Frederico Mendonça de Oliveira
“Não entendo por que o Fidel não dá um chega pra lá no histrião Lula, que não se sabe o que foi fazer em Cuba”. Boneco assumido e homem/político sem palavra, Lula é um embuste vergonhoso, e Fidel deve saber muito bem que esse tipo, depois de 25 anos prometendo peitar o sistema concentrador e a corrupção, cuspiu na cara de todo o seu eleitorado na maior cara dura e continua aí, por força de ingerências que o povo realmente desconhece, com aprovação quase total. “É muito provável que a Dilma, mesmo que desajeitada por não saber sorrir em estilo global e impopular por parecer que pensa e que tem pulso forte, fatores hoje negativos para imagem de políticos, acabe eleita presidente, porque o esquema petista de poder é transnacional e fortíssimo!”, comenta Manoel com sua atenta e amada Maria, que fareja o ar buscando avaliar os “teores femininos” da candidata petista enquanto ouve os comentários de nosso herói. Enter.
O jornalista Ivo Patarra disponibilizou na internet seu livro O Chefe, em que aborda a farra do mensalão, tido como o mais espantoso escândalo da história do país. Se você quiser ler, que seja ludicamente para se aprofundar na maracutaia, baixe em PDF, grátis: www.escandalodomensalao.com.br, mas garantimos que você não conseguirá aumentar seu asco, apenas vai fortalecer sua convicção quanto a que estamos vivendo uma palhaçada irremediável e irreversível, e isso não é só em âmbito nacional (including as dimensões federal, estadual e municipal, com especial menção a Brasília, a capital, que teve seu governador preso por corrupção, aliás hábito dele), isso vara as fronteiras dos países do e sob o Império. E estamos levando mais pau ainda: depois de tudo ter acontecido envolvendo a quadrilha que reunia Dirceu, Genoíno, Valério, Silvinho Land Rover, Dantas, Lurian e toda a camarilha petista, sem esquecer o primeiro dos degenerados que entrou em foco, Waldomiro Diniz, e tudo dar em quase nada – realmente não conseguiram salvar esses salafrários todos, mas eles prosseguem aí lampeiros, quando deveriam estar em trabalhos forçados, a ferros! –, eis que puseram pra circular na internet uma denúncia de uma certa “bolsa bandido”, o que foi denominado tecnicamente de “auxílio reclusão”, maravilha talvez engendrada para ser mais um elemento de corrupção neste governo tão cheio de expedientes inacreditáveis. Quer ver? Abra o link mostrado no fim deste artigo. Enter.
E Manoel encontra o amigo músico e os dois vão andando e trocando idéias até a porta da casa deste. Chegando lá, aquele espetáculo: um monte de crianças histéricas berrando e correndo, mulheres trocando conversas aboletadas nos bancos infames, outras figuras patibulares compondo o surrealismo de um ponto de encontro em que não se dá encontro que não o da aproximação sem qualquer troca, não esquecendo que volta e meia surge não se sabe de onde gente que arma piquenique na grama, sem contar casais que trepam ao ar livre, e chega cachorro, e tem meninos burros jogando bola... E, mais pra baixo, uma turma fumando tchoras e tramando o roubo de uma moto. Esses a mulher do amigo filmou, pra qualquer eventualidade. O que mais espanta Manoel através do relato do amigo e de suas próprias observações é que o que antes era um pacato espaço de preservação ambiental virou um espaço em que religiosamente se reúnem TODOS OS DIAS gente sem atividade cerebral criativa. Ali se agregam, como bando de quaisquer animais – “Birds of a feather flock together” –, os classemédia sem ação mental além de atividades primárias: falam talvez para unicamente ouvirem os sons das próprias vozes, nada têm a dizer a não ser trivialidades e, claro, seguramente poderão rolar fofocas e tititis, tanto quanto manifestar seu ódio esverdinhado e sádico por quem brandiu essa palhaçada de lei em relação à existência desse paradoxo. E TODOS OS DIAS vêm em romaria, religiosamente, com meninos e carrinhos e até cachorrinhos, para um lugar sem qualquer atrativo qual não seja servir para praticar um tipo de ócio que eles pensam ser lazer, ou se ajuntarem e agruparem pensando estarem praticando congraçamento. E Manoel mais se abestalha ainda ao perceber que tudo não passa de uma pantomima rigorosamente fútil em que objetos do sistema descobriram um espaço alternativo, agora para compartilhar em público seu doloroso vazio, que parece que dói mais dentro das paredes do “lar”... Enter.
“É o que podemos chamar de periferização de classe média: talvez eles estejam é voltando a suas origens! Como em periferias e favelas, a turma brinca e relaxa na rua, porque o espaço em seus domicílios é exíguo e asfixiante, tanto quanto denunciador de uma condição social rebaixada. Então esses classemédias retornam a seus hábitos de berço ou origem, porque contraditoriamente odeiam os barracos com que se identificam no fundo, e que aparecem como feios quadros nas paredes da memória – mas não perdem o hábito de fugir deles indo pra rua. Seguramente nenhuma dessas criaturas tem o hábito da leitura...se é que sabem ler de verdade. Como disse Mário Quintana, “É um crime aprender a ler e não ler!”, discursa já resignado e superiorizado o amigo de Manoel, que ouve estas palavras finais: “Perdoai-os, Pai – eles não sabem o que fazem!”. E Manoel considera: “Será que não sabem mesmo? Não seria aquilo de “video meliora, proboque deteriora sequor”, “eu vejo o melhor, aprovo e sigo o pior”? Afinal, aquilo hoje chamado ainda de ser humano é uma contradição viva: “Ganham a vida ao nascer e a entregam toda à TV, a noticiários furados, a programas estúpidos e degeneradores, a novelas e BBB! Quem faz isso prova que tem por si simplesmente ódio e desprezo! E agora têm espaço pra compartilhar isso”. Enter final.
