Frederico Mendonça de Oliveira
Manoel não é tipo para se entregar a depressões dessas que acometem os midiotas, seres que vivem com o rabo na poltrona entregando sua vida às novelas estúpidas e estupidificantes da TV. “Depressão é o cacete!”, rosna ele considerando sua real diferença em relação a esses maricas ou pacóvios que se vergam a essa doença da moda. “Porra, se um sujeito se entrega aos meios de comunicação deformadores e abdica de crescimento intelectual, cultural, artístico e espiritual, é óbvio que sua natureza vai reagir: qual é o resultado possível da ingestão sistemática, diuturna e insistente de um veneno em doses de horas diárias até cavalares? Alguma reação indesejável, senão a morte mesmo!”, reflete nosso herói enquanto rola em seu Gradiente 78 um Romeu e Julieta executado pela Berliner com regência de Herbert von Karajan. “Não é um Furtwangler regendo a Vienner, mas dá pro gasto”, pensa consigo Manoel, que anda a cada dia mais abestalhado com tanta maluquice no arraialito e principalmente na pracita ao lado de sua casa. Ele e sua Maria Garcia até pararam de ir cuidar do jardim da casa, para não topar com os arraialeiros ignaros e insensíveis que agora andam se reunindo ao lado de sua casa até para bater bola, estabelecendo um centro de diversões estúpidas ilegal e completamente irreverente, o que bem mostra o grau de boçalidade desses seres transformados em objetos vestidos, aliás ridiculamente vestidos... Enter.
Pela manhã, os putinhos se esbaldam gritando como loucos varridos, como psicopatazinhos a caminho de um futuro nada promissor, sem contar que a degenerescência social já faz desses infelizezinhos vítimas obrigatórias de um porvir de horrores. Mais ainda, a que destino podem aspirar esses pobres fedelhos se têm pais envolvidos com corrupção, sadismo, perseguição covarde e imunda contra um homem decente como o morador atingido pela obra maluca? Desde cedo, o exemplo que esses pobres infelizes recebem é o dos desvios morais assumidos... Pois tem horas em que os pafúncios, marocas e peruas se reúnem em folguedos achamboados, e rola até futebos sênior, vejam só!... e desenha-se na mente de Manoel a imagem de um cacique que aparece na capa da Caros Amigos, no exemplar em que a revista estampou um artigo do punho de nosso herói. A imagem do índio, com roupas urbanas ridículas, relógio de quartzo, sandálias havaianas, curiosissimamente é um espelho dos arraialeiros que circulam pelas ruas da cidade, figuras decadentes, que até lembram a menção de Caetano a respeito da gentuça que desfila sua feiúra pela esquina de Ipiranga com São João... Enter.
Nossa gente vai pelo caminho da completa perdição. As autoridades aboletadas nos três poderes hoje só fazem lutar por conquistar ou se manter no poder, o resto é puro fingimento, cinismo!! E a imprensa, essa merda viva a que chamam de quarto poder, está a soldo e a serviço do sistema e só denuncia alguma irregularidade quando ela explodiu e perdeu o controle de seus autores, causando comoção popular. O caso do tal morador perseguido é típico: o jornaleco do arraial, que quando não é tendencioso é omisso, estampou em primeira página matéria policial mostrando o protesto inofensivo do morador – ele jogou óleo queimado nos bancos da pracita em portesto contra a arruaça da madrugada anterior, quando “jovens” jogaram futebol com garrafas vazias de pet das três e meia da manhã até raiar o dia, naturalmente para dar vazão a seus instintos não descarregados no baile de onde vieram – como se fosse crime, como se o gajo tivesse matado o pároco da matriz e estuprado as freiras do Colégio de Maria. Que se pode esperar de uma “sociedade” com valores tão estraçalhados? Horror, claro, e o remédio é se enfurnar em casa e evitar até VER isso que ainda chamam de PESSOAS! Enter final.
Onagros, bugres, que são esses seres que agora, às 21h25 deverão estar pendurados na novela das oito, babando, já preparando os puns resultantes da fermentação do jantar burro que engolem com a deselegância de bárbaros, mal mastigando os alimentos, fazendo da faca uma pá para empurrar a comida pra cima do garfo, antebraços colados à quina da mesa provocando cifose? E depois da novela tem big bróder, depois tem o sono com roncos e peidos sonoros e sulfídricos, e no dia seguinte sai o toco moreno para navegar no vaso e descer cano abaixo, resultado artístico do jantar burro com que se cevam para manter viva uma burrice sesquipedal e arrogante... Ah, mas eles têm carro, roupas de marca, viajam, têm eletrodomésticos e móveis caros, tudo aparelhando uma existência absolutamente corrompida e esmagada pela ociosidade mental e espiritual e pela vida obediente ao sistema! “Bem, é manter distância dessa récua, para evitar coices!”, considera Manoel, dando uma golada feliz na loura e recebendo Maria nos braços. E viva Santo Expedito! Oremos. Ciao, babes!
