Onde estão neste momento? Em casa? No diretório nacional dos Ptelhos deliberando sobre o que vão fazer para que a Justiça passe a ser algo que atenda aos interesses e conceitos deles? Para que a Justiça atenda aos interesses deles? Bem, tire suas conclusões, porque parece que algo malparou nessa história – aliás sem algemas, pra começo de conversa. Enter final. Você gostou destas linhas? Do que exatamente você gostou? Da abordagem filosófica sobre lançamento de perfumes? Do punzinho finiiiiiiiiiiiiiinho e longo que escapa por entre as douradas pregas das modelos? Acho que sua preferência foi essa. Porque escrever algo tem que virar notícia de alguma maneira, né? E pum sempre é notícia... Veja o anúncio do Luftal. E ficamos assim por agora. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!...

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Mensalão e Cachoeira: o retrato da Banânia

De cima de minhas tamancas de pinho vulgar posso dizer que os letrados vão morrendo aos poucos, enquanto a legião de seres atrasados cresce em progressão geométrica incontrolável. É a turma da porcariada, que hoje entope lojas e ruas dos centros de capitais e cidades em geral procurando consumir caganifâncias ilusórias, compensando frustrações da infância como pedir um brinquedo e os pais não poderem dar, ao passo que outras crianças exibiam suas prendas humilhando os descamisados. Enquanto cresce assustadoramente uma população que jamais alcançará educação e cultura e por isso seja condenada a viver à margem do que seria vida decente, diminuem os que falam o infinitivo do verbo VIR. A turma do “pode vim”, do “vai vim” e do “vô vim” vai consagrando sua escatologia mental e espiritual, e corromper o idioma é uma vingança natural. Os desgraçados do infinitivo “vim” entendem que a desgraça é o normal, e tratam de difundi-la. O Cazuza, segundo me contaram pessoas próximas dele, quando já sabendo estar com Aids, ia pra casas de surubas gay em São Paulo pra transmitir o vírus. Parece inacreditável, mas tem gente que garante que foi assim. E que fazer? Cantar um tango argentino? Enter. Os patifes do mensalão, os engravatados que o farsante asqueroso classificou de picaretas durante os anos noventa, estão em apuros, isto porque Deus mandou um fiat justitia em cima dessa corja, e agora assistimos ao que sempre deveria ter rolado: pau nos vagabundos safados que não se vexam de viver às nossas custas para fazerem porra nenhuma. Então foi preciso aparecer um escureba irado para com o nhenhenhém dos togados do Supremo, com seus divinizados ministros sempre bostejando em juridiquês isso e aquilo, e nada acontecendo. O Barbosão praticamente chamou aqueles moluscos às falas, como quem diz: “Vamos parar de mariquices e pegar no pesado, seus molengas da pá virada!”. Pá virada significa inutilidade, gente que se encosta na vida e não batalha, não trabalha, não busca. Assim é Brasília, a terra da pá virada, dos pás viradas, e o Barbosão não assumiu aquela toga pra viver de posar sorrindo pra fotos gentis como o recém-aposentado César Peluso, que se derrete perante câmeras. E, ironia da vida, ele virou a estrela naquela boca até há pouco tempo duvidosa como instituição viva e operante. O STF mais parecia um espaço acima dos mortais – e não é pra duvidar de uma suprema corte que tenha um Nelson Jobim, pilantra entreguista e descarado, como presidente??? –, um ninho de seres ungidos por Deus e de costas viradas para as vicissitudes humanas. Pô nenhuma, irmão! O Barbosão “sacudiu as purga” no pedaço, e sacudiu o Brasil com um peidaço que há muito queríamos ver liberado daquelas entranhas. Enter. Enquanto isso, o Cachoeira vai se desguiando, se escafedendo, com a CPI esvaziada, quase esquecida, se é que não vai ser mesmo engavetada nas suas e minhas fuças. O esquema do bandidão é conhecido de todos, mas o caldo tende a esfriar, uma vez que o ET Demóstenes Torres foi devidamente defenestrado, fazendo um papel que não queria para si jamais: boi de piranha. E assim vai a Banânia se desmilingüindo, aos poucos, considerando que sair do desconcerto histórico em que nos meteram não ocorrerá jamais. Você acha que o samba volta? Que o breganejo e o pagode esmerdeador e o axé vão ser extintos em nome de nossa grandeza? Você acha que o funk vai sair do Rio, que a beleza cultural e artística vai ser reativada? Bem, há quem creia em milagres, mas isso não vai rolar mais: o que ocorrerá é a degenerescência programada pelas mãos invisíveis avançando a conta gotas, dando uma pioradinha a cada segundo, a cada minuto, cada hora, de forma inexorável e sem possibilidade de reversão. Enter. Até me buzinou a cuca sobre essa coisa do mensalão: esse julgamento está sendo oferecido ao povão para desagravá-lo e, de repente, mais uma vez tapeá-lo. Coisas muito mais graves vão avançando sem que nem saibamos dela, tudo ocultado que está de nossas vistas. Cadê, por exemplo, os responsáveis pela explosão de Alcântara? Cadê, outrossim (cacete, que palavra!), o pinguço, que deveria estar enquadrado nos crimes agora julgados no STF? Cadê os responsáveis pela morte do Toninho do PT e do Celso Daniel? Cadê nosso nióbio? Cadê nossa metalurgia, que não aparece nunca? E cadê nossa tecnologia, já que, só pra exemplificar, não temos celulares com tecnologia nacional? E por que a Embraer não fabrica os caças de que necessitamos, acabando com essa merda de comprar jatos estrangeiros, se somos a terceira potência mundial em tecnologia aeroespacial? Quer dizer: botar canalhas na cadeia é obrigação mais elementar da nossa Justiça. Então o julgamento dos mensaleiros acontece de repente, mas chega tarde e só faz punir um punhadinho... e as mazelas da Banânia continuam aí, e prosseguimos chupando dedo. Enter final. O Christovam Buarque veio ao arraial em que me acoito há quase três décadas e proferiu uma palestra sobre seu projeto de Educação para o Brasil; antes de começar o lero, foi tocado o Hino Nacional no PA da sala de palestras, e todos se levantaram pra, no máximo, murmurar aquela inana. Pois não me levantei. Não prestigio ondas furadas. Se não há mais nação, por que iria eu reverenciar aqueles versos barrocos e fantasiosos? É como ver crucifixos em paredes de bancos: os vendilhões operando nosso rico dinheirinho sob a égide do Cristo??? Ora, essa não! Comigo não, violão! Ah!, e a palestra? Lá vai: uma fala coerente mas utópica. Os intervencionistas infiltrados em tudo na Banânia jamais permitirão nossa emancipação. É até melancólico achar que vamos um dia renascer dessa desgraça programada pelos algozes da Humanidade. Mas o senador tem que ganhar seu troco, se manter nas cabeças, prosseguir em sua estratosfera, que ninguém é de ferro. É um vidão, o que ele enfrenta: viajar por aí expondo suas idéias e com isso perenizar sua presença nas cabeças. E viva Santo Expedito! Oremos. Ciao, babes!