E aqui ficamos. Com Manoel e o amigo pensando seriamente em ganhar o mundo e deixar pra trás esse quadro patético e asqueroso. Arte e talento não faltam aos dois. E Manoel fica emocionado quando vê que Maria fica mais linda quando essa possibilidade é aventada em conversas... E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=22
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Manoel e o carnaval dos sem-rumo
Frederico Mendonça de Oliveira
“Recife adormecida/ ficava a sonhar/ ao som da triste melodia”. Melodia, por sinal, de Nelson Ferreira, o bamba do frevo, o coração vivo de Pernambuco, a alma de Recife e Olinda, coisa muito brasileira a que Manoel se curva em reverência profunda, especialmente depois de ouvir seu amigo músico discorrer sobre os valores musicais de Evocação nº 1, o frevo que conquistou o Brasil em 1957. O silêncio pós-carnavalesco de então era doloroso, triste, carregado de saudade de mais um episódio de humanismo e sentimentos de arte coletiva vivida no tríduo momesco, reinado de uma alegria realmente coletivizada, quando a instituição Brasil ainda era viva e pulsante de esperança. E quando o espírito cristão ainda corria nas veias e espíritos da gente em geral, o povo, os brasileiros sofridos mas ainda esperançados, os seres vivos que pisavam o solo de uma ainda pátria, uma ainda nação. Enter.
Pois hoje não há mais saudade, há vazio, há ausência. Saudade só pode haver como oposição a amor. E no Brasil o amor acabou. Amor pelos nossos valores, pelas nossas vidas envolvidas com beleza natural, grandeza, bondade, amor pelo conterrâneo, pelo irmão do mesmo sangue, amor capaz de congraçar na alegria, no sofrimento e na festa popular tanto regional como nacional. Como pode haver saudade de coisas? O carnaval hoje é uma coisa, embora sobrevivam dentro dos foliões globalizados resquícios de homens, vestígios de sentimentos reais, não esteja em festa só o boneco do mundo massacrado pelo capitalismo destrutivo e excludente. Por mais que fosse coletivizada a alegria de antanho, ela não era vulgar, não era coisa. Era uma força liberada, fluida, real, era um estado de espírito similar à paixão, ao amor, ao sublime. Enter.
“Na alta madrugada o coro entoava/ do bloco a marcha-regresso/ que era um sucesso nos tempos ideais/ do velho Raul Morais” – eis como se pensava o carnaval em Pernambuco, eis os valores de um Brasil vivo, embora já carregando no cachaço as farpas dos bandarilheiros que mais desesperam o touro na arena, preparando-o para o golpe mortal. “Adeus, adeus, minha gente/ que já cantamos bastante!”, e o sentimento benigno de saudade pelo término da grande festa anual de congraçamento nacional e humano começava a doer duramente, chegando a levar foliões às lágrimas... mas isso era nos tempos de Brasil, de espírito nacionalista – palavra que a imprensa imunda dos globalizadores hoje grafa com aspas, como sendo algo de sentido duvidoso ou amalucado –, de homens públicos da envergadura de Getúlio Vargas, de Gustavo Barroso, de juristas do porte de Ives Gandra Martins, de Raymundo Faoro, de prefeitos como Pedro Ernesto (preso várias vezes por peitar a corrupção e outros desvios já presentes no Brasil e Rio de sua época), de governadores como Leonel Brizola, seja governando o Rio Grande do Sul ou o Rio. Enter.
Eram tempos. A TV ainda não chegara – ou já chegara, mas ainda respeitando valores. Então veio a Globo, e tomamos o golpe mortal em nossa estrutura social e histórica. Se éramos em 1958 campeões em tudo no mundo, hoje somos os campeões de tudo quanto haja de pior. Hoje, o cidadão comum, só para dar um exemplo devastador, se permite a degradação ao voyeurismo mais sórdido e reles, assistindo a um bando de depravados sem qualquer sentimento que não os da competição e do espírito da vantagem a qualquer custo se esfregando diante das famílias, trepando, se digladiando por um milhão e meio de reais para um só deles voltar a viver, agora rico e estúpido, talvez mais estúpido que antes, porque agora “podendo”, não precisando mais fazer qualquer esforço por vencer o que quer que seja. Imundo Brasil de famílias se permitindo a mais porca degradação metida lares adentro pela máquina sórdida, pela telinha maligna, e todos se curvam em reverência à mais torpe e fútil decadência. E a depravação já se institucionalizou de tal forma que, banalizada e difundida sem freio, hoje faz parte da vida desses habitantes cretinizados de um país terminal, de uma pátria assassinada, de uma história dissolvida em merda rala! Enter.