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Ah!, que saudades de Lisboa!
Frederico Mendonça de Oliveira
Manoel realmente anda considerando a possibilidade de voltar a Lisboa, ou À Lisboa, como escrevem a torto e a direito os montanheses do arraialito e os bugres que infestam tudo no Brasil estupidificado pela mídia devastadora. Mas a completa falta de conteúdos na vida brasileira vai levando nosso herói ao completo desalento, e a saída mais natural seria o retorno às origens. Lisboa, por que não? Pois é. Os últimos acontecimentos no arraial andam pesando na vida de um lusitano que não está na face deste planeta para se transformar, depois de nascer homem, em macaco sem rabo, que anseia por voltar às árvores ou às cavernas, fazendo de novo do tacape a arma comum sempre à mão; afinal, se já saímos da pré-história, por que voltar a ela? Enter.
Pois o arraialito anda apresentando sinais de assunção da barbárie, e a pracita construída por uma autoridade começou um processo de degenerescência que anda pra lá de duro de engolir. Ocorreu, por exemplo, que tomou posse a nova Câmara, os novos vereadores eleitos no último pleito. Ao contrário da anterior, esta câmara apresenta perspectivas de enfrentamento do autoritarismo petista, que no arraial costuma usar de truculência para resolver tudo que lhe pareça incômodo. Assim, consta que foi destinada uma verba a um vereador da gestão anterior para deitar porrada em manifestações de campanha em oposição ao governo. Parece que foi coisa de R$500 para distribuir aos porradeiros arregimentados nas periferias. Pois eis que na posse da nova Câmara, enquanto decorria a cerimônia no plenário, um cidadão fazia protesto contra a falta de decoro na ação do Judiciário, que teria deixado passar um crime eleitoral gritante. O cara estava pacificamente postado à entrada do prédio, ao lado do portão, tendo pendurado no peito um banner com os dizeres: “Socorro! Nosso arraial está sem lei eleitoral!”, coisa assim. Ele não gritava nem abordava ninguém, apenas se deixava ficar expondo aqueles dizeres e tinha um chapéu ao pé da árvore com os dizeres “Para ir À Brasília”, e a turma deixava moedas lá, simbolicamente. Fora a crase imprópria, típica desse arraial, tudo estava leve e pacífico. Até que, inesperadamente, chegam dois macacos sem rabo numa moto, e um dos monstrinhos parte pra cima do manifestante com um canivete, e lá vem pancadaria, e o manifestante se defende dando porrada com o próprio pau que estica o banner, e tome corre-corre, e um jornalista que estava perto fotografou o agressor e o outro bugre, que ficara esperando na moto. Enter.
Barbárie seria um termo para definir a política atualmente em voga no arraial. A quem interessaria descer porrada em quem manifesta publicamente sua posição? Aos responsáveis pelo descalabro que reina solto no arraial? Pode ser; aliás, DEVE ser. Mas ficamos apenas na suposição, por não haver provas. De qualquer forma, manifestações públicas de posição política não são do feitio da mineirada, que trabalha em silêncio, na encolha, na malandragem, quando não na tocaia e na traição. Para os mineiros, existe o posicionamento expresso pelo ditado “Quem fala além da conta acaba dando bom dia a cavalo”. Mas isso não corresponde ao estilo político usual nas Minas: a coisa aqui é outra, é falar pouco e agir na encolha. Quanto a falar, o importante é sempre falar com segundas e terceiras intenções, nada disso de ser claro, direto, aberto e honesto, coisa mais pra carioca e baiano, ambos influenciados por portugueses. Então, pra mineiro até bom dia dá jogo político. E a coisa da mão mole no cumprimento é típica do espírito pouco sincero evidenciado no dia-a-dia. O mais interessante é que eles se orgulham de tudo isso, basta ver aquele texto “Ser mineiro”. Procure na internet. Enter.
Pois se na posse dos novos vereadores teve o evento paralelo da porrada no manifestante, na pracita perto da casa de Manoel a merda anda a mil. Agora é festa todo dia, porque a macacada ainda está de férias, e a descoberta de um espaço novo para descarregar burrice virou atração e coqueluche. É só propor uma porcaria sem valor como atividade e todos acorrem, especialmente se for algo fora da lei. Pois dias atrás reuniu-se uma imensa turma para desfrutar do lazer na pracita ilegal, teve desde criançada gritando e correndo enlouquecida até velhos pafúncios ridículos jogando bola, enquanto suas marocas e peruas fofocavam ou trocavam falas estúpidas fazendo pose de dondocas nos bancos. Manoel, que já sente náuseas dessas reuniões quando são pouco numerosas, quase vomitou de asco dessa multitudinária ralé entupida de rede globo até a medula. Seguramente encerraram a reunião para encher o bucho de comida, sentar o bufante na poltrona e assistir à sessão cavalar de merda global, começando pelo noticiário das oito e terminando no BBB. Saciados de bosta até o topo da faringe, desabam estupidamente no catre, e uma queca ocasional pode até saciar a bestialidade dos tipos, descarregando fisiologia. Pois Manoel “queimou no gorpe”, como dizem os arraialeiros, e pensa em inverter essa escatologia. Enter final.