Esse aí que enche o caveirão de 51 e ocupa a presidência apenas para dizer asneiras em Português de puteiro chegou ao cúmulo de “devolver”, com seu timbre de caverna escusa, a fala em que se disse “o homem mais honesto neste país”. E uma professora, devidamente identificada, mandou-lhe pela net um sonoro “vá se foder, presidente!”, mostrando que ele não é absolutamente ninguém pra dizer que é mais honesto que todos “nefte paíf”. Não passa de um usurpador cínico e escroto, que por 25 anos vendeu a imagem de paladino da luta contra a corrupção e pelo decoro político e, logo que chegou ao poder, desembestou pela mesma trajetória de corrupção e boçalidade adotada por todos os que durante anos ele combateu. E ainda inaugurou no país a era das frases de botequim de zona: disse, quando indagado a respeito da linha criminosamente permissiva que o seu “governo” adotou, que “quando se está na presidência, a coisa é outra; antes de assumir, é como um namoro, a presidência é um casamento”. Eis aí um bom exemplo do que se pode chamar de imbecilidade córnea, temperada com cinismo canalha. Sem contar o linguajar de capadócio, de catrumano, de bordel. Coisas como “distança”, Petobrais”, “fechar as conta”, “sanguessunga” etc. Enter final.
Acabou-se mais um carnaval de vazio e permissividade estúpida e gratuita. A alegria do carnaval de hoje é uma vaga ressonância da alegria íntima do brasileiro, que insiste em preservar intuitivamente o júbilo pela existência, não percebendo que com isso renuncia a si mesmo e a seu futuro e dos seus. Mas o mais feio de tudo é a miséria sonora dos carnavais de hoje: escatologia verbal e estupidez musical assumidas como sendo beleza e alegria. Deus se apiede do destino dessas bestas, aliás dessa mais de centena de milhão de bestas sem rumo, já que não sabem quem são, o que fazem e o que querem: só não voltam às árvores porque perderam o rabo. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
“Recife adormecida/ ficava a sonhar/ ao som da triste melodia”. Melodia, por sinal, de Nelson Ferreira, o bamba do frevo, o coração vivo de Pernambuco, a alma de Recife e Olinda, coisa muito brasileira a que Manoel se curva em reverência profunda, especialmente depois de ouvir seu amigo músico discorrer sobre os valores musicais de Evocação nº 1, o frevo que conquistou o Brasil em 1957. O silêncio pós-carnavalesco de então era doloroso, triste, carregado de saudade de mais um episódio de humanismo e sentimentos de arte coletiva vivida no tríduo momesco, reinado de uma alegria realmente coletivizada, quando a instituição Brasil ainda era viva e pulsante de esperança. E quando o espírito cristão ainda corria nas veias e espíritos da gente em geral, o povo, os brasileiros sofridos mas ainda esperançados, os seres vivos que pisavam o solo de uma ainda pátria, uma ainda nação. Enter.
Pois hoje não há mais saudade, há vazio, há ausência. Saudade só pode haver como oposição a amor. E no Brasil o amor acabou. Amor pelos nossos valores, pelas nossas vidas envolvidas com beleza natural, grandeza, bondade, amor pelo conterrâneo, pelo irmão do mesmo sangue, amor capaz de congraçar na alegria, no sofrimento e na festa popular tanto regional como nacional. Como pode haver saudade de coisas? O carnaval hoje é uma coisa, embora sobrevivam dentro dos foliões globalizados resquícios de homens, vestígios de sentimentos reais, não esteja em festa só o boneco do mundo massacrado pelo capitalismo destrutivo e excludente. Por mais que fosse coletivizada a alegria de antanho, ela não era vulgar, não era coisa. Era uma força liberada, fluida, real, era um estado de espírito similar à paixão, ao amor, ao sublime. Enter.
“Na alta madrugada o coro entoava/ do bloco a marcha-regresso/ que era um sucesso nos tempos ideais/ do velho Raul Morais” – eis como se pensava o carnaval em Pernambuco, eis os valores de um Brasil vivo, embora já carregando no cachaço as farpas dos bandarilheiros que mais desesperam o touro na arena, preparando-o para o golpe mortal. “Adeus, adeus, minha gente/ que já cantamos bastante!”, e o sentimento benigno de saudade pelo término da grande festa anual de congraçamento nacional e humano começava a doer duramente, chegando a levar foliões às lágrimas... mas isso era nos tempos de Brasil, de espírito nacionalista – palavra que a imprensa imunda dos globalizadores hoje grafa com aspas, como sendo algo de sentido duvidoso ou amalucado –, de homens públicos da envergadura de Getúlio Vargas, de Gustavo Barroso, de juristas do porte de Ives Gandra Martins, de Raymundo Faoro, de prefeitos como Pedro Ernesto (preso várias vezes por peitar a corrupção e outros desvios já presentes no Brasil e Rio de sua época), de governadores como Leonel Brizola, seja governando o Rio Grande do Sul ou o Rio. Enter.
Eram tempos. A TV ainda não chegara – ou já chegara, mas ainda respeitando valores. Então veio a Globo, e tomamos o golpe mortal em nossa estrutura social e histórica. Se éramos em 1958 campeões em tudo no mundo, hoje somos os campeões de tudo quanto haja de pior. Hoje, o cidadão comum, só para dar um exemplo devastador, se permite a degradação ao voyeurismo mais sórdido e reles, assistindo a um bando de depravados sem qualquer sentimento que não os da competição e do espírito da vantagem a qualquer custo se esfregando diante das famílias, trepando, se digladiando por um milhão e meio de reais para um só deles voltar a viver, agora rico e estúpido, talvez mais estúpido que antes, porque agora “podendo”, não precisando mais fazer qualquer esforço por vencer o que quer que seja. Imundo Brasil de famílias se permitindo a mais porca degradação metida lares adentro pela máquina sórdida, pela telinha maligna, e todos se curvam em reverência à mais torpe e fútil decadência. E a depravação já se institucionalizou de tal forma que, banalizada e difundida sem freio, hoje faz parte da vida desses habitantes cretinizados de um país terminal, de uma pátria assassinada, de uma história dissolvida em merda rala! Enter.
Esse aí que enche o caveirão de 51 e ocupa a presidência apenas para dizer asneiras em Português de puteiro chegou ao cúmulo de “devolver”, com seu timbre de caverna escusa, a fala em que se disse “o homem mais honesto neste país”. E uma professora, devidamente identificada, mandou-lhe pela net um sonoro “vá se foder, presidente!”, mostrando que ele não é absolutamente ninguém pra dizer que é mais honesto que todos “nefte paíf”. Não passa de um usurpador cínico e escroto, que por 25 anos vendeu a imagem de paladino da luta contra a corrupção e pelo decoro político e, logo que chegou ao poder, desembestou pela mesma trajetória de corrupção e boçalidade adotada por todos os que durante anos ele combateu. E ainda inaugurou no país a era das frases de botequim de zona: disse, quando indagado a respeito da linha criminosamente permissiva que o seu “governo” adotou, que “quando se está na presidência, a coisa é outra; antes de assumir, é como um namoro, a presidência é um casamento”. Eis aí um bom exemplo do que se pode chamar de imbecilidade córnea, temperada com cinismo canalha. Sem contar o linguajar de capadócio, de catrumano, de bordel. Coisas como “distança”, Petobrais”, “fechar as conta”, “sanguessunga” etc. Enter final.
Acabou-se mais um carnaval de vazio e permissividade estúpida e gratuita. A alegria do carnaval de hoje é uma vaga ressonância da alegria íntima do brasileiro, que insiste em preservar intuitivamente o júbilo pela existência, não percebendo que com isso renuncia a si mesmo e a seu futuro e dos seus. Mas o mais feio de tudo é a miséria sonora dos carnavais de hoje: escatologia verbal e estupidez musical assumidas como sendo beleza e alegria. Deus se apiede do destino dessas bestas, aliás dessa mais de centena de milhão de bestas sem rumo, já que não sabem quem são, o que fazem e o que querem: só não voltam às árvores porque perderam o rabo. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Manoel: “Tudo são cinzas!”
Frederico Mendonça de Oliveira
Passados os vazios dias de carnaval que já foi um dia Carnaval, Manoel queda desolado vendo o Brasil de volta a seu destino trágico. E considera aquela letra de samba que tanto foi repetida por tantos brasileiros, milhões, quando a beleza ainda marcava os quatro dias de Momo: “Você partiu, saudades me deixou, eu chorei/ nosso amor foi uma chama que o sopro do passado desfaz/ agora é cinzas, tudo acabado e nada mais”. E olhando para sua amada Maria, ele pensa nos tempos em que os dois, que ainda não se conheciam, viviam carnavais lindos,cada um na sua vida... e imagina como seria adorável hoje viverem juntos a folia poética do passado: “Seria um aditivo para nosso amor tão profundo, seria uma possibilidade de festejá-lo em meio à alegria coletiva que reunia pessoas pensantes, pessoas que pensavam o Brasil, como nós!...” E uma indizível tristeza passa pelo coração de nosso herói, agora certo de que nesta vida a beleza está completamente ameaçada, e dando lugar a uma feiúra crescente e ameaçadora. E aí nosso herói pensa no carnaval do Planalto. Enter.
“Carnaval no Planalto? O Planalto já é um carnaval de corrupção faz tempo! E é como o riso das hienas: além de não ter alegria, pressagia orgia sanguinária!...” E agora o arquiboçal Arruda mostrou que “uma vez corrupto, corrupto até morrer...”, e as bestas da imprensa obedecem aos que mandaram publicar a cana em cima do cara, e os “leitores” até acham que isso vai mudar alguma coisa. E Manoel se inquieta: “Não estará esta prisão acobertando alguma outra merda maior? Afinal, esse monstrinho já vinha fazendo das suas desde o episódio do painel do Senado... e não vão dizer que as loucuras do patife não eram do conhecimento dos seus pares e dos engravatados em geral...”. Pois bem, é a mesma velha merda, “the same old sheet”: brasileiro pobre é como lombriga, se sai da merda morre. E brasileiro rico é lombriga do mesmo jeito, só que não sai da merda grossa. Enter.
E lá vem ano sem beleza , lá vem gastar o tempo e pagar, pagar, pagar, e não se tem mais possibilidade de esperar outro carnaval para limpar a alma, pois carnaval hoje é sujeira e vazio. Mas as coisas boas que restam ainda trazem algum consolo. Não consola ver um salafra como o Arruda preso, não consola ver ninguém preso, na verdade. Consola é saber que ter consciência desse horror que vivemos é muito melhor do que esta por aí vagando como boiada caminhando a esmo... e acreditando que isso é que é a realidade e que faz sentido. Isso não é propriamente bonito, mas consola. Também consola ver que a ação de muitos crápulas acaba acertando eles mesmos, não nós, isto quando eles tentam nos acertar... mas vale lembrar outras quartas de cinzas, outros dias diversos desses de hoje, tão sem conteúdo. Enter.