Por exemplo: distribuir na cidade uma volante (ou um flyer?) convocando os arraialeiros para se reunir na pracita, onde se pode jogar futebol, gritar o mais possível, trepar na grama, fazer piquenique, descarregar estupidez. E, como falou uma “chita”, a praça é “púbrica”, mas é também iniciativa de particulares, então Manoel pensa em afixar em uma árvore uma “praça” com os dizeres: “Espaço de lazer púbrico-privada”. E que venham todos descarregar sua irracionalidade lúdica na pracita, que foi transformada em cenário de exibição da bestialidade. Fica mais uma vez demonstrado que no Brasil a corrupção é bem vinda e festejada. É o caso de pensar em voltar para Lisboa... onde ainda existe algum decoro. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
Manoel realmente anda considerando a possibilidade de voltar a Lisboa, ou À Lisboa, como escrevem a torto e a direito os montanheses do arraialito e os bugres que infestam tudo no Brasil estupidificado pela mídia devastadora. Mas a completa falta de conteúdos na vida brasileira vai levando nosso herói ao completo desalento, e a saída mais natural seria o retorno às origens. Lisboa, por que não? Pois é. Os últimos acontecimentos no arraial andam pesando na vida de um lusitano que não está na face deste planeta para se transformar, depois de nascer homem, em macaco sem rabo, que anseia por voltar às árvores ou às cavernas, fazendo de novo do tacape a arma comum sempre à mão; afinal, se já saímos da pré-história, por que voltar a ela? Enter.
Pois o arraialito anda apresentando sinais de assunção da barbárie, e a pracita construída por uma autoridade começou um processo de degenerescência que anda pra lá de duro de engolir. Ocorreu, por exemplo, que tomou posse a nova Câmara, os novos vereadores eleitos no último pleito. Ao contrário da anterior, esta câmara apresenta perspectivas de enfrentamento do autoritarismo petista, que no arraial costuma usar de truculência para resolver tudo que lhe pareça incômodo. Assim, consta que foi destinada uma verba a um vereador da gestão anterior para deitar porrada em manifestações de campanha em oposição ao governo. Parece que foi coisa de R$500 para distribuir aos porradeiros arregimentados nas periferias. Pois eis que na posse da nova Câmara, enquanto decorria a cerimônia no plenário, um cidadão fazia protesto contra a falta de decoro na ação do Judiciário, que teria deixado passar um crime eleitoral gritante. O cara estava pacificamente postado à entrada do prédio, ao lado do portão, tendo pendurado no peito um banner com os dizeres: “Socorro! Nosso arraial está sem lei eleitoral!”, coisa assim. Ele não gritava nem abordava ninguém, apenas se deixava ficar expondo aqueles dizeres e tinha um chapéu ao pé da árvore com os dizeres “Para ir À Brasília”, e a turma deixava moedas lá, simbolicamente. Fora a crase imprópria, típica desse arraial, tudo estava leve e pacífico. Até que, inesperadamente, chegam dois macacos sem rabo numa moto, e um dos monstrinhos parte pra cima do manifestante com um canivete, e lá vem pancadaria, e o manifestante se defende dando porrada com o próprio pau que estica o banner, e tome corre-corre, e um jornalista que estava perto fotografou o agressor e o outro bugre, que ficara esperando na moto. Enter.
Barbárie seria um termo para definir a política atualmente em voga no arraial. A quem interessaria descer porrada em quem manifesta publicamente sua posição? Aos responsáveis pelo descalabro que reina solto no arraial? Pode ser; aliás, DEVE ser. Mas ficamos apenas na suposição, por não haver provas. De qualquer forma, manifestações públicas de posição política não são do feitio da mineirada, que trabalha em silêncio, na encolha, na malandragem, quando não na tocaia e na traição. Para os mineiros, existe o posicionamento expresso pelo ditado “Quem fala além da conta acaba dando bom dia a cavalo”. Mas isso não corresponde ao estilo político usual nas Minas: a coisa aqui é outra, é falar pouco e agir na encolha. Quanto a falar, o importante é sempre falar com segundas e terceiras intenções, nada disso de ser claro, direto, aberto e honesto, coisa mais pra carioca e baiano, ambos influenciados por portugueses. Então, pra mineiro até bom dia dá jogo político. E a coisa da mão mole no cumprimento é típica do espírito pouco sincero evidenciado no dia-a-dia. O mais interessante é que eles se orgulham de tudo isso, basta ver aquele texto “Ser mineiro”. Procure na internet. Enter.