Vale lembrar o carnaval em que morreu Ary Barroso. Estava o amigo músico de Manoel no Jacarepaguá Tênis Clube, fantasiado de arlequim, rolava o baile e já começara o baile às dez. Aí o sistema de alto-falantes do clube, tão logo rolou o primeiro intervalo, noticiou a morte do Ary. Foi uma comoção em dimensão de impacto. Ninguém se descontrolou, mas no mínimo corações de apertaram e lágrimas encheram os olhos de quase toda a gente. Manoel se sentiu ridículo fantasiado ali, mas olhou para tanta gente também fantasiada e se irmanou a todos. O silêncio doía. Um relato da morte saiu na contracapa um disco alusivo à obra do gênio de Aquarela do Brasil, o verdadeiro hino nacional, e vale a pena transcrever: “Domingo, 9 de fevereiro de 1964, nove e cinquenta da noite: Ary Barroso morreu. A notícia espalha-se de norte a sul, paralisa bailes, silencia foliões, abala o país. Por um momento os tamborins calam, a multidão se entreolha. A Escola de Samba Império Serrano hesita em entrar na avenida. Mas o carnaval não deve parar. Os bailes prosseguem, o povo dança, e na avenida a Escola desfila a sua Aquarela Brasileira. É preciso cantar para vencer o silêncio da morte”. E assim foi no JTC, o amigo de Manoel atingido profundamente pela notícia prosseguiu participando do baile, mas agora sem mais alegria. Ele já estava músico decidido a se profissionalizar. À tarde ouvira, na rádio JB, Azul Contente, de Walter Santos e Tereza Souza, cantada pelo Walter com o grupo do xará Walter Wanderley, aquele som de Hammond B3 com Leslie fazendo com o trompete do Papudinho um lindo uníssono melódico. E ali o amigo de Manoel tomou sua mais importante decisão na vida: largaria o magistério para o qual já estava se preparando e abraçaria a música. Enter.
Pois à noite, ele, que não era de porra de carnaval nenhum, lá estava fantasiado só pra fazer a vontade da família. Tinha, então, 19 anos. E já decidido consigo pela música, não tendo ainda nem falado com ninguém sobre isso, lá estava solitário em meio a uma folia que, se já não fazia muito sentido para ele, agora tinha ficado adversa, depois da notícia da morte do Ary. E o baile se arrastou, as pessoas ainda pessoas pulando pra não deixar de pular, aquela situação surrealista. Todos com o coração fisgado, alguns desolados guardando um silêncio prenhe de constatações, e a banda puxando as marchas, entre as quais a que encantou esse ano, que falava de Colombo, Gagárin, colombina e espaço sideral, e ela terminava dizendo: “Quero ser um Colombo do espaço/ levando colombina em meus braços”. E dava para ver que tinha gente cantando isso com lágrimas descendo pelo rosto... Enter final.
E o baile chegou ao fim, e vieram a segunda e a terça gorda, e encerrando o carnaval a orquestra puxou As Pastorinhas, nostalgia de todos os fins de folia. E dava pra ver a emoção generalizada, as lágrimas descendo por rostos sorrindo comovidos. E o amigo de Manoel nunca mais pulou um carnaval. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
Passados os vazios dias de carnaval que já foi um dia Carnaval, Manoel queda desolado vendo o Brasil de volta a seu destino trágico. E considera aquela letra de samba que tanto foi repetida por tantos brasileiros, milhões, quando a beleza ainda marcava os quatro dias de Momo: “Você partiu, saudades me deixou, eu chorei/ nosso amor foi uma chama que o sopro do passado desfaz/ agora é cinzas, tudo acabado e nada mais”. E olhando para sua amada Maria, ele pensa nos tempos em que os dois, que ainda não se conheciam, viviam carnavais lindos,cada um na sua vida... e imagina como seria adorável hoje viverem juntos a folia poética do passado: “Seria um aditivo para nosso amor tão profundo, seria uma possibilidade de festejá-lo em meio à alegria coletiva que reunia pessoas pensantes, pessoas que pensavam o Brasil, como nós!...” E uma indizível tristeza passa pelo coração de nosso herói, agora certo de que nesta vida a beleza está completamente ameaçada, e dando lugar a uma feiúra crescente e ameaçadora. E aí nosso herói pensa no carnaval do Planalto. Enter.
“Carnaval no Planalto? O Planalto já é um carnaval de corrupção faz tempo! E é como o riso das hienas: além de não ter alegria, pressagia orgia sanguinária!...” E agora o arquiboçal Arruda mostrou que “uma vez corrupto, corrupto até morrer...”, e as bestas da imprensa obedecem aos que mandaram publicar a cana em cima do cara, e os “leitores” até acham que isso vai mudar alguma coisa. E Manoel se inquieta: “Não estará esta prisão acobertando alguma outra merda maior? Afinal, esse monstrinho já vinha fazendo das suas desde o episódio do painel do Senado... e não vão dizer que as loucuras do patife não eram do conhecimento dos seus pares e dos engravatados em geral...”. Pois bem, é a mesma velha merda, “the same old sheet”: brasileiro pobre é como lombriga, se sai da merda morre. E brasileiro rico é lombriga do mesmo jeito, só que não sai da merda grossa. Enter.
E lá vem ano sem beleza , lá vem gastar o tempo e pagar, pagar, pagar, e não se tem mais possibilidade de esperar outro carnaval para limpar a alma, pois carnaval hoje é sujeira e vazio. Mas as coisas boas que restam ainda trazem algum consolo. Não consola ver um salafra como o Arruda preso, não consola ver ninguém preso, na verdade. Consola é saber que ter consciência desse horror que vivemos é muito melhor do que esta por aí vagando como boiada caminhando a esmo... e acreditando que isso é que é a realidade e que faz sentido. Isso não é propriamente bonito, mas consola. Também consola ver que a ação de muitos crápulas acaba acertando eles mesmos, não nós, isto quando eles tentam nos acertar... mas vale lembrar outras quartas de cinzas, outros dias diversos desses de hoje, tão sem conteúdo. Enter.