Pois se na posse dos novos vereadores teve o evento paralelo da porrada no manifestante, na pracita perto da casa de Manoel a merda anda a mil. Agora é festa todo dia, porque a macacada ainda está de férias, e a descoberta de um espaço novo para descarregar burrice virou atração e coqueluche. É só propor uma porcaria sem valor como atividade e todos acorrem, especialmente se for algo fora da lei. Pois dias atrás reuniu-se uma imensa turma para desfrutar do lazer na pracita ilegal, teve desde criançada gritando e correndo enlouquecida até velhos pafúncios ridículos jogando bola, enquanto suas marocas e peruas fofocavam ou trocavam falas estúpidas fazendo pose de dondocas nos bancos. Manoel, que já sente náuseas dessas reuniões quando são pouco numerosas, quase vomitou de asco dessa multitudinária ralé entupida de rede globo até a medula. Seguramente encerraram a reunião para encher o bucho de comida, sentar o bufante na poltrona e assistir à sessão cavalar de merda global, começando pelo noticiário das oito e terminando no BBB. Saciados de bosta até o topo da faringe, desabam estupidamente no catre, e uma queca ocasional pode até saciar a bestialidade dos tipos, descarregando fisiologia. Pois Manoel “queimou no gorpe”, como dizem os arraialeiros, e pensa em inverter essa escatologia. Enter final.
Por exemplo: distribuir na cidade uma volante (ou um flyer?) convocando os arraialeiros para se reunir na pracita, onde se pode jogar futebol, gritar o mais possível, trepar na grama, fazer piquenique, descarregar estupidez. E, como falou uma “chita”, a praça é “púbrica”, mas é também iniciativa de particulares, então Manoel pensa em afixar em uma árvore uma “praça” com os dizeres: “Espaço de lazer púbrico-privada”. E que venham todos descarregar sua irracionalidade lúdica na pracita, que foi transformada em cenário de exibição da bestialidade. Fica mais uma vez demonstrado que no Brasil a corrupção é bem vinda e festejada. É o caso de pensar em voltar para Lisboa... onde ainda existe algum decoro. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
“A loucura é a lei!, ó Deus!”
Frederico Mendonça de Oliveira
Já assombrado com o que passou a verificar de loucuras nesta Pindorama abilolada, Manoel passou a ter idéia fixa sobre o que fazer da vida. Cogita em continuar no arraialito de montanheses irracionais, considera a possibilidade de se mudar para outro arraial embora correndo o risco de encontrar a mesma realidade ou algo pior ainda; pensa em se mudar de volta para Portugal, deixando o Brasil como um hospício que ficou apenas pendurado nas paredes de sua memória. Veio-lhe à cachimônia “Confidência de itabirano”, de Drummond: “Itabira hoje é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói!”, e Manoel pensou na bugraiada que hoje entregou a vida à TV e simplesmente ignora tudo relativo a cultura, seja poesia, seja música, seja cinema, seja pintura... Carlos Drummond, poeta que ele simplesmente leu, releu e tresleu, não é hoje apenas uma fotografia nas paredes da vida dos brasileiros: é, isto sim, alguém tão desconhecido como alguém que não tivesse jamais existido. É isso a “cultura” no Brasil de hoje: um chiqueiro onde refocilam criaturas abissais emitindo guais lancinantes e sem sentido senão como emissão de sonoridades deletérias para que multidões de milhares de imbecis chafurdem gritando como que tomadas de um delírio inexplicável, O DELÍRIO DO NADA VEZES NADA!!! Enter.
Pois vai Manoel pensando nas cenas da vida atual no arraialito de bonecos (mal) vestidos (não pela pobreza, mas pelo mau gosto), constata o completo descompromisso dessa ralé de classe média com valores e instituições, e quando dá por si já está ele abrindo o congelador de sua velha mas eficiente Cônsul, pela qual já passaram milhares de litros (só por esta já terão passado 15.330 litros) de cerveja, por baixo. E como já são 20h15, e o sol já se tenha posto mesmo sendo horário de verão, essa invenção de brasileiros loucos da ditadura, aliás daquele Aureliano Chaves, lá vem a primeira cerveja, e Manoel lembra um filme babaca visto há quase 30 anos em que uma personagem, indagada sobre se tomaria um trago numa hora difícil lá, responde:”Nunca antes que o sol se ponha!”. O filme titica valeu pela frase. E tilinta a registradora da AMBEV, que Manoel considera um cartel infernal, porque impede entrada de outras marcas que não as dela nas distribuidoras do arraial. Desce a lata inteira, geladézima, garganta abaixo, e Manoel emite um imenso e estremecedor arroto, que deve deixar os vizinhos, especialmente a produzidíssima esposa, dizendo: “Nojento!... Que nojento esse português!...”. Pois chegam o filho dele e amigos, e a conversa vai para a profundidade política e filosófica, terreno ali cultivado, e Manoel relata a destruição total das instituições através de uma cena que vivera na rua neste mesmo dia já anoitecido. A turma, bebendo e já degustando camarões, ouve. Enter.
“Estava eu a caminhar pelas ruas e constatei que a maioria das lojas hoje têm caixa de som à porta expelindo som miserável, essas nulidades luxuosas de hoje, essas Sangalos e que tais. Dobrei a oeste, lá estava outra loja com caixa de som à porta, esta com uma dupla de maratimbas em desconcerto gravado ao vivo, e ouviam-se sons de “macacas” respondendo ao que os bugres diziam e cantavam. Atravessei, mesmo continuando a ouvir aquilo, e vi que vinham na mesma calçada duas bugras adolescentes parecendo duas fêmeas de chimpanzé, e faziam uma ‘coreografia’ já conhecida para o som que vinha da maldita caixa. Ficaram com aspecto mais animalesco ainda, pareciam dois onagros de fisionomia deformada por uma alegria estúpida. Os caras falavam de bater mão, o auditório batia mão e falava igual; falavam de bater pé, todos respondiam o mesmo. “Puta merda, estão todos de deixando transformar em macacos ou cachorros de circo!”, horrorizou-se Manoel. “Será que estão todos nascendo sem cérebro??”. A rapaziada se agitou lembrando coisas semelhantes que vivem no estudo e no trabalho, e tome cervejas e camarões, que todos ali são filhos legítimos de Deus... Enter.
Nisso chega Maria Garcia, o amor de Manoel, toda feliz e sorridente com um radinho GE 1965 – já transistorizado – só de ondas médias e curtas, que Manoel achara numa lojita de conserto de eletrossonoros. E todos passaram ali a curtir programas de capitais, programas com excelente teor musical, com excelentes locutores, e eis rolando naquela copa-cozinha de grandes curtições uma sessão especial de cultura e crítica musical, coisa obrigatória naquela casa. Manoel cogita sobre o que “sentirão” os vizinhos se aqueles sons chegarem até eles. Será que “sentem” alguma coisa ainda, anestesiados e burrificados que estão de TV diária há décadas, bundas pregadas no sofá e olhos nas novelas e no futebol? E que dizer de se não abrirem mais livros em lugar nenhum desse bairro, desse arraial, desse estado, desse desgraçado país? Pois que os vizinhos adorem ou estranhem, problema deles. O que não pode acontecer é a burrice adentrar e ser admitida na casa deste lusitano das arábias! Enter final.
A noite já vai alta, a lua também, altíssima. De longe vêm os ruídos da “cidade”, motos de entregadores, carros de malucos fazendo cagadas ao volante, cães às centenas latindo em desespero por serem seus donos, insensíveis e ignaros, seres transformados em réplicas de seres, gente que não vê no cão senão um bicho que late pra amedrontar possíveis ladrões. Manoel pensa na imbecilidade difundida pelo arraial, compreende ser esse um problema da Humanidade, pensa nos estúpidos seres que compõem a vizinhança, seres agarrados ao desejo de possuir, seres hipócritas por opção, cínicos por necessidade de ocultar de imediato sua deformidade, seres que não arrotam sonoramente mas arrotam sem ruído terem dois carros, e que se escondem, entre vidros fumê de carros todos negros, da ralé passante que eles desprezam por preconceito de classe média. “Classe MÉRDIA é o que são! Não percebem que estão num cárcere, e que, como disse Huxley, “sentam-se na poltrona para apodrecer vivos mas confortavelmente”. “Que se forniquem, que se rocem nas paredes, que se esfreguem entre si, alimárias que são!”. E viva Santo Expedito! Oremos. ’Té mais, babes!
Já assombrado com o que passou a verificar de loucuras nesta Pindorama abilolada, Manoel passou a ter idéia fixa sobre o que fazer da vida. Cogita em continuar no arraialito de montanheses irracionais, considera a possibilidade de se mudar para outro arraial embora correndo o risco de encontrar a mesma realidade ou algo pior ainda; pensa em se mudar de volta para Portugal, deixando o Brasil como um hospício que ficou apenas pendurado nas paredes de sua memória. Veio-lhe à cachimônia “Confidência de itabirano”, de Drummond: “Itabira hoje é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói!”, e Manoel pensou na bugraiada que hoje entregou a vida à TV e simplesmente ignora tudo relativo a cultura, seja poesia, seja música, seja cinema, seja pintura... Carlos Drummond, poeta que ele simplesmente leu, releu e tresleu, não é hoje apenas uma fotografia nas paredes da vida dos brasileiros: é, isto sim, alguém tão desconhecido como alguém que não tivesse jamais existido. É isso a “cultura” no Brasil de hoje: um chiqueiro onde refocilam criaturas abissais emitindo guais lancinantes e sem sentido senão como emissão de sonoridades deletérias para que multidões de milhares de imbecis chafurdem gritando como que tomadas de um delírio inexplicável, O DELÍRIO DO NADA VEZES NADA!!! Enter.