Vale lembrar o carnaval em que morreu Ary Barroso. Estava o amigo músico de Manoel no Jacarepaguá Tênis Clube, fantasiado de arlequim, rolava o baile e já começara o baile às dez. Aí o sistema de alto-falantes do clube, tão logo rolou o primeiro intervalo, noticiou a morte do Ary. Foi uma comoção em dimensão de impacto. Ninguém se descontrolou, mas no mínimo corações de apertaram e lágrimas encheram os olhos de quase toda a gente. Manoel se sentiu ridículo fantasiado ali, mas olhou para tanta gente também fantasiada e se irmanou a todos. O silêncio doía. Um relato da morte saiu na contracapa um disco alusivo à obra do gênio de Aquarela do Brasil, o verdadeiro hino nacional, e vale a pena transcrever: “Domingo, 9 de fevereiro de 1964, nove e cinquenta da noite: Ary Barroso morreu. A notícia espalha-se de norte a sul, paralisa bailes, silencia foliões, abala o país. Por um momento os tamborins calam, a multidão se entreolha. A Escola de Samba Império Serrano hesita em entrar na avenida. Mas o carnaval não deve parar. Os bailes prosseguem, o povo dança, e na avenida a Escola desfila a sua Aquarela Brasileira. É preciso cantar para vencer o silêncio da morte”. E assim foi no JTC, o amigo de Manoel atingido profundamente pela notícia prosseguiu participando do baile, mas agora sem mais alegria. Ele já estava músico decidido a se profissionalizar. À tarde ouvira, na rádio JB, Azul Contente, de Walter Santos e Tereza Souza, cantada pelo Walter com o grupo do xará Walter Wanderley, aquele som de Hammond B3 com Leslie fazendo com o trompete do Papudinho um lindo uníssono melódico. E ali o amigo de Manoel tomou sua mais importante decisão na vida: largaria o magistério para o qual já estava se preparando e abraçaria a música. Enter.
Pois à noite, ele, que não era de porra de carnaval nenhum, lá estava fantasiado só pra fazer a vontade da família. Tinha, então, 19 anos. E já decidido consigo pela música, não tendo ainda nem falado com ninguém sobre isso, lá estava solitário em meio a uma folia que, se já não fazia muito sentido para ele, agora tinha ficado adversa, depois da notícia da morte do Ary. E o baile se arrastou, as pessoas ainda pessoas pulando pra não deixar de pular, aquela situação surrealista. Todos com o coração fisgado, alguns desolados guardando um silêncio prenhe de constatações, e a banda puxando as marchas, entre as quais a que encantou esse ano, que falava de Colombo, Gagárin, colombina e espaço sideral, e ela terminava dizendo: “Quero ser um Colombo do espaço/ levando colombina em meus braços”. E dava para ver que tinha gente cantando isso com lágrimas descendo pelo rosto... Enter final.
E o baile chegou ao fim, e vieram a segunda e a terça gorda, e encerrando o carnaval a orquestra puxou As Pastorinhas, nostalgia de todos os fins de folia. E dava pra ver a emoção generalizada, as lágrimas descendo por rostos sorrindo comovidos. E o amigo de Manoel nunca mais pulou um carnaval. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Manoel e a miséria politicóide enfrentada por seu amigo
Frederico Mendonça de Oliveira
Consternado com a imagem a cada dia mais patética deste que os brasileiros elegeram seu “presidente”, e que insiste em bancar o idiota onde quer que apareça, dizendo asneiras em jargão de ignorantaço (e a “petobrais”? E os “sanguesSUNGAS”?) e envergando como bufão de aluguel o que lhe oferecem, desde bonés a skates e aventais, Manoel constata algo pior. Ele enxerga uma patacoada, na verdade um embuste, encobrindo uma escamoteação: o “presidente” dá uma de bobo alegre idiota para se esquivar de falar curto e grosso contra a corrupção que cancerifica toda a sua estrutura de governo. E isso de corrupção generalizada e oficializada já não ocorre só no âmbito federal: estados e municípios exibem a mesma miséria e degradação. E a distorção ganha verdadeira concretude quando os cidadãos, em todos os níveis de ligação com o poder, do mais graduado funcionário federal ao mais reles munícipe, aderem à miséria política achando isso correto e até lindo, e brigando ferozmente para fazer valer suas “convicções” e sua “escolha”. O ódio permeia esse equívoco assumido como verdade, ódio maligno porque reles e barato, inconsequente e fútil, mas degenerando em torpezas mantidas através de autoritarismo em diversas dimensões. “Que será desse país” – ou ‘defe paíf’, como eructa o boneco etilizado –, “entregue à decomposição manipulada por abutres e corroborada por uma imensa récua de muares subservientes, a legião dos milhões de zemanés do bolsa isso e aquilo??”, pergunta-se Manoel, chapado. Enter.