Pois vai Manoel pensando nas cenas da vida atual no arraialito de bonecos (mal) vestidos (não pela pobreza, mas pelo mau gosto), constata o completo descompromisso dessa ralé de classe média com valores e instituições, e quando dá por si já está ele abrindo o congelador de sua velha mas eficiente Cônsul, pela qual já passaram milhares de litros (só por esta já terão passado 15.330 litros) de cerveja, por baixo. E como já são 20h15, e o sol já se tenha posto mesmo sendo horário de verão, essa invenção de brasileiros loucos da ditadura, aliás daquele Aureliano Chaves, lá vem a primeira cerveja, e Manoel lembra um filme babaca visto há quase 30 anos em que uma personagem, indagada sobre se tomaria um trago numa hora difícil lá, responde:”Nunca antes que o sol se ponha!”. O filme titica valeu pela frase. E tilinta a registradora da AMBEV, que Manoel considera um cartel infernal, porque impede entrada de outras marcas que não as dela nas distribuidoras do arraial. Desce a lata inteira, geladézima, garganta abaixo, e Manoel emite um imenso e estremecedor arroto, que deve deixar os vizinhos, especialmente a produzidíssima esposa, dizendo: “Nojento!... Que nojento esse português!...”. Pois chegam o filho dele e amigos, e a conversa vai para a profundidade política e filosófica, terreno ali cultivado, e Manoel relata a destruição total das instituições através de uma cena que vivera na rua neste mesmo dia já anoitecido. A turma, bebendo e já degustando camarões, ouve. Enter.
“Estava eu a caminhar pelas ruas e constatei que a maioria das lojas hoje têm caixa de som à porta expelindo som miserável, essas nulidades luxuosas de hoje, essas Sangalos e que tais. Dobrei a oeste, lá estava outra loja com caixa de som à porta, esta com uma dupla de maratimbas em desconcerto gravado ao vivo, e ouviam-se sons de “macacas” respondendo ao que os bugres diziam e cantavam. Atravessei, mesmo continuando a ouvir aquilo, e vi que vinham na mesma calçada duas bugras adolescentes parecendo duas fêmeas de chimpanzé, e faziam uma ‘coreografia’ já conhecida para o som que vinha da maldita caixa. Ficaram com aspecto mais animalesco ainda, pareciam dois onagros de fisionomia deformada por uma alegria estúpida. Os caras falavam de bater mão, o auditório batia mão e falava igual; falavam de bater pé, todos respondiam o mesmo. “Puta merda, estão todos de deixando transformar em macacos ou cachorros de circo!”, horrorizou-se Manoel. “Será que estão todos nascendo sem cérebro??”. A rapaziada se agitou lembrando coisas semelhantes que vivem no estudo e no trabalho, e tome cervejas e camarões, que todos ali são filhos legítimos de Deus... Enter.
Nisso chega Maria Garcia, o amor de Manoel, toda feliz e sorridente com um radinho GE 1965 – já transistorizado – só de ondas médias e curtas, que Manoel achara numa lojita de conserto de eletrossonoros. E todos passaram ali a curtir programas de capitais, programas com excelente teor musical, com excelentes locutores, e eis rolando naquela copa-cozinha de grandes curtições uma sessão especial de cultura e crítica musical, coisa obrigatória naquela casa. Manoel cogita sobre o que “sentirão” os vizinhos se aqueles sons chegarem até eles. Será que “sentem” alguma coisa ainda, anestesiados e burrificados que estão de TV diária há décadas, bundas pregadas no sofá e olhos nas novelas e no futebol? E que dizer de se não abrirem mais livros em lugar nenhum desse bairro, desse arraial, desse estado, desse desgraçado país? Pois que os vizinhos adorem ou estranhem, problema deles. O que não pode acontecer é a burrice adentrar e ser admitida na casa deste lusitano das arábias! Enter final.
A noite já vai alta, a lua também, altíssima. De longe vêm os ruídos da “cidade”, motos de entregadores, carros de malucos fazendo cagadas ao volante, cães às centenas latindo em desespero por serem seus donos, insensíveis e ignaros, seres transformados em réplicas de seres, gente que não vê no cão senão um bicho que late pra amedrontar possíveis ladrões. Manoel pensa na imbecilidade difundida pelo arraial, compreende ser esse um problema da Humanidade, pensa nos estúpidos seres que compõem a vizinhança, seres agarrados ao desejo de possuir, seres hipócritas por opção, cínicos por necessidade de ocultar de imediato sua deformidade, seres que não arrotam sonoramente mas arrotam sem ruído terem dois carros, e que se escondem, entre vidros fumê de carros todos negros, da ralé passante que eles desprezam por preconceito de classe média. “Classe MÉRDIA é o que são! Não percebem que estão num cárcere, e que, como disse Huxley, “sentam-se na poltrona para apodrecer vivos mas confortavelmente”. “Que se forniquem, que se rocem nas paredes, que se esfreguem entre si, alimárias que são!”. E viva Santo Expedito! Oremos. ’Té mais, babes!