Pois um longo enfrentamento de seu amigo lhe traz a resposta a tanta miséria. Esse amigo sofre sob a ação dos poderes do arraial uma perseguição cruel e odiosa desde que denunciou uma irregularidade praticada pelos poderosos e que atingiu sua vida em cheio. Denunciou as autoridades e as teve contra si, mais a matilha dos puxa-sacos da vizinhança e alhures. E ultimamente verificou que a perseguição é manipulada, que o comando promana de um núcleo do poder articulado com a ralé que enxameia diariamente, fanaticamente, em torno de sua casa para azucrinar sem descanso. “Ele descobriu, depois de três anos peitando as dondocas de aluguel e seus amos, que tudo é sistematicamente orquestrado através de monitorá-lo descaradamente para que se cooneste o crime de alteração do espaço público atendendo a interesses escusos de um manda-chuva que parasita o arraial há mais de década”, reflete Manoel, considerando.que até estas linhas aqui servem de base para coordenar a ação do bando de otários usados como invasores/consolidadores do espaço. “Não há dúvida qualquer: depois da imposição das grandes farsas à Humanidade, isso que aqui se vê é apenas um traque, mas ‘eles não largam o osso, porque isso é POLÍTICA!!’, e manter o poder, para essa caterva, é mais importante do que viver. A miserável vida desses seres é devotada a manter o poder, e isso é uma forma assombrosa de suicídio para saciar desejos!”, constata Manoel enojado mas piedoso, contemplando a escatologia que permeia vida e ação desses condenados a perseguir a permanência no comando. Enter.
Conversando com o amigo, Manoel enxerga a maracutaia através dos indícios mais que abjetos presentes na ação dos paus-mandados da cúpula do poder no arraial. Os mandantes ficam na encolha, operando seus bonecos. E os bonecos amam aparecer nesse palco escroto, em que o constrangimento e o sadismo são as duas maiores “atrações”. O mais porco é o uso de crianças, que desde o início hostilizam o amigo de Manoel e sua mulher. São instigadas pelas mães, em visível manifestação de demência dessas dondocas desmioladas e ignorantes, sem contar que usar inocentes para apoiar crime de corrupção e perseguir gente honesta é um sintoma alarmante de psicopatologia grave. O que esperam, essas deformadas assumidas, do futuro das mentes de seus próprios filhos, se os acostumam desde cedo a praticar diariamente delinquência aberta e se fazem deles cúmplices inocentes de crimes de corrupção praticados por autoridades? É claro que dessas mentes globais, desses coprófilos rendidos à TV, a novelas e Big Brothers, só se pode esperar deformidade e indigência. Se nem mesmo sabem de si, que dirá de seus filhos?! Pois o amigo de Manoel enxerga com clareza a desfiguração que se agudizou em torno de sua casa e prossegue resistindo em total oposição à baderna estúpida, mantendo seu centro de estudos em diversas direções como um núcleo de produção e pensamento cultural e artístico. Este oásis resiste há três anos sitiado por verdadeiro paroxismo de inveja, ódio e sadismo, encravado numa cloaca de classe média boçalizada e periferizada, convertida totalmente à degradação e mantendo sua entrega fatal à adoração pecaminosa do ilícito. Tão formidável deterioração vai sendo movida friamente pelas autoridades corrompidas e corruptoras e seus fiéis sevandijas, lacaios com excremento concentrado entre frontal, temporais, occipital, esfenóide e parietais, o que seria espaço intra craniano para abrigar um cérebro e suas funções naturais. O discurso dessa periferia de classe mérdia é a tragédia espiritual manifestada por gritarias infantis infernais, cães ladrando em desespero e boçais presentes ao ato de corrupção urbana placidamente sentados em assembléia posando de “usuários felizes” de um novo espaço de lazer, na verdade um covil idealizado por um psicopata e que serve de centro para explicitação e manifestação pública dessa psicopatologia. Enter final.
“Pobres catrumanos obtusos e ocos, pobres crianças já desencaminhadas sem dó, pobres párias a serviço da corrupção escancarada, pobres diabos sem mente nem espírito! Que Deus se apiede desses andróides palradores e desencaminhados e dê a eles a Justiça que os fará despertar para o aperfeiçoamento. Pode levar séculos e séculos, mas um dia esses quadrúpedes viram bípedes e o cérebro deles desperta!”, fala o amigo de Manoel, e nosso herói diz: “Amém!!!”. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
ATENÇÃO: JÁ ESTAMOS CENSURADOS HÁ 663 DIAS. A CENSURA A O ESTADO DE SÃO PAULO, VERGONHA QUE SOMA 189 DIAS E QUE FOI MANTIDA EM RECENTE VOTAÇÃO NO SUPREMO, ESTÁ CONDENADA ATÉ EM ÂMBITO MUNDIAL. QUANTO A NÓS..., FOI TAMBÉM MANTIDA, E PELO MINISTRO PRESIDENTE DO STF, GILMAR MENDES. E CONTINUAMOS AMORDAÇADOS BONITINHO!
Consternado com a imagem a cada dia mais patética deste que os brasileiros elegeram seu “presidente”, e que insiste em bancar o idiota onde quer que apareça, dizendo asneiras em jargão de ignorantaço (e a “petobrais”? E os “sanguesSUNGAS”?) e envergando como bufão de aluguel o que lhe oferecem, desde bonés a skates e aventais, Manoel constata algo pior. Ele enxerga uma patacoada, na verdade um embuste, encobrindo uma escamoteação: o “presidente” dá uma de bobo alegre idiota para se esquivar de falar curto e grosso contra a corrupção que cancerifica toda a sua estrutura de governo. E isso de corrupção generalizada e oficializada já não ocorre só no âmbito federal: estados e municípios exibem a mesma miséria e degradação. E a distorção ganha verdadeira concretude quando os cidadãos, em todos os níveis de ligação com o poder, do mais graduado funcionário federal ao mais reles munícipe, aderem à miséria política achando isso correto e até lindo, e brigando ferozmente para fazer valer suas “convicções” e sua “escolha”. O ódio permeia esse equívoco assumido como verdade, ódio maligno porque reles e barato, inconsequente e fútil, mas degenerando em torpezas mantidas através de autoritarismo em diversas dimensões. “Que será desse país” – ou ‘defe paíf’, como eructa o boneco etilizado –, “entregue à decomposição manipulada por abutres e corroborada por uma imensa récua de muares subservientes, a legião dos milhões de zemanés do bolsa isso e aquilo??”, pergunta-se Manoel, chapado. Enter.