sábado, 10 de janeiro de 2009
Manoel perde o rumo nas Alterosas
Frederico Mendonça de Oliveira
Ê, Manoel danado! Depois de verificar tanta maluquice no Brasil, não sabe se volta pra Portugal ou se acha uma ilha no meio do Atlântico onde se isole desse mundo maluco! Mas a pracita continua lá, com putinhos irritantes que as mães mandam gritar e fazer barulho pra irritar o morador legalista, o que está até censurado pela Justiça pra não poder denunciar a “otoridade” do arraial que realizou a obra ilícita. Bom, a pracita tem seus dias contados, vai tudo voltar ao que era antes, mas o morador sacaneado pelos maratimbas sem cérebro anda sacaneando também: mete som alto, daqueles bem malucos – música contemporânea, aquelas sonoridades feias, gritantes, com estrondos, ruídos esquisitos – e sem melodia, harmonia e nem ritmo, e a caipirada sem miolos debanda geral. Enter.
E dizem que português é burro... pois chega um poderoso chefão que nem do arraial é, dá a ordem pro prefeito e pra Câmara pra fazer obra ilegal e tudo é feito sem nenhum senão! Que burrada! A Justiça é cega, surda e muda, mas um dia a casa cai, e o prefeito vai ter de responder por que fez a obra ilegal, e não é possível que ele ignorasse que incorria em crime de responsabilidade e improbidade administrativa, sem contar que ele e a outra “otoridade” também incorriam em crime de prevaricação! Se um cara de peito parte pra denunciar e pra acionar os canais da legalidade contra essa canalhice, o prefeito, pelo menos, cai da cavalgadura!... Ê brasileirada burra! E além dos malucos que fizeram a obra ilegal ainda tem o monte de bestas ignaras e/ou safadas que dão apoio à irregularidade, violando com isso as leis que protegem a eles mesmos! São os portugueses os burros? Hem?? Ou os brasileiros gostam de cagar na própria sorte? Enter.
Oito da noite, horário nobre, quando a brasileirada estúpida senta o bundão no sofá e liga a TV pra mais uma sessão de entrega da alma ao diabo.Diante dessa estupidez coletiva, a cachorrada, que os brasileiros querem ter pra cagar no quintal e latir estupidamente – parece que assim seus donos se dão conta de que estão vivos, mesmo estando apenas vegetando boçalmente –, entra em cadeia no bairro. São centenas de cães latindo uns para os outros numa comunicação paralela à descomunicação da rede de bestuntos em cadeia com os cornos na telinha da máquina de fazer imbecis. E o bairro entra em estado de inferno, justo como o diabo gosta, e a vida que se fornique, o que importa é ver carinhas de atores naquelas novelas que são as mesmas desde há 40 anos... Enter.
Manoel toma uma gelada à oito, quando gostaria de começar às nove, mas a cachorrada em cadeia não o deixa pensar, então a gelada ajuda. O morador perseguido deve fazer o mesmo, e deve ficar meio maluco ouvindo essa zoeira que é o reflexo da burrice geral, e ele, que é intelectual e pessoa pra lá de sensível, deve, nessa hora de horror sonoro e de manifestação de infelicidade coletiva, incluindo participação especial dos cães desassistidos, meter um fone de ouvido pra não morrer de desespero perante a irracionalidade malsã da macacada do arraial! “Haja fralda limpa!”, dizia minha avó quando via a garotada começando a chorar, e Manoel adapta a frase para sua nova situação: “Haja penico disponível!”, referindo-se a seus ouvidos, que vivem aturando merda o tempo inteiro, seja putinhos gritando, seja adolescentes fazendo altas zoeiras, seja cachorrada latindo loucamente... Enter final.