Pois um longo enfrentamento de seu amigo lhe traz a resposta a tanta miséria. Esse amigo sofre sob a ação dos poderes do arraial uma perseguição cruel e odiosa desde que denunciou uma irregularidade praticada pelos poderosos e que atingiu sua vida em cheio. Denunciou as autoridades e as teve contra si, mais a matilha dos puxa-sacos da vizinhança e alhures. E ultimamente verificou que a perseguição é manipulada, que o comando promana de um núcleo do poder articulado com a ralé que enxameia diariamente, fanaticamente, em torno de sua casa para azucrinar sem descanso. “Ele descobriu, depois de três anos peitando as dondocas de aluguel e seus amos, que tudo é sistematicamente orquestrado através de monitorá-lo descaradamente para que se cooneste o crime de alteração do espaço público atendendo a interesses escusos de um manda-chuva que parasita o arraial há mais de década”, reflete Manoel, considerando.que até estas linhas aqui servem de base para coordenar a ação do bando de otários usados como invasores/consolidadores do espaço. “Não há dúvida qualquer: depois da imposição das grandes farsas à Humanidade, isso que aqui se vê é apenas um traque, mas ‘eles não largam o osso, porque isso é POLÍTICA!!’, e manter o poder, para essa caterva, é mais importante do que viver. A miserável vida desses seres é devotada a manter o poder, e isso é uma forma assombrosa de suicídio para saciar desejos!”, constata Manoel enojado mas piedoso, contemplando a escatologia que permeia vida e ação desses condenados a perseguir a permanência no comando. Enter.
Conversando com o amigo, Manoel enxerga a maracutaia através dos indícios mais que abjetos presentes na ação dos paus-mandados da cúpula do poder no arraial. Os mandantes ficam na encolha, operando seus bonecos. E os bonecos amam aparecer nesse palco escroto, em que o constrangimento e o sadismo são as duas maiores “atrações”. O mais porco é o uso de crianças, que desde o início hostilizam o amigo de Manoel e sua mulher. São instigadas pelas mães, em visível manifestação de demência dessas dondocas desmioladas e ignorantes, sem contar que usar inocentes para apoiar crime de corrupção e perseguir gente honesta é um sintoma alarmante de psicopatologia grave. O que esperam, essas deformadas assumidas, do futuro das mentes de seus próprios filhos, se os acostumam desde cedo a praticar diariamente delinquência aberta e se fazem deles cúmplices inocentes de crimes de corrupção praticados por autoridades? É claro que dessas mentes globais, desses coprófilos rendidos à TV, a novelas e Big Brothers, só se pode esperar deformidade e indigência. Se nem mesmo sabem de si, que dirá de seus filhos?! Pois o amigo de Manoel enxerga com clareza a desfiguração que se agudizou em torno de sua casa e prossegue resistindo em total oposição à baderna estúpida, mantendo seu centro de estudos em diversas direções como um núcleo de produção e pensamento cultural e artístico. Este oásis resiste há três anos sitiado por verdadeiro paroxismo de inveja, ódio e sadismo, encravado numa cloaca de classe média boçalizada e periferizada, convertida totalmente à degradação e mantendo sua entrega fatal à adoração pecaminosa do ilícito. Tão formidável deterioração vai sendo movida friamente pelas autoridades corrompidas e corruptoras e seus fiéis sevandijas, lacaios com excremento concentrado entre frontal, temporais, occipital, esfenóide e parietais, o que seria espaço intra craniano para abrigar um cérebro e suas funções naturais. O discurso dessa periferia de classe mérdia é a tragédia espiritual manifestada por gritarias infantis infernais, cães ladrando em desespero e boçais presentes ao ato de corrupção urbana placidamente sentados em assembléia posando de “usuários felizes” de um novo espaço de lazer, na verdade um covil idealizado por um psicopata e que serve de centro para explicitação e manifestação pública dessa psicopatologia. Enter final.
“Pobres catrumanos obtusos e ocos, pobres crianças já desencaminhadas sem dó, pobres párias a serviço da corrupção escancarada, pobres diabos sem mente nem espírito! Que Deus se apiede desses andróides palradores e desencaminhados e dê a eles a Justiça que os fará despertar para o aperfeiçoamento. Pode levar séculos e séculos, mas um dia esses quadrúpedes viram bípedes e o cérebro deles desperta!”, fala o amigo de Manoel, e nosso herói diz: “Amém!!!”. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
ATENÇÃO: JÁ ESTAMOS CENSURADOS HÁ 663 DIAS. A CENSURA A O ESTADO DE SÃO PAULO, VERGONHA QUE SOMA 189 DIAS E QUE FOI MANTIDA EM RECENTE VOTAÇÃO NO SUPREMO, ESTÁ CONDENADA ATÉ EM ÂMBITO MUNDIAL. QUANTO A NÓS..., FOI TAMBÉM MANTIDA, E PELO MINISTRO PRESIDENTE DO STF, GILMAR MENDES. E CONTINUAMOS AMORDAÇADOS BONITINHO!
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