A coisa vai tão mal que Manoel até desenvolve uma esperança: não é possível que tanta maluquice possa prosseguir! “Algo vai mudar, porra!”, resmunga ele, e tudo se clareia quando se verifica uma reação da legalidade contra o prefeito aloprado, reação que pode valer ao maluquete um empichamento beleza. Quem partiu pra cima do cara já foi autoridade em gestões anteriores, conhece as manhas do poder, e lá veio um processo feio cortar a mesmice de deformidade vivida nestes últimos dois anos. Quem entrou conhece quem é quem, e sabe brigar bonito, atira no alvo certo, não dá bobeira e não engole sapo nem enrolação. “Vem merda na ventoinha!”, exulta Manoel, olhando para o ventilador que em Portugal é isso mesmo, ventoinha, e vai prelibando a hora da demolição da pracita, que vai deixar os aloprados e seus simpatizantes com cara de bunda pro resto da vida! “Brasileiros burros!!”, rosna Manoel, “Mas os inteligentes começaram a se mexer!”. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
Ê, Manoel danado! Depois de verificar tanta maluquice no Brasil, não sabe se volta pra Portugal ou se acha uma ilha no meio do Atlântico onde se isole desse mundo maluco! Mas a pracita continua lá, com putinhos irritantes que as mães mandam gritar e fazer barulho pra irritar o morador legalista, o que está até censurado pela Justiça pra não poder denunciar a “otoridade” do arraial que realizou a obra ilícita. Bom, a pracita tem seus dias contados, vai tudo voltar ao que era antes, mas o morador sacaneado pelos maratimbas sem cérebro anda sacaneando também: mete som alto, daqueles bem malucos – música contemporânea, aquelas sonoridades feias, gritantes, com estrondos, ruídos esquisitos – e sem melodia, harmonia e nem ritmo, e a caipirada sem miolos debanda geral. Enter.
E dizem que português é burro... pois chega um poderoso chefão que nem do arraial é, dá a ordem pro prefeito e pra Câmara pra fazer obra ilegal e tudo é feito sem nenhum senão! Que burrada! A Justiça é cega, surda e muda, mas um dia a casa cai, e o prefeito vai ter de responder por que fez a obra ilegal, e não é possível que ele ignorasse que incorria em crime de responsabilidade e improbidade administrativa, sem contar que ele e a outra “otoridade” também incorriam em crime de prevaricação! Se um cara de peito parte pra denunciar e pra acionar os canais da legalidade contra essa canalhice, o prefeito, pelo menos, cai da cavalgadura!... Ê brasileirada burra! E além dos malucos que fizeram a obra ilegal ainda tem o monte de bestas ignaras e/ou safadas que dão apoio à irregularidade, violando com isso as leis que protegem a eles mesmos! São os portugueses os burros? Hem?? Ou os brasileiros gostam de cagar na própria sorte? Enter.
Oito da noite, horário nobre, quando a brasileirada estúpida senta o bundão no sofá e liga a TV pra mais uma sessão de entrega da alma ao diabo.Diante dessa estupidez coletiva, a cachorrada, que os brasileiros querem ter pra cagar no quintal e latir estupidamente – parece que assim seus donos se dão conta de que estão vivos, mesmo estando apenas vegetando boçalmente –, entra em cadeia no bairro. São centenas de cães latindo uns para os outros numa comunicação paralela à descomunicação da rede de bestuntos em cadeia com os cornos na telinha da máquina de fazer imbecis. E o bairro entra em estado de inferno, justo como o diabo gosta, e a vida que se fornique, o que importa é ver carinhas de atores naquelas novelas que são as mesmas desde há 40 anos... Enter.
Manoel toma uma gelada à oito, quando gostaria de começar às nove, mas a cachorrada em cadeia não o deixa pensar, então a gelada ajuda. O morador perseguido deve fazer o mesmo, e deve ficar meio maluco ouvindo essa zoeira que é o reflexo da burrice geral, e ele, que é intelectual e pessoa pra lá de sensível, deve, nessa hora de horror sonoro e de manifestação de infelicidade coletiva, incluindo participação especial dos cães desassistidos, meter um fone de ouvido pra não morrer de desespero perante a irracionalidade malsã da macacada do arraial! “Haja fralda limpa!”, dizia minha avó quando via a garotada começando a chorar, e Manoel adapta a frase para sua nova situação: “Haja penico disponível!”, referindo-se a seus ouvidos, que vivem aturando merda o tempo inteiro, seja putinhos gritando, seja adolescentes fazendo altas zoeiras, seja cachorrada latindo loucamente... Enter final.
A coisa vai tão mal que Manoel até desenvolve uma esperança: não é possível que tanta maluquice possa prosseguir! “Algo vai mudar, porra!”, resmunga ele, e tudo se clareia quando se verifica uma reação da legalidade contra o prefeito aloprado, reação que pode valer ao maluquete um empichamento beleza. Quem partiu pra cima do cara já foi autoridade em gestões anteriores, conhece as manhas do poder, e lá veio um processo feio cortar a mesmice de deformidade vivida nestes últimos dois anos. Quem entrou conhece quem é quem, e sabe brigar bonito, atira no alvo certo, não dá bobeira e não engole sapo nem enrolação. “Vem merda na ventoinha!”, exulta Manoel, olhando para o ventilador que em Portugal é isso mesmo, ventoinha, e vai prelibando a hora da demolição da pracita, que vai deixar os aloprados e seus simpatizantes com cara de bunda pro resto da vida! “Brasileiros burros!!”, rosna Manoel, “Mas os inteligentes começaram a se mexer!”. E viva Santo Expedito! Oremos. Bye, babes!